quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Pecado da Omissão

O que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor. Mateus 25:18

Um talento não usado significa possibilidades perdidas, dores não amenizadas e auxílio negligenciado. Naquele momento de prestação de contas, o ato irresponsável daquele servo levantou-se como protesto de todas as dores humanas que solicitam simpatia, cuidado e amparo.


Diz Ellen White: “As capacidades não utilizadas serão levadas em conta, tanto quanto as que empregamos. Deus nos tem como responsáveis por tudo que nos poderíamos tornar pelo bom uso de nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que nos cumpria fazer, mas que não executamos por não usar nossas faculdades para glorificar a Deus” (Parábolas de Jesus, p. 363).


Pessoas que perecem, consciências que dormem sob o jugo do pecado, vidas naufragadas, dores e sofrimentos de um mundo sem Cristo clamam contra a negligência dos que enterram seus talentos. Um talento escondido sob o chão de nossa irresponsabilidade é uma tragédia inominável para a qual Cristo não teve complacência, não encontrou uma palavra de misericórdia e nem um gesto de simpatia, chamando aquele servo de “mau e infiel”.


Temos que nos conscientizar de que nada é nosso. Nada recebemos como herança ou por compra. Tudo que temos, seja pouco ou muito, recebemos pelo amor de Deus. Somos os servos que receberam os talentos e a ordem: “Use-os até que eu volte.” Entretanto, temos falhado em compreender desse modo a revelação da vida cristã. Que acontecerá com alguns quando Jesus voltar? Parece não haver uma visão ampla das necessidades ao nosso lado, num mundo que reclama as bênçãos que foram enterradas deslealmente, e para quê? Elas pertencem à Eternidade. Elas precisam satisfazer as necessidades materiais e espirituais do coração humano. Como receberão, porém, essas bênçãos se estão sendo escondidas egoisticamente, debaixo da nossa insensibilidade?


Haverá um julgamento final que dará valor à vida e a tornará compatível ao esforço e ao sacrifício realizados. A falta de ideal, o plano sempre horizontal e acanhado desagrada a sensibilidade de Jesus, sempre ansioso de tornar melhor o mundo e salvar a humanidade. Pense nisto!


REFLEXÃO: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21). Tenho certeza de que essas palavras soarão bem aos seus ouvidos naquele dia. Que assim seja!

Nenhum comentário: