terça-feira, 16 de abril de 2013

Como a coruja consegue girar a cabeça 270º?


Cientistas da Universidade de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto os “segredos” por trás da capacidade das corujas de girar a cabeça quase totalmente no corpo - até 270º, segundo o estudo. Usando tomografia computadorizada, angiografia e outras técnicas clínicas, os pesquisadores analisaram a anatomia de 12 corujas. Foram descobertas grandes adaptações biológicas [sic] que permitem que o animal não se machuque ao girar a cabeça. As adaptações estão ligadas à estrutura óssea e à rede de vasos sanguíneos dos animais, segundo o estudo, publicado nesta sexta-feira (1º) na renomada revista Science. Vasos sanguíneos na base da cabeça das corujas, logo abaixo da mandíbula, possuem espessura considerável conforme avançam no sistema circulatório, alguns chegando a ser bem grossos, e mantêm essa estrutura mesmo quando o animal gira a cabeça, diz o estudo.

O fenômeno é diferente do que acontece com os seres humanos, em que as artérias tendem a se “capilarizar” quanto mais extensas são nessa região, segundo os cientistas. Isso torna a estrutura vascular dos humanos muito mais frágil que a das corujas nesse ponto - um giro de cabeça de 270º em humanos tem efeitos extremamente nocivos e pode até levar à morte.

Em outra adaptação [sic], algumas artérias abaixo da cabeça das corujas possuem “reservatórios” que permitem que o sangue seja armazenado. A “vantagem” biológica permite que o sangue chegue ao cérebro e aos olhos do animal mesmo quando ele gira a cabeça. Essas adaptações [sic] ajudam a minimizar interrupções da circulação sanguínea das corujas, de acordo com o estudo.

“Manipular a cabeça de seres humanos é realmente perigoso, porque nós não temos as estruturas de proteção aos vasos sanguíneos que as corujas possuem”, disse o cientista Philippe Gailloud, um dos autores do estudo.


Nota: Outro sistema de complexidade irredutível que precisava funcionar perfeitamente bem desde o início, caso contrário, na primeira girada de cabeça, a coruja morreria. Mas os pesquisadores insistem em chamar de “adaptação”. Criacionista.