quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma nova ordem


Uma nova ordem

Lição 142009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Habacuque


VERSO PARA MEMORIZAR: “Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (1 Coríntios 10:11, NVI).

Leituras da semana: Gn 15:14-16; Lv 10:1-11; Nm 1–4; Jr 23:23, 24; Jo 14:15-18, 23

Um cristão mantinha uma conversa com um biólogo profissional. Procurando uma forma de testemunhar, o cristão perguntou: “Você não vê a mão de um Criador quando estuda essas coisas?”

Sem perder tempo, o biólogo respondeu: “Aonde quer que você olhe, para o exterior ou para o interior, você vê ordem.”

Por mais que nosso mundo tenha sido danificado pelo pecado, ainda podemos ver a ação de nosso Criador no desígnio e na ordem do mundo natural. Até mesmo um fanático darwinista foi forçado a admitir que a natureza é algo que dá “uma ilusão de desígnio”.

Ilusão? Por favor! Desígnio e ordem são reais e representam a mão de nosso Criador.

Mas a ordem de Deus não se encerra apenas mediante a natureza. Também pode ser vista no trato com Seu povo da aliança, os israelitas, mesmo enquanto vagavam pelo deserto. Nesta semana, vamos estudar melhor como Deus organizou Seu povo para seu sagrado chamado e vamos tirar algumas lições para nós em nossos dias.


Domingo

Ano Bíblico: Sofonias

Organizando o exército

Tendo escapado milagrosamente do Egito, as multidões de Israel transbordaram para o deserto do Sinai. Acampados em torno da montanha, os israelitas ouviram a voz de Deus proclamando Sua vontade (Êx 20). Apesar dessa incrível manifestação do poder de Deus, alguns apostataram e adoraram o bezerro de ouro (Êx 32). Depois dessa queda, a nação arrependida construiu um santuário portátil (Êx 25:8). O trabalho foi concluído no primeiro dia do primeiro mês no segundo ano (Êx 40:17).

Foi no mês seguinte que o Senhor passou a organizar mais completamente a nação (Nm 1:1) do que anteriormente. E foi nesse momento, com a nova organização, com essa nova ordem, que o livro de Números deu início à história sagrada das obras de Deus com Seu povo da aliança.

1. Que tipo de censo o Senhor pediu que Moisés e Arão fizessem, e por quê? Nm 1:2, 3

Os israelitas não foram uma nação guerreira. Sua ocupação era a de pastores; cuidavam de gado (Gn 47:3). Além disso, naquele momento, os israelitas eram escravos recém-libertos, sem armas nem treinamento para a guerra. Pode parecer estranho que o Senhor passasse a organizá-los em tropas. Mas deve-se lembrar que sua tarefa envolvia a remoção de várias nações das mais ímpias e corruptas no Oriente Médio, inclusive os amorreus e cananeus. O povo de Israel serviria como executor da vontade de Deus contra essas nações que haviam enchido o cálice de suas transgressões (Gn 15:14-16). Os israelitas eram agora uma teocracia, dirigida pelo próprio Deus. Eles eram um povo, um exército poderoso, em movimento.

2. Por que Deus determinou que os israelitas fizessem guerra às nações vizinhas? Gn 15:14-16 (veja também Dt 9:5)

No tempo de Abraão, Deus não havia permitido que os amorreus fossem destruídos. Deus revelou Sua misericórdia. “Os amorreus eram inimigos de Sua lei; não criam nEle como o Deus verdadeiro e vivo; mas, entre eles, havia algumas boas pessoas e, por amor desses poucos, Ele guardou Sua misericórdia” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 1, p. 1.093).


Segunda

Ano Bíblico: Ageu

A presença do Senhor

3. De que tarefa a tribo dos levitas foi encarregada? Nm 1:50-54

Moisés ergueu o tabernáculo portátil no meio do acampamento de Israel. Os levitas ergueram suas tendas ao redor do tabernáculo, nos quatro lados. Sua presença agia como um tipo de barreira, protegendo o lugar em que Deus manifestava Sua presença.

Por que o acampamento foi instalado assim? A Bíblia não diz diretamente, mas podem ser aprendidas algumas lições importantes desse arranjo.

Yahweh, o Deus vivo, estava em seu meio. Ele, o Criador, estava entre Seu povo – portanto, o que poderia vencê-los se os israelitas permanecessem fiéis? Mas, ao mesmo tempo, eles ergueram suas tendas a certa distância do tabernáculo (Nm 2:2), e isso porque Ele era santo, e eles, como pecadores, como seres caídos, só podiam chegar até ali. Assim, por um lado, eles tinham a realidade da proximidade e cuidado compassivo de Deus; ao mesmo tempo, eram constantemente lembrados de Sua grandeza e santidade e que só pela mediação eles poderiam, como pecadores, se aproximar de um Deus santo.

4. O que dizem outros escritores da Bíblia sobre a distância (transcendência) e proximidade (imanência) de Deus da humanidade? Sl 139:1-10; Is 57:15; Jr 23:23, 24; Jo 14:15-18, 23

“Em todos os tempos e lugares, em todas as dores e aflições, quando a perspectiva se afigura sombria e cheio de perplexidade o futuro, e nos sentimos desamparados e sós, o Consolador será enviado em resposta à oração da fé. As circunstâncias podem nos separar de todos os amigos terrestres; nenhuma, porém, nem mesmo a distância, nos pode separar do celeste Consolador. Onde quer que estejamos, aonde quer que vamos, Ele Se encontra sempre ao nosso lado, para apoiar, suster, erguer e animar” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 669, 670).

De que maneiras você experimentou a realidade da presença de Deus, Seu cuidado compassivo e Sua proximidade? Por outro lado, que coisas o impedem de manter uma intimidade muito mais profunda com Deus?


Terça

Ano Bíblico: Zc 1–4

Debaixo dos estandartes

“Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, se acamparam segundo os seus estandartes e assim marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais” (Nm 2:34).

5. Que característica sobre a religião de Israel se destaca logo no início do livro de Números? Números 2

O governo de Israel se caracterizava por uma estrutura organizacional muito precisa, vista, por exemplo, na organização que o Senhor instituiu para o acampamento e nas posições em que o povo deveria erguer suas tendas. O acampamento hebreu era separado em três grandes divisões, cada qual com sua posição designada no acampamento, com base nas famílias e nos laços tribais.

A posição de cada tribo no acampamento também era especificada. Cada qual deveria marchar e acampar ao lado de seu próprio estandarte. Nada era deixado ao acaso. O Senhor organizou cuidadosa e precisamente a nação. Embora eles fossem um povo, suas conexões familiares distintivas não foram rompidas.

6. Que indicação temos de que, apesar do claro padrão organizacional, ainda havia espaço para a distinção e singularidade das várias tribos? Nm 2:34


Quarta

Ano Bíblico: Zc 5–8

Chamado para o ministério

Em memória da libertação da escravidão egípcia, a morte dos primogênitos egípcios e da libertação dos seus próprios filhos sob o sinal do sangue, Deus pediu que os primogênitos de Israel fossem dedicados a Ele (Êx 13:2, 12-15).

7. Que indicação temos sobre o quanto devemos ao Senhor por nossa redenção e libertação? Neste contexto, por que o orgulho e a autossuficiência são tão pecaminosos? Êx 13:2, 12-15

No Monte Sinai, o Senhor fez uma permuta com os primogênitos de todos os israelitas. Em lugar deles, Ele tomaria os levitas (Nm 3:12, 13). Para tanto, foi necessário recensear aquela tribo, que até aquele momento não havia sido numerada com o restante de Israel. Moisés recebeu a ordem de contar os homens levitas de um mês para cima (v. 14, 15). A fim de fazer a troca, Moisés contou os primogênitos homens a partir de um mês de idade. O total somou 22.273 – isto é, 273 primogênitos israelitas a mais do que levitas.

8. O que os demais israelitas deveriam fazer como resgate? Para quem esse valor foi dado? Nm 3:46-51

O Senhor também dedicou os levitas a Arão e seus filhos e descendentes sacerdotes; eles deveriam ajudar na adoração de Deus e no cuidado do tabernáculo. De certo modo, eles foram chamados para o ministério da igreja no deserto.

Ao chegarem à Terra Prometida, os levitas continuaram ligados ao santuário em diversas tarefas (1Cr 23:27-32). Espalhados por todas as tribos, alguns se tornaram levitas instrutores (2Cr 17:7–9); outros se tornaram juízes (2Cr 19:8-11), instruindo o povo nos caminhos de Deus.

Como você pode ver a cruz, a morte substituinte de Jesus (Jo 3:16), prefigurada nessas cerimônias? O que significa que Jesus tomou o seu lugar? Como o conhecimento dessa realidade deve mudar sua vida?


Quinta

Ano Bíblico: Zc 9–11

Protegendo o que é sagrado

Pelo estabelecimento do sistema de adoração no Sinai, Deus escolheu uma família de levitas para atuar como sacerdotes. Esse trabalho foi registrado em Números 4. Moisés consagrou Arão como sumo sacerdote e seus quatro filhos – Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar – como sacerdotes assistentes. O restante da tribo de Levi ajudaria os outros mas não atuaria como sacerdotes. É óbvio que todos os levitas em condições de trabalhar tinham seu lugar e serviço, trabalhando harmoniosamente para preservar e proteger a santidade do sistema de adoração de Israel.

Sem dúvida, os levitas receberam uma responsabilidade solene. O mesmo se deu com os filhos de Arão, que atuariam como sacerdotes diante do Senhor no tabernáculo. Pense no que eles foram chamados a fazer. O próprio Senhor, o Criador, revelou Sua presença entre eles no santuário (Nm 14:10, 11), lembrança poderosa para eles de que sua segurança só existia nEle, aquele que os havia libertado do Egito. Esses sacerdotes eram os mediadores entre um Deus santo e o povo caído. Evidentemente, em seus papéis, eles também eram símbolos de Jesus, nosso verdadeiro Sumo Sacerdote no santuário celestial (Hb 8).

9. Que acontecimento estranho ocorreu no santuário? Lv 10:1-11. O que aconteceu, e que lições existem para nós, hoje?

É difícil imaginar que esses jovens, a quem havia sido dada responsabilidade tão sagrada e que já haviam recebido tanto (veja Êx 24:9-11), violassem tão abertamente uma ordem expressa de Deus. Por mais duro e severo que nos pareça seu castigo, ele só destaca a realidade de quão sagrada foi a responsabilidade que lhes foi atribuída. Sem dúvida, outros entenderam a mensagem de quão seriamente o Senhor esperava que Seus mandamentos a respeito do santuário fossem cumpridos.

“Lidar com coisas sagradas da mesma forma que fazemos com os assuntos comuns é uma ofensa a Deus; pois é santo aquilo que Ele separou para fazer Seu serviço em levar a luz ao mundo. Os que mantêm qualquer ligação com a obra de Deus não devem andar na vaidade de sua própria sabedoria, mas na sabedoria divina, do contrário estarão em risco de pôr no mesmo nível as coisas sagradas e as comuns, separando-se, assim, de Deus” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 639).

Leia cuidadosamente Levítico 10:10. Como nós hoje podemos distinguir entre o santo e o comum, entre o puro e o impuro? Leve sua resposta para a classe no sábado.


Sexta

Ano Bíblico: Zc 12–14

Estudo adicional

10. O tema da santidade de Deus atravessa as Escrituras como um fio de prata. Defina santidade. Que relação tem a santidade com Seus servos? Êx 28:36; Lv 11:44, 45; Is 6:1-7; Hb 12:14; 1Pe 1:15, 16

“Os anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem dos anjos, tanto maior êxito terão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem, não poderão com êxito trabalhar por nós. Eles se afastarão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços incentivarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles” (Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, p. 28).

Resumo: O Senhor é um Deus de ordem. Assim que as tribos foram reunidas no deserto diante do Monte Sinai, Ele começou a organizá-las em torno do tabernáculo. Primeiro, os exércitos de Israel foram organizados, e o acampamento de cada tribo foi selecionado, bem como sua ordem de marcha. Os levitas se acamparam como uma barreira em torno do tabernáculo e receberam orientações específicas quanto a seu serviço de levantá-lo e transportá-lo. O Deus santo estava em seu meio quando Israel entrava em movimento.

Respostas Sugestivas:

Pergunta 1: Um censo militar.
Pergunta 2: A fim de puni-las por sua iniquidade.
Pergunta 3: De cuidar do tabernáculo e de seus utensílios.
Pergunta 4: Deus habita a eternidade, mas esquadrinha o nosso viver.
Pergunta 5: Uma nação ordeira.
Pergunta 6: Estavam organizados por clãs e famílias.
Pergunta 7: Deus estipulou que todos os primogênitos Lhe pertenciam. Na verdade, todos nós somos propriedade Sua.
Pergunta 8: Apresentar uma oferta de resgate.
Pergunta 9: Nadabe e Abiú trouxeram fogo estranho para dentro do santuário. Foram mortos pelo fogo que saiu de diante do Senhor. Não se deve confundir as coisas profanas com as sagradas.
Pergunta 10: Santo é algo ou alguém separado para o Senhor. Os servos de Deus devem ser separados das coisas profanas.

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