Mostrando postagens com marcador Estudos Bíblicos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estudos Bíblicos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Em espírito e em verdade

etembro


Casa Publicadora Brasileira – Em espírito e em verdade


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Ez 21-23

VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores” (João 4:23).


Leituras da semana: Dt 11:16; Lc 1:46-55; 4:5-8; 19:37-40; Jo 4:1-24

Como temos visto ao longo do trimestre, a mensagem do primeiro anjo é um chamado para proclamar o “evangelho eterno”. No centro desse evangelho está Jesus, o Deus encarnado, o Deus que veio a este mundo como ser humano, por meio de poderes e recursos que nossa mente não pode sequer começar a entender.


Pense cuidadosamente no que isto significa: o Deus que criou todas as coisas (Jo 1:1-3) Se tornou humano, nessa humanidade viveu sem pecado e Se ofereceu como sacrifício pelos pecados de todo ser humano. Quando você pensa no tamanho do Universo, os bilhões de galáxias, cada uma composta de bilhões de estrelas, como acreditar que foi Jesus quem criou tudo? Isso desafia a mente humana; é tão incrível que mal podemos compreender. Não é de admirar que Paulo tenha escrito: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1Co 1:18, RC).


Com uma verdade como essa diante de nós, não é surpreendente que desejemos adorar a Deus. Nesta semana, vamos estudar os temas da adoração e louvor como revelados no ministério do Cristo encarnado, o Criador que tomou sobre Si a forma e a carne da criatura.


Domingo

Ano Bíblico: Ez 24–26


O cântico de louvor e adoração de Maria

Embora Maria, mãe de Jesus, tenha sido motivo de muito interesse religioso ao longo dos séculos, a maior parte desse interesse é tradição proveniente da multidão de fontes que não estão enraizadas nas Escrituras.


No entanto, na questão da vinda de Cristo à Terra, Maria desempenhou um papel fundamental e essencial: em seu ventre, o Salvador do mundo foi miraculosamente concebido; em seu ventre, Ele Se tornou o menino Jesus. Olhando para o passado, com toda a retrospectiva e luz recebidas no Novo Testamento, só podemos nos maravilhar com o milagre. Ainda que ela certamente soubesse que fazia parte de um evento incrível, que devia ter consequências importantes para seu povo, a jovem Maria mais provavelmente não tinha uma ideia real da história da qual seria parte. Porém, ela sabia o suficiente para se maravilhar com as circunstâncias extraordinárias que haviam mudado tão radicalmente sua vida.

1. Leia Lucas 1:46-55, conhecido como o cântico de Maria. Qual é o contexto desse cântico? Por que ela estava cantando? Que elementos de louvor e adoração são revelados nessas palavras? Que assunto abordado ao longo do trimestre aparece nessa canção?


Esse cântico de louvor e adoração está repleto de alusões e imagens tiradas do Antigo Testamento, as únicas Escrituras que ela conhecia. Podemos vê-la dando glória ao Senhor e reconhecendo Sua liderança, não apenas em sua vida, mas igualmente entre seu povo. Sua alusão a Abraão é claramente uma referência à aliança que o Senhor fez com Seu povo; ela estava louvando a Deus por Suas promessas ao Seu povo e via essas promessas como a esperança para ela e para seu povo no futuro.


Mais uma vez, o pouco que ela sabia era suficiente para ver a atuação do Senhor. Por isso, ela demonstrou gratidão e adoração.

Quantas obras “miraculosas” você vê em sua vida? Podem estar acontecendo muitas, mas, mesmo assim, você não percebe, porque continua endurecido, fechado e envolvido em si mesmo?


Segunda

Ano Bíblico: Ez 27–29

Adoração e serviço

“O Diabo O levou a um lugar alto e mostrou-Lhe num relance todos os reinos do mundo. E Lhe disse: “Eu Te darei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser. Então, se me adorares, tudo será Teu”. Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a Ele preste culto’” (Lc 4:5-8, NVI).

Imagine Jesus, depois de 40 dias de fome, cansaço, abnegação e privação, enfrentando as tentações abertas e atrevidas do diabo. Não é difícil imaginar quão belos devem ter parecido a Jesus, nessa tentação, “todos os reinos do mundo” em seu “poder” e “glória”. Satanás tem sido um mestre em fazer as coisas deste mundo sempre parecerem muito encantadoras, agradáveis e gratificantes. Por isso as pessoas caem tão facilmente nos enganos que ele apresenta.

2. Leia atentamente Lucas 4:5-8, especialmente a resposta de Jesus. O que Ele quis dizer ao ligar os verbos “adorar” e “servir” (Almeida Revista e Corrigida)? Como eles estão relacionados?


No Antigo Testamento, os conceitos de adorar falsos deuses e servi-los estão relacionados. “E não levantes os teus olhos aos céus e vejas o Sol, e a Lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” (Dt 4:19; ver também Dt 11:16; Sl 97:7; Dn 3:12). Basicamente, você serve o que você adora; por isso, é muito importante que você adore somente o Senhor.


Assim, observamos um ponto crucial sobre a adoração. É difícil imaginar alguém que adora o Senhor com fé, com entrega, com humildade, amor e respeito, ao mesmo tempo em que serve a outros “deuses”, seja qual for sua forma. Adoração, portanto, pode ser uma proteção contra a idolatria. Quanto mais adoramos o Senhor, mesmo em nossa devoção particular, mais protegidos somos contra a atitude de servir ao eu, ao pecado, e todas as outras forças que disputam nosso serviço.

Pense mais sobre esta ideia: o que adoramos é o que servimos. Esse princípio tem se manifestado em sua vida? Como sua experiência de adoração pode ajudá-lo a se concentrar em servir somente ao Senhor?


Terça

Ano Bíblico: Ez 30–32


Adorando o que não se conhece

Como já vimos inúmeras vezes, mesmo com todas as formas complexas e profundas de adoração que o Senhor havia instituído para Israel, não era apenas com as formas que o Senhor Se importava. As formas, as tradições e a liturgia eram meios para um fim, e esse fim era que a pessoa se entregasse inteiramente ao seu Criador e Redentor. É muito mais fácil, no entanto, fazer da religião uma série de fórmulas, tradições e atos exteriores do que morrer diariamente para o eu e se render ao Senhor com humildade e fé. Esse fato certamente é suficiente para explicar por que a Bíblia gasta tanto tempo falando daqueles cujos corações não são justos diante de Deus, independentemente de quanto suas formas de adoração estejam “corretas”.


Quando Jesus Se tornou humano, também tratou desse problema.

3. Leia João 4:1-24. Que importante questão sobre adoração Jesus apresentou para a mulher samaritana no verso 21? Por que Ele estava desviando a mente dela dos locais específicos de adoração?


Ao mencionar alguns dos segredos mais profundos da mulher, Jesus atraiu a atenção dela. Ele então usou aquele momento para lhe oferecer algo melhor do que o que ela possuía. Jesus usou uma frase poderosa: “Creia em Mim, mulher”, a fim de mostrar a ela que a verdadeira adoração vai muito além das formas exteriores e locais de culto. “Este monte” era o Monte Gerizim, onde os samaritanos haviam construído um templo. É claro que se poderia esperar que um judeu dissesse isso para um samaritano.


Mas Jesus não parou por aí. Ele incluiu até mesmo Jerusalém, o local do templo sagrado que Ele mesmo havia escolhido. Assim, no início de Seu ministério terrestre, Jesus estava de maneira muito ampla apontando para o que Ele mais tarde declarou, em referência ao templo: “Não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas” (Mt 24:2, NVI). Em tudo isso, Jesus estava trabalhando para dar à mulher a “água viva” (Jo 4:10), que é Ele mesmo. Ele queria que ela entendesse que um relacionamento pessoal com seu Criador e Redentor certamente era o fundamento da adoração, e não as formas e tradições de sua fé, a qual se havia desviado da verdadeira religião dos judeus. Sua referência a Jerusalém (Jo 4:21), entretanto, provou que Ele estava apontando para algo ainda além do sistema de sacrifícios e de adoração que Ele mesmo havia criado.

De que forma todos os aspectos de sua experiência de adoração podem ajudá-lo a aprofundar seu relacionamento com Deus?


Quarta

Ano Bíblico: Ez 33–35


Os verdadeiros adoradores

“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores” (Jo 4:23).

Depois de afastar a mente da samaritana dos locais específicos de adoração e, em seguida, mencionar a superioridade da fé judaica sobre a dela, Jesus então falou à mulher sobre “os verdadeiros adoradores”. No verso 21, Jesus disse: “Vem a hora” em que as pessoas não adorarão naquele monte nem em Jerusalém; agora, porém, no verso 23, Ele diz que a hora “já chegou”, em que todos os verdadeiros adoradores adorarão em espírito e em verdade. Em outras palavras, não olhe para a glória passada, e não olhe para algum evento futuro. Ao contrário, “já chegou” o tempo para dar ao Senhor a adoração que Ele merece, e através dessa adoração experimentar o amor, a graça e a salvação que Ele oferece.

4. Jesus disse que todos os verdadeiros adoradores “adorarão o Pai em espírito e em verdade”. O que esses dois elementos representam, e como devemos aplicar isso à nossa experiência de adoração? Mc 7:6-9


Jesus a estava chamando para uma forma equilibrada de adoração, que procede do coração, que é sincera e profundamente sentida, que nasce do amor e temor para com Deus. Não há nada de errado com as emoções na adoração; afinal, nossa religião nos convida a amar a Deus (1Jo 5:2; Mc 12:30), e como o amor pode ser separado das emoções?


Ao mesmo tempo, Deus pede que Seus verdadeiros adoradores O adorem “em verdade”. Deus revelou Sua vontade, Sua lei e Sua verdade. Ele espera que acreditemos nessa verdade e a ela obedeçamos. Os verdadeiros adoradores amam a Deus, e por causa desse amor procuram servir-Lhe, obedecer-Lhe e fazer o que é certo. No entanto, como podem saber o que é certo sem conhecer a verdade sobre fé, obediência, salvação e assim por diante? Está equivocada a ideia de que as crenças não importam, de que apenas o espírito sincero é importante. Isso é apenas metade da equação. Crenças corretas não salvam, mas nos dão uma grande compreensão do caráter de Deus, e isso deve nos levar a amá-Lo e servir-Lhe ainda mais.


É a sua adoração mais espírito do que verdade, ou mais verdade do que espírito? Como você pode aprender a integrar e equilibrar esses dois aspectos do culto?


Quinta

Ano Bíblico: Ez 36-38


Adorando aos Seus pés


Durante os longos anos da história cristã, a igreja ficou dividida sobre a questão da divindade de Cristo. Seria Ele verdadeiramente o Deus eterno, um com o Pai desde a eternidade? Ou Ele teria sido criado mais tarde, vindo à existência através do poder criativo do Pai?


Embora, no início de nossa igreja, tenha existido certa confusão sobre esse assunto, Ellen G. White deixou muito claro, anos atrás, qual era sua posição. Como igreja hoje, temos aceitado plenamente essa posição.


“‘Ele será chamado pelo nome de Emanuel [que quer dizer: Deus conosco]’” (Mt 1:23). O brilho do ‘conhecimento da glória de Deus’ vê-se ‘na face de Jesus Cristo’ (2Co 4:6). Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’ (Hb 1:3). Foi para manifestar essa glória que Ele veio ao mundo. Veio à Terra entenebrecida pelo pecado, para revelar a luz do amor de Deus, para ser ‘Deus conosco’. Portanto, a Seu respeito foi profetizado: ‘Será o Seu nome Emanuel’” (Is 7:14; O Desejado de Todas as Nações, p. 19).

5. O que os seguintes textos nos dizem sobre a divindade de Cristo? Mt 2:11; 4:10; 9:18; 20:20; Mc 7:7; Lc 24:52; Jo 9:38.


Em Sua resposta a Satanás (Mt 4:10), Jesus deixou muito claro que só o Senhor deve ser adorado. O que nos leva à importante questão apresentada nos textos acima: Cristo nunca recusou a adoração das pessoas. Nas várias vezes em que as pessoas O adoraram, nenhum exemplo é dado, no qual Ele tivesse dito: Não Me adorem, dirijam sua adoração somente ao Pai. De fato, o oposto é o caso.

6. Leia Lucas 19:37-40. O que a resposta de Jesus aos fariseus diz sobre Sua atitude para com aqueles que O adoravam?


Precisamos reafirmar um tema abordado neste trimestre: é muito importante que Jesus seja o centro e o foco de toda a nossa adoração. Cada música, cada oração, cada sermão, tudo o que fazemos deve, de uma forma ou de outra, em última análise, dirigir nossa mente para Cristo, o Deus encarnado que Se ofereceu como sacrifício pelos nossos pecados. A adoração que nos deixa com um sentimento de admiração, amor e reverência para com nosso Senhor é a única, sem dúvida, agradável aos Seus olhos.



Sexta

Ano Bíblico: Ez 39–41


Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19-26: “Deus conosco”.

Os homens não são postos em comunhão com o Céu mediante a busca de um monte santo ou um templo sagrado. Religião não se limita a formas e cerimônias exteriores. A religião que vem de Deus é a única que leva a Ele. Para O servirmos devidamente, é necessário nascermos do divino Espírito. Isso purificará o coração e renovará a mente, nos dando nova capacidade para conhecer e amar a Deus. Trará motivação para obediência voluntária a todos os Seus reclamos. Esse é o verdadeiro culto. É o fruto da operação do Espírito Santo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 189).


“Ele próprio, igual a Deus, fez o papel de servo para com Seus discípulos... Aquele diante de quem todo joelho se dobrará, a quem os anjos da glória consideram uma honra servir, Se curvou para lavar os pés daqueles que Lhe chamavam Senhor” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 649).

Perguntas para reflexão:


1. Os líderes religiosos do tempo de Cristo afirmavam conhecer as Escrituras, mas ignoravam o maior milagre da história, o nascimento do Messias. Entretanto, os sábios do Oriente foram procurá-Lo no lugar certo e na hora certa. Que significado essa história tem para nós, como cristãos e como igreja? Como podemos evitar os erros das pessoas nos dias de Cristo, ao vermos se cumprido as profecias dos últimos dias?


2. Pense novamente sobre Maria e o que devia estar se passando em sua mente naquela incrível reviravolta nos acontecimentos. Pense em quanta coisa ela não entendeu e como algumas delas podem ter sido difíceis para ela (estar grávida sem nunca ter se envolvido com um homem, certamente deve ter sido estressante).


E ainda, mesmo em meio a tudo isso, ela foi capaz de louvar ao Senhor e adorá-­Lo, apesar de tantas perguntas sem respostas, de tantos pensamentos perturbadores e tantas coisas obscuras. Como podemos fazer o mesmo: adorar e louvar o Senhor em tempos de incertezas e incógnitas? Na verdade, por que esse pode ser o melhor de todos os momentos para estar em atitude de sincera adoração?

Respostas Sugestivas: 1: Alegria de Maria, ao ser reconhecida como a mãe do Salvador; ela adorou a Deus por Sua aliança com Israel, confirmada na vida de Maria. 2: Somente Deus é digno de culto; servimos a quem adoramos. Não há culto verdadeiro sem serviço. 3:Ter um relacionamento íntimo com Deus, de modo que nossa vida seja transformada, é mais importante do que o local ou as formas da religião. 4: O espírito são as emoções e a verdade são as convicções doutrinárias; precisamos adorar de forma completa, com o coração e com a razão. 5: Os magos e os discípulos adoraram Jesus, reconhecendo Sua divindade; Jesus aceitou essa honra. 6: Ele defendeu os que O adoraram, dizendo que se eles não fizessem isso, as pedras o fariam.

domingo, 4 de setembro de 2011

"O Princípio do Fim"


O Pr. Rafael Rossi nasceu em São Paulo no ano de 1979. Casado com a Profa. Ellen Nara de Souza Rossi, tem duas filhas: Giovana e Mariana. Formado em Teologia no UNASP-EC em 2000, pós-graduado em Aconselhamento pela UNISA em 2004 e em 2010 concluiu o Mestrado em Teologia Pastoral. Iniciou o seu ministério na Associação Paulistana em 2001 como instrutor bíblico na equipe de evangelismo. Em 2003 e 2004 foi pastor do distrito de Vila Assunção em Santo André. Em 2005 e 2006 pastor da igreja do Jardim América – Jacareí. No ano de 2007 foi nomeado evangelista e diretor do Ministério da Saúde da Associação Paulista do Vale, função que ocupou até agosto de 2009 quando foi nomeado evangelista da União Central Brasileira.

Nesta série de palestras o Pr. Rossi explora os temas abaixo enumerados, que podem ser acessados em formato de áudio para download e vídeo, no tema"O Princípio do Fim":

01) - 110401 Desvendando o Traidor (Vídeo)
02) - 110402 Desvendando o Plano (Vídeo)
03) - 110403 Desvendando a Data (Vídeo)
04) - 110408 Desvendando a Morte (Vídeo)
05) - 110409 Desvendando as 7 Pragas (Vídeo)
06) - 110410 Desvendando o Juízo Final (Vídeo)


Outras séries de Estudos Proféticos podem ser acessados aqui.

Fonte: Diário da Profecia.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Alegria diante do Senhor: santuário e adoração

Casa Publicadora Brasileira – Lição 432011

Sábado à tarde

Ano Bíblico: Pv 25–27

VERSO PARA MEMORIZAR: “E regozijem-se ali perante o Senhor, o seu Deus, vocês, os seus filhos e filhas, os seus servos e servas, e os levitas que vivem nas cidades de vocês por não terem recebido terras nem propriedades” (Dt 12:12, NVI).

Leituras da semana: Êx 25:1-22; 29:38, 39; Êx 35; Dt 12:5-7, 12, 18; 16:13-16

O escritor russo Leon Tolstoi escreveu sobre um amigo que, à beira da morte, explicou a perda da fé. O homem disse que, desde a infância, ele havia orado, num ato de devoção pessoal e adoração antes de ir para a cama. Um dia, após uma viagem de caça com seu irmão, estavam se preparando para dormir no mesmo quarto, e ele se ajoelhou para orar. Seu irmão olhou para ele e disse: “Você ainda está fazendo isso?” Daquele momento em diante, nunca mais o homem orou, nunca mais adorou novamente, e nunca mais exercitou a fé. As palavras “Você ainda está fazendo isso?” revelaram quão vazio e sem sentido esse ritual tinha sido para ele em todos aqueles anos, e por isso ele o havia abandonado.


Essa história ilustra o perigo do mero ritual. A devoção precisa vir do coração, da mente, de um relacionamento verdadeiro com Deus. É por isso que, nesta semana, consideraremos o serviço do antigo santuário israelita, o centro da adoração do povo de Israel, e tiraremos dele lições a respeito de como podemos ter uma experiência mais profunda de adoração.



Domingo

Ano Bíblico: Pv 28–31


“Para que Eu possa habitar no meio deles”

“Tu o introduzirás e o plantarás no monte da Tua herança, no lugar que aparelhaste, ó Senhor para a Tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as Tuas mãos estabeleceram” (Êx 15:17).

Esta é a primeira referência de um santuário nas Escrituras. Foi cantada como parte do cântico de libertação pelos filhos de Israel, depois que saíram do Egito. O verso não apenas fala sobre o santuário, mas sugere que ele será a morada de Deus na Terra. A palavra hebraica traduzida por “morada” vem de uma raiz que significa, literalmente, “estar sentado”. O Senhor realmente iria morar ou “sentar” entre Seu povo aqui na Terra?

1. Leia Êxodo 25:1-9. Por que Deus pediu para que o povo de Israel edificasse um santuário para Ele? Por que não usou Seu poder para erguer o tabernáculo?


O Deus que livrou Israel passaria a habitar no meio dele. O mesmo Deus que havia sido capaz de realizar tantos “sinais e maravilhas” incríveis (Dt 6:22), o Deus que criou os céus e a Terra, viveria entre Seu povo. Isso mostra que Deus estava bem perto!


Além disso, Deus habitaria em um prédio que seres humanos caídos haviam feito. Aquele que trouxe o mundo à existência com Sua Palavra poderia ter criado uma estrutura magnífica. Em vez disso, Ele fez com que Seu povo estivesse íntima e intrinsecamente envolvido na criação do lugar, que seria não somente Sua morada, mas o centro de toda a adoração israelita.


Os israelitas não fizeram o santuário de acordo com modelos humanos. Ao contrário: “Façam tudo... conforme o modelo” (Êx 25:9, NVI). Cada aspecto do tabernáculo terrestre devia representar corretamente um Deus santo e ser digno de Sua presença.


Tudo que se relacionava com ele devia inspirar o sentimento de temor e reverência. Afinal, essa era a morada do Criador do Universo.

Imagine que você está do lado de fora de um edifício e sabe que dentro dessa estrutura, habita Javé, o Deus Criador, o Senhor dos céus e da Terra. Que tipo de atitude você teria, e por quê? Sua atitude ainda precisa melhorar?



Segunda

Ano Bíblico: Ec 1–4


Corações dispostos

Como vimos ontem, o Senhor não somente decidiu habitar no meio do Seu povo, Ele resolveu habitar em uma estrutura que eles deviam construir, e não em um lugar que Ele havia criado de maneira sobrenatural. Ou seja, Deus os envolveu diretamente, uma atitude que, adequadamente, os teria aproximado do Senhor. Da mesma forma, Ele não criou miraculosamente o material que seria utilizado para a estrutura.

2. Que cuidados adotou Moisés ao ordenar a construção do Tabernáculo? Que lições importantes podemos obter, em relação à questão da adoração? Êx 35


Observe a ênfase na palavra dispostos. Deus disse: “Cada um, de coração disposto” (Êx 35:5), e “todo homem cujo coração o moveu” atendeu ao apelo (Êx 35:21). Isto significa que não houve fogo, trovões e alta voz do Sinai ordenando-lhes que dessem essas ofertas. Em vez disso, vemos ali o trabalho do Espírito Santo, que nunca força ninguém. A disposição deles para dar revelou um senso de reconhecimento e gratidão. Afinal, pense no que o Senhor havia feito por eles.


Além disso, observe que as pessoas não apenas estavam dispostas a dar para a obra da construção do santuário, mas desejavam fazer isso com espírito de alegria e vigor. Eles voluntariamente apresentaram dádivas materiais, tempo, talentos, e o trabalho de suas habilidades criativas: “Todas as mulheres cujo coração as moveu em habilidade...” (v. 26); “todo homem cujo coração o impeliu a se chegar à obra para fazê-la” (Êx 36:2).


Pela sua maneira de doar, o que os israelitas estavam fazendo também, mesmo antes da edificação do santuário?


Muitas vezes temos a tendência de pensar que adoração é um grupo de pessoas se reunindo para cantar, orar e ouvir um sermão. E embora isso seja verdade, a adoração não se limita a isso. O que os filhos de Israel estavam fazendo naquela ocasião era adoração. Todo ato de abnegação, em doar bens materiais, tempo e talentos para a causa do seu Senhor foram atos de adoração.

Pense sobre seus atos de doação: dízimos, ofertas, tempo, talentos. Como você tem experimentado o que significa adorar por meio desses atos? Como reflexo de suas dádivas sinceras, como você tem sido abençoado?



Terça

Ano Bíblico: Ec 5–8


O holocausto contínuo

“’Isto é o que oferecerás sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro… pela manhã e o outro, ao pôr-do-sol’” (Êx 29:38, 39).

O sacrifício diário de cordeiros, o “holocausto contínuo” (v. 42), devia ensinar ao povo sua constante necessidade de Deus e a dependência dEle para o perdão e aceitação. O fogo sobre o altar devia continuar queimando dia e noite (Lv 6:8-13). Esse fogo poderia servir como lembrete permanente de sua necessidade de um Salvador.


Nunca foi intenção de Deus que a oferta diária de um cordeiro se tornasse simplesmente um ato ritual ou rotina. Devia ser um momento de “intenso interesse para os adoradores”, um tempo de preparação para a adoração, em oração silenciosa e com “ardoroso exame de coração e confissão de pecado”. Sua fé precisava se apegar às promessas de um Salvador vindouro, o verdadeiro Cordeiro de Deus que derramaria Seu sangue pelos pecados de todo o mundo (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 353).

3. Qual é a relação entre a morte de Cristo e os sacrifícios de animais no sistema do Antigo Testamento? Hb 10:1-4; 1Pe 1:18, 19.


Em Hebreus 10:5-10, Paulo cita o Salmo 40:6-8, mostrando que Cristo cumpriu o verdadeiro significado das ofertas sacrificais. Ele sugere que Deus não tinha prazer em tais sacrifícios, mas que eles haviam sido planejados para ser um momento de tristeza, arrependimento e afastamento do pecado. Da mesma forma, a dádiva de Seu Filho como sacrifício final seria um tempo de terrível agonia e tristeza de cortar o coração, tanto para o Pai quanto para o Filho. Paulo também destacou que a verdadeira adoração precisa sempre brotar de um coração perdoado, purificado e santificado, que se deleita em obedecer a quem tornou tudo isso possível. “Rogo-vos, pois, irmãos… que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1).


Adoração significa, em primeiro lugar, entregar-se total e completamente a Deus como sacrifício vivo. Quando nos entregamos primeiramente, em seguida dedicamos nosso coração, dons e louvores. Essa atitude é uma proteção segura contra rituais vazios e sem sentido.

Pense nisto: Entreguei tudo a Cristo, que morreu por meus pecados? Existe alguma coisa no meu coração ou na vida, que eu me recuso a submeter a Ele? Como posso estar disposto a abrir mão disso?



Quarta

Ano Bíblico: Ec 9-12


Comunhão com Deus

Um dos aspectos fundamentais de ser cristão e de ter uma relação salvadora com Cristo, é conhecer o Senhor. O próprio Jesus disse: “A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste (Jo 17:3). Como em qualquer tipo de relacionamento, a comunicação é a chave.

4. Leia Êxodo 25:10-22. O que o povo é orientado a fazer ali, e quais promessas são apresentadas?


A presença de Deus habitava na glória da Shekinah , sobre o propiciatório, acima da arca sagrada, que continha a santa lei de Deus. Ali, “encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85:10). Ali, do altar de incenso, no lugar santo, a fumaça subia, representando as orações do povo de Deus misturadas com os méritos e intercessão de Cristo.


No meio de tudo isso está a promessa: “Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que Eu te ordenar para os filhos de Israel” (Êx 25:22).


Deus prometeu ao povo não apenas Sua presença; prometeu Se comunicar com as pessoas, falar com elas, para guiá-las nos caminhos que elas deviam seguir.

5. Que promessas encontramos em Salmo 37:23, 48:14, Provérbios 3:6 e João 16:13?


Hoje, é claro, não temos um santuário terrestre, mas temos as promessas da orientação e da presença de Deus em nossa vida, se nos entregarmos a Ele. Qual cristão não tem visto a direção do Senhor em algum momento de sua vida?


É aqui, também, que entra a adoração. Devemos adorar o Senhor em uma atitude de submissão, entrega, e boa vontade em ser conduzidos. Um coração submisso ao Senhor em oração, reverência e renúncia; um coração que sinta sua própria necessidade de salvação, graça e arrependimento, estará cheio de louvor e adoração a Deus, e será orientado no caminho que o Senhor deseja. No fim, a verdadeira adoração deve nos ajudar a ser mais abertos à liderança de Deus, porque a reverência deve nos ensinar a atitude de fé e submissão. Não há nada vazio nesse tipo de adoração.



Quinta

Ano Bíblico: Ct 1–4

Alegrar-se diante do Senhor

Grande parte dos livros de Êxodo, Levítico e Números está concentrada nos serviços do santuário: sua construção, suas cerimônias, os sacrifícios e as ofertas apresentadas ali, e o ministério dos sacerdotes. Era um lugar muito santo e consagrado. Afinal, não era apenas o lugar em que Deus habitava, era o lugar em que Israel se tornava perdoado e purificado do pecado. Era o lugar em que Israel descobria e experimentava o evangelho.


Ao mesmo tempo, não devemos ter a ideia de que a adoração israelita fosse fria, infrutífera e formal. O Senhor tinha estabelecido regras muito estritas sobre o que devia ser feito, mas essas diretrizes não eram fins em si mesmas. Ao contrário, eram meios para um fim, e a finalidade era que Seu povo fosse a santa, alegre e fiel nação da aliança, que ensinaria ao mundo sobre o verdadeiro Deus
(Êx 19:6, Dt 4:5-7, Zc 8:23).

6. O que estes textos nos dizem sobre a adoração israelita no santuário? Lv 23:39-44; Dt 12:5-7, 12, 18; 16:13-16


Uma das grandes lutas que a igreja enfrenta em nosso tempo tem que ver com adoração e estilos de culto. De um lado, os cultos da igreja podem ser frios, formais, obsoletos, e definitivamente sem alegria. O outro perigo é que as emoções se tornem o fator dominante: tudo o que as pessoas querem é ter momentos agradáveis, “se alegrando” no Senhor, em detrimento de todo tipo de fidelidade estrita às verdades bíblicas.


Um ponto importante a lembrar, uma lição que podemos aprender do modelo do santuário, é que toda a verdadeira adoração, que deve levar à alegria, precisa ser realizada no contexto da verdade bíblica. Deus deu aos israelitas instruções muito claras, rigorosas e formais, em relação à construção do santuário e seu ministério e cerimônias, todos os quais eram destinados a lhes ensinar as verdades da salvação, redenção, mediação e juízo. No entanto, ao mesmo tempo, eles deviam se regozijar perante o Senhor em sua adoração. Esse tema aparece repetidas vezes. Deve ficar claro, então, que uma pessoa pode ser muito forte nos ensinamentos bíblicos e, ao mesmo tempo, ter uma experiência de adoração feliz. Afinal, se as verdades da salvação, redenção, mediação e juízo, não são motivos de regozijo, que outra coisa nos alegraria?

Qual é sua experiência em se alegrar diante do Senhor? O que isso significa para você? Como você pode ter uma experiência de adoração mais feliz? Como você pode ter certeza de que sua experiência de adoração não é semelhante à do homem da história na introdução da lição desta semana, contada por Tolstoi?



Sexta

Ano Bíblico: Ct 5–8


Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 343-358: “O Tabernáculo e Suas Cerimônias”; p. 359-362: “O Pecado de Nadabe e Abiú”; p. 367-373: “A Lei e os Concertos”; Parábolas de Jesus, p. 288-290: “Por que Vem a Ruína”; SDA Bible Commentary, v. 4, p. 1139, 1140.

Da santa shekinah, “Deus tornava conhecida a Sua vontade. Mensagens divinas às vezes eram comunicadas ao sumo sacerdote por uma voz da nuvem. Algumas vezes, uma luz caía sobre o anjo à direita, para significar aprovação ou aceitação; ou uma sombra ou nuvem repousava sobre o que ficava ao lado esquerdo, para revelar reprovação ou rejeição” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 349).


“Neles [Seu povo], o Senhor planejou habitar plenamente neste mundo; não somente de maneira geral, mas morando em uma tenda, e no entanto, tomando posse de sua vida completamente, para mostrar a eles, e através deles ao mundo, como o Messias seria a morada de Deus” (F. C. Gilbert, Practical Lessons From the Experience of Israel for the Church of Today [Lições Práticas da Experiência de Israel para a Igreja de Hoje], Concord, Massachusetts: Good Tidings Press [Imprensa Boas Novas], 1902, p. 351).

Perguntas para reflexão:
1. Como você pode ajudar outros a ver que a entrega de dízimos e ofertas é verdadeiramente um ato de adoração? O que estamos comprometendo quando não devolvemos o dízimo e não ofertamos?
2. Na tentativa de alcançar os descrentes, algumas congregações têm alterado radicalmente seus cultos. Embora isso possa ser uma coisa muito boa, de que perigos devemos estar cientes, como o de comprometer e enfraquecer verdades bíblicas cruciais?
3. O santuário terrestre era um lugar muito venerável e santo, em que Deus habitava. Ao mesmo tempo, os filhos de Israel deviam se alegrar ali perante o Senhor. Que lições podemos tirar dessas verdades importantes sobre adoração?

Respostas Sugestivas: 1: O povo foi chamado a trazer ofertas para a construção do santuário; Deus decidiu habitar no meio deles. 2:Entregaram as ofertas com o coração disposto. Atos de abnegação, dedicação de tempo, talentos e recursos são atos de adoração. 3:O sangue de animais não podia remover pecados, mas representava o sangue do imaculado Cordeiro de Deus, que pode nos purificar. 4:A arca e o propiciatório com os dois querubins. Sobre a tampa da arca, a presença de Deus se manifestaria ao povo. 5: O Senhor firma os passos do homem bom; Ele endireita as nossas veredas e nos guia a toda a verdade. 6: Três vezes a cada ano, todo o povo devia se reunir no santuário para oferecer sacrifícios e ofertas e para celebrar as bênçãos do Senhor.