sábado, 28 de dezembro de 2013

Apocalipse 17 e o mistério do oitavo rei

fonte: site Criacionismo

O que simbolizam a meretriz, a besta escarlate e os demais elementos de Apocalipse 17?

Sete séculos se passaram e mais de 70 papas se sucederam até que um novo pontífice ousasse abdicar do chamado trono de Pedro. No dia 11 de fevereiro de 2013, Bento XVI anunciou que declinaria de seu pontificado. “Bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de bispo de Roma, sucessor de São Pedro”, assim anunciou Bento XVI, alegando sua idade avançada e decrescente vigor. Contudo, dias depois, Bento XVI condenou a “hipocrisia religiosa” e afirmou ter enfrentado “águas agitadas”, certamente em referência aos escândalos de pedofilia, lavagem de dinheiro no Banco do Vaticano e, mais recentemente, de práticas homossexuais na própria Cúria Romana. Em entrevista ao canal de notícias Globo News, no dia 27 de fevereiro deste ano, o arcebispo Dom Geraldo Majella confirmou que até a vida de Bento XVI estava em perigo.

Contudo, as especulações sobre a renúncia de Bento XVI têm ido muito além das questões internas do Vaticano. Em alguns círculos, elas intensificaram uma expectativa em torno da chamada “teoria dos sete reis”, construída sobre Apocalipse 17. A teoria enumera os papas a partir do estabelecimento do Estado do Vaticano, em 1929, até a volta de Jesus. Portanto, Bento XVI, o sétimo papa desde então e cujo pontificado foi relativamente breve, é visto como o “rei” que tinha que “durar pouco” (Ap 17:10). Dessa forma, de acordo com a teoria, o papa Francisco I, o oitavo, seria o último antes da segunda vinda de Cristo (veja mais aqui). Essa teoria não recebe o apoio da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pois carece de fundamentação bíblica, como veremos a seguir.

A meretriz e a besta – A interpretação de Apocalipse 17 é um dos maiores desafios para o estudante da Bíblia. Não existe pleno consenso sobre todos os pormenores dessa profecia. No entanto, com o avanço do estudo do Apocalipse, mais luz tem sido lançada sobre essa incrível seção do livro.

Para se compreender os aspectos básicos de Apocalipse 17, é preciso que se entenda o propósito da visão e seu lugar no livro. A visão tem uma ligação direta com o capítulo 16, que trata das sete pragas, sendo que as duas últimas afligem a Babilônia espiritual (Ap 16:12-21). Ao fim do relato dessas pragas, um dos anjos que as derramaram convida João para ver o julgamento (do grego krima, “sentença”) da Babilônia espiritual, a “grande meretriz” (Ap 17:1). Em resumo, o anjo quer mostrar por que Babilônia e seus apoiadores foram tão severamente castigados por Deus (Jacques Doukhan, Secrets of Revelation, p. 160).

João ouviu sobre uma meretriz “sentada sobre muitas águas”, mas o profeta viu uma “mulher montada numa besta escarlate” (Ap 17:1, 3). A figura da mulher nas profecias bíblicas sempre esteve relacionada ao povo de Deus, à igreja (Gn 3:15; Os 2:19; Jr 3:14; 2Co 11:2), ao passo que a prostituição sempre foi associada à infidelidade espiritual da igreja (Jr 3:20; Ez 16:32; Ap 2:20). A meretriz é a contrafação da “noiva, a esposa do Cordeiro”, que também foi apresentada a João por “um dos sete anjos que têm as sete taças” (Ap 21:9). A “grande cidade” (Ap 17:18) tenta imitar a “santa cidade” (Ap 21:10). Em síntese, a meretriz ou Babilônia pretende dominar o mundo, com uma autoridade pretensamente divina, mas satânica em sua essência.

A simbologia religiosa também é evidente na aparência da mulher, “vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas” e com uma inscrição “na sua fronte” (Ap 17:4, 5), elementos também presentes nas vestes do sumo sacerdote do antigo santuário (Êx 28:4-35; 35:9; 39:30; Ranko Stefanovic, Revelation of Jesus Christ, 2ª ed., p. 517, 518).

A meretriz, portanto, representa um poder religioso que exercerá domínio global nos últimos momentos da história (Ap 17:15). Mas esse poder religioso não dominará sem ajuda. A meretriz precisará de apoio político das nações para exercer influência sobre as massas humanas, assim como a primeira besta depende da segunda, em Apocalipse 13. No capítulo 17, o instrumento que ela utiliza para dominar a humanidade é a besta sobre a qual está montada, que representa um poder político. Bestas (ou animais ferozes), em profecias bíblicas, sempre representaram potências que oprimiram o povo de Deus (Is 30:6, 7; Dn 7:5-7; 11, 19, 23; Ap 13:2, 11). A meretriz seduz a besta, e, por meio dela, exerce domínio mundial.

As armas simbólicas de sua sedução estão em seu corpo e no cálice que ela segura. Ela usa o corpo para se prostituir com os reis da Terra, atraídos por seu luxo e aparência. A simbologia trata das alianças com os governantes, para benefício mútuo (Ap 17:2; 18:3, 12-17; cf. Is 23:15-17; Ez 23:3, 30). Por sua vez, as multidões são enganadas pelo “vinho de sua devassidão” contido no cálice (Ap 17:2, 4). Neste aspecto se representa o poder sedutor da meretriz, que faz uso de um falso evangelho e de milagres (Ap 13:13, 14; 18:23; 19:20; Francis D. Nichol (ed.), The Seventh-Day Adventist Bible Commentary, v. 7, p. 850).

A própria meretriz se achava “embriagada com o sangue dos santos e [...] das testemunhas de Jesus” (Ap 17:6). Nos últimos momentos da história, a meretriz, antes mesmo de tentar derramar sangue inocente, já está embriagada, pois assassinou milhões de filhos de Deus por mais de um milênio (Dn 7:25). Portanto, nenhum outro poder religioso pode se encaixar nessa descrição, além da Igreja Romana.

Ellen G. White identificou a meretriz como a Igreja Romana (O Grande Conflito, p. 171), que será julgada pelos crimes cometidos contra o povo de Deus ao longo da história (Ap 18:24) e até do sangue que intentará derramar no fim dos tempos (Nichol, p. 628). No entanto, a Igreja Romana não estará isolada como poder religioso. A “mãe das meretrizes” (Ap 17:5) terá o apoio de outras organizações religiosas, em especial, de outras denominações cristãs (O Grande Conflito, p. 382, 383). Portanto, essa confederação religiosa formará a Babilônia mística.

A besta e suas cabeças – Se a meretriz representa uma confederação religiosa, a besta, os dez chifres/reinos e os reis da terra (Ap 17:12, 13, 16) representam uma confederação política que a sustentará no desfecho final. Há, portanto, uma distinção clara entre os poderes político e religioso (Nichol, p. 851). Neste ponto se encontra o principal equívoco da teoria dos sete reis como sete papas. Como as cabeças da besta seriam sete papas, se a besta representa o poder político que dá suporte ao papado? Outro erro: Se o oitavo rei representa o último papa, como ele se unirá aos dez chifres/reinos em ódio mortal à meretriz (Ap 17:16), que representa o próprio papado? O papa odiaria a si mesmo? Isso entra em contradição com o sentido lógico do texto.

Ellen G. White descreve a situação crítica dos líderes religiosos apóstatas nos últimos momentos da história. Sofrendo sob as pragas, as multidões reconhecerão o “dedo de Deus” (Êx 8:19) e concluirão que foram iludidas por seus líderes religiosos. Por isso, dirigirão “suas mais amargas condenações contra os ministros”. Então se repetirá a matança ocorrida após o desafio de Elias (1Rs 18:40), e os falsos profetas do tempo do fim serão mortos por seus próprios seguidores (O Grande Conflito, p. 655, 656).

Sobre as cabeças da besta, a chave para sua compreensão está na explicação do anjo (Ap 17:9). Embora o termo “montes” seja tradicionalmente defendido como “uma alusão à cidade de Roma, com suas sete colinas” (Nichol, p. 855), ele tem um sentido específico na antiga mentalidade hebraica. Daniel orou pelo “monte santo” do seu Deus, significando que orava por Jerusalém (Dn 9:16). Jeremias transmitiu uma ameaça divina contra a antiga Babilônia, chamando-a de “monte” que destrói (Jr 51:24). A pedra que destrói a estátua de Nabucodonosor se transforma numa grande montanha, o reino de Deus (Dn 2:35, 44). Assim, ao longo de todo o Antigo Testamento, percebe-se que a palavra “montes” também representa reinos (ver Sl 48:2; 78:68; Is 2:2-3; 13:4; 31:4; 41:15; Ez 35:2, 3; Ob 8, 9; Stefanovic, p. 296).

A interpretação católica, por sua vez, tenta restringir a figura dos sete montes às sete colinas da antiga Roma, para identificar a besta de Apocalipse 17 com o império romano. Em vista disso, Kenneth Strand, teólogo adventista já falecido, ressaltou que a tradução correta do termo grego oros em Apocalipse 17:9 é “montes”, não “colinas”. Afirmou também que, em sentido simbólico, ela sempre deve ser entendida como reinos e nunca como indivíduos ou governantes (Kenneth Strand, “The Seven Heads: Do They Represent Roman Emperors?”,Simposium on Revelation – Book II, v. 7, p. 186).

Assim como “montes”, o termo “reis” também representa reinos (Is 14:4, 22, 23; Dn 2:37, 38, 42-44; 7:17). Portanto, como as cabeças são sete montes e sete reis (Ap 17:9), e ambos representam reinos, as cabeças também simbolizam reinos.

Fator tempo – Evidentemente, os sete reinos representados pelas sete cabeças da besta de Apocalipse 17 foram impérios sucessivos. Na explicação, o anjo afirmou que, no tempo de João, cinco já haviam passado e que “um existe” (Ap 17:10). Esta é a principal referência cronológica da profecia, pois a explicação do anjo fez uma referência aos dias do profeta. Ekkehardt Mueller, diretor associado do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral da Igreja Adventista, afirma que, se a referência fosse a outro tempo ao qual o profeta tivesse sido transportado, não haveria como determiná-la. Para que a profecia se faça compreendida, a referência cronológica na explicação de qualquer profecia é sempre uma referência ao tempo do profeta. Esse princípio é exposto pelo escatologista Jon Paulien: “A visão não está necessariamente localizada no tempo e lugar do profeta. Mas, quando a visão é posteriormente explicada ao profeta, a explicação sempre vem no tempo, lugar e nas circunstâncias do que tem a visão” (ver Ekkehardt Mueller, “A Besta de Apocalipse 17: Uma Sugestão”, Parousia, 1° sem. 2005. p. 37; ver também Jon Paulien, Armageddon at the Door, p. 214).

Assim, o versículo 10 constitui a âncora cronológica da interpretação das sete cabeças da besta de Apocalipse 17, algo que a teoria dos sete papas ignora. A sexta cabeça representa o Império Romano, existente no tempo de João. Antes do Império Romano, outros cinco oprimiram o povo de Deus, os impérios: egípcio, assírio, babilônico, medo-persa e macedônico (chamado de Grécia, na Bíblia).

O sétimo rei ainda estava no futuro, do ponto de vista de João, Roma papal, que se tornaria predominante na Europa por mais de mil anos. Ela é representada pela sétima cabeça, pois, assim como os outros impérios, também concentrou poderes civis e políticos, incluindo o comando de exércitos e o domínio de territórios.

Alguns veem inconsistência na interpretação do sétimo rei como Roma papal, quando se leva em conta que o sétimo rei deveria “durar pouco” (Ap 17:10). No entanto, segundo Ranko Stefanovic, a expressão “tem de durar pouco” (do grego: oligon auton dei meinai) tem um sentido “qualitativo”, da mesma forma que em Apocalipse 12:12, em que Satanás percebe que “pouco tempo lhe resta” (oligon kairon echei). Após Cristo subir ao Céu, Satanás percebeu que tinha “pouco tempo”, e esse período já se prolonga por quase dois mil anos! “Em outras palavras, a expressão indica que o tempo de Satanás é limitado. A expressão ‘pouco tempo’ de Apocalipse 17:10 está em contraste com mikron kronon (‘pouco tempo’) de Apocalipse 20:3, designado para Satanás, com referência ao julgamento pendente contra ele” (Stefanovic, p. 521).

O oitavo rei – A figura do oitavo rei e alguns aspectos relacionados a ele são a parte mais enigmática da profecia. Sobre esse tópico, a Igreja Adventista do Sétimo Dia não tem uma interpretação estabelecida. Analisando a história da interpretação adventista de Apocalipse 17, Jon Paulien relata que Uriah Smith nem Ellen White definiram o sentido dos versículos 7 a 11 (Paulien, p. 166).

Embora contribuições possam ser dadas, é preciso ter prudência, pois, de acordo com Paulien, “aplicações ultraespecificas para o presente ou futuro imediato têm levado muitos a erros de interpretação embaraçosos”. Em alguns casos, é o testemunho histórico do cumprimento profético que nos permite interpretá-lo. Esse princípio é encontrado em João 13:19: “Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que Eu Sou” (ver Paulien, 166).

Analisando a profecia, percebemos que o surgimento do oitavo rei está relacionado aos momentos finais deste mundo. Seu aparecimento provoca admiração mundial (v. 8), sua autoridade dura apenas “uma hora”, ou seja, é efêmera (v. 12) e, logo que surge, esse poder “caminha para a destruição” (v. 8), pois vai se unir a dez reis/reinos para enfrentar o Rei dos reis e ser finalmente derrotado (Ap 17:14; 19:16).

A expressão “era e não é” (v. 8, 11) possivelmente é “uma paródia do título de Deus como “Aquele que era, que é e que há de vir” (Ap 4:8; ver 1:4, 8). O título divino se refere ao “nome da aliança de Deus” e a Sua “visitação escatológica” (David Aune, Revelation 17–22, p. 940. In: Stefanovic, 523), ou seja, Deus agindo no fim dos tempos para salvar Seu povo e condenar seus inimigos. Se Deus age desse modo, um poder terreno também atua contrariamente a Ele e a Seu povo. O título “era e não é” contrasta a onipotência de Deus com a transitoriedade e debilidade das nações (ver Is 40:15).     

Outros relacionam a expressão “era e não é” a Roma papal, representada pela primeira besta ferida mortalmente, mas que se recupera como força religiosa no fim dos tempos (Ap 13:1-10). Essa posição aparentemente é a mais plausível, no entanto, colide com pelo menos dois fortes argumentos: (1) A Igreja Romana do fim dos tempos já está representada na visão como a mulher montada sobre a besta. É verdade que ela também é representada historicamente como a sétima cabeça, mas, no desfecho escatológico, a Igreja Romana é representada como a meretriz; (2) ela será tão somente uma força religiosa, não político-militar, como a simbologia da besta exige; (3) o oitavo rei, que é a própria besta (v. 11), odiará a mulher (Igreja Romana e sua confederação, v. 16). Uma confederação religiosa (meretriz) terá o suporte de uma confederação política (a besta e os dez chifres), a qual se voltará contra a meretriz e a destruirá.

Alguns ainda enxergam o oitavo rei ou a besta como o próprio Satanás (Nichol, 856; Mueller, 33), no entanto, esse não parece ser o caso. Embora a semelhança com o dragão de Apocalipse 12 seja evidente na cor, nas sete cabeças e dez chifres (Ap 17:3), percebemos que bestas em profecias apocalípticas geralmente representam impérios perseguidores (Dn 7:5-7, etc.).

Nesse caso também é preciso repetir que a besta odiará a meretriz e a destruirá (Ap 17:16), o que não faz sentido em se tratando de Satanás. A desavença na aliança político-religiosa faz parte de um plano divino (v. 17; ver Ez 23:22-29), não satânico. Também não seria lógico crer que Satanás destruiria seus próprios instrumentos de engano e perseguição (Mt 12:25). Por fim, o apêndice da visão (Ap 17:18) deixa claro que a “grande cidade” (Babilônia mística) domina sobre os “reis da terra” (líderes humanos).

A manifestação final de um poder perseguidor é representada pelo oitavo, que é a besta propriamente dita (v. 11). É interessante notar que o texto grego não afirma a existência de uma oitava “cabeça” e omite a palavra “rei”. Menciona-se apenas o “oitavo”, que, pelo contexto, entendemos ser um “oitavo rei”. Do versículo 12 em diante, a besta é mencionada nominalmente mais quatro vezes (v. 10, 13, 16, 17). Isso reafirma que a besta em si será o oitavo rei e que ela representa um poder mais escatológico que histórico, ou seja, que sua ação no contexto de Apocalipse 17 está mais relacionada ao fim dos tempos do que com o passado (embora ela seja julgada pelo que fez no passado). Portanto, se as sete cabeças da besta representam “reis” (v. 9) ou impérios perseguidores, o oitavo rei será o último deles.

Uma dificuldade desse ponto de vista é que o oitavo rei “procede dos sete” (v. 11), talvez indicando que o último império perseguidor seria Roma papal, que se recuperaria da ferida mortal (Ap 13:12) e voltaria com força renovada nos instantes finais deste mundo (Paulien, p. 219). No entanto, isso contraria o sentido geral do texto e confunde as identidades da mulher (poder religioso) e da besta (poder político). Se a meretriz se prostitui com a besta (reis da terra), ela não pode ser a besta.

A expressão “procede dos sete” talvez tenha uma relação com a natureza do oitavo rei, no sentido de que ele seria semelhante aos anteriores (ver Paulien, p. 219). Alguns enxergam essa expressão como que estabelecendo uma distinção do oitavo reino em relação aos demais (ver Stefanovic, 525). Contudo, a expressão pode indicar tanto semelhança quanto distinção. A preposição grega ek, sem equivalente em português, tem o sentido de “vir de”, como a preposição inglesa from, e foi traduzida em português com o verbo “proceder” (ARA).

João, assim como os demais escritores do Novo Testamento, utiliza ek abundantemente. Contudo, o texto joanino tem como uma de suas características marcantes o uso de ek, indicando associação, mesma natureza, semelhança e, ao mesmo tempo, distinção (confira o verbo “proceder” em Jo 15:26; 1Jo 2:16, 21; 3:8, 10; 4:1, 3, 5, 7; 3Jo 11; Ap 5:9). Assim, o texto parece indicar que o oitavo rei “procede dos sete” no sentido de ser como um deles e não necessariamente ter sido um deles, assim como o Consolador “procede” do Pai, mas não é o Pai (Jo 15:26).

Que reino ou império (v. 9, 11) poderia ser o oitavo? Em primeiro lugar, ele deverá ser uma potência que dará apoio incondicional à Igreja de Roma às vésperas da volta de Jesus. Será um poder coercitivo de alcance mundial que se unirá aos ainda indefinidos dez chifres (reis ou reinos; ver v. 12) e que aglutinará todos os governantes da Terra, formando uma confederação política global (Ap 17:12, 13, 18; 18:3, 9). Essa coalizão se levantará contra Deus e Seu povo, mas será esmagada pelo Rei dos reis (Ap 19:18, 19). Para Paulien, a identidade do oitavo rei ainda está indefinida, mas representa a própria coalizão de nações (Paulien, 219).

Vanderlei Dorneles, autor de O Último Império (CPB), acredita que uma analogia com Apocalipse 13 pode lançar luz sobre a questão (leia o texto dele aqui). Em Apocalipse 13, a segunda besta (os Estados Unidos, ver O Grande Conflito, p. 579) será o poder que dará suporte ao papado, exercendo “autoridade” sobre a “terra e seus habitantes” (v. 12), ou seja, terá uma influência global. Se a mesma aliança é retratada em Apocalipse 17, com a mulher sendo carregada pela besta, é possível fazer uma relação entre ambos os capítulos: como a primeira besta de Apocalipse 13 está para a meretriz, assim a segunda besta de Apocalipse 13 está para o oitavo rei/reino. Ou seja, o oitavo reino representaria a superpotência americana que lideraria as nações para dar suporte à confederação religiosa. “Uma vez que as cabeças representam reinos/impérios sucessivos, o último ou oitavo deles podem ser os Estados Unidos, que seriam o último poder político sobre o qual a meretriz está montada”, afirma Dorneles.

Conclusões – Embora todas as análises de Apocalipse 17 sejam fascinantes, essa seção está em estudo e uma posição definida ainda é esperada. Este artigo não se propôs a esgotar a interpretação, mas o que foi exposto até aqui provê evidências suficientes para se rejeitar a teoria dos sete reis como uma sucessão de indivíduos ou papas. O contraste entre a superficialidade da teoria e os sólidos alicerces da interpretação profética nos relembra a exortação do autor do Apocalipse: “provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1Jo 4:1). Não devemos aceitar prontamente as teorias que batem à nossa porta. Devemos ir às Escrituras como os antigos bereanos (At 17:11), para não sermos levados por “todo vento de doutrina” (Ef 4:14).

Por outro lado, no estudo de Apocalipse 17, percebemos como Deus tem o firme controle da história. Ele já sabe quais serão os próximos passos do inimigo e utiliza até mesmo suas manobras malignas para benefício de Seu povo. Embora esteja prevista a formação de uma imensa coalizão político-religiosa contra os “eleitos e fiéis” (Ap 17:14), Cristo, o Rei dos reis, Se levantará como nosso supremo Defensor (Dn 12:1). Aquele que nos criou e deu a vida por nós será nosso refúgio e baluarte. Podemos ter a mesma confiança de que “mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (2Rs 6:15).

(Diogo Cavalcanti é formado em Teologia e é editor associado de livros na Casa Publicadora Brasileira)

Semelhantes, mas diferentes

Apesar das semelhanças, a besta de Apocalipse 17 não é a mesma do capítulo 13. A besta do capítulo 17 representa uma pluralidade de organizações (sete impérios sucessivos mais um império final associado a dez reinos). A besta do capítulo 13 representa apenas um império, Roma papal (O Grande Conflito, p. 54). A besta do capítulo 13 é um poder político-religioso, por isso tem diademas; a do capítulo 17 é um poder político nos eventos finais, mas não tem diademas, pois rende sua autoridade à meretriz. Ambas as bestas são semelhantes, por terem relação direta com o dragão (Ap 12:3). Contudo, é importante lembrar que a besta de Apocalipse 13 está representada historicamente como a sétima cabeça da besta do capítulo 17 e, em seus momentos finais, como a meretriz. 


Veja os slides aqui;




Fonte: Criacionismo.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Como a coruja consegue girar a cabeça 270º?


Cientistas da Universidade de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto os “segredos” por trás da capacidade das corujas de girar a cabeça quase totalmente no corpo - até 270º, segundo o estudo. Usando tomografia computadorizada, angiografia e outras técnicas clínicas, os pesquisadores analisaram a anatomia de 12 corujas. Foram descobertas grandes adaptações biológicas [sic] que permitem que o animal não se machuque ao girar a cabeça. As adaptações estão ligadas à estrutura óssea e à rede de vasos sanguíneos dos animais, segundo o estudo, publicado nesta sexta-feira (1º) na renomada revista Science. Vasos sanguíneos na base da cabeça das corujas, logo abaixo da mandíbula, possuem espessura considerável conforme avançam no sistema circulatório, alguns chegando a ser bem grossos, e mantêm essa estrutura mesmo quando o animal gira a cabeça, diz o estudo.

O fenômeno é diferente do que acontece com os seres humanos, em que as artérias tendem a se “capilarizar” quanto mais extensas são nessa região, segundo os cientistas. Isso torna a estrutura vascular dos humanos muito mais frágil que a das corujas nesse ponto - um giro de cabeça de 270º em humanos tem efeitos extremamente nocivos e pode até levar à morte.

Em outra adaptação [sic], algumas artérias abaixo da cabeça das corujas possuem “reservatórios” que permitem que o sangue seja armazenado. A “vantagem” biológica permite que o sangue chegue ao cérebro e aos olhos do animal mesmo quando ele gira a cabeça. Essas adaptações [sic] ajudam a minimizar interrupções da circulação sanguínea das corujas, de acordo com o estudo.

“Manipular a cabeça de seres humanos é realmente perigoso, porque nós não temos as estruturas de proteção aos vasos sanguíneos que as corujas possuem”, disse o cientista Philippe Gailloud, um dos autores do estudo.


Nota: Outro sistema de complexidade irredutível que precisava funcionar perfeitamente bem desde o início, caso contrário, na primeira girada de cabeça, a coruja morreria. Mas os pesquisadores insistem em chamar de “adaptação”. Criacionista.

domingo, 14 de outubro de 2012

"Profeta" anuncia fim do mundo e acaba preso




Um homem que se dizia "profeta" e garantia que o mundo acabaria na tarde de ontem foi detido pela Polícia Militar em Teresina (PI) para que não fosse linchado pelos vizinhos do local onde ele reunia seus seguidores.
De acordo com a Polícia Militar, o desempregado Luís Pereira, que vivia da realização de bicos de serviços gerais, reunia cerca de 120 pessoas em duas casas no bairro Parque Universitário, na periferia da capital do Piauí.
Mesmo não correspondendo ao estereótipo de profeta -vestia camisa polo e bermuda e não mantinha barba ou cabelos longos-, Pereira atraiu homens, mulheres e crianças para o que chamava de "arca", duas casas simples cercadas por varas de dois metros de altura.
Muitas dessas pessoas moravam lá com o desempregado desde o ano passado, segundo a polícia.
Pereira começou a chamar a atenção das autoridades por causa da proximidade da data que ele anunciava como o fim do mundo.
Anteontem, a Justiça determinou o recolhimento do local de 28 crianças e adolescentes, incluindo recém-nascidos, que estavam lá.
Eles foram encaminhados a abrigos pelo Conselho Tutelar da cidade.

TEMOR DE SUICÍDIO

Vizinhos informaram à polícia que havia veneno de rato nas casas e que temiam um suicídio coletivo.
A Polícia Militar chegou a apreender veneno no local, mas em quantidade insuficiente para matar todas as pessoas.
Há um ano, quando disse ter conversado com um anjo, Pereira começou a professar o fim do mundo. Na tarde de ontem, cerca de 50 policiais cercaram a casa.
"Começou há um ano dizendo que tinha tido uma visão, que um anjo conversou com ele. Então foi arregimentando pessoas na periferia, que acreditavam que o mundo acabaria hoje [ontem]", afirmou o coordenador de Operações da PM do Piauí, coronel José Fernandes de Albuquerque.
Como o horário previsto passou, moradores da região começaram a atirar pedras e tijolos na "arca". A PM reagiu com spray de pimenta e bombas de efeito moral.
De acordo com Albuquerque, ninguém ficou ferido.
Pereira e mais dois líderes do grupo foram levados à Central de Flagrantes da Polícia Civil, em Teresina.
Até a conclusão desta edição, o delegado responsável pelo caso ainda não sabia que crime seria atribuído a eles.
As cerca de 70 pessoas que ainda aguardavam o fim do mundo no interior da moradia foram levadas para casas de parentes.
De acordo com Albuquerque, policiais ficarão de guarda nos próximos dias para evitar que as casas usadas pelo falso profeta sejam depredadas.

Realidade em Foco: É evidente que essa notícia entra na lista de muitas maluquices e esquisitices que tantos protagonizam pelo mundo sobre fim do mundo e profecias, especialmente em 2012 para deleite dos produtores de livros e filmes a respeito da temática. Mas quero chamar a atenção para o fato de que realmente as profecias, sobretudo bíblicas, não serem bem compreendidas por grande parte da população. Quem eventualmente dá risada dessa nota de jornal talvez não tenha, também, uma visão bem sólida sobre profecias. Afinal de contas, a Bíblia estipula uma data fixa para que o mundo tenha fim de alguma forma (guerra, pestes, terremoto, choque com meteoro, derretimento pelo Sol, etc)? Se não fala disso, sobre o que então as profecias de Daniel e Apocalipse, por exemplo, tratam?
Triste é constatar que a ignorância das pessoas e a carência de liderança espiritual permitam que oportunistas/malucos/esquizofrênicos ou qualquer outro tipo de pessoa que se levante para dar uma mensagem descabida seja aceita por um grupo significativo. O problema não está apenas na má fé dos "falsos profetas", mas no desinteresse de muitos pela religião bíblica, ou seja, por aquilo que é concreto e que pode dar uma verdadeira esperança. A Bíblia diz, em Deuteronômio 29:29, que "as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei". Há muita revelação sobre profecias em harmonia com o restante da Bíblia, porém é preciso conhecê-las.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Mente Voraz


A Mente Voraz


Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus? Gênesis 39:9

A resposta de José para a mulher de Potifar é clássica. A cena se assemelha com a de uma novela: o jovem e a mulher mais velha; o escravo e a esposa do mestre, que trama seduzi-lo, aguarda o momento oportuno e, então, ataca. Mas, mesmo em desvantagem (os desejos da carne, a manipulação, a demonstração de poder), o jovem não age conforme o roteiro manda. José vira as costas e foge.

Não sabemos qual era a aparência da mulher de Potifar, se era atraente ou não. Por ser a mulher de um oficial do governo, há grande possibilidade de que fosse muito atraente. Sem dúvida, ela se adornou com as roupas e joias mais sedutoras que possuía para tentar atrair o jovem que havia escolhido para conquistar. Mas pode ser que ela não tenha sido nada atraente. A tentação geralmente ocorre por meios bem comuns. A tentação ocorre principalmente na mente, sussurrando que os prazeres proibidos são os melhores, que águas roubadas são doces. (Compare com Provérbios 7:21.)

A grande obra de Izaak Walton, The Compleat Angler [O Completo Pescador], aparentemente trata da arte de pescar; mas, na verdade, é mais uma reflexão sobre a vida. Walton observa: “Como pode algo tão pequeno atrair uma mente tão voraz?”

A mente voraz do peixe o leva a abocanhar uma isca minúscula pendurada na água. Da mesma forma, a mente voraz do ser humano o leva a abocanhar “iscas” menos do que atraentes que se apresentam diante dela.

Podemos observá-las ao longo do relato bíblico, pessoas se vendendo por coisas “tão pequenas”. Esaú abriu mão de seu direito de primogenitura por um prato de cozido de lentilhas. Acã vendeu a alma por uma capa comum e uma barra de ouro. E o pior: Judas, um dos 12, vendeu seu Senhor por trinta moedas miseráveis de prata. Vez após outra a sequência se repete: a pessoa se concentra na isca proibida, se encanta e abocanha o anzol.

Mas não José, graças a Deus! Como ele conseguiu sair ileso de uma tentação tão poderosa? Ele conhecia e amava a Deus e não faria nada – nada – que O desonrasse.

Meditações 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Jesus casado?


Na semana passada, a descoberta de um fragmento de papiro com inscrições em copta (língua falada no norte do Egito antigo) e que alguns acreditam sugerir que Jesus teria sido casado deu o que falar na imprensa. ... Como era de esperar, as revistas semanais repercutiram o assunto, mas com abordagens um tanto diferentes. A revista Veja, com a matéria “Existiu uma senhora Jesus?”, dedicou pouco mais de meia página ao assunto. A reportagem informa que o uso do carbono 14 não é possível, pois acabaria destruindo o fragmento de apenas quatro por oito centímetros, e cita a historiadora Karen King: “Esse é o único texto antigo em que Jesus se refere explicitamente a uma esposa.” Mas é um texto bem posterior aos evangelhos bíblicos e envolto em controvérsias.

Veja lembra que “o celibato do clero [católico] só foi definitivamente decretado no Concílio de Trento, que ocorreu entre 1445 e 1563”. E conclui o texto com a declaração de um padre jesuíta chamado James Martin: “Se descobrissem que Jesus teve uma esposa, isso não mudaria minha fé. Apenas, quando eu fosse para o paraíso, perguntaria aos apóstolos por que eles omitiram uma informação tão importante em seus evangelhos.”

No mais, a matéria de Veja traz as mesmas fontes de sempre: teólogos liberais que mal acreditam na canonicidade e na inspiração da Bíblia. (Detalhe: o assunto de capa dessa edição da Veja [reprodução acima] é altamente “relevante”: o que as mulheres acham do novo best-seller sobre sadomasoquismo [leia sobre isso aqui]. Em contrapartida, deram apenas uma pequena chamada para as revoltas promovidas por radicais islâmicos.)

A revista IstoÉ aprofundou mais o assunto e revelou um jornalismo melhor ao consultar fontes diferenciadas e com visão diferente das fontes de Veja(apesar do sensacionalismo da chamada acima). Entres os entrevistados, dois arqueólogos adventistas: os doutores Rodrigo Silva e Jorge Fabbro. A matéria, assinada por Rodrigo Cardoso, informa que a referência à Maria (para alguns, a mãe de Jesus) é feita na primeira sentença do papiro, e cita a explicação do Dr. Rodrigo: é mais provável que a Maria mencionada no texto seja Maria Madalena e não Maria mãe de Jesus. “Silva [...] concorda, porém, com a professora Karen, de Harvard. Para ela, o papiro não é prova de que Jesus se casou.”

IstoÉ continua: “O documento, segundo ela, seria parte de um livro escrito no século II, ou seja, uma fonte muito tardia em relação aos dias de Cristo na Terra. Corrobora também para a dúvida o fato de, naquele período, uma comunidade de cristãos dissidentes – a maioria de Alexandria, no Egito – ter criado um movimento chamado gnosticismo, marcado pela produção de textos nos quais a figura do Jesus preconizada pelo Novo Testamento pode ter sido modificada para tornar o cristianismo mais palatável ao povo pagão alexandrino. Esse novo Jesus que nascera ali, entre outros traços, não sentia dor nem sofrimento. Ideias como a ressurreição, encarnação e morte expiatória na cruz, que não eram bem-vistas diante dos olhos do mundo grego de Alexandria, ficaram de fora dos textos apócrifos gnósticos, como os evangelhos de Tomé, Judas e Filipe. Também surgiu a necessidade de se criar uma esposa para Cristo para, como pregava o gnosticismo, confirmar a teoria de que espíritos evoluídos estavam sempre em casais e nunca sozinhos.”

Depois de mencionar o evangelho de Filipe, cujos fragmentos mencionam o episódio de um beijo de Jesus em Maria Madalena, IstoÉ cita Fabbro: “Nessa região e naquela época se discutia muito se era apropriado ao cristão se casar. Por essas evidências, supõe-se que o Evangelho da Esposa de Jesus seja um documento surgido em um ambiente de gnosticismo”.

“O fragmento apresentado no Vaticano, portanto, estaria se referindo a um outro Cristo, uma divindade maquiada, e não àquele presente no Novo Testamento”, conclui acertadamente o autor da reportagem.

Mais um detalhe levantado pela matéria: na Israel do século I, nobre não era apenas a pessoa solteira e celibatária. Assim também seria aquela que, mesmo casada, tivesse a coragem de deixar a família em segundo plano para servir ao trabalho de Deus. “Se Jesus fosse casado, seria uma vantagem para ele. Não haveria motivos para os evangelhos bíblicos negarem o fato”, diz o arqueó­logo Silva. Para ele, o Evangelho da Esposa de Jesus é mais um que reforça o fato de que o Cristo histórico não foi casado, uma vez que, se tivesse vivido uma relação marital, a discussão ou menção sobre isso apareceria em livros mais antigos do que os do século II. “Por outro lado, nota-se um silêncio absoluto no século I sobre o fato e uma grande efervescência sobre ele no século II. E foi assim porque o Jesus casado é uma característica de um Cristo construído pela teologia gnóstica.” 

Fonte: Criacionismo

quinta-feira, 22 de março de 2012

EUA a caminho de um Estado totalitário

Em uma ação impressionante, em 16 de março de 2012, Barack Obama assinou uma Ordem Executiva (OE) dizendo que o presidente e seus secretários especificamente designados agora tem a autoridade para confiscar todos os recursos internos dos EUA, incluindo comida e água. A OE também afirma que o presidente e seus secretários têm a autoridade para apoderar-se de todo transporte, energia e infra-estrutura dentro dos Estados Unidos, bem como à força destacar cidadãos norte-americanos para o serviço militar.


A OE contém também uma vaga referência no que diz respeito aos cidadãos americanos aproveitando para cumprir "as exigências de trabalho" para fins de defesa nacional.

Não só isso, mas a autoridade reivindicada dentro da OE não se aplica apenas para emergências nacionais e tempos de guerra. Também se aplica em tempos de paz [...]

A inconstitucionalidade da esmagadora maioria das ordens executivas está bem estabelecida, bem como a ilegalidade de negar aos cidadãos seus direitos básicos constitucionais e humanos, mesmo em caso de uma emergência nacional legítima [...]

No entanto, alguns têm, sem dúvida começado a se perguntar por que o presidente assinou uma ordem desse tipo? Não só isso, mas por que ele assinou a ordem agora? É por causa de uma iminente guerra com o Irã ou a Terceira Guerra Mundial que provavelmente vai resultar de um conflito? É por causa da bomba-relógio chamada economia que é apenas um movimento nervoso ou acordo comercial longe de desintegração total? É por causa de um crescente sentimento de ódio de seu governo por parte do público em geral? Está prestes a ocorrer um desastre natural, do qual não temos conhecimento? Existem planos para implantar a lei marcial?
Seja qual for a razão para o recente anúncio da nova Ordem Executiva de Obama, há uma coisa que sabemos com certeza - "Isso não aconteceria aqui" foi o canto do cisne de quase todas as vítimas de assassinato pelo governo na história humana moderna.

Fonte: Global Research

Nota Minuto Profético: Se não bastasse isso, uma semana antes [8 de março], o diretor do FBI, desconversou quando indagado se o governo norte-americano pode ou não matar cidadãos norte-americanos sem antes julgá-los. Veja o comentário do canal FoxNews (acione o botão da legenda CC):


domingo, 18 de março de 2012

"Aliança Dominical Europeia" - iniciativa de promoção do domingo sem trabalho



A European Sunday Alliance (Aliança Dominical Europeia) é uma rede europeia de alianças dominicais, sindicatos, organizações da sociedade civil e comunidades religiosas, cujo objetivo é criar consciência para uma mais eficaz e produtiva regulação dos tempos de trabalho, visando em particular a promoção de um descanso generalizado e comum ao domingo.

Recentemente, no dia 4 de março, esta organização e seus membros levaram a efeito uma série de ações em várias países, tentando promover este dia como "Dia Europeu do Domingo sem Trabalho". Estas iniciativas incluíram ações públicas, cartazes e posters de divulgação e propaganda na rua, imprensa e internet.

Veja de seguida algumas dessas iniciativas.

1. Excerto de apresentação no website da organização. Na parte a vermelho, na coluna do meio, lê-se: "[a Aliança] compromete-se a salvaguardar e promover o domingo sem trabalho..."; na coluna da direita, lê-se: "[a Aliança] apela aos governos e estados membros [da União Europeia] a assumirem as suas responsabilidades para melhorarem, implementarem e aplicarem legislação..."



2. Na Áustria, dois montanhistas subiram ao topo de um monte onde colocaram uma cruz e mostraram um cartaz onde se lê: "Aliança para um Domingo Livre".



3. Em Itália, várias uniões sindicais uniram-se à campanha, tendo como mote "O domingo não tem preço".



4. Em Espanha, uma organização de trabalhadores católicos promoveu a campanha dizendo que várias entidades cristãs se uniram para esta campanha.



5. Essas entidades emitiram um comunicado conjunto. O terceiro ponto refere: "Mais do que qualquer outro dia da semana, o domingo festivo permite o desenvolvimento espiritual".



6. Na Polónia, um cartaz tem como inscrição central: "Não faça compras ao domingo".



7. Um outro cartaz com a mesma inscrição, inclui também uma criança que vê a sua mãe na TV a trabalhar e diz num sentido de lamentação: "Hoje é domingo e a mamã está a trabalhar".



8. Na Hungria, uma cartaz escrito em inglês diz: "Parem o trabalho ao domingo".



9. Em França, uma cartaz apresenta um carrinho de compras por baixo da inscrição: "Trabalho ao domingo - não empurrar".



10. Um outro cartaz também faz apelo aos valores familiares. Por baixo da pergunta "Abertura das lojas ao domingo?", uma criança com o bolo de aniversário à frente vê os pais saírem e pergunta: "Onde vocês vão?", ao que os pais respondem: "Trabalhar!".



11. Um excerto do manifesto divulgado em França, inclui algumas ações que se pretendem tomar. A quinta medida na coluna da esquerda diz: "uma carta aberta ao Presidente da República e aos parlamentares".



12. Finalmente, veja neste vídeo divulgado, de novo em França, como se destacam ospapéis dos sete dias da semana: tudo igual de segunda a Sábado, somente o domingo é diferente.


Fonte - O Tempo Final

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

"Como Folhas de Outono..." 24


Semana de Oração conduzida pelo Pr. Rodrigo Silva na Igreja Brasileira de Richmond nos EUA, com o título "A Palavra de Deus na Arqueologia". O Pr. Rodrigo é professor do curso de Teologia no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Completou seu estudo de doutorado em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. Assunção e fez estudos de pós-doutoramento em arqueologia pela Andrews University, nos Estados Unidos.

"O maior problema é o secularismo, o aumento da cultura inútil em detrimento da cultura religiosa. As pessoas não conhecem mais os livros da Bíblia. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que 57% dos entrevistados não sabiam dizer quem pregou o Sermão da Montanha, e pelo menos uns 70% acreditavam que o texto “Deus ajuda a quem cedo madruga” está na Bíblia. Tudo isto demonstra uma terrível ignorância em relação à Bíblia e aos fundamentos do cristianismo."

01) - Enfrentando a Corte do Rei
02) - Um Sonho Inesquecível
03) - A Quem Serviremos ?
04) - O Que é a Loucura ?
05) - Uma Festa Desastrosa
06) - O Grande Conflito
07) - A Oração de Daniel
08) - E Se levantará Miguel...


Incentivamos mais uma vez a que não se esqueçam de duplicar, "como folhas de outono", atendendo ao "ide" do Mestre. E descansem no Senhor.

Soli Deo Gloria

"Disseminai-os como as folhas no outono. Esse trabalho deverá continuar sem estorvo de pessoa alguma. Almas perecem sem Cristo. Sejam elas advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu." (Testemunhos Seletos V3 - Pág. 235)

Outras programações:
Séries "Como folhas de outono..."

Diário da Profecia.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Tempestade solar intensa ruma para a Terra


Uma tempestade solar de grandes proporções atingiu a Terra no início da tarde desta terça-feira. A nuvem de partículas carregadas é resultado de uma erupção registrada na superfície da estrela na noite do último domingo. A erupção solar de anteontem foi classificada como de intensidade M8,7, pouco abaixo das do tipo X, as mais fortes. Ela lançou um fluxo de prótons energizados em alta velocidade que rumou para Terra a até 2 mil quilômetros por segundo. De acordo com nova medição do clima espacial da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA), a ejeção de massa coronal associada à erupção está provocando uma tempestade geomagnética de nível S3 em sua escala, a mais forte desde 2003, mas ainda assim considerada apenas moderada.

A tempestade se segue a um dos mais longos e fracos períodos de atividade do Sol dos últimos ciclos, dando uma prévia do que pode-se esperar no próximo ciclo de atividade máxima da estrela, entre 2012 e 2013. Embora seja uma preocupação principalmente para os satélites e astronautas em órbita da Terra, a tempestade também pode afetar as comunicações de aeronaves voando próximas dos polos e redes elétricas de alta tensão - um surto de energia já foi relatado na Suécia -, além de provocar belas auroras boreais e austrais, que poderão ser vistas ainda a latitudes menores que o comum. Seus efeitos deverão ser observados pelo menos até esta quarta-feira.

Apesar disso, os seis astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) não tiveram que tomar medidas adicionais para se protegerem do fluxo de partículas e estão bem, informou a Agência Espacial Europeia (ESA). Mesmo sendo a maior dos últimos anos, a tempestade ainda está longe das intensidades máximas frequentemente geradas nos picos de atividade dos ciclos do Sol.

"Vamos observar mais tempestades como essa ou até maiores a medida que nos aproximamos do máximo de atividade solar", comentou Michael Hesse, chefe do setor de heliofísica do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa.


Nota: Segundo matéria publicada no site Folha.com, o Sol tem ciclos de atividade de 11 anos, com períodos mais intensos e outros de calmaria. O pico de atividade do ciclo atual está previsto para o ano que vem. As tempestades devem ficar mais fortes até lá. Em 1989, uma tempestade solar causou a queda na rede elétrica no Canadá.

Deus Estava Lá no Inferno

Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura também lá estás. Salmo 139:8


Ernest Gordon, que narrou a história do milagre às margens do rio Kwai, fez sua cama no inferno. Já sofrendo de disenteria, malária, infecção sanguínea e beribéri, contraiu também difteria, o que significava que não podia mais trabalhar na estrada de ferro. Gordon foi enviado para a Casa da Morte, apelido que o terrível hospital do campo de concentração recebeu. Localizado num oceano de lama no ponto mais baixo do campo, o “hospital” estava repleto de centenas de homens à beira da morte, cobertos da cabeça aos pés de moscas, percevejos e piolhos. Parecia mais um cemitério fétido de seres humanos desesperados em estado de putrefação.


Alguns amigos o procuraram, o encontraram entre os corpos em deterioração e o carregaram numa maca para uma pequena cabana que haviam construído. Banharam-no, limparam as feridas de suas pernas e fizeram-lhe curativos. Prepararam comida para ele e lhe aplicaram massagens. Pouco a pouco, a sensibilidade dos membros de Gordon começou a voltar. Contrariando todas as expectativas, ele sobreviveu.


Essa demonstração de compaixão fez parte de um fenômeno muito mais amplo que ocorreu no campo de concentração. O que estava acontecendo em Chungkai? Algumas histórias começaram a circular sobre soldados tementes a Jesus Cristo que haviam sacrificado a vida em atos de abnegação, heroísmo, fé e amor. Ouviu-se, por exemplo, a respeito de um homem grande e forte que de repente desmaiou e morreu de fome porque havia dado suas porções de comida para um amigo doente, que se recuperou. Outro soldado assumiu a culpa do sumiço de uma pá e foi espancado até a morte. (Naquela noite, ao serem contadas as ferramentas, não faltava nenhuma.) E muitos outros relatos assim.


Essas demonstrações da graça contagiaram o campo. Os prisioneiros trocaram a lei da selva pela lei de Cristo. Começaram a ajudar uns aos outros. Começaram a confeccionar braços e pernas artificiais, a preparar remédios com as plantas medicinais da selva. Passaram a realizar funerais em vez de queimar os mortos empilhados uns sobre os outros. Construíram uma capela, faziam cultos e realizavam batismos. Deram início a uma universidade na selva e frequentavam às aulas. Formaram uma orquestra. Voltaram a sorrir, a dar risada e a cantar.


Ernest Gordon se tornou cristão. Ao fim da guerra, estudou teologia e, mais tarde, se tornou o capelão da Universidade de Princeton. Grande é o poder do pecado, mas a graça é ainda mais poderosa.