quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma nova ordem


Uma nova ordem

Lição 142009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Habacuque


VERSO PARA MEMORIZAR: “Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (1 Coríntios 10:11, NVI).

Leituras da semana: Gn 15:14-16; Lv 10:1-11; Nm 1–4; Jr 23:23, 24; Jo 14:15-18, 23

Um cristão mantinha uma conversa com um biólogo profissional. Procurando uma forma de testemunhar, o cristão perguntou: “Você não vê a mão de um Criador quando estuda essas coisas?”

Sem perder tempo, o biólogo respondeu: “Aonde quer que você olhe, para o exterior ou para o interior, você vê ordem.”

Por mais que nosso mundo tenha sido danificado pelo pecado, ainda podemos ver a ação de nosso Criador no desígnio e na ordem do mundo natural. Até mesmo um fanático darwinista foi forçado a admitir que a natureza é algo que dá “uma ilusão de desígnio”.

Ilusão? Por favor! Desígnio e ordem são reais e representam a mão de nosso Criador.

Mas a ordem de Deus não se encerra apenas mediante a natureza. Também pode ser vista no trato com Seu povo da aliança, os israelitas, mesmo enquanto vagavam pelo deserto. Nesta semana, vamos estudar melhor como Deus organizou Seu povo para seu sagrado chamado e vamos tirar algumas lições para nós em nossos dias.


Domingo

Ano Bíblico: Sofonias

Organizando o exército

Tendo escapado milagrosamente do Egito, as multidões de Israel transbordaram para o deserto do Sinai. Acampados em torno da montanha, os israelitas ouviram a voz de Deus proclamando Sua vontade (Êx 20). Apesar dessa incrível manifestação do poder de Deus, alguns apostataram e adoraram o bezerro de ouro (Êx 32). Depois dessa queda, a nação arrependida construiu um santuário portátil (Êx 25:8). O trabalho foi concluído no primeiro dia do primeiro mês no segundo ano (Êx 40:17).

Foi no mês seguinte que o Senhor passou a organizar mais completamente a nação (Nm 1:1) do que anteriormente. E foi nesse momento, com a nova organização, com essa nova ordem, que o livro de Números deu início à história sagrada das obras de Deus com Seu povo da aliança.

1. Que tipo de censo o Senhor pediu que Moisés e Arão fizessem, e por quê? Nm 1:2, 3

Os israelitas não foram uma nação guerreira. Sua ocupação era a de pastores; cuidavam de gado (Gn 47:3). Além disso, naquele momento, os israelitas eram escravos recém-libertos, sem armas nem treinamento para a guerra. Pode parecer estranho que o Senhor passasse a organizá-los em tropas. Mas deve-se lembrar que sua tarefa envolvia a remoção de várias nações das mais ímpias e corruptas no Oriente Médio, inclusive os amorreus e cananeus. O povo de Israel serviria como executor da vontade de Deus contra essas nações que haviam enchido o cálice de suas transgressões (Gn 15:14-16). Os israelitas eram agora uma teocracia, dirigida pelo próprio Deus. Eles eram um povo, um exército poderoso, em movimento.

2. Por que Deus determinou que os israelitas fizessem guerra às nações vizinhas? Gn 15:14-16 (veja também Dt 9:5)

No tempo de Abraão, Deus não havia permitido que os amorreus fossem destruídos. Deus revelou Sua misericórdia. “Os amorreus eram inimigos de Sua lei; não criam nEle como o Deus verdadeiro e vivo; mas, entre eles, havia algumas boas pessoas e, por amor desses poucos, Ele guardou Sua misericórdia” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 1, p. 1.093).


Segunda

Ano Bíblico: Ageu

A presença do Senhor

3. De que tarefa a tribo dos levitas foi encarregada? Nm 1:50-54

Moisés ergueu o tabernáculo portátil no meio do acampamento de Israel. Os levitas ergueram suas tendas ao redor do tabernáculo, nos quatro lados. Sua presença agia como um tipo de barreira, protegendo o lugar em que Deus manifestava Sua presença.

Por que o acampamento foi instalado assim? A Bíblia não diz diretamente, mas podem ser aprendidas algumas lições importantes desse arranjo.

Yahweh, o Deus vivo, estava em seu meio. Ele, o Criador, estava entre Seu povo – portanto, o que poderia vencê-los se os israelitas permanecessem fiéis? Mas, ao mesmo tempo, eles ergueram suas tendas a certa distância do tabernáculo (Nm 2:2), e isso porque Ele era santo, e eles, como pecadores, como seres caídos, só podiam chegar até ali. Assim, por um lado, eles tinham a realidade da proximidade e cuidado compassivo de Deus; ao mesmo tempo, eram constantemente lembrados de Sua grandeza e santidade e que só pela mediação eles poderiam, como pecadores, se aproximar de um Deus santo.

4. O que dizem outros escritores da Bíblia sobre a distância (transcendência) e proximidade (imanência) de Deus da humanidade? Sl 139:1-10; Is 57:15; Jr 23:23, 24; Jo 14:15-18, 23

“Em todos os tempos e lugares, em todas as dores e aflições, quando a perspectiva se afigura sombria e cheio de perplexidade o futuro, e nos sentimos desamparados e sós, o Consolador será enviado em resposta à oração da fé. As circunstâncias podem nos separar de todos os amigos terrestres; nenhuma, porém, nem mesmo a distância, nos pode separar do celeste Consolador. Onde quer que estejamos, aonde quer que vamos, Ele Se encontra sempre ao nosso lado, para apoiar, suster, erguer e animar” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 669, 670).

De que maneiras você experimentou a realidade da presença de Deus, Seu cuidado compassivo e Sua proximidade? Por outro lado, que coisas o impedem de manter uma intimidade muito mais profunda com Deus?


Terça

Ano Bíblico: Zc 1–4

Debaixo dos estandartes

“Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, se acamparam segundo os seus estandartes e assim marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais” (Nm 2:34).

5. Que característica sobre a religião de Israel se destaca logo no início do livro de Números? Números 2

O governo de Israel se caracterizava por uma estrutura organizacional muito precisa, vista, por exemplo, na organização que o Senhor instituiu para o acampamento e nas posições em que o povo deveria erguer suas tendas. O acampamento hebreu era separado em três grandes divisões, cada qual com sua posição designada no acampamento, com base nas famílias e nos laços tribais.

A posição de cada tribo no acampamento também era especificada. Cada qual deveria marchar e acampar ao lado de seu próprio estandarte. Nada era deixado ao acaso. O Senhor organizou cuidadosa e precisamente a nação. Embora eles fossem um povo, suas conexões familiares distintivas não foram rompidas.

6. Que indicação temos de que, apesar do claro padrão organizacional, ainda havia espaço para a distinção e singularidade das várias tribos? Nm 2:34


Quarta

Ano Bíblico: Zc 5–8

Chamado para o ministério

Em memória da libertação da escravidão egípcia, a morte dos primogênitos egípcios e da libertação dos seus próprios filhos sob o sinal do sangue, Deus pediu que os primogênitos de Israel fossem dedicados a Ele (Êx 13:2, 12-15).

7. Que indicação temos sobre o quanto devemos ao Senhor por nossa redenção e libertação? Neste contexto, por que o orgulho e a autossuficiência são tão pecaminosos? Êx 13:2, 12-15

No Monte Sinai, o Senhor fez uma permuta com os primogênitos de todos os israelitas. Em lugar deles, Ele tomaria os levitas (Nm 3:12, 13). Para tanto, foi necessário recensear aquela tribo, que até aquele momento não havia sido numerada com o restante de Israel. Moisés recebeu a ordem de contar os homens levitas de um mês para cima (v. 14, 15). A fim de fazer a troca, Moisés contou os primogênitos homens a partir de um mês de idade. O total somou 22.273 – isto é, 273 primogênitos israelitas a mais do que levitas.

8. O que os demais israelitas deveriam fazer como resgate? Para quem esse valor foi dado? Nm 3:46-51

O Senhor também dedicou os levitas a Arão e seus filhos e descendentes sacerdotes; eles deveriam ajudar na adoração de Deus e no cuidado do tabernáculo. De certo modo, eles foram chamados para o ministério da igreja no deserto.

Ao chegarem à Terra Prometida, os levitas continuaram ligados ao santuário em diversas tarefas (1Cr 23:27-32). Espalhados por todas as tribos, alguns se tornaram levitas instrutores (2Cr 17:7–9); outros se tornaram juízes (2Cr 19:8-11), instruindo o povo nos caminhos de Deus.

Como você pode ver a cruz, a morte substituinte de Jesus (Jo 3:16), prefigurada nessas cerimônias? O que significa que Jesus tomou o seu lugar? Como o conhecimento dessa realidade deve mudar sua vida?


Quinta

Ano Bíblico: Zc 9–11

Protegendo o que é sagrado

Pelo estabelecimento do sistema de adoração no Sinai, Deus escolheu uma família de levitas para atuar como sacerdotes. Esse trabalho foi registrado em Números 4. Moisés consagrou Arão como sumo sacerdote e seus quatro filhos – Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar – como sacerdotes assistentes. O restante da tribo de Levi ajudaria os outros mas não atuaria como sacerdotes. É óbvio que todos os levitas em condições de trabalhar tinham seu lugar e serviço, trabalhando harmoniosamente para preservar e proteger a santidade do sistema de adoração de Israel.

Sem dúvida, os levitas receberam uma responsabilidade solene. O mesmo se deu com os filhos de Arão, que atuariam como sacerdotes diante do Senhor no tabernáculo. Pense no que eles foram chamados a fazer. O próprio Senhor, o Criador, revelou Sua presença entre eles no santuário (Nm 14:10, 11), lembrança poderosa para eles de que sua segurança só existia nEle, aquele que os havia libertado do Egito. Esses sacerdotes eram os mediadores entre um Deus santo e o povo caído. Evidentemente, em seus papéis, eles também eram símbolos de Jesus, nosso verdadeiro Sumo Sacerdote no santuário celestial (Hb 8).

9. Que acontecimento estranho ocorreu no santuário? Lv 10:1-11. O que aconteceu, e que lições existem para nós, hoje?

É difícil imaginar que esses jovens, a quem havia sido dada responsabilidade tão sagrada e que já haviam recebido tanto (veja Êx 24:9-11), violassem tão abertamente uma ordem expressa de Deus. Por mais duro e severo que nos pareça seu castigo, ele só destaca a realidade de quão sagrada foi a responsabilidade que lhes foi atribuída. Sem dúvida, outros entenderam a mensagem de quão seriamente o Senhor esperava que Seus mandamentos a respeito do santuário fossem cumpridos.

“Lidar com coisas sagradas da mesma forma que fazemos com os assuntos comuns é uma ofensa a Deus; pois é santo aquilo que Ele separou para fazer Seu serviço em levar a luz ao mundo. Os que mantêm qualquer ligação com a obra de Deus não devem andar na vaidade de sua própria sabedoria, mas na sabedoria divina, do contrário estarão em risco de pôr no mesmo nível as coisas sagradas e as comuns, separando-se, assim, de Deus” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 639).

Leia cuidadosamente Levítico 10:10. Como nós hoje podemos distinguir entre o santo e o comum, entre o puro e o impuro? Leve sua resposta para a classe no sábado.


Sexta

Ano Bíblico: Zc 12–14

Estudo adicional

10. O tema da santidade de Deus atravessa as Escrituras como um fio de prata. Defina santidade. Que relação tem a santidade com Seus servos? Êx 28:36; Lv 11:44, 45; Is 6:1-7; Hb 12:14; 1Pe 1:15, 16

“Os anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem dos anjos, tanto maior êxito terão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem, não poderão com êxito trabalhar por nós. Eles se afastarão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços incentivarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles” (Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, p. 28).

Resumo: O Senhor é um Deus de ordem. Assim que as tribos foram reunidas no deserto diante do Monte Sinai, Ele começou a organizá-las em torno do tabernáculo. Primeiro, os exércitos de Israel foram organizados, e o acampamento de cada tribo foi selecionado, bem como sua ordem de marcha. Os levitas se acamparam como uma barreira em torno do tabernáculo e receberam orientações específicas quanto a seu serviço de levantá-lo e transportá-lo. O Deus santo estava em seu meio quando Israel entrava em movimento.

Respostas Sugestivas:

Pergunta 1: Um censo militar.
Pergunta 2: A fim de puni-las por sua iniquidade.
Pergunta 3: De cuidar do tabernáculo e de seus utensílios.
Pergunta 4: Deus habita a eternidade, mas esquadrinha o nosso viver.
Pergunta 5: Uma nação ordeira.
Pergunta 6: Estavam organizados por clãs e famílias.
Pergunta 7: Deus estipulou que todos os primogênitos Lhe pertenciam. Na verdade, todos nós somos propriedade Sua.
Pergunta 8: Apresentar uma oferta de resgate.
Pergunta 9: Nadabe e Abiú trouxeram fogo estranho para dentro do santuário. Foram mortos pelo fogo que saiu de diante do Senhor. Não se deve confundir as coisas profanas com as sagradas.
Pergunta 10: Santo é algo ou alguém separado para o Senhor. Os servos de Deus devem ser separados das coisas profanas.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Procure o Mestre


"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei... e achareis descanso para a vossa alma" (Mateus 11.28,29c)

Quantas e quantas vezes sentimos o fardo de nossas preocupações, responsabilidades e aflições como uma carga esmagadora sobre nossa vida.

Parece que tudo o que fazemos não é suficiente para produzir a paz de espírito que tanto precisamos. As vezes chegamos a pensar que nossa fadiga e sofrimento nunca terá fim. As constantes exigências de nossos compromissos no cuidado e sustento daqueles que dependem de nós, o lidar com nossos próprios erros e a necessidade de conviver nas contradições de um mundo em agonia parecem consumir o que resta de nossas forças.

As vezes percebemos que não adianta buscar o refúgio em um passeio no final de semana, ou uma viagem para um lugar distante, porque não conseguimos fugir de nossas responsabilidades. Não importa onde possamos estar, pois nossos pensamentos e sentimentos permanecem prisioneiros de nossas maiores preocupações e necessidades. Compreendemos que viver é sustentar o próprio peso de todos os nossos compromissos, conflitos e necessidades na manutenção da própria vida.

O Senhor Jesus sabe o quanto somos prisioneiros de nossa maneira de viver. Na verdade ele sabe que na maioria das vezes não conseguimos controlar os acontecimentos em nossa vida. E quantas vezes permitimos nossa própria escravidão quando sucumbimos às nossas necessidades e nos tornamos refém de situações que nós mesmos geramos; seja por ignorância, arrogância, medo ou fraqueza de nosso próprio espírito.

Vinde a mim é o que diz o Senhor Jesus. Nos momentos de aflição e desespero não adianta tentarmos arrumar explicações. Há momentos que as nossas palavras não resolvem o que sentimos e não diminui nossa dor. É preciso um momento de paz, que nos ajude a recuperar as forças. Momentos que é preciso ouvir: "Eu vos aliviarei e em mim achareis descanso". É tudo o que realmente precisamos. Quando chamamos pelo nome do Senhor Jesus, com fé e firme determinação no coração, recebemos o milagre de sua presença restauradora.

Saiba que Jesus chama seu nome neste momento: _ "Vinde a mim". Já é possível sentir os efeitos de sua presença. Responda e ele certamente dirá: _ "Sim, achareis descanso para a vossa alma.

REFLEXÃO: “Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” (João 11:25)

Meditando em Jesus -
(por Oswaldo M. Filho)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O último folheto

(adaptado do texto de autor desconhecido)

“Porque, quem se envergonhar de mim e das minhas palavras, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos” (Lucas 9:26)

Todos os domingos de manhã, depois da reunião do grupo de oração na igreja, o coordenador do grupo e seu filho de apenas 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos falando do amor de Deus pra com seus filhos.
Numa daquelas tardes de domingo, quando chegou à hora do pai e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito em toda a região. O menino como de costume, se agasalhou e sem hesitar disse:
-'Ok, papai, estou pronto.'
E seu pai perguntou:
-'Pronto para quê?'
-'Pai, está na hora de pegarmos os nossos folhetos e sairmos'.
Seu pai respondeu:
-'Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito'.
O menino olhou para o pai surpreso e perguntou:
-'Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva'?
Seu pai respondeu:
-'Filho, eu não vou sair nesse frio'.
Triste, o menino perguntou:
-'Pai, eu posso ir?'
Pensativo por um momento, o pai disse:
-'Tudo bem, pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado.'
Então ele saiu no meio daquela chuva.

Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos a todos que via.

Depois de caminhar por horas na chuva, estava todo molhado, mas faltava um último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam desertas.
Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta.

Finalmente, o menino se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda. E, finalmente, a porta se abriu bem devagar. Era uma senhora idosa com um olhar triste. Ela perguntou:
-'O que você deseja, meu filho?'
Com um sorriso que iluminou o mundo dela, o menino disse:
-'Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR.'
Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora.
Ela o chamou e disse:
-'Obrigada, meu filho! E que Deus te abençoe!'
Bem, no domingo seguinte na Igreja, o Coordenador do Grupo de Oração, após a sua pregação perguntou:
- 'Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?'
Lentamente, na última fila da Igreja, uma senhora idosa se pôs de pé. E começou a falar.
- 'Ninguém me conhece neste Grupo, eu nunca estive aqui. Até o domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu há algum tempo e eu fiquei sozinha neste mundo. No domingo passado, um dia frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.'
- 'Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi para o sótão da minha casa, amarrei a corda numa madeira do telhado, subi na cadeira e coloquei a corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, só e de coração dilacerado, estava pronta pra saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou'. Eu pensei:
-'Quem será? '
-'Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora.'
Eu esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa passou a bater forte. E pensei:
-'Quem pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa há tempos, ainda mais num dia desses.' Afrouxei a corda do meu pescoço e fui à porta ver quem era, enquanto a campainha soava cada vez mais alta.
Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante que já vi em minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito saltasse para a vida quando ele disse:
-'Senhora, eu só vim aqui para dizer que JESUS A AMA MUITO.' Então ele me entregou este folheto que eu tenho em minhas mãos.
.
Conforme aquele menino desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e li cada palavra deste folheto. Então eu subi para o sótão, peguei minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - agora eu estou aqui. Já que o endereço do seu Grupo de Oração estava no verso deste folheto, vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADA a este menino de Deus que no momento certo livrou a minha alma.'

Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos no grupo de oração. O coordenador então foi em direção à primeira fila onde o 'seu' menino estava sentado. Tomou seu filho nos braços e chorou tremendamente.

Provavelmente nenhum grupo de oração teve um momento tão grande como este e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho... Exceto um!

O Pai Eterno também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, o Pai O assentou num trono acima de todo principado e lhe deu um nome que é acima de todo nome: Jesus Cristo! Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Que Ele seja conosco; que possa nos dar o poder do Espírito necessário, para que como este garoto, não venhamos a negligenciar o maior privilégio já comissionado a seres mortais: pregar o evangelho da salvação sem vacilo, com alta voz, a toda língua, povo e nação, nestes que são os últimos dias da história deste mundo.

REFLEXÃO: "Recebi instruções que, ao nos aproximarmos do fim [...] devem ser espalhados, como FOLHAS DE OUTONO, entre o povo, FOLHETOS que contenham a luz da PRESENTE VERDADE. [...] esses folhetos serão como as folhas da árvore da vida, que servem para a cura das nações." (Ev, p. 35, 36).

Meditando em Jesus

domingo, 27 de setembro de 2009

O paradoxo da agulha

O que Jesus queria dizer com a expressão “passar um camelo pelo fundo de uma agulha” (Mt 19:24)? – N.F, Santo André, SP

“As palavras ‘passar um camelo pelo fundo de uma agulha’ são uma expressão proverbial semelhante a várias outras usadas no mundo antigo para descrever uma impossibilidade”

Em Mateus 19:16-30 (ver também Mc 10:17-31; Lc 18:18-30) aparecem o relato do jovem rico, que não conseguiu se desvencilhar de suas posses materiais, e as declarações de Cristo sobre o perigo das riquezas. Depois que o jovem “retirou-se triste”, Cristo afirmou: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt 19:22-24).

Alguns comentaristas bíblicos procuraram minimizar o efeito paradoxal da expressão “passar um camelo pelo fundo de uma agulha” reinterpretando o significado dos termos “camelo” e “fundo de uma agulha”. Por exemplo, há quem diga que a palavra “camelo” se refira aqui não ao próprio animal conhecido por esse nome, mas a um “cabo” ou “corda” de navio. Os defensores dessa teoria se baseiam no fato de que alguns manuscritos bíblicos, produzidos vários séculos depois de Cristo, trazem nesse verso a palavra “cabo” em vez de “camelo”. Como no original grego os termos “camelo” (kámelos) e “cabo” (kámilos) possuem certa semelhança entre si, é provável que alguns copistas e tradutores do Novo Testamento tenham substituído intencionalmente o termo “camelo” por “cabo”.

Outra teoria popular pretende identificar o “fundo de uma agulha” com uma suposta portinhola lateral nos muros de Jerusalém, pela qual passavam os pedestres quando os grandes portões daquela cidade já estavam fechados. Embora as portinholas de algumas cidades mais recentes da Síria fossem denominadas de “olho da agulha”, não existem evidências de que esse era o caso com Jerusalém nos dias de Cristo. Como a teoria da portinhola surgiu séculos depois de Cristo, não cremos que Ele a tivesse em mente no texto em consideração.

As palavras “passar um camelo pelo fundo de uma agulha” são, sem dúvida, uma expressão proverbial semelhante a várias outras usadas no mundo antigo para descrever uma completa impossibilidade. Mesmo na literatura judaica posterior aparecem alusões ao “elefante” como incapaz de passar pelo fundo de uma agulha. Sendo que os discípulos estavam bem mais familiarizados com o camelo do que com o elefante, Cristo decidiu contrastar o maior dos animais da Palestina (o camelo) com o menor dos orifícios conhecidos na época (o fundo de uma agulha).

As tentativas de interpretar o “camelo” como um cabo e o “fundo de uma agulha” como uma portinhola acabam enfraquecendo, portanto, a força do argumento de Cristo. O texto de Mateus 19:16-30 deixa claro que o propósito de Jesus era levar Seus discípulos a entender a completa impossibilidade de alguém, semelhante ao jovem rico, ser salvo enquanto ainda apegado às suas riquezas. O problema não está nas riquezas em si, mas no apego indevido a elas. Mas quando o ser humano aceita o convite à renúncia de si mesmo (ver Mt 16:24-26), aquilo que é “impossível aos homens” se torna possível ao poder transformador da graça divina (Mt 19:26).

Fonte: Por Alberto R. Timm / Sinais dos Tempos, janeiro/fevereiro de 2003, p. 30 (usado com permissão)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A batalha pelo poder

Lição 1332009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Joel


Verso para Memorizar: “Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus” (3Jo 11).

Leituras da semana: Is 14:13, 14; Mc 9:35; 1Co 12:7-31; 1Co 13; Fp 2:3; 3Jo; Ap 14:6

Batalhas pelo poder podem vir de várias formas. Seja pelo governo de impérios, pelo comando de empresas ou até mesmo por posição e autoridade religiosa, a batalha pelo controle pode ser feia e até mesmo violenta. Em sentido real, o grande conflito no Céu começou com uma batalha pelo poder – Satanás buscando a posição e autoridade que pertenciam só a Jesus, o Criador, e não a uma criatura. Infelizmente, mesmo na igreja, esse mesmo espírito pode ser manifestado.

Terceira João, a epístola final desta série, estuda a batalha pelo poder em uma das primeiras igrejas. De um lado, estão o apóstolo João, Gaio e Demétrio. Do outro lado está Diótrefes, que tenta estabelecer sua supremacia. Uma batalha pelo poder em uma igreja local? Certamente, como cristãos hoje, não enfrentamos nada semelhante a isso, não é verdade?

Prévia da semana: A quem João escreveu esta epístola? O que sabemos sobre Gaio e seu caráter que pode ser de valor para nós? Que tipo de batalha pelo poder estava ocorrendo na igreja?


Domingo

Ano Bíblico: Am 1–4

O ancião e Gaio (3Jo 1:1-4, 13-14)

Esta é uma das poucas epístolas do Novo Testamento (juntamente com Filemon, 1 e 2 Timóteo e Tito) que são dirigidas a uma só pessoa, não a uma congregação.

É interessante que João se refere a si mesmo aqui como presbítero, ou ancião (3Jo 1, Bíblia de Jerusalém). Mas João era um apóstolo, não um ancião de igreja local; então, por que ele fez assim? Existem várias razões possíveis, algumas das quais não são exclusivas: (1) O título de ancião pode se referir a posição, idade ou ambos. No caso de João, a última opção parece mais provável. (2) Usando o título ancião, João indica que a epístola não era dirigida a um amigo, apenas, mas um comunicado oficial. (3) O título indica respeito e autoridade devidos ao seu possuidor. (4) Em 1 Pedro 5:1, Pedro se dirige aos anciãos e se considera um deles, embora fosse apóstolo. João pode ter seguido esse uso. (5) O uso da palavra ancião por João pode indicar humildade e respeito à comunidade, atitude bastante diferente da de Diótrefes.

1. Que informações temos sobre Gaio em 3 João 1-4?

João deve ter tido um bom relacionamento com Gaio. Ele o chama de amado e lhe diz que o ama verdadeiramente. Por três vezes a palavra amar ou seus derivados são usados nos versos 1 e 2 para descrever o relacionamento de João com Gaio.

2. Como cristãos, o que significa amar uns aos outros? Como mostramos esse amor? Veja 1 Coríntios 13.

João se regozijou de que Gaio estava andando na verdade. Por duas vezes, ele mencionou nos versos 3 e 4 que até os irmãos que conheciam Gaio estão elogiando sua atitude e maravilhoso estilo cristão de vida. João, de sua parte, deseja encontrar Gaio logo e falar com ele pessoalmente. As saudações a Gaio e da parte deste mostram que há um círculo maior de crentes que o conhecem e que o apoiam.

Examine cuidadosamente 1 Coríntios 13. Você manifesta adequadamente os princípios de que Paulo fala nesse capítulo? Em que áreas você vai bem; em que áreas você pode e deve melhorar?


Segunda

Ano Bíblico: Am 5–9

Gaio e seu ministério à Igreja (3Jo 5-8)

3. Qual era o costume de Gaio e de sua igreja para com os estrangeiros? 3Jo 5-8. Que lição importante existe para nós neste texto?

Em sua segunda epístola, João falou sobre a hospitalidade e advertiu contra o abrigar os missionários itinerantes que ensinavam heresias. Os verdadeiros crentes não podem sustentar os anticristos. Em 3 João, o apóstolo volta ao assunto da hospitalidade. E aqui ele destaca que alguns missionários itinerantes precisavam de ajuda. Eles pregavam gratuitamente o evangelho mas precisavam de algum alimento e um lugar para passar a noite. Ao contrário dos missionários heréticos a respeito de quem João já havia falado, esses missionários eram pessoas dedicadas a Deus em todos os sentidos.

Gaio os apoiava e lhes oferecia hospitalidade. Os missionários haviam ficado bem impressionados e o haviam mencionado à igreja.

O que vemos aqui não se refere à hospitalidade, apenas, não só a dar a alguém um lugar para passar a noite, mas com todo o princípio de apoio ao trabalho do ministério e das missões. João ficara grato por Gaio haver tratado essas pessoas como havia feito. Isso mostrava sua disposição de dar-se à obra de anunciar o evangelho. Neste sentido, Gaio deve servir de exemplo a todos nós. O Senhor nos escolheu, como crentes, para espalhar esta verdade ao mundo todo.

4. Leia Apocalipse 14:6. Quem é esse anjo, e quão ampla é sua missão?

Como cristãos em geral e adventistas em particular, devemos ter consciência de nosso chamado para apoiar o trabalho de anunciar o evangelho em todos os lugares do mundo. Qualquer que seja nossa posição, qualquer que seja nosso papel, todos podemos ter uma parte nessa tarefa.

Como está seu envolvimento na ajuda para anunciar as verdades que recebemos? O que mais você poderia fazer? Quanto de seu tempo, dinheiro e disposição você está disposto a dedicar pela causa de ajudar os outros a ouvir as boas-novas de Jesus Cristo e a promessa de Sua volta?


Terça

Ano Bíblico: Obadias, Jonas

Diótrefes (3Jo 9, 10)

“Assentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: ‘Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos’” (Mc 9:35, NVI).

5. Que importante princípio cristão existe neste verso? Mais importante, como podemos aprender a segui-lo? 3Jo 9, 10

Depois de ter posto em evidência Gaio e seu ministério, João estava pronto para tratar do problema com Diótrefes, líder da igreja a que Gaio pertencia. Evidentemente, esse homem era uma fonte de muitos problemas, e João estava decidido a lidar com ele no tempo certo.

6. Qual era o problema com Diótrefes? Pelas poucas informações que temos, qual era a atitude dele para com a liderança da igreja? 3Jo 9, 10. Veja também Is 14:13, 14; Mt 12:37; 18:3-6; Fp 2:3.

Diótrefes era um problema. Os membros da igreja estavam sendo postos de lado ou até removidos por mostrarem cortesia cristã básica a outros. Mas não era tudo. Provavelmente, Diótrefes estava tentando firmar-se como o único líder da congregação ou pelo menos manter o controle. Ele pode ter confundido cobiça de poder com zelo pelo evangelho. Rejeitando arrogantemente a autoridade do apóstolo João e de outros, Diótrefes havia ido além e caluniado João.

Essa era uma atitude perigosa, porque parece que Diótrefes agir independentemente dos que estavam vigiando a igreja em âmbito maior. Essa atitude oferecia o risco de mudar dramaticamente a natureza da igreja e o papel que os membros exerciam nela.


Quarta

Ano Bíblico: Mq 1–4

Dando testemunho sobre Demétrio

7. Que conselho deu João a Gaio e aos outros membros da igreja? 3Jo 11. Que advertência temos sobre um líder da igreja que age contrariamente aos princípios de Cristo?

O verso 11 é uma declaração transitiva. Constrói uma ponte entre que João diz sobre Diótrefes e o que iria dizer sobre Demétrio. O mal tem um representante, e esse é Diótrefes. O líder arrogante e ambicioso foi identificado claramente porque pertencia ao que é mau. Por outro lado, um bom exemplo para que Gaio seguisse era Demétrio.

8. O que sabemos sobre Demétrio? 3Jo 12

Existe outro Demétrio em Atos 19:23-29. Ele foi o ourives responsável pela revolta em Éfeso quando Paulo pregou o evangelho nessa cidade. Nada no texto indica que seja a mesma pessoa.

Demétrio foi um cristão gentio. Ele sustentou o apóstolo João e pode ter sido um de seus associados e um dos missionários itinerantes. João pode ter desejado estar presente quando planejava confrontar Diótrefes.

Talvez o princípio mais importante que podemos tirar deste verso sobre Demétrio seja o poder da influência. Leia novamente o verso. Quem podia testemunhar sobre a “fidelidade” de Demétrio? Esse testemunho vinha de muitas direções. A lição é que, se vivermos de maneira cristã, se formos fiéis, os outros saberão. Os outros podem dar testemunho disso. E, mais importante ainda, os outros podem ser influenciados por isso. No fim, de uma forma ou de outra, nossa vida, nossa existência, envia uma mensagem, e essa mensagem pode ser uma influência positiva ou negativa. Isso não significa que somos perfeitos, não significa que não cometemos erros, não significa que não temos espaço para melhorar. Quer dizer, ao invés, que os outros estão nos observando, estão nos ouvindo, e são influenciados por nós. A pergunta é: Que tipo de testemunho estamos dando?

Imagine que alguém esteja dando um relatório sobre você e seu comportamento cristão. O que essa pessoa escreveria, e por quê? Medite nas implicações de sua resposta.


Quinta

Ano Bíblico: Mq 5–7

Crise de liderança no início da Igreja

Pelo que vimos, havia uma crise de liderança em pelo menos uma das igrejas de João. De acordo com essa epístola, o problema não se referia tanto à teologia, mas à ambição pessoal e à mudança na maneira de administrar as igrejas. Porém, frequentemente, quando começa um conflito, ele envolve alguns assuntos e, mais tarde, parte para outros. Então, neste relato também, as doutrinas da igreja podem ter sido afetadas.

Notamos certo tipo de luta pelo poder e desejo de independência. Isso existe hoje na ideia do congregacionalismo, em que as igrejas locais tentam ser completamente independentes de qualquer corpo eclesiástico-administrativo, e andar sozinhas. Esse não é o modelo do Novo Testamento.

Todo os crentes são povo e corpo de Cristo. Todo os crentes também são parte do sacerdócio real (1Pe 2:9). Todos receberam dons espirituais, necessários para a igreja (1Co 12:7-31). A distinção entre leigos e clero é estranha ao Novo Testamento. Porém, Deus chamou algumas pessoas para posições de liderança na igreja e lhes concedeu talentos. Essas pessoas devem ser respeitadas. Os líderes não são infalíveis e não devem fingir isso. Em alguns casos, até pode haver razões justificadas para reclamações (1Tm 5:19). Se o líder precisar ser confrontado, isso deve ser feito com cuidado e amor.

Os líderes devem realmente liderar, mas precisam também ser pastores e, acima de tudo, precisam servir de exemplos para o restante do corpo de Cristo. As qualificações para os líderes estão mencionadas tanto no Antigo como no Novo Testamento. As palavras bispos e anciãos ainda são usadas de modo intercambiável no Novo Testamento (At 20:17, 28), embora isso tenha mudado dramaticamente na história da igreja a partir de quando foi criada uma hierarquia rígida e a Igreja passou a se identificar mais ou menos com o denominado clero.

9. De acordo com o texto bíblico, como a igreja deve ser governada? Mc 10:42-44; At 6:1-7; 15:6, 22-25; 1Tm 4:14; Tg 5:14

O Novo Testamento se opõe ao caos e à anarquia na igreja. A liderança é mencionada em nível local, e também na igreja universal. Porém, o próprio Jesus enfatizou que a liderança na igreja ou nas igrejas deve ser a liderança servidora. As igrejas locais eram governadas por um grupo de anciãos, e não por uma pessoa somente. As decisões eram tomadas envolvendo a igreja inteira ou representantes dela.


Sexta

Ano Bíblico: Naum

Estudo adicional

Leia as passagens a seguir sobre a governança/liderança da igreja: Jo 13:1-12; Ef 4:11-16; 1Ts 5:12, 13; 1Tm 1:3, 4; 4:13; 5:22; Tt 1:1-3; 1Pe 5:1-4.

“Os que são inclinados a considerar como supremo seu critério pessoal, acham-se em grave perigo. É o planejado esforço de Satanás separar esses dos que são condutos de luz, e por cujo intermédio Deus tem operado para edificar e estender Sua obra na Terra. Negligenciar ou desprezar aqueles que Deus designou para arcar com as responsabilidades da direção ligadas ao progresso da verdade é rejeitar o meio ordenado por Ele para auxílio, animação e fortalecimento de Seu povo” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 444).

“Deus não estabeleceu, entre os adventistas do sétimo dia, nenhuma autoridade suprema para dirigir toda a corporação, ou qualquer parte da obra. Ele não estipulou que a responsabilidade da direção devesse recair sobre uns poucos homens. As responsabilidades são divididas entre grande número de homens competentes” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 236).

Perguntas para consideração

1. Pense no poder e como ele é usado. Quando o poder é bom? Quando é mau? Como podemos saber a diferença?
2, Que cristãos em sua igreja local podem ser apontados como modelos de líderes? O que é admirável neles? Ao mesmo tempo, que perigos surgem quando colocamos um pecador na posição de modelo?
3. Você já ficou decepcionado com alguém que considerava modelo? Que lições você aprendeu e que podem ser de valor para outros? Como podemos aprender do bom exemplo de outros e ser protegidos do desapontamento se eles falharem?
4. Como a igreja deve reagir quando tem um problema sobre a liderança? Como pode chegar ao equilíbrio correto no trato firme com o problema e, ao mesmo tempo, mostrar a graça e a misericórdia de Cristo?

Respostas sugestivas:

Pergunta 1: Havia bom relacionamento entre João e Gaio. Tanto ele como seus filhos eram cristãos fiéis à verdade.
Pergunta 2: Buscar o melhor interesse de Deus ou do próximo sem esperar recompensa nem medir sacrifícios.
Pergunta 3: Hospedava-os com amor.
Pergunta 4: Representa os pregadores da mensagem de Cristo. Alcança todo o mundo.
Pergunta 5: A importância de tratar pessoalmente certos problemas.
Pergunta 6: Mostrava-se hostil à liderança mais abrangente da Igreja. Aparentemente, desejava tornar-se líder absoluto.
Pergunta 7: Aprender o que é bom e rejeitar o que é mau.
Pergunta 8: Aparentemente, era um cristão equilibrado.
Pergunta 9: Buscando criar harmonia entre todos, dentro dos princípios bíblicos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Grande Conflito


Série de estudos com o Pr. Luis Gonçalves que revela o Grande Conflito entre o bem e o mal e nos indica como podemos ser vitoriosos nesta batalha espiritual.

“Uma contínua batalha prossegue entre as forças do bem e as forças do mal. Estamos agora no meio … deste conflito e não podemos ser neutros. Devemos nos posicionar de um lado ou do outro”.

Neste grande conflito, o que está em jogo é a vida ou a morte eterna!

“Vivemos em um mundo onde o bem e o mal, o certo e o errado lutam pela supremacia. Há apenas dois lados nesse grande conflito espiritual. De que lado estamos? Esta é uma escolha de conseqüências eternas, porque a vida e a morte são, literalmente, eternas” Clifford Goldstein.

Só há uma maneira de conhecer sobre este conflito e só há um livro, A Bíblia Sagrada, que revela tudo que você precisa saber para estar do lado vencedor.

Abaixo seguem as 18 lições em vídeo, web e pdf para você estudar!

01) - O Livro que revela tudo (Vídeo)(web)(pdf)
02) -
Os Símbolos das profecias (Vídeo)(web)(pdf)
03) -
As Colunas da verdade (Vídeo)(web)(pdf)
04) -
A Estratégia do inimigo (Vídeo)(web)(pdf)
05) -
Deus e o conflito (Vídeo)(web)(pdf)
06) -
Jesus e o Grande Conflito (Vídeo)(web)(pdf)
07) -
O Espirito Santo e o Conflito (Vídeo)(web)(pdf)
08) -
A Bíblia Sagrada e o conflito (Vídeo)(web)(pdf)
09) -
A Lei e o grande conflito (Vídeo)(web)(pdf)
10) -
A Restauração da verdade (Vídeo)(web)(pdf)
11) -
O Selo de Deus e o conflito (Vídeo)(web)(pdf)
12) -
O Santuário e o conflito (Vídeo)(web)(pdf)
13) -
O Juízo Final (Vídeo)(web)(pdf)
14) -
Os livros do Juízo (Vídeo)(web)(pdf)
15) -
O fechamento da porta da Graça (Vídeo)(web)(pdf)
16) -
O segredo da morte (Vídeo)(web)(pdf)
17) -
Decisão (Vídeo)(web)(pdf)
18) -
O fim do Grande Conflito (Vídeo)(web)(pdf)

[Extraído do site Esperança]

Outros Estudos Proféticos podem ser acessados aqui.
Fonte: Diário da Profecia.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Uma droga chamada açúcar

A revista Veja desta semana traz como matéria de capa reportagem sobre os males do açúcar. Leia aqui alguns trechos: "O açúcar começa a ser considerado um vilão da saúde humana, um veneno tão prejudicial que merece ser tratado com o mesmo rigor empregado contra – suprema decadência! – o tabaco. Está mais perto o dia em que um pacote de açúcar trará a inscrição: 'O Ministério da Saúde adverte: este produto é prejudicial à saúde.' O açúcar, em suas várias formas, é o grande promotor da obesidade, mas seus níveis altos no sangue podem ser associados a quase todas as moléstias degenerativas, do ataque cardíaco ao derrame cerebral e ao diabetes. Existem suspeitas científicas sérias de que o açúcar possa até ser uma das causas de alguns tipos de câncer. Na lista, está o câncer de pâncreas, o mesmo que matou o ator Patrick Swayze aos 57 anos na semana passada. Em Harvard, pesquisadores acompanharam 89.000 mulheres e 50.000 homens e descobriram que os refrigerantes podem aumentar o risco de câncer de pâncreas em mulheres, só em mulheres. Antes que os homens se sintam premiados pela natureza, outro estudo, que examinou 1.800 doentes, sugere que uma dieta açucarada pode aumentar o risco de câncer do intestino grosso em homens, só em homens.

"Mas, se o açúcar, como o tabaco, subir ao patíbulo, o refrigerante se tornará o cigarro da vez. Nos Estados Unidos, já há um movimento, incipiente mas sólido, integrado pelos cientistas mais reputados do país, contra o consumo de refrigerante. Os estados de Nova York e do Maine discutiram a possibilidade de cortar seu consumo a golpes de imposto. Em Nova York, o governador David Paterson propôs uma alíquota de 18%, mas recuou depois de perceber a má vontade dos parlamentares e a força do lobby do açúcar, cujo poder é lendário na política americana. Recentemente, um artigo publicado no New England Journal of Medicine causou furor ao defender uma taxa punitiva sobre os refrigerantes. A repercussão se deveu à assertividade do artigo – que sugere tratar o açúcar como se tratou o tabaco – e à identidade de seus autores. Um é Kelly Brownell, renomado epidemiologista da Universidade Yale. O outro é Thomas Frieden, que, trabalhando na prefeitura de Nova York, liderou o combate à gordura trans e fez 300.000 nova-iorquinos largar o cigarro. Agora, Frieden assessora o presidente Barack Obama como cabeça do CDC, órgão que cuida do controle e da prevenção de doenças.

"Fechando o cerco, o professor Walter Willett, uma sumidade acadêmica que chefia o departamento de nutrição da escola de saúde pública de Harvard, lidera o lobby para convencer a indústria a adotar uma fórmula de refrigerante menos prejudicial à saúde. Quer que cada latinha ou garrafa tenha, no máximo, 50 calorias, o equivalente a três colheres de chá de açúcar. Uma lata de refrigerante normalmente tem 150 calorias, o equivalente a dez colheres de chá de açúcar. Um adulto que bebe uma lata com 150 calorias por dia pode chegar ao fim de um ano quase 7 quilos mais gordo. Elegantemente, Willett declarou: 'Quando um adulto se acostuma a comer tudo doce, fica difícil apreciar a doçura suave de uma cenoura ou uma maçã.' No mês passado, outro golpe duríssimo. Pela primeira vez na história, a American Heart Association, a entidade dos cardiologistas, divulgou limites específicos para o consumo de calorias de açúcar. Surpreendentemente, definiu níveis inferiores aos comumente recomendados. As mulheres não devem consumir mais que 100 calorias de açúcar por dia, o que corresponde a pouco mais de seis colheres de chá de açúcar. Para os homens, o limite diário é de 150 calorias, ou dez colheres.

"Os EUA são a barricada mais potente contra o açúcar do refrigerante, mas não a única. A Inglaterra e a França estão proibindo a propaganda de refrigerantes na televisão. No México, onde a obesidade cresce num ritmo assustador, o refrigerante está sendo banido das escolas. Na Alemanha e na Bélgica, a proibição vale até para o comércio nas imediações das escolas. Na Irlanda, celebridades não podem fazer comerciais de refrigerantes dirigidos ao público infantil. O açúcar e a obesidade que dele advêm são um problema em todo o planeta, inclusive no Brasil. Examinando dados relativos a 2005, a Organização Mundial de Saúde estimou que 1,6 bilhão de seres humanos estejam acima do peso e 400 milhões, obesos. (...)

"Obviamente, há diferenças entre o açúcar e o tabaco em termos de agressão ao organismo. A começar pelo fato de que nunca precisamos de tabaco para viver, mas necessitamos de açúcar – embora nos baste o açúcar encontrado naturalmente nas frutas, no leite e no mel, nos legumes e temperos. Do ponto de vista exclusivo do funcionamento metabólico humano, é inteiramente desnecessário o açúcar que se adiciona a alimentos e bebidas, sucos, bolos, balas, doces, pudins, chocolates e a uma infinidade de produtos que nem desconfiamos conter açúcar, como cerveja e massa de tomate. Como tudo o que é desnecessário ao metabolismo, o açúcar em excesso faz mal à saúde. (...)

"Teme-se que, pela primeira vez desde a guerra civil (1861-1865), a expectativa de vida [dos norte-americanos] caia devido às mortes por obesidade. A estatística é tenebrosa: 34,3% dos americanos com 20 anos ou mais estão obesos. Entre as crianças de 6 a 11 anos, que bebem hoje mais refrigerante do que leite, a incidência chega a 17%. No Brasil, a situação é menos grave, mas preocupa (veja a tabela).

"O refrigerante não virou o alvo número 1 do cerco ao açúcar apenas por causa do alto consumo. Há pesquisas mostrando que a ingestão de caloria em forma líquida pode ser mais prejudicial à saúde que a de caloria de alimentos sólidos. Por motivos ainda desconhecidos, a caloria em forma líquida dribla o radar do apetite humano e retarda a sensação de saciedade, o que nos leva a comer mais, e engordar. (...)

"O resultado é uma devastação, porque um mal provoca outro, que por sua vez provoca um terceiro, colocando em movimento um carrossel que pode incluir cárie dentária, hipertensão, doenças cardiovasculares, derrame cerebral, falência renal, cegueira, doenças nervosas, amputações – e algo como seis a sete anos de vida a menos. (...)"


Leia também: "O perigo branco" e "Açúcar e câncer"

Nota: Na revista Adventist World, foi publicado há alguns meses um artigo explicando a posição da Igreja Adventista sobre a cafeína. Respondendo à pergunta se a igreja mudou sua posição sobre a cafeína, os autores Allan R. Handysides e Peter N. Landless, ambos do Ministério da Saúde da Associação Geral da IASD, escreveram: "Não, a igreja não mudou sua posição na questão do chá, café e outras bebidas que têm cafeína." Nos regulamentos eclesiásticos-administrativos da Associação Geral da IASD de 2007/2008, p. 293, le-se o seguinte: "É desaconselhado o uso do café, chá e outras bebidas que contêm cafeína e qualquer substância prejudicial." No artigo também são citados os problemas causados por refrigerantes e bebidas energéticas que contêm cafeína, algumas em quantidades iguais e até maiores às do café.

Fonte: Criacionismo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Profecias de Daniel - Capítulo 9 - Partes 4,5 e 6 / 6

Continuando o estudo do livro de Daniel, no capítulo 9, entenda o que acontecerá na purificação do santuário nas 2300 tardes e manhãs. Leia todo o capítulo [aqui]





quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CORRA!



"Senhor! Ó Jesus, não deixe o meu senso de dever ser menos pelo Teu Reino, do que o daqueles amados bombeiros e policiais foram por aqueles que pereciam enquanto as Torres (Gêmeas/NY) caíam..."

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A crise que revela a CRISE

Analistas de tecnologia da Grã-Bretanha apontam que, com o crescimento do mercado de webcams no mundo, cada vez mais mulheres do país estão atuando em sites eróticos em tempo real. Segundo os especialistas da Juniper Research, a movimentação está ocorrendo em parte por causa da recessão. As britânicas se inscrevem em sites do país ou em páginas internacionais, e se dispõem a conversar e se exibir ao vivo através de uma webcam com os clientes, que pagam pelo serviço. “Lauren”, de 23 anos (foto), é uma dessas mulheres. Há alguns meses, ela “atende” os clientes virtuais a partir do porão de uma casa, que ela divide com outras garotas que também fazem o mesmo trabalho. O local foi convertido para parecer um pequeno apartamento – um ambiente está decorado com uma cama e outro com um sofá.

As garotas usam luxuosas peças de lingerie, além de um fone de ouvido com microfone acoplado, para poderem conversar com os clientes. Lauren diz que consegue ganhar até 30 libras por hora (quase R$ 90), incluindo bônus. “Você pode imaginar como é: o clima esquenta e se eles pedirem para eu tirar o sutiã, eu tiro”, afirmou à BBC. (...)

A página mais popular do tipo alega ter cerca de 27 mil garotas trabalhando para 17 milhões de clientes, com cerca de 12 mil novas assinaturas a cada dia. “Trata-se de uma alternativa mais segura do que se tornar acompanhante ou garota de programa”, disse à BBC Brodie Fry, dono de um desses sites. “O anonimato é total e, claro, as meninas não usam seus nomes verdadeiros.” (...)

Lauren... diz que... sua prioridade é sua filha de 3 anos. “Várias amigas minhas trabalham em loja e não ganham quase nada, vivem sem dinheiro”, compara. “Eu posso trabalhar dois dias por semana e ganhar mais que elas, e ainda passo o dia com minha filha.”

(BBC Brasil)

Nota: A verdadeira crise não é econômica, é moral; uma crise que surgiu milhares de anos atrás, quando seres dotados de livre-arbítrio escolheram o caminho do mal. À medida que o tempo avança e as pessoas se distanciam de Deus, essa crise se acentua, a tal ponto de certas pessoas justificarem algo errado com argumentos corretos – ganhar mais dinheiro e ficar mais tempo com a filha, por exemplo. Usada para o bem, a internet é uma bênção, mas ela também pode facilitar a exploração das fantasias e das depravações humanas. A atual geração de cristãos precisa de muita força moral e capacidade de escolha (qualidades oriundas da comunhão com Deus) ao lidar com esse poderoso meio de informação e entretenimento.

Fonte: Criacionismo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A epístola de João para a senhora eleita

Lição 1232009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Dn 1–3


Verso para Memorizar: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2Jo 9).

Leituras da semana: Êx 20:1-17; Rm 6:17; 2Ts 2:10; Hb 13:2; 2Jo; Ap 2:14, 15; 14:12

Em muitos aspectos, a segunda epístola de João se assemelha à primeira. Embora seja menor, é usado o mesmo vocabulário, ocorrem os mesmos temas e prevalece a mesma preocupação pelos crentes. Um toque pessoal também é encontrado em ambas.

Porém, em contraste com a primeira epístola, a segunda é claramente traçada em forma de epístola, com introdução e conclusão formal. O corpo principal contém elogios, uma exortação ao amor e a andar de acordo com os mandamentos, e uma seção que trata dos anticristos. A brevidade de 2 João, como também 3 João, pode ter sido ditada pelo tamanho de uma folha de papiro. Se isso for verdade, o apóstolo deve ter pesado as palavras cuidadosamente conforme o Espírito Santo o movia a escrever.

Prévia da semana: Qual é a mensagem básica de 2 João, e como se assemelha à primeira? Como se relaciona o conceito de amor com o conceito de verdade? Qual é o vínculo entre o amor e a guarda dos mandamentos? Por que João leva tão a sério a questão dos falsos ensinos? Por que João orienta os membros a não oferecer hospitalidade aos falsos mestres?


Domingo

Ano Bíblico: Dn 4–6

Em amor e verdade

1. Leia 2 João. Que semelhanças você encontra comparando-a com 1 João? Qual é a mensagem essencial?

Uma leitura superficial de 2 João sugere que a epístola foi dirigida a um grupo de crentes (e não a uma única mulher). Isso faz muito sentido porque, em outros lugares do Novo Testamento, a igreja é retratada como uma mulher (Ef 5:22-32; Ap 12:1-6). Esses crentes, portanto, são cristãos maduros, não filhos literais.

2. Que palavra é repetida várias vezes na introdução de 2 João 1-4? Que aplicação dá João a essa palavra? Veja também 2Ts 2:10.

Note, também, que João usa a palavra verdade em combinação com amor nos versos 1 e 4. A fim de entender a natureza do amor verdadeiro entre os cristãos, é necessário um qualificativo, a verdade. O amor pode ser interpretado sob um ponto de vista puramente emocional, até mesmo sensual e superficial. O amor cristão é “verdadeiro” amor, expresso no contexto da verdade.

Quando falamos sobre a verdade, somos lembrados de Deus; de Jesus, que é a verdade (Jo 14:6); e do Espírito Santo. Assim como o Espírito Santo está com os crentes para sempre (Jo 14:16), também a verdade está com eles para sempre (2Jo 2). Em última instância, tanto a verdade como o amor apontam para Deus e se pertencem mutuamente na fé e na experiência cristã.

Ao mesmo tempo, verdade e amor parecem formar o tema principal de 2 João. O amor é mais discutido nos versos 5 e 6. A verdade é necessária para discernir os enganos e seus resultados (v. 7, 8) e para permanecer no ensino de Cristo (v. 9, 10).

Frequentemente, consideramos o conceito de amor como algo bom em si mesmo, não importando o contexto. No entanto, em que circunstâncias o amor pode ser muito destrutivo? Você já experimentou a realidade de como o amor, fora da verdade, pode ser terrível? Como essa experiência o ajuda a entender melhor a importância do amor no contexto da verdade, em vez de fora dela?


Segunda

Ano Bíblico: Dn 7–9

Andando conforme os mandamentos (2Jo 4-6)

O verso 4 é um encorajamento tanto para a igreja como para João. É estimulante e encorajador aos membros da igreja ouvir que o presbítero se regozija muito que eles “andem na verdade”. Isso os motiva a continuar a vida cristã “na verdade, de acordo com o mandamento que recebemos da parte do Pai”. O mandamento de andar na verdade pode ser encontrado em 1 João 3:23, onde ele nos chama a crer em Jesus e amar uns aos outros.

3. Como o amor e os mandamentos estão relacionados? Veja 2Jo 5, 6. Por que essa relação é importante especialmente para nós, adventistas do sétimo dia? Veja também Ap 14:12.

Depois da alegria (v. 4) vem um pedido que é ao mesmo tempo uma exortação (v. 5, 6). João fala novamente de um mandamento (v. 5). Esse é o mandamento (singular) de amar uns aos outros. Então, ele parte do conceito de “mandamento” para o conceito de “amor” e, realmente, esse mandamento tem o amor como seu conteúdo.

No verso 6, ele continua de modo inverso; isto é, ele parte do amor para os mandamentos (plural). O amor se mostra na guarda dos mandamentos de Deus. Em outras palavras, temos este mandamento que é amar uns aos outros, e revelamos esse amor guardando os mandamentos.

4. Como a guarda dos mandamentos (Êx 20:1-17) revela o amor de uns para com os outros?

É interessante que algo como a guarda da lei, as regras, e detalhes das normas esteja ligado tão intimamente com o amor. Mas é perfeitamente lógico. O amor não é só o que sentimos; também é o que fazemos, é como agimos; é como nos relacionamos com os outros. Entretanto, muito mais do que guardar os Dez Mandamentos, apenas, o amor verdadeiro não pode ser separado dos princípios encontrados neles.

Pense em alguém que você ama. Como você trata essa pessoa? Que coisas você diz para revelar seu amor? Como você pode demonstrar mais claramente seu amor por essa pessoa? Como, às vezes, seu egoísmo interfere na maneira de mostrar esse amor da maneira que você sabe que deveria?


Terça

Ano Bíblico: Dn 10–12

Ultrapassando a doutrina de Cristo (2Jo 7-9)

5. Qual é a advertência de João a respeito dos enganadores? Quais são as consequências de seguir falsas doutrinas? 2Jo 7-9

Nos versos 7-9, voltamos aos enganadores e sua falsa compreensão de Jesus. Parece ser a mesma situação que já encontramos em 1 João. É muito triste quando alguém deixa a igreja e se torna um dos “enganadores”. É verdade, muitos ainda permanecem na verdade (v. 4), mas um pastor lamenta por todos os que abandonam Deus e Sua igreja.

Os ensinos dos anticristos a respeito de Jesus eram diferentes dos ensinos dos apóstolos. Os membros da igreja precisam tomar cuidado a fim de não ser afetados por eles e seus falsos ensinos. Neste texto, João é muito claro, também, afirmando que os crentes podem se extraviar, e que não existe essa realidade de “uma vez salvo, salvo para sempre”.

6. Por que é importante manter-se na “doutrina de Cristo”? 2 João 9. Veja também Mt 16:12; At 2:42; Rm 6:17; Ap 2:14, 15.

João não se ilude imaginando que a doutrina não tem importância. Para ele, os falsos ensinos podem levar à perda da vida eterna. Assim, a doutrina é importante!

Na passagem de hoje, obviamente, é o ensino dos apóstolos sobre Jesus que está sendo desafiado. Os que aceitam esse ensino bíblico e permanecem fielmente nele têm o Pai e o Filho. Deus o Pai e Jesus são colocados no mesmo nível. A rejeição do ensino sobre Jesus leva à perda do relacionamento com o Pai.

Qual foi sua experiência com falsos mestres e doutrinas falsas? Você conseguia ver, especialmente no princípio, aonde esses ensinos o poderiam ter levado? O que você aprendeu dessas experiências que poderia ajudar outros que têm dificuldades com algo semelhante?


Quarta

Ano Bíblico: Os 1–4

Negligenciando a hospitalidade? (2Jo 10, 11)

A Bíblia dá grande valor à hospitalidade (Hb 13:2; 1Pe 4:9). Jesus Se misturava com coletores de impostos, fariseus e outros que talvez nem sempre tivessem uma teologia ou um estilo de vida corretos.

7. Como esse comportamento se ajusta com a recomendação de João de não receber em casa certas pessoas e nem lhes dar boas-vindas? 2Jo 10, 11? Veja também Mt 10:14, 15; 18:15-17

Embora a hospitalidade seja uma virtude cristã, existem limitações. Se a hospitalidade pode levar a apoiar direta ou indiretamente falsas doutrinas, deve ser abandonada. No primeiro século d.C., os mestres perambulavam de igreja em igreja, pregando em vários lugares e se hospedando com membros da igreja que deveriam lhes fornecer alimento e alojamento.

Se esses mestres propagavam doutrinas falsas, a hospitalidade era entendida como um apoio à sua posição e ajudavam realmente seu trabalho. Além disso, os membros da igreja que estavam vacilando entre o ensino apostólico e as ideias falsas podiam ficar confusos ou até mesmo tomar uma decisão errada se vissem um membro preeminente da igreja permitindo que um enganador ficasse em seu lar.

João não está propondo odiar essas pessoas nem evitar qualquer contato com eles, mas devemos estar cientes do fato de que nosso comportamento pode ser entendido como endosso a ideias contrárias à verdade. Se for esse o caso, devemos ser muito cuidadosos.

Tem sido sugerido que, nos versos 10 e 11, João estava preocupado não tanto com o comportamento individual dos crentes como com o da igreja toda, e que a “casa” mencionada no verso 10 não é um lugar de habitação particular mas o lugar em que a igreja se reúne para adoração. A igreja não deve encorajar um mestre que prega heresia.

Em resumo, a recepção a um falso mestre seria percebida como encorajamento ao que ele ou ela apresenta. Hoje, podemos ter perdido o senso de quão problemáticas as heresias podem ser. Alguns consideram que até mesmo falar sobre “heresia” é crítico ou arrogante, embora as Escrituras falem com frequência sobre esse assunto. João nos lembra que existe uma diferença básica entre a verdade e o erro.

Pense no efeito de suas ações sobre os outros. Pense com quanta facilidade seu exemplo pode influenciar outros para o bem ou para o mal. Que tipo de exemplo de Cristo você apresenta? Como você pode fazer melhor?


Quinta

Ano Bíblico: Os 5–9

Comunicação pessoal (2Jo 12, 13)

Com os versos 12 e 13, chegamos ao fim de 2 João. Esses versos formam a conclusão da epístola e nos permitem ver o interesse pessoal de João em seu público e seu desejo de encontrar esses crentes pessoalmente.

8. Que vantagens existem em falar pessoalmente, em vez de escrever uma epístola? Que sugestão você encontra na expressão “para que nossa alegria seja completa”? Veja também At 2:42-47

A mensagem que João comunica é forte. No que se refere aos anticristos, João não deixa espaço para negociação nem meio-termo. Somos lembrados da atitude de Paulo quando escreveu aos Gálatas (Gl 1:6-9).

João pode ter compartilhado sua mensagem oralmente, mas também existem vantagens para uma forma escrita de comunicação:

  • As epístolas dos apóstolos eram consideradas de especial importância e autoridade e eram levadas a sério.
  • A epístola pode ter alcançado o público antes que fosse possível uma visita pessoal. A urgência da situação exigia uma resposta rápida.
  • A mensagem foi preservada para outras igrejas e gerações posteriores que se achavam em situações semelhantes. Realmente, João pediu que a epístola fosse compartilhada com outras igrejas (v. 13).
  • Uma epístola pode ser esboçada muito cuidadosamente e frequentemente pode ser mais precisa que uma apresentação oral.
  • O Espírito Santo o impeliu a registrar sua mensagem por escrito.

Apesar de tudo isso, João ainda queria encontrá-los pessoalmente.


Sexta

Ano Bíblico: Os 10–14

Estudo adicional

Leia as passagens seguintes: Gl 2:11-16; 1Tm 4:1-7; 2Tm 2:14-19; Ap 2:1-3, 12-16, 18-25.

“O apóstolo [João] ensina que, conquanto devamos manifestar cortesia cristã, estamos autorizados a chamar o pecado e os pecadores por seu verdadeiro nome – que isto é coerente com o verdadeiro amor. Conquanto tenhamos de amar as pessoas por quem Cristo morreu e trabalhar por sua salvação, não devemos condescender com o pecado. Não nos unamos com os rebeldes chamando a isso amor. Deus exige de Seu povo atual que permaneça, como o fez João em seu tempo, inflexivelmente pelo direito, em oposição aos erros destruidores das pessoas” (Ellen G. White, Santificação, p. 65).

“A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo do ser sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Ellen G. White, Educação, p. 57).

Perguntas para consideração

1. Discuta a ideia de que doutrina ou ensino não é tão importante, que questões como ser bondosos, amorosos e receptivos é o que importa. O que devemos pensar sobre essa ideia?
2. O que você faz com respeito à questão de “chamar o pecado pelo seu nome exato”? Como podemos lidar com os membros errantes sem ser críticos ou condenatórios? Ao mesmo tempo, não estamos nos esquivando do dever cristão quando não confrontamos irmãos ou irmãs da igreja que estão fazendo o que é errado? Como podemos tratar com essa questão difícil?
3. Como vai sua igreja local na área da hospitalidade em geral? Como você pode ajudar a igreja a melhorar nessa questão, se necessário?

Respostas sugestivas:

Pergunta 1: Reforça a fé em Cristo como Filho de Deus, a permanência na verdade, o amor mútuo e adverte contra o anticristo.
Pergunta 2: A importância da “verdade”.
Pergunta 3: Os mandamentos se resumem no amor.
Pergunta 4: Os mandamentos nos proíbem de fazer mal ao próximo e, ao fazermos isso, estaremos amando-os.
Pergunta 5: Existem muitos enganadores, que podem levar-nos a perder a salvação.
Pergunta 6: A doutrina expressa aquilo em que cremos.
Pergunta 7: Veja nota.
Pergunta 8: O contato pessoal permite interação, modulação da voz e oferece maior possibilidade de diálogo.