sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Papa reafirma que só igreja pode interpretar a Bíblia

O papa Bento XVI reiterou com firmeza, em um encontro com estudantes e professores do Pontifício Instituto Bíblico, que apenas a Igreja Católica pode interpretar “autenticamente” a Bíblia. “À Igreja é destinado o trabalho de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo”, defendeu o papa, ao se reunir com cerca de 400 estudantes, funcionários e docentes em comemoração aos cem anos da fundação da entidade pontifícia. Bento XVI também destacou que, sem a fé e a tradição da Igreja, a Bíblia torna-se um livro “lacrado”. “Se as exegeses querem ser também teologia, é preciso reconhecer que a fé da Igreja é aquela forma de simpatia, sem a qual a Bíblia torna-se um livro selado: a tradição não fecha o acesso à Escritura, mas, sobretudo, o abre”, disse.

De acordo com o pontífice, “por outro lado, é da Igreja, nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Escritura”, sendo esta “uma única coisa a partir de um único povo de Deus, que tem sido seu portador através da história”.

“Ler a Escritura com união significa lê-la a partir da Igreja como seu lugar vital e acreditar na fé da Igreja como a verdadeira chave da interpretação”, explicou Bento XVI.

O papa relembrou também que o aumento do interesse pelo livro sagrado católico [sic] no decorrer deste século ocorreu graças ao Concílio Vaticano II, especificamente à constituição dogmática Dei Verbum sobre a Revelação Divina.

Entre os presentes na reunião estavam o prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Zenon Grocholewski, e o padre Adolfo Nicolás Pachón, da Companhia de Jesus.

(Estadão)

Nota: Nada de novo. Ao mesmo tempo em que o papa prega o ecumenismo (união das igrejas), deixa claro que a primazia pertence à sua igreja. Como assim só a Igreja Católica pode interpretar a Bíblia? Quando Jesus sugeriu que é boa coisa examinar as Escrituras (Jo 5:39), não estava falando para católicos. Quando João, no Apocalipse, afirma que são bem-aventurados aqueles que leem (Ap 1:3), também não tem em vista leitores católicos, já que essa igreja ainda não existia. Na verdade, o correto é deixar que a Bíblia interprete a si mesma. Nada de “tradição”, visão institucional ou coisa que o valha. A Palavra é para todos e está ao alcance da compreensão de todos. Essa postura dos líderes católicos não é de hoje. Pelo menos uma vantagem o Concílio Vaticano II teve: estimulou os católicos a lerem a Bíblia. Talvez o papa esteja preocupado com essa abertura, já que o êxodo de seu rebanho para outras igrejas não para de se acentuar.

Fonte: Criacionismo

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O fim do Universo

Há muito tempo físicos preveem que o Universo acabará na chamada “morte térmica”, estado em que terá utilizado toda a sua energia e não poderá mais sustentar nenhum movimento. Porém, novos cálculos realizados por uma equipe de físicos australianos mostram que a morte térmica pode chegar mais cedo do que os cientistas acreditavam. A morte térmica é baseada no conceito da entropia, que afirma que estados desordenados são mais estáveis que aqueles ordenados. Em uma experiência da vida real, por exemplo, pode-se dizer que é mais fácil quebrar uma janela de vidro (estado ordenado) do que reorganizá-la ou criar uma nova janela – estado desordenado – ou seja, a janela permanecerá quebrada. Na escala do Universo, sistemas complexos como estrelas, planetas e galáxias são como a janela de vidro, e os novos cálculos mostram que buracos negros supermassivos os estão quebrando mais rapidamente do que imaginávamos.

Já era de conhecimento dos físicos que os buracos negros contribuem com a entropia do Universo ao quebrar a matéria e energia em seus turbilhões gravitacionais, mas os cálculos sempre mostraram o nível da desordem com base nos buracos negros menores e mais frequentes.

Entretanto, o novo cálculo leva em consideração o poder destrutivo dos buracos negros supermassivos, que podem consumir galáxias inteiras. Os cientistas australianos descobriram que os cálculos antigos subestimavam quanto do Universo esses buracos negros já “engoliram”.

Porém, não é preciso começar a se preocupar com o fim do mundo: em uma escala humana, é como se o cálculo anterior afirmasse que o Universo fosse morrer aos 90 anos. O novo cálculo descobriu que ele está mais próximo desta idade do que dos 50 anos. Mas é claro que as estimativas envolvem a morte térmica para daqui a bilhões de anos, então o Universo ainda tem um bom tempo para aproveitar a velhice.

(Hypescience)

Nota: Se o Universo poderá terminar num estado desordenado, pergunto: Quem ou o que fez com que ele começasse num estado ordenado, menos provável (afinal, todo mundo entende que ordem não pode provir do caos)? A pergunta é tão delicada que, para fugir da palavra “milagre” (que evoca o sobrenatural), os cientistas que negam o teísmo se valem de outra palavra: “singularidade”. A origem deste universo ordenado, que funciona graças a leis finamente ajustadas, foi um evento singular, único, inexplicado. E empurram a porta da verdade para impedir que Deus coloque o pé através dela. Outra coisa: Se o Universo está fadado à destruição, que sentido existe na vida? Afinal de contas, todos os nossos esforços não acabam sendo inúteis em perspectiva da finitude de todas as coisas? Mas, tudo bem, não se preocupe com isso agora. Coma, beba e se divirta. O mundo vai acabar, mas só daqui a bilhões de anos. A vida, num sentido cósmico, parece não fazer sentido mesmo, por isso, viva para o aqui e agora. Beco perigoso esse... É verdade que não precisamos nos preocupar com o fim do mundo (na ótica cosmológica). Devemos, sim, é nos preocupar com a nossa condição espiritual, pois Jesus voltará muito antes do que se imagina. É nisso que não querem que pensemos...

Fonte: Criacionista.

domingo, 25 de outubro de 2009

O conflito final e a Igreja de Laodicéia

Programação realizada na IASD de Dallas, no período de 28 de Março a 04 de Abril de 2.009, dirigida pelo Pr. Dílson Bezerra, que é missionário na África e explana com propriedade acerca das atuais características da Igreja, os elementos que devem se descortinar no horizonte adventista nestes últimos dias desta terra, bem como sobre a preparação individual que deve se alinhar a este quadro. Os materiais estão disponíveis para download em áudio e vídeo, bem como para acesso online nestas mídias.

01) - 28/03/09 - A última batalha (Áudio)(Vídeo)


02) - 29/03/09 - A justiça de Cristo (Áudio)(Vídeo)


03) - 30/03/09 - A mensagem do primeiro anjo (Áudio)(Vídeo)


04) - 31/03/09 - A mensagem do segundo anjo (Áudio)(Vídeo)


05) - 01/04/09 - A mensagem do terceiro anjo (Áudio)(Vídeo)


06) - 02/04/09 - O alto clamor (Áudio)(Vídeo)


07) - 03/04/09 - A justiça de Cristo (2) (Áudio)(Vídeo)


08) - 04/04/09 - A vitória final (Áudio)(Vídeo)


Fonte - IASD Dallas

domingo, 18 de outubro de 2009

Trombetas, sangue, nuvem e fogo


Trombetas, sangue, nuvem e fogo

Lição 442009


Sábado à tarde

Bíblico: Mc 10–12


VERSO PARA MEMORIZAR: “Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado” (1 Coríntios 5:7, NVI).

Leituras da semana: Êx 12:1-29; Nm 9, 10; Mt 26:36-43; Lc 22:15, 19, 20; 1Co 15:52

Na última Páscoa que Jesus comeu com os discípulos, Ele instituiu a Ceia do Senhor. Tomando alguns dos mesmos alimentos da Páscoa, Jesus disse: “Tomai, comei; isto é o Meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de Meu Pai” (Mt 26:26-29). E Paulo escreveu: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha” (1Co 11:26).

A ceia do Senhor é a páscoa cristã, paralelo do Novo Testamento à libertação de Israel do Egito. Nesta semana, vamos estudar o primeiro aniversário daquela libertação de Israel. Também vamos estudar a presença guiadora do Senhor no acampamento dos israelitas, as trombetas de prata que eram tocadas em certas ocasiões, bem como outros relatos que revelam a situação do antigo povo de Deus em suas circunstâncias inigualáveis.


Domingo

Ano Bíblico: Mc 13, 14

Em memória de Mim

1. Que lições podemos tirar da instituição da Páscoa? Pense, por exemplo, em obediência, graça, redenção, fé e juízo. Nm 9:1-5; Êx 12:1-29

Aquele era o primeiro aniversário da surpreendente noite no Egito em que o anjo do Senhor matara os primogênitos dos egípcios, mas “passou por cima” (vem daí o nome Páscoa) das habitações de Israel marcadas pelo sangue do cordeiro sacrifical. Agora, no que deveria ser uma cerimônia anual, eles foram chamados a se lembrar da noite de sua libertação especial do Egito e a salvação que Deus havia preparado para eles.

2. Como os seguidores de Jesus devem comemorar a Páscoa hoje? Lc 22:15, 19, 20. O que essa cerimônia deve nos lembrar?

“Cristo Se achava no ponto de transição entre dois sistemas e suas duas grandes festas. Ele, o imaculado Cordeiro de Deus, estava para Se apresentar como oferta pelo pecado, e queria assim levar a termo o sistema de símbolos e cerimônias que por quatro mil anos apontara à Sua morte. Ao comer a páscoa com Seus discípulos, instituiu em seu lugar o serviço que havia de comemorar Seu grande sacrifício. Passaria para sempre a festa nacional dos judeus. O serviço que Cristo estabeleceu devia ser observado por Seus seguidores em todas as terras e por todos os séculos. ...

“A ordenança da ceia do Senhor foi dada para comemorar a grande libertação operada em resultado da morte de Cristo. ... É o meio pelo qual Sua grande obra em nosso favor deve ser conservada viva em nossa memória” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 652, 653).


Segunda

Ano Bíblico: Mc 15, 16

A presença guiadora

Uma das certezas mais maravilhosas que Israel tinha no deserto era o sinal visível da presença de Deus, manifestado da maneira mais notável: a nuvem de dia e a coluna de fogo à noite.

Pense nisto. Composto de cerca de dois milhões de pessoas que viviam em um deserto estéril e perigoso, o acampamento deve ter se estendido a muitos quilômetros em todas as direções. Sem meios de comunicação instantânea e direta (não havia rádio, telefone nem internet), precisava haver algum modo de fazer todos saberem quando deveriam partir, e para onde.

3. Como a manifestação da presença de Deus revelava ao povo a vontade de Deus, pelo menos no que se referia ao movimento? Nm 9:15-23

Nem sempre a guia do Senhor sobre Israel por meio da nuvem visível ia pelas melhores estradas. Jeremias registra que Ele guiou o povo “através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava e na qual não morava homem algum” (Jr 2:6).

Mas existe uma questão mais profunda aqui do que apenas aonde e quando ir. A presença da nuvem durante o dia e da coluna de fogo à noite era também um lembrete muito poderoso para eles da presença permanente de Deus. De acordo com Números 9:16, “assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo”. Não importava onde eles estivessem, que provas enfrentassem, com que inimigos eles se encontrassem, lá – pairando no céu – estava um marcador visível da presença de Deus entre eles.

Isso deve ter sido muito confortante. A nuvem e o fogo certamente teriam sido mais que suficientes para mantê-los fiéis, confiantes e obedientes a Deus, certo?

Quando você procura tomar uma decisão sobre aonde ir, com que frequência deseja ter uma nuvem de dia e uma coluna de fogo à noite para guiá-lo? No entanto, que promessa da disposição de Deus de nos guiar e estar presente entre nós ainda hoje você pode encontrar na Bíblia? Que decisões você pode tomar que o capacitem a ser mais aberto à guia de Deus e mais cônscio de Sua presença?


Terça

Ano Bíblico: Lc 1, 2

As trombetas de prata

O antigo Israel tinha dois tipos de trombetas: a de chifre do carneiro comum (o shofar) e as duas trombetas de prata, que pertenciam essencialmente ao santuário e só eram tocadas pelos sacerdotes (Nm 10:8). Essas últimas eram feitas de “obra batida”, cada uma forjada a partir de um pedaço de metal. A trombeta de prata era semelhante a um tubo longo, alargando-se em uma das pontas.

4. Qual era o propósito do toque dessas trombetas? Que lições espirituais podemos tirar do uso dessas trombetas? Nm 10:1-10

O toque dessas trombetas de prata tinha um significado além de suas aplicações mais práticas. Seu toque deveria ser considerado uma “ordenança”. Na guerra, lhes assegurava que seriam lembrados diante do Senhor seu Deus, e seriam salvos de seus inimigos (v. 9). Deste modo, o toque dessas trombetas serviam de “memorial em favor de vocês perante o seu Deus. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês” (v. 10, NVI).

O interessante é que, mesmo com todas as manifestações da guia, presença e proteção de Deus, o Senhor também usava essas trombetas a fim de lembrar a Israel sobre Sua presença e cuidado. Tanto pela vista (a nuvem e o fogo) como pelo som (as trombetas) eles tinham lembretes especiais da direção e presença de Deus entre eles.

Hoje, não temos a nuvem, o fogo nem as trombetas de prata para nos lembrar sobre a direção e presença de Deus. Mas temos no Novo Testamento a revelação do que Deus fez por nós por meio de Jesus, que nos dá a certeza de Seu amor e cuidado que o Israel antigo pode não ter apreciado completamente. Eles conheciam, em tipos e sombras, o que agora temos em realidade: o conhecimento do amor de Deus, revelado na cruz.

O que você preferiria ter: uma trombeta de prata soando aos seus ouvidos, ou o conhecimento do amor, do caráter e cuidado daquele que, “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-Se; mas esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser servo, tornando-Se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-Se a Si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fp 2:6-8, NVI).

Que som de trombeta você quer realmente ouvir, e por quê? 1Co 15:52


Quarta

Ano Bíblico: Lc 3–5

“E nos servirás de guia”

Depois de morte de Sara, Abraão se casou novamente. Quetura lhe deu vários filhos, um chamado Midiã (Gn 25:1-6). Jetro (também chamado Reuel [Êx 2:18], amigo de Deus) se tornou sogro de Moisés quando este se casou com sua filha. Jetro é chamado de “sacerdote de Midiã” (Êx 18:1) e adorava o Deus verdadeiro (v. 12). Outros descendentes de Midiã abandonaram a fé que Abraão mantinha em favor de deuses pagãos; frequentemente, estes foram inimigos de Israel.

5. Que pedido Moisés fez a Hobabe, filho de Jetro? Qual foi a resposta dele? Nm 10:29-32

Moisés não consultou a Deus antes de tentar persuadir Hobabe a acompanhar Israel. A presença de Deus na coluna de nuvem de dia e de fogo à noite não era mais que suficiente para guiar a nação através do deserto? Aqui vemos a humanidade de Moisés fraquejando diante do desafio que enfrentava e esquecendo-se de que o Deus que abrira o Mar Vermelho também poderia abrir o caminho através dos desertos e prover alimento e água.

6. Que evidências temos da humanidade de Jesus? Como se referiam essas evidências às necessidades físicas do Mestre? Mt 26:36-43

Até o Salvador sentia, às vezes, necessidade de simpatia e apoio humano. Embora amasse todos os discípulos, Ele estava mais próximo especialmente de Pedro, Tiago e João. No Getsêmani, Ele pediu que orassem com Ele. No Monte da Transfiguração, os mesmos três dormiram em lugar de orar. Mas o Céu enviou Moisés e Elias para encorajar Cristo a avançar com o plano de Sua morte redentora (Lc 9:28-31). “Então enviara o Céu Seus mensageiros a Jesus; não anjos, mas homens que suportaram sofrimentos e tristezas e estavam aptos a sentir com o Salvador na prova de Sua existência terrestre. Moisés e Elias foram colaboradores de Cristo. Partilharam de Seus anseios em torno da salvação dos homens. ... A esperança do mundo, a salvação de toda criatura humana, eis o assunto de sua entrevista” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 422, 425).


Quinta

Ano Bíblico: Lc 6–8

Indo para o lar?

7. Que características se podem observar na jornada dos israelitas, o povo da aliança, sob a orientação de Deus? Nm 10:11-36

De acordo com Moisés, foi só uma jornada de 11 dias desde o Monte Sinai (Horebe) até Cades-Barneia, uma cidade ou região próxima do que mais tarde se tornaria a fronteira meridional de Judá.

Note a ordem: Três exércitos tribais seguiam a nuvem e a arca. Então, os levitas, com seus carros, levavam as várias partes do santuário portátil. Vinham, em seguida, mais três exércitos tribais. Em seguida, vinham os coatitas, carregando a mobília do santuário. Seis exércitos vinham atrás, protegendo de ataques a retaguarda. Tudo era feito com muita ordem. Considerando o que estava acontecendo, se fosse feito a esmo, teria sido um incrível desastre à espera de uma oportunidade.

O caminho mais rápido desde o Egito até Canaã era pela região costeira “pelo caminho da terra dos filisteus”. Mas Deus sabia que Israel não estava preparado para a guerra (Êx 13:17). Consequentemente, quando sinalizou a marcha, a coluna da nuvem levou a nação para nordeste, pelo deserto de Parã (Nm 10:11, 12), uma jornada de três dias (v. 33). “Avançando eles, o caminho se tornou mais difícil. Seu percurso estendia-se através de barrancos e desolação estéril. Tudo em redor deles era o grande deserto – ‘terra árida e cheia de covas, terra de seca e de trevas, terra pela qual ninguém passa e onde ninguém vive’ (Jr 2:6, NVI). As gargantas de pedra, de longe e de perto, estavam repletas de homens, mulheres e crianças, com animais e carros, e longas fileiras de rebanhos e gado. Sua marcha era necessariamente lenta e trabalhosa; e as multidões, depois de seu longo acampamento, não estavam preparadas para suportar os perigos e incômodos do caminho” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 377).


Sexta

Ano Bíblico: Lc 9–11

Estudo adicional

Cada dia, enfrentamos decisões — algumas mais sérias que outras. Medite nas seguintes promessas quanto à direção de Deus: Sl 31:3; 32:8; 48:14; 78:52; Is 58:10, 11.

“Se nos entregamos a Deus para fazer Sua obra, não precisamos estar ansiosos pelo dia de amanhã. Aquele de quem somos servos conhece o fim desde o princípio. Os acontecimentos do amanhã, ocultos de nossos olhos, acham-se à vista daquele que é onipotente.

“Quando tomamos em nossas mãos o manejo das coisas com que temos de lidar e confiamos em nossa própria sabedoria quanto ao êxito, atraímos sobre nós um fardo que Deus não nos deu, e passamos a levá-lo sem Sua ajuda. Tomamos sobre nós mesmos a responsabilidade que pertence a Deus, na verdade, pondo-nos assim, em Seu lugar. Bem podemos ter ansiedade e antecipar perigos e perdas; pois é certo que essas coisas nos sobrevenham. Mas quando cremos verdadeiramente que Deus nos ama e nos quer fazer bem, cessamos de nos afligir a respeito do futuro. Confiamos em Deus assim como uma criança confia em um amoroso pai. Então, desaparecem nossas perturbações e tormentos; pois nossa vontade se fundirá com a vontade de Deus” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 100, 101).

Resumo: Antes de deixar seu acampamento de um ano no Sinai, os israelitas celebraram o primeiro aniversário da Páscoa em liberdade. Deus não queria que eles esquecessem sua maravilhosa libertação da escravidão egípcia. Em sua marcha tribal de três dias, a nação foi liderada por Deus na coluna de nuvem e fogo. A marcha teve lugar ordeiramente, conforme os sinais das trombetas de prata, tendo os sacerdotes à frente, levando a arca. A nuvem os conduziu para o leste e em direção ao norte no deserto de Parã. De idêntica maneira, às vezes, a guia de Deus parece difícil para nós. Mas a chave é confiar nEle, nosso Pai onisciente.

Respostas Sugestivas:

Pergunta 1. A Páscoa celebrava a libertação da escravidão do Egito, depois da morte dos primogênitos egípcios e da proteção provida pelo sangue nas ombreiras das portas dos israelitas. Os que obedeceram pela fé foram alvo da graça de Deus e libertos do juízo que recaiu sobre os egípcios.
Pergunta 2: A santa ceia ocupou o lugar da Páscoa, celebrando a nossa libertação do pecado pela oferta do Cordeiro de Deus.
Pergunta 3: A nuvem durante o dia e a coluna de fogo à noite indicavam o tempo de partir e o tempo de acampar.
Pergunta 4: Lembrar o povo sobre a presença de Deus em seu meio.
Pergunta 5. Que fosse com eles. Ele recusou.
Pergunta 6: Pediu repetidamente ao Pai que O livrasse do sacrifício na cruz. Sua humanidade se ressentia da falta de simpatia humana na sua hora mais cruel.
Pergunta 7: Havia perfeita ordem na partida, na caminhada e na montagem do acampamento.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sábado nos Pólos


Regiões Polares dias e noites duram seis meses. Guarda-se o Sábado lá? Lógico que sim! Como?Veja:Vendo que as Escrituras Sagradas ensinam a observância do Sábado do pôr-do-Sol ao pôr-do-Sol, pessoas há que concluem ser isso impossível no Extremo Norte, onde há todos os anos um período durante o qual o Sol permanece no alto, e outro em que ele permanece oculto abaixo do horizonte, durante as completas vinte e quatro horas do dia.



É certo que residem ali numerosos observadores do Sábado, os quais afirmam não ser difícil saber quando chega a hora do pôr-do-Sol, para então iniciarem a observância do dia de repouso. Surpreendem-se com efeito, ao saberem que haja quem isso julgue impossível.



No período em que o Sol está oculto abaixo do horizonte, os guardadores do Sábado no Extremo Norte observam o dia de sexta-feira ao meio-dia até o Sábado ao meio-dia, porquanto essa hora corresponde ao pôr-do-Sol na região ártica no inverno. Pois todos os dias, enquanto o Sol se oculta sob o horizonte meridional, ele atinge seu zênite ao meio-dia, visto como nessa hora tanto se levanta como se põe, abaixo do horizonte.



Daí por diante, passa a ser visível o pôr-do-Sol, assinalando o começo e o fim do sétimo dia. Cada dia o Sol se ergue um pouco mais cedo e se põe um pouco mais tarde, de modo que a 21 de março (equinócio vernal), o nascer do Sol se dá às 6 horas da manhã, pondo-se às 6 horas da tarde.



Nos dias de verão, em que o Sol não se põe, quando ele alcança o zênite (o ponto mais alto em seu aparente caminho circular no Céu) os habitantes de além do círculo ártico sabem que é meio-dia. E quando chega ao nadir (o ponto mais baixo em seu aparente caminho circular no Céu), nos dias de verão, eles sabem que é meia-noite. Este ponto mais baixo no aparente circuito solar de vinte e quatro horas no Céu é pelos habitantes daquela região denominado ponto do norte. Corresponde, como dissemos, ao pôr- do-Sol. Daí, os habitantes de além círculo ártico, observam no verão o sétimo dia de meia-noite de sexta-feira até meia-noite de Sábado, pois o Sol está então em seu nadir (o ‘mergulho’), que é também o ponto do pôr-do-Sol.


Nem os observadores do domingo nem os do Sábado têm qualquer dificuldade em saber quando começa seu dia de repouso religioso, no Extremo Norte. Em dois períodos do ano o visível pôr-do-Sol serve de sinal para marcar o princípio e o fim do sétimo dia para os adventistas na região ártica. E nos dias em que o Sol não aparece acima do horizonte, o Sábado é observado de sexta-feira, ao meio-dia, até o meio-dia do Sábado, por isso que essa hora corresponde ao tempo do pôr-do-Sol, segundo o prova o último pôr-do-Sol visível ocorrido no princípio do período, e o primeiro pôr-do-Sol visível ocorrido no final do período. Mas durante o tempo em que o Sol está no Céu contínuamente, o Sábado é observado de sexta-feira à meia-noite, até meia-noite do Sábado, porque o Sol está em seu nadir nesse momento do dia, como o provam o último pôr-do-Sol visível no princípio do período, e o primeiro visível pôr-do-Sol ocorrido no final do período.” - R.L. Odom, The Lord’s Day On a Round World, págs. 121, 122,138,140,141,143,144. Citado em Consultoria Doutrinária, pág. 154. “E mesmo na terra do ‘Sol da meia-noite’, pergunte-se a um explorador dos polos e ele achará ridícula a idéia de não ter ali noção do dia, seu começo e fim. Os exploradores árticos mantêm a exata contagem dos dias e semanas em seus diários, relatando o que fizeram em determinados dias. Eles dizem que naquela estranha e quase desabitada terra, é possível notar a passagem dos dias durante os meses em que o Sol está acima do horizonte, pelas posições variáveis do Sol, e durante os meses em que o Sol está abaixo do horizonte, pelo vestígio perceptível do crepúsculo vespertino. E se um sabatista se encontrasse lá no polo, e tivesse algum receio de perder a contagem das semanas, bastar-lhe-ia dirigir-se, por exemplo, a uma missão evangélica entre os esquimós, e lá obteria a informação do que deseja, pois os missionários sem dúvida saberiam quando é domingo para nele realizarem sua Escola Dominical... Certamente que eles não perderiam o ciclo semanal.” – Arnaldo B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 177-178.


Fonte: Lourenço GonzalesNas


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vida longa no Céu

Se na nova terra “a morte já não existirá” (Ap 21:4), como é possível que nela “morrer aos cem anos é morrer ainda jovem” (Is 65:20)?


Para entendermos a tensão entre Isaías 65:20 e Apocalipse 21:4, devemos fazer uma clara distinção entre o propósito original de Deus para com a nação de Israel e o plano dEle hoje para com a Igreja. Deus escolhera, por Sua graça, o povo de Israel e o conduzira à terra de Canaã (Dt 7:7 e 8), onde estabeleceu com a missão específica de atrair “todos os povos” à adoração do verdadeiro Deus (ver Is 56:1-8).

Houvessem os israelitas vivido à altura do seu chamado e cumprido a sua missão no mundo, a Terra teria se enchido “do conhecimento da glória de Deus” (Hc 2:14). A fidelidade à Aliança e a obediência aos preceitos divinos resultariam em bênçãos que melhorariam gradativamente as condições de vida na Terra, afastando “toda enfermidade” do povo eleito e umentando,
conseqüentemente, a sua longevidade (ver Dt 7:12-15, 11:8-25, 28:1-14). É dentro desse processo gradativo que deve ser entendida a declaração de que “morrer aos cem anos é morrer ainda jovem” (Is 65:20). Essa melhora da qualidade de vida continuaria até que a morte deixasse finalmente de existir. A nova terra era esperada no Antigo Testamento a partir dessa perspectiva.

Como Israel não satisfaz as expectativas da Aliança, as promessas condicionais de prosperidade não alcançaram o seu esperado cumprimento (ver Dt 28:15-68). Em decorrência de sua crescente apostasia, o Reino do norte foi conquistado pelos assírios (2Rs 17) e o Reino do sul pelos babilônios (2Rs 24 e 25). As promessas da Aliança também não se cumpriram cabalmente com os judeus no período pós-exílio. Foi especialmente pela rejeição do Messias que Israel deixou finalmente de ser a nação escolhida de Deus (ver Mt 21:43; 23-37-39).

Se o propósito divino no Antigo Testamento era que as condições de vida no mundo melhorassem progressivamente (Is 65:17-25), no Novo Testamento esse quadro se inverte, pois a situação do mundo há de piorar cada vez mais, até a sua final destruição (ver Mt 24:4-12, 2Tm 3:1-9, 2Pe 3:7-13). Portanto, sob a nova Aliança, a promessa de um “novo céu” e de uma “nova terra” não mais se cumprirá por um processo de melhoria gradativa das condições de vida sobre a Terra, e sim pela intervenção sobrenatural de Deus no momento mais conturbado da História, quando finalmente as doenças e a morte deixarão de existir (ver 1Co 15:51-55, Ap 21:1-5).

Fonte: Sinais dos Tempos -Por Alberto R. Timm

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Adoração e dedicação


Adoração e dedicação

Lição 342009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Mt 17–20


VERSO PARA MEMORIZAR: “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7, NVI).

Leituras da semana: Êx 25:22; Nm 7, 8; Zc 4:1-6, 11-14; Ap 4:2, 5; 11:4

É indiscutível que os filhos de Israel estão separados de nosso mundo moderno por vastos abismos de tempo e cultura. De muitas formas, o mundo deles é tão incompreensível para nós como o nosso é para eles.

Não obstante, o fator unificador é o Senhor, aquele que os criou e redimiu e também a nós. Quaisquer que sejam as diferenças de cultura, língua e história, adoramos o mesmo Deus, não obstante as diferenças em nossas formas e expressões. Realmente, em princípio, as verdades básicas ensinadas a eles por meio de seus rituais e cerimônias são as mesmas que devemos aprender hoje.

Nesta semana, vamos continuar a seguir nossos antepassados espirituais em sua jornada de fé. Vamos examinar mais algumas cerimônias, leis e mandamentos que Deus deu a Seu povo naquele tempo. Entre outras coisas, vamos analisar a dedicação do altar de ofertas queimadas, o menorah (castiçal) no santuário terrestre, bem como a ordenação dos levitas a seu chamado sagrado para trabalhar com os sacerdotes em seu ministério no santuário do deserto.


Domingo

Ano Bíblico: Mt 21–23

Dedicação do altar

No santuário do deserto, os sacrifícios se concentravam no altar de ofertas queimadas. Construído de madeira de acácia revestida de bronze, o altar se localizava dentro do pátio, próximo à entrada do santuário de dois compartimentos. O altar de ouro em frente ao véu do Santíssimo servia só para a queima de incenso.

1. Faça uma leitura resumida de Números 7. Que pensamentos vêm à sua mente ao ler sobre as ofertas dadas durante essa cerimônia solene? Que lições espirituais desse relato podem ser aplicadas a nós mesmos, hoje? Por exemplo, onde você vê representada a cruz, aqui?

O altar já tinha sido consagrado por sete dias (Êx 29:37). Então, os príncipes – como representantes de toda a nação – levaram ofertas para celebrar a dedicação do altar por um período de doze dias. Cada príncipe e sua tribo teve seu dia especial. Todas as dádivas eram idênticas; talvez essa fosse uma forma de mostrar que, não importa quem somos nem nossa condição de vida, todos comparecemos diante de Deus na mesma condição, a de pecadores necessitados de graça.

“Alguns se admiram de que Deus desejasse tantos sacrifícios e indicasse a oferta de tantas vítimas sangrentas na dispensação judaica. Toda vítima moribunda era um símbolo de Cristo, lição que era gravada na mente e no coração na mais solene e sagrada cerimônia, e positivamente explicada pelos sacerdotes. Os sacrifícios foram explicitamente planejados pelo próprio Deus a fim de ensinar essa grande e importante verdade de que só pelo sangue de Cristo há perdão de pecados” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 107).


Segunda

Ano Bíblico: Mt 24–26

Comunhão com Deus

Como símbolo, a arca estava no centro da adoração israelita. Ela simbolizava o trono celestial de Deus. “O Senhor dos Exércitos... Se assenta acima dos querubins” (2Sm 6:2). No Santíssimo, a glória visível do Shekiná, pairando entre os querubins, representava a presença do Senhor. Os Dez Mandamentos, embaixo do trono dos querubins, atestavam a vontade divina, o fundamento da aliança entre Deus e Seu povo – e a base moral de Seu governo universal. A Lei fornecia aos adoradores uma compreensão do caráter de Deus, além de estipular Seus justos requisitos.

2. Leia Êxodo 25:22 e Números 7:89. Tente imaginar como seria essa experiência. Você gostaria de ter esse encontro íntimo com Deus? O que faz você pensar que não seria completamente destruído se chegasse muito perto dEle? Veja Êx 20:19

3. Em que sentido você pode hoje chegar ainda mais perto da presença de Deus? Veja Hb 4:14-16. Como Jesus tornou possível essa aproximação?

Note, também, como Moisés entrava no santuário para falar com o Senhor. Mas, de acordo com o texto, era o Senhor que falava com Moisés. A lição é que a maioria de nós sabe orar, a maioria de nós sabe falar com Deus, pleitear nosso caso e pedir isso ou aquilo. Mas a comunhão não é algo de uma única direção. Na maioria dos relacionamentos, cada parte se comunica com a outra. Deveria ser diferente entre nós e nosso Criador? Claro que não.

Então, a pergunta para nós é: Estamos dispostos a ouvir a voz de Deus quando fala conosco?

Como tem sido sua experiência na comunhão com Deus? Como o Senhor lhe comunica Sua vontade? Você está disposto a ouvir Sua voz? Que coisas em sua vida o estão impedindo de manter comunhão mais plena com o Senhor?


Terça

Ano Bíblico: Mt 27, 28

Luz no santuário

Quando Moisés entrou no santuário, depois dos 12 dias reservados à dedicação do altar no pátio, podemos entender que estava escuro dentro do Lugar Santo. Naquela conversa, o Senhor orientou que Arão devia acender as sete lâmpadas do “candelabro”, conhecido em hebraico como o menorah, da palavra hebraica or, luz (Nm 8:1-4).

O menorah (ou candelabro) com sua haste principal e seis ramos (três em cada lado) era martelado em uma única peça de ouro. Ele tinha a forma de um ramo estilizado de amêndoa (Êx 25:31-40). As lâmpadas de óleo, repousando sobre cada ramo, eram supridas pelos sacerdotes duas vezes por dia – pela manhã e pela tarde (Êx 30:7, 8). “Sobre o candeeiro de ouro puro [Arão] conservará em ordem as lâmpadas perante o Senhor, continuamente” (Lv 24:4, RSV; ênfase acrescentada).

4. Que ideia nos dão os textos seguintes sobre o significado do menorah?

a. Zc 4:1-6, 11-14 b. Ap 4:2, 5; 11:4

A visão de Zacarias sugere que o óleo que escorria para as lâmpadas do menorah, capacitando-as a queimar, é o Espírito de Deus (v. 5, 6). A palavra hebraica amêndoa (Jr 1:11, 12) significa “vigiar” ou “despertar”. A amendoeira era chamada literalmente de “árvore despertadora” ou “árvore vigia” porque era a primeira árvore a “acordar” e florescer. João viu na representação celestial do santuário um menorah de sete lâmpadas ardendo diante do trono, que são identificadas como “os sete Espíritos de Deus” – a maneira de João se referir ao Espírito Santo em Suas múltiplas operações.

Deste modo, no deserto, dia e noite, Israel era assegurado da presença de Deus no primeiro compartimento, bem como no segundo.

Como o Senhor mostrou a realidade de Sua presença na sua vida? Recorde-se daqueles tempos em que você experimentava claramente a presença de Deus de maneira notável. Como as lembranças dessas experiências o ajudam a ficar firme nas vezes em que se sente atolado no medo e nas trevas? Veja Salmo 23.


Quarta

Ano Bíblico: Mc 1–3

Dedicação dos levitas: Parte 1

5. Que cuidados eram tomados com respeito à purificação dos levitas? O que isso nos ensina sobre a santidade, o pecado, a purificação e a dedicação a Deus? Nm 8:6-26

As famílias das três divisões de levitas se acampavam ao redor do santuário. Por serem mais de 20 mil (Nm 3:39), é óbvio que algumas partes de sua dedicação foram feitas por representação simbólica. Isto é, só alguns levitas, representando os demais, em lugar de todos os levitas, estavam envolvidos direta e imediatamente.

O fascinante aqui é também a ideia de que os levitas, depois de serem purificados e barbeados, e depois de terem oferecido uma oferta pelo pecado (Nm 8:7, 8) – eles mesmos eram chamados de “oferta” ou “oferta movida” (v. 11). Certamente, não havia qualquer coisa relacionada a sacrifício humano. Dava, sim, a ideia de dedicação, consagração e reconhecimento de que esses levitas iriam fazer um trabalho no interesse de Israel, fazendo por todos o que não podiam fazer por si mesmos.

Isso é visto ainda mais claramente quando Moisés disse que “os filhos de Israel porão as mãos sobre eles [os levitas]” (v. 10), reconhecendo que essas responsabilidades haviam sido atribuídas aos levitas. A tribo como um todo fora oferecida a Deus como sacrifício vivo, e Este, por sua vez, lhes dava como um dom esse ministério especial no santuário, em lugar dos primogênitos, a quem eles agora representavam.

Tendo em mente os princípios vistos nessa cerimônia, como entendemos o que Paulo disse em Romanos 12:1? Como podemos ser um “sacrifício vivo”? O que significa isso em nossa vida diária?


Quinta

Ano Bíblico: Mc 4–6

Dedicação dos levitas: Parte 2

“Eles são os israelitas que deverão ser inteiramente dedicados a Mim. Eu os separei para serem Meus em lugar dos primogênitos, do primeiro filho homem de cada mulher israelita” (Nm 8:16, NVI).

Note como o Senhor foi enfático a respeito do chamado especial dos levitas. Eles foram “inteiramente dedicados” a Ele. O hebraico diz ainda mais literalmente que eles “foram dados dados a Mim”, enfatizando pela repetição a seriedade do seu chamado.

6. Números 8:19 diz que Deus chamou os levitas para “fazerem expiação por eles [os filhos de Israel]”. O que significa isso? Como devemos entender essa expiação, tendo em conta a cruz? Rm 5:11; Hb 9:25-28

Os estudiosos estão divididos quanto ao significado preciso dessa frase. Obviamente, não significa “fazer expiação” no sentido de morrer pelos pecados de outros, assim como não significa isso para o bode emissário de Levítico 16, do qual se diz que deveria “fazer expiação” (Lv 16:10), algo que o bode emissário, que nunca era sacrificado (e era símbolo de Satanás), não podia fazer, se entendermos expiação como sacrifício de substituição.

Obviamente, neste contexto, o verbo traduzido por “fazer expiação” tem um significado mais amplo do que o uso comum. Neste caso, a resposta pode estar no mesmo verso que diz que os levitas, fazendo seu serviço em favor de Israel, os livrariam de praga. Isto é, em seu ministério, eles ajudavam a proteger os filhos de Israel da ira divina que enfrentariam caso se chegassem “ao santuário” (Nm 8:19).

Deste modo, os levitas, como os próprios sacerdotes, faziam algo em favor do povo, que eles não podiam fazer por si mesmos. Neste sentido mais amplo, então, se dizia que eles faziam “expiação” pelo povo.

Embora, certamente, nada do que façamos constitua algum tipo de expiação, como podemos, ao cumprir fielmente nossos deveres, trabalhar como os levitas em favor do povo? O que você está fazendo em sua igreja local para o melhoramento da igreja e de sua missão?


Sexta

Ano Bíblico: Mc 7–9

Estudo adicional

Desde os tempos bíblicos, existiu o antigo costume judaico de “impor as mãos”. Qual parece ser seu significado essencial? Gn 48:8, 9, 13, 14, 17-20; Nm 27:18-23; Mt 19:13-15; At 13:1-3

“Essa forma era significativa para os judeus. Quando um pai judeu abençoava os filhos, punha-lhes reverentemente as mãos sobre a cabeça. Quando um animal era votado ao sacrifício, a mão daquele que se achava revestido da autoridade sacerdotal colocava-se sobre a cabeça da vítima. E quando os ministros da igreja de crentes de Antioquia puseram as mãos sobre Paulo e Barnabé, pediam, por esse gesto, que Deus concedesse Sua bênção aos escolhidos apóstolos, em sua consagração à obra específica a que haviam sido designados.

“Em época posterior, o rito da ordenação mediante a imposição das mãos sofreu muito abuso; ligava-se a esse ato uma insustentável importância, como se sobreviesse de vez um poder aos que recebiam essa ordenação, poder que os habilitasse imediatamente para toda e qualquer obra ministerial. Mas, na separação desses dois apóstolos, não há registro a indicar que qualquer virtude fosse comunicada pelo simples ato da imposição das mãos” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 162).

Perguntas para reflexão

Qual é nossa compreensão do que Jesus fez na cruz por nós e que não poderíamos fazer por nós mesmos? Por que Jesus teve que morrer? Mudar de vida, guardar a lei e amar incondicionalmente uns aos outros não seria suficiente para nos reconciliar com Deus?

Resumo: As formas de adoração do antigo Israel são diferentes das da igreja moderna no deserto do mundo, mas sua substância é a mesma. Dedicação dos bens materiais, contemplação do significado da cruz, oração, refletir a luz do Espírito Santo, que habita em nós e dedicação total ao Senhor são a mesma essência da fé bíblica.

Respostas Sugestivas:
Pergunta 1: Cada um dos príncipes fez a sua oferta, representando suas tribos. Os artigos ofertados seriam úteis para o serviço do santuário e sua consagração. Todos somos igualmente amados por Deus, não importa nossa condição social.
Pergunta 2: Só a misericórdia de Deus nos impede de ser destruídos na Sua presença.
Pergunta 3: Tendo Jesus como nosso grande sumo sacerdote.
Pergunta 4: a. Representa a atuação do Espírito Santo; b. A constante presença do Senhor com Seu povo.
Pergunta 5: Eram submetidos a uma purificação física antes de oferecer sacrifícios. Só então passavam a oficiar no santuário. Os que servem a Deus devem manter-se incontaminados do mundo.
Pergunta 6: Atuavam diante de Deus em favor do povo. Veja nota.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Medicina Natural - Listagem de Doenças e plantas que curam

A Medicina Natural ou Ciência da Saúde nasceu com o homem e foi praticada pelos sacerdotes egípcios e caldeus. Também a cultivaram os filósofos da Antigüidade, mas infelizmente a medicina natural foi deixada de lado ao longo do tempo, o natural foi substituído por drogas.

Para auxiliar no resgate deste maravilhoso tratamento, segue abaixo um link com as principais doenças e suas respectivas curas com plantas.

Clique [aqui]

Fonte: Portal Natural

domingo, 11 de outubro de 2009

Estudo sobre santuário.

O santuário era simbólico e temporário, pois não há redenção entre o sangue de animais e o perdão dos pecados. Mas era a sombra de coisas que haveriam de vir. Corretamente compreendido, levava os homens em direção a Deus. Ensinava a maior de todas as lições, pecado gera morte, assim, apresentava a necessidade da reconciliação, da importância da lei, da santidade de Deus, de seu grande amor.

Durante muito tempo o santuário passou a ser o tema do círculo de conversas dos israelitas, pois era um local onde o povo vinha confessar, sacrificar, festejar, pedir perdão ou apresentar crianças. O tema do santuário estava para Israel como a Bíblia está para o cristianismo.

Era uma nação que vivia envolvida ao redor de uma tenda no meio do deserto.

Em essência, a razão de ser do templo terrestre terminou na morte de Cristo; teologicamente, já não exercia qualquer função ou não haviam mais necessidades de tais oferecimentos de sacrifícios.

Clique [aqui] para baixar power-point,
para saber mais sobre o assunto, clique [aqui]

sábado, 10 de outubro de 2009

O domingo nos EUA

O programa Sunday Morning do canal norte-americano CBS exibido em 1º de fevereiro de 2009: "A História do Domingo". A sugestão para a volta das Leis Dominicais [Blue Laws] é evidente e significa a apostasia nacional da América, que em lugar de adorar o Criador no sábado do sétimo dia, estabelece o domingo [dia do sol nas religiões antigas] como dia de descanso [conhecido na América como Sabbath], mediante o poder político - união Igreja-Estado também abominada por Deus.



Fonte: Minuto Profético

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Temperatura sobe a 400ºC em região da Jordânia

Fenômeno ocorreu na terça-feira (6/10/09) na província de Balqa. Animais 'foram completamente queimados e desapareceram.'

As autoridades jordanianas investigam a partir desta quarta-feira (7) o que motivou um repentino aumento da temperatura até 400ºC em um local próximo a Amã, informaram fontes oficiais.

O fenômeno ocorreu nesta terça-feira em uma área de quase dois mil metros quadrados na província de Balqa, 15 quilômetros ao oeste de Amã, segundo o governador dessa província, Abdul Khalil Sleimat.

"O fenômeno foi descoberto por acaso quando ovelhas entraram no terreno enquanto estavam pastando", disse o governador.

Sleimat contou que, de acordo com os pastores que cuidavam das ovelhas, os animais "foram completamente queimados e desapareceram".

As autoridades isolaram a área e retiraram os moradores do local, acrescentou o governador.

O Governo jordaniano deixou a investigação do fenômeno a cargo de um painel formado por diversos departamentos e instituições acadêmicas.

O chefe da associação jordaniana de geólogos, Bahjat Adwan, descartou a presença de qualquer atividade sísmica ou vulcânica na área.

O diretor do Conselho de Recursos Naturais da Jordânia, Maher Hijazin, informou que certos materiais orgânicos podem ter se juntado e reagido sob a superfície, gerando o inusitado aumento de temperatura.

Hijazin também destacou que há uma rede de água e esgoto que lança seus resíduos na região.

Fonte: G1

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vigor Intelectual

"Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se." (Daniel 1:8)

O intelecto humano precisa expandir-se, e adquirir vigor, perspicácia e atividade. Deve-se obrigá-lo a fazer trabalho árduo, pois do contrário se tornará fraco e ineficiente. É necessário energia cerebral para pensar com mais afinco; deve-se exigir do cérebro o máximo a fim de resolver e dominar problemas difíceis, se não haverá um decréscimo de vigor mental e da capacidade de pensar. A mente deve criar, trabalhar e esforçar-se a fim de dar solidez e vigor ao intelecto; e se os órgãos físicos não são mantidos nas melhores condições por meio de alimentos substanciosos e nutritivos, o cérebro não recebe a nutrição que lhe corresponde para poder trabalhar. [...]

O intelecto deve manter-se desperto com trabalho novo, diligente e ardoroso. Como isso deve ser feito? O poder do Espírito Santo deve purificar os pensamentos e limpar a mente de sua contaminação moral. Os hábitos corruptores não só envilecem a mente, mas degradam o intelecto.
Quando os professores e os estudantes consagrarem a Deus alma, corpo e espírito e purificarem seus pensamentos pela obediência às leis de Deus, receberão continuamente nova dotação de força física e mental. Então haverá ardentes anelos de Deus e fervorosas orações para discernir com clareza. [...]
O estudo diligente é essencial, bem como o árduo trabalho diligente. [...] Um espírito bem-equilibrado não é obtido, em geral, pelo devotamento das faculdades físicas às diversões. O trabalho físico associado ao esforço mental com o fim de ser útil, é uma disciplina na vida prática, dulcificada continuamente pela lembrança de que está habilitando e educando a mente e o corpo para executar melhor a obra que é desígnio de Deus que os homens realizem em diversos setores. [...] A mente assim educada a desfrutar o esforço físico na vida prática se expande, e, mediante a cultura e o preparo, torna-se bem disciplinada e ricamente provida para prestar serviço, adquirindo além disso o conhecimento essencial para ser um auxílio e bênção aos próprios jovens e aos outros (FEC, p. 226-229).


terça-feira, 6 de outubro de 2009

O dom de línguas na igreja de Corinto


O dom de línguas é um dom do Espírito Santo, e isso é uma verdade bíblica inquestionável (1 Cor 12:7-11; Atos 2:4 e 33, dentre outros) mas qual a sua natureza e a forma genuína de sua manifestação?



Essa pergunta teria uma resposta clara e definitiva se considerássemos apenas a presença, natureza e manifestação desse dom no livro de Atos. Cheios do Espírito Santo e movidos pelo mesmo Espírito os discípulos falaram em outras línguas (atos 2:4) e a multidão foi tomada de perplexidade quando ouviram os discípulos de Jesus anunciando as grandezas de Deus em suas próprias línguas maternas (Atos 2:6-12).
A natureza das línguas faladas pelos apóstolos conforme relatado em Atos 2 foi a de línguas inteligíveis e isso é um fato indiscutível entre os estudiosos sérios da Palavra de Deus e entre todos que respeitam o registro Sagrado como inspirado e fidedigno, devendo ser respeitado como a verdade (Jo 17:17).
Mas o dom de línguas em 1 Coríntios 14 não é tão claro quanto em Atos e existem muitas posições diferentes e divergentes sobre o contexto histórico desse texto específico, a natureza do dom manifesto em Corinto e se sua manifestação era produzida genuinamente pelo Espírito Santo, ou se seria uma contrafação satânica a qual Paulo teria se oposto, e inda há a questão de se a manifestação moderna do dom de línguas conforme se vê nas igrejas carismáticas e pentecostais hoje seria um equivalente da experiência da igreja de Corinto.
O contexto histórico de 1 Coríntios
Ninguém duvida do fato de que a Palavra de Deus revela que a igreja de Corinto era problemática. Sem pretender dar uma lista completa de seus problemas, sabemos que a igreja de Corinto foi chamada por Paulo de carnal (3:1), uma igreja onde existia inveja, divisão e soberba (4:6-8 e 18-19), e imoralidade (5:1). Essa “pequena” amostra de problemas enfrentados nessa igreja demonstra a dificuldade dessas pessoas em Corinto em serem cristãos que vivessem à altura do chamado de Deus para eles. Ainda assim, apesar dessa situação, a igreja de Corinto não é vista como uma igreja de pessoas imorais e perdidas definitivamente, eles são chamados de santificados e chamados para ser santos (1:2), objetos da graça e da paz de Deus invocando o nome do Senhor Jesus Cristo(1:3), e uma igreja rica da palavra de Deus e do conhecimento e na qual não falta nenhum dom (do Espírito) enquanto esperam a manifestação (o retorno) do Senhor (1:4-7).
Essa situação, já no início da história da igreja cristã, nos leva a encarar com grande seriedade a parábola de Jesus em Mateus 13:18-43. O joio e o trigo estariam juntos até os momentos finais da história da igreja (Mt 13:29).
Esse é o contexto da epístola em geral, mas reconstruir o contexto histórico dos capítulos 12-14 é uma tarefa muito mais ingrata. A grande quantidade de opiniões divergentes e o fato de que muitas delas (a maioria) é fruto de fantasiosa especulação pessoal de estudiosos do texto e não de verdades históricas, e essa realidade torna a reconstrução do contexto histórico do texto discutido aqui uma tarefa amarga.
Seria o dom de línguas manifesto em Corinto, listado entre os dons do Espírito Santo (1 Cor 12:7-11/28-30), um dom semelhante ou diferente do dom manifesto em Atos?
Anthony Hoekema diz: “Os comentaristas estão muito divididos nesta questão; ainda que a maioria reconheça que as línguas do dia de Pentecostes eram idiomas estrangeiros, alguns sustentam que as línguas em Corinto eram expressões extáticas diferentes dos idiomas ordinários. Parece difícil, se não impossível, emitir um juízo definitivo neste assunto.”.

Hoekema está certíssimo quando diz que a maioria dos comentaristas do texto bíblico reconhece a verdade bíblica sobre o que aconteceu em Atos, especialmente no Pentecostes.

Já foi demonstrado biblicamente nesse texto que nessa ocasião os discípulos falaram línguas inteligíveis e conhecidas no mundo e não línguas extáticas e ininteligíveis (incompreensíveis aos homens) semelhantes às “línguas” que se manifestam entre os carismáticos e pentecostais em nossos dias.

Porém, o dom de línguas em Corinto parece ter características diferentes das que vemos em Atos e vamos analisar essa situação a partir de agora.
A natureza das línguas em 1 Coríntios

No início do capítulo 12, Paulo revela sua preocupação de que a igreja em Corinto não fosse ignorante no assunto dos dons espirituais. Isso indica que possivelmente já havia alguma confusão em torno do assunto entre os membros da igreja e Paulo agora passa a esclarecer a questão.

O apóstolo passa a lembrar aos coríntios sua experiência passada na idolatria (12:2) e coloca a primeira distinção espiritual na questão dos dons: O Espírito de Deus age no sentido de exaltar o senhorio de Jesus Cristo (12:3). A partir do verso quatro Paulo deixa claro que o Espírito Santo é um, e que é Deus quem opera tudo em todos os seus filhos, e isso com um fim proveitoso (12:7).

Apesar de o Espírito ser um seus dons são diversos:
A palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, a fé, o dom de curar, a operação de milagres, o discernimento dos espíritos, a variedade de línguas e a capacidade de interpretar as línguas (12:8-10).

Mas Paulo enfatiza que o mesmo Espírito, o Espírito Santo é quem realiza todas essas coisas e é Ele quem distribui individualmente cada dom, sempre com um objetivo útil. O comentário bíblico adventista (SDABC), referindo-se a esse texto (1 Cor 12:11) diz que “o Senhor controla a operação dos dons e é correto concluir que esses dons devem estar em harmonia com o plano supremo da terminação da obra de Deus na terra”.

A utilidade do dom de línguas no Pentecostes foi vasta:

Explicitamente o texto bíblico revela que o dom de línguas (inteligíveis) foi dada aos discípulos para que eles:

(1) anunciassem as grandezas de Deus nas línguas das nações dos presentes naquela circunstância em Jerusalém (Atos 2:6-12); (2) anunciassem a glorificação e exaltação de Jesus à destra do Pai (Atos 2:33); e (3) para que os pecadores ali fossem convidados a responder ao evangelho e a serem batizados para que tivessem seus pecados perdoados e recebessem eles mesmo, o dom do Espírito (Atos 2:37-38) para a salvação.

Implicitamente o texto bíblico deixa a entender que o dom de línguas foi dado também para: (1) capacitar os discípulos a pregarem o evangelho provavelmente nas regiões às quais eles iriam trabalhar posteriormente. E (2) para que as pessoas reconhecessem a presença de Deus no meio de sua igreja com poder.

A utilidade do dom de línguas em 1 Coríntios traz uma “novidade”.

Certamente os objetivos do dom de línguas segundo o padrão visto no pentecostes continuariam a ser reais e válidos, porém em 1 Coríntios Paulo acrescenta uma utilidade estranha à manifestação do dom de línguas em Atos e essa utilidade é: a de edificar a si mesmo (1 Cor 14:4). O SDABC comenta o seguinte sobre esse texto (“o que fala em outra língua a si mesmo se edifica...”). “Este dom, portanto, cumpria uma função útil e tinha seu lugar”. A posição da IASD nesse ponto é interessante, Ela não nega essa “novidade” na função do dom de línguas quanto comparado ao que aconteceu no livro de atos, pelo contrário, a igreja crê que esse dom de falar em outra língua revelado em 14:2-4 foi útil e tinha seu lugar na igreja. Esse é o ensino do Novo Testamento.

O comentário bíblico adventista acrescenta que, numa circunstância onde a presença da Palavra escrita de Deus não era abundante, é possível que fosse necessário que Deus concedesse “revelações pessoais da verdade divina” aos membros da igreja de Corinto para fortalecê-los e os edificar na verdade. Fica implícito nesse comentário do SDABC que esse dom de “línguas”, genuíno ainda que manifesto de forma diferente do visto em Atos, poderia cumprir essa função.

Essa situação comprova que nenhum dom necessário para a salvação e para a capacitação para a missão faltava aos coríntios (1 cor 1:7), porém a partir do verso cinco do capítulo 12 Paulo começa a esboçar uma correção na visão e prática espiritual dessa igreja abençoada ao mesmo tempo que problemática.

O apóstolo usa vários versos em 1 Cr 12:5-31 para demonstrar que a unidade do corpo de Cristo implica em diversidade de dons (12:27-30) como um corpo é formado por vários membros diferentes.

Ele diz também que a todos os membros batizados foi dado beber do mesmo Espírito (1 Cor 12:13) ainda que não manifestem os mesmos dons (12:29-30), provando que a idéia de que todos os batizados só recebem o Batismo no Espírito Santo depois do batismo das águas (após a conversão) e que como evidência disso devem manifestar o dom de línguas, segundo ensinam os pentecostais, é totalmente falsa e não bíblica.

O capítulo 13 da primeira carta aos coríntios demonstra qual é o dom supremo, e certamente esse não é o dom de línguas. Paulo chega a dizer que ainda que um ser humano recebesse a capacidade de falar a própria língua dos anjos isso não seria um sinal de que ele seria “batizado no Espírito Santo”. Sem o amor a única coisa que o dom de línguas significa é a capacidade de fazer barulho por parte de quem fala, não se importando se essas línguas sejam: línguas inteligíveis (nações), ininteligíveis (extáticas) ou angélicas e celestiais.

É importante dizer, entretanto, que ao citar a língua dos anjos Paulo não está declarando que algum ser humano já tenha recebido ou possa receber esse dom de forma literal, mas está dizendo que mesmo que isso acontecesse tal ser humano não seria superior a um sino barulhento de cobre se não tivesse o amor: o supremo dom do Espírito Santo e que revela a própria essência de Deus (1 João 4:8).

No capítulo 14 Paulo exorta a igreja a que seguisse o amor e procurasse com zelo os dons espirituais, principalmente o dom de profetizar (1 Cor 14:1). O servo de Deus revela que seu desejo (1 Cor 14:5) era de que todos falassem em línguas, mas lembra que o que profetiza é superior ao que fala em línguas pois edifica a igreja (todo o corpo de crentes) em contraste com quem só edifica a si mesmo (1 Cor 14:4).

Muitas tentativas de se entender a natureza do dom manifesto em Corinto tem sido de feitas e muitas conclusões têm sido apresentadas.

Alguns dizem que apesar da diferença na “forma da manifestação” do dom de línguas em atos e em corinto, o dom era o mesmo e as línguas em ambos os casos eram inteligíveis e conhecidas em algum lugar do mundo (ainda que desconhecido ao que falava no caso de Corinto). Nessa interpretação o dom manifesto em Corinto deve ser interpretado à luz do livro de Atos. Essa posição tenta resolver o impasse criado pela diferença existente entre os dons, mas acaba ignorando verdades bíblicas a respeito dessa diferença.

A mais contundente prova de que a posição que ensina que o dom em Corinto deve ser entendido com base no que aconteceu em atos é falsa é que quando o dom foi concedido no pentecostes, não havia necessidade de intérpretes ao que recebia o dom e falava numa língua estrangeira. O mesmo não ocorre em 1 Coríntios onde a pessoa que recebe o dom deveria orar para o poder interpretar (1 cor 14:13). Voltarei a discutir esse texto em breve.

Outra tentativa de se resolver o problema das “línguas” em 1 Cor é fazer uma diferença entre o significado dos termos originais do grego. Essa diferença na tradução em português não é tão clara, mas pode-se fazer uma diferença entre língua (referindo-se a uma língua extática, sobrenatural e ininteligível), e línguas (referindo-se às línguas das nações faladas e entendidas pelos homens). Essa diferenciação pode não estar equivocada ainda que às vezes possa ser usada para mal interpretar o ensino da Bíblia.

Paulo inspirado pelo Espírito Santo declara que o dom de falar outra língua (extática segundo essa interpretação) edifica ao que fala (1 cor 14:4) e não é possível ser fiel à Palavra de Deus ao se dizer que Paulo era a favor do dom de línguas(inteligíveis) mas contra o dom de se falar outra língua (ininteligíveis) se admitirmos essa diferenciação entre “dom de línguas” (inteligíveis) e “dom de falar em outra língua” (ininteligível).

Colocar Paulo a favor de um dom e contra o outro é distorcer o significado básico do texto bíblico. Não é esse o ensinamento do apóstolo dos gentios chamado por Deus para pregar o evangelho (1 Cor 14:2-4/ 13-17/ 27-28).

Voltando ao texto mencionado anteriormente (1 cor 14:13), em certo momento de sua exortação aos coríntios Paulo diz que aquele que ora em outra língua deve orar para que a possa interpretar indicando que a própria pessoa que recebia o dom continuava em ignorância quanto ao conteúdo e significado da mesma. Anthony Hoekema diz que: “É evidente que as línguas que se falavam em Corinto não podiam ser compreendidas... se não fossem interpretadas”. O texto indica que nem os ouvintes nem o portador do dom conseguiam entender o significado da língua sem a interpretação.

Alguns tentam dizer que Paulo estava aqui sendo irônico (1 Cor 14:13) para com pessoas que estavam manifestando um falso e espúrio dom de línguas em Corinto exortando-os desafiadoramente (como Elias desafiou os profetas de Baal) a buscar interpretação para aquele monte de palavras sem sentido, mas essa posição é totalmente contrária e estranha ao texto bíblico e distorce seu claro significado.

Paulo diz que, além de orar para interpretar a língua desconhecida (14:13), deve-se entender que nessa situação o “espírito” humano ora de fato! apesar de sua mente ficar infrutífera (14:14). Paulo diz também que o crente dotado deste dom fala a Deus e não aos homens (1 cor 14:2).

Paulo diz ao que recebe esse dom que ele deve orar sim com o espírito (sinônimo de falar em outra língua, interpretada em oração ou com o recebimento do dom de interpretar “as línguas” 1Cor 14:13 e 12:10), mas também orar com a mente (1 cor 14:15).

Paulo está dizendo que o relacionamento com Deus não pode ser levado adiante somente em êxtase (SDABC diz: (orar com o espírito) semelhante a um profeta em visão) ou em experiências sobrenaturais (nas quais a mente fica infrutífera), mas também em um relacionamento normal de comunhão consciente e natural (14:15).

No verso 17 Paulo afirma que quem ora a Deus em outra língua ora bem! e apenas lembra àquele que tem esse dom de que as pessoas ao seu redor não são edificadas com sua prática, e que ele deve ser restringido e controlado no culto público (1 cor 14:27-28).

Apesar de não negar a existência ou a importância do dom de fala “outra língua”, Paulo revela que sua manifestação deve seguir critérios que visem a edificação da igreja (14:12), a utilidade (12:7) e a fim de evitar as possíveis más compreensões de pessoas não cristãs na igreja conforme os textos a seguir indicam (14:6-19/22-25/27-28/40).

Paulo declara que é melhor falar na igreja 5 palavras compreensíveis (inteligíveis) do que 10 mil palavras que não se possa entender (14:19).
Paulo defende claramente a inteligibilidade das línguas em sua função de edificar a igreja (14:12) e ataca como loucura o abuso e mau uso do dom de falar em outra língua (14:9). Que fique, porém claro que, o que o apóstolo ataca é o mau uso e abuso do dom e não sua genuinidade.

Paulo, em algumas de suas sugestões relativamente à situação vivida nessa igreja, dá a entender que algumas pessoas em Corinto haviam recebido o dom de línguas e achavam que esse era o dom mais importante, ou que havia certa preeminência espiritual em tê-lo e isso explica o porquê da ênfase no amor como dom supremo (1 Cor 13) e no dom de profecia como um dom mais elevado e útil do que o dom de línguas (14:1/4-5). Paulo estava corrigindo enganos e distorções correntes entre os membros da igreja.

Billy Graham disse em seu livro: o Espírito Santo, que: “o dom de línguas mencionado em 1 Coríntios 12-14 é realmente um dos dons do Espírito menos importantes – parece até mesmo ser o último de todos. A razão disto é que muitas vezes ele não traz nenhum benefício espiritual a outros crentes”.

O amor e a profecia como elementos de edificação da igreja são elevados na Palavra de Deus, mas o dom de línguas manifesto em Corinto, conquanto fosse importante num contexto de pouco acesso por parte de todos os crentes à Palavra de Deus, é o último na lista dos dons espirituais em 1 Cor 12:8-10 indicando não sua superioridade, mas inferioridade (ainda que nenhum dom do Espírito Santo seja inútil (1 Cor 12:7) ou desprezível).

A análise que Paulo faz do dom de línguas é tão diferente da dos membros da igreja em Corinto que, ainda que muitos coríntios fossem desejosos de colocá-lo em primeiro lugar, ele o põe em último lugar.
Na realidade, o que é ainda mais surpreendente é que nas outras duas listas de dons e ofícios espirituais, isto é, em Éfesios 4:11-12, e Romanos 12:6-8, Paulo não se faz a mínima menção das línguas.


O dom de línguas manifesto em Corinto era o dom manifesto hoje entre carismáticos e pentecostais?

Toda a discussão teológica no mundo cristão de hoje em torno desse tema tem como pano de fundo a alegação do movimento pentecostal e carismático de que esse dom do Espírito Santo se manifesta ente eles e que esse dom é o sinal do batismo no Espírito Santo que eles receberam.

Na tentativa de defenderem a legitimidade de seu movimento, os pentecostais apelavam fortemente para o dom de línguas manifesto no livro de Atos, em especial na ocasião de pentecostes (de onde tiram o nome de seu movimento) como prova de que eles eram sucessores do mesmo movimento que os apóstolos e restauradores do cristianismo apostólico.

Quando a posição ficou insustentável diante do fato de que o livro de Atos sem sombra de dúvidas defende um dom de línguas inteligíveis numa manifestação extraordinária e maravilhosa, eles começaram a apelar para a primeira carta aos coríntios para basear a manifestação genuína do dom de línguas em seu meio. Porém, já foi demonstrado que também nesse caso as especificações não são atendidas.

Paulo ordena que no caso de alguém falar em outra língua na igreja deve-se seguir o seguinte cronograma:

(1) Não falem em língua estranha mais do que duas ou três pessoas; (2) Elas devem falar sucessivamente e não ao mesmo tempo; (3) deve haver interpretação do que for falado; e (4) não havendo intérprete fique calado na igreja, falando com Deus (em pensamento, na consciência). (1 Cor 14:27-28). Tem sido esses conselhos inspirados seguidos nas igrejas pentecostais e carismáticas?

A Bíblia diz que muitos são os dons, mas um só é o Espírito (1 Cor 12:4) e deixa claro que nem todos falam em línguas (1 Cor 12:30). A obrigação de se falar em línguas como evidência de que a pessoa foi batizada no Espírito Santo é uma doutrina enganosa, falsa e mentirosa. Forçar a Bíblia a dizer o que ela não diz é defender uma mentira e toda mentira é obra de satanás como dia a Palavra do Senhor (Jo 8:44).

Billy Graham em seu livro já citado escreveu: “não devemos considerar o dom de línguas como o ponto alto da maturidade do cristão. Milhões de cristãos maduros nunca falaram em línguas, e muitos dos que falaram em línguas não são maduros espiritualmente.”.

As qualidade e frutos do Espírito Santo revelados em gálatas 5 são vistos na vida de muitas pessoas que nunca receberam o dom de falar línguas (nem segundo o padrão do livro de Atos nem segundo o padrão de 1 Cor 14), mas nem por isso essas pessoas não eram batizadas no Espírito Santo e também é verdade que muitas pessoas que professam ser batizadas no Espírito estão longe de manifestar os frutos que são as verdadeiras evidências dessa verdade.

Pedro Apolinário faz uma citação importante em seu livro Explicação de textos difíceis da Bíblia:
Indica a Bíblia que toda a pessoa batizada com o Espírito Santo falaria línguas? Os pentecostais declaram de maneira enfática que os cristãos que recebem o Espírito Santo precisam falar línguas.
Eis suas declarações:
"Um cristão que não foi batizado com o Espírito Santo, tendo como prova disso o falar em línguas, é um fracalhão espiritual, comparado com aquilo que poderia ser caso fosse batizado com o Espírito Santo, de acordo com Atos 2:4."
É dogma entre as igrejas pentecostais, que o batismo no Espírito Santo sempre vem acompanhado das 1ínguas. A Constituição das Assembléias de Deus afirma: "O batismo no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial do falar em outras línguas, segundo o Espírito de Deus lhes concede." (Pedro Apolinário).
Seria interessante que aqueles que no mundo carismático e pentecostal negam a verdade de que é possível ser batizado e cheio do espírito Santo sem falar em línguas (como aconteceu no caso de Jesus, de Estevão, e de vários outros personagens da Bíblia) pudessem explicar a passagem da Bíblia onde está escrito:

“E se alguém não tem o Espírito de Cristo este tal não é dele” (Rm 8:9).

A Palavra de Deus está dizendo que quem não tem o Espírito Santo não pertence a Jesus e nem é salvo. Agora, se temos o batismo no Espírito Santo somente falando em línguas e de outra forma não o temos, então isso indica que quem não fala em línguas não é salvo?

Essa é a implicação natural dessa compreensão da doutrina pentecostal, mesmo que eles tentem fugir dessa situação. E por que? Por que muitos membros de igrejas carismáticas e pentecostais não falam em línguas e por que a visão pentecostal e carismática implica que alguém que aceite sinceramente a Jesus como único, suficiente e soberano Senhor e Salvador, mas não fala em línguas, não tem o Espírito Santo (Rm 8:9) e por conseqüência não é salvo, e assim ensinando o movimento pentecostal está negando a Palavra de Deus! (Rm 10:9).

O Batismo no Espírito Santo

O Espírito Santo é o consolador que viria aos crentes de forma plena após a ascensão e glorificação de Cristo nas cortes celestiais (Atos 2:33 e Jo 16:7), e como Espírito de Deus estaria conosco e em nós (Jo 14:17).

As condições para se receber o Espírito Santo são simples:

Arrependimento e aceitação do batismo (atos 2:38). É importante lembrar aqui que conquanto simples essas condições devem ser levada a sério de forma profunda.

Primeiramente arrependimento é tristeza pelo pecado na própria experiência de vida e também tristeza pela presença do pecado e na experiência de vida de todos os seres humanos.

Não podemos e nem somos capazes de nos arrepender em lugar dos outros, mas ao perceber o que o pecado fez com a humanidade, tornando as criaturas de Deus, criadas a sua imagem e semelhança, em criaturas cheias de tudo que é podre e imundo (a própria essência de satanás) e que nós mesmos participamos de alguma forma dessas más inclinações e manifestações (Efésios 2:1-2), nos arrependemos sinceramente.

Em uma segunda etapa o arrependimento é um desejo de mudar de rumo e direção, do pecado (1 João 3:4) em direção ao amor (Rom 13:10). Uma mudança de 180º graus.

A aceitação do batismo como condição de recebimento do Espírito Santo é uma realidade bíblia, mas que também tem condições para se tornar efetiva e se concretizar na experiência de vida dos cristãos.

Batismo não é mágica. É o atender a um chamado de Deus de entrega, consagração e entrar numa relação de filiação espiritual (ainda que adotiva) em relação a Deus. O próprio arrependimento é uma necessidade que precede o batismo assim como a fé (Mc 16:16).

Essas características demonstram que o batismo bíblico é uma cerimônia que indica um encontro com Deus e aceitação de sua verdade e reconhecimento de seu chamado para a salvação e para o serviço fiel (Mt 28:19-20). E sempre que essas realidades forem vividas de forma consciente na alma humana, o batismo será o momento da descida do Espírito Santo sobre a pessoa como selo e penhor.

Ainda assim, isso não impede que pessoas já batizadas nas águas e no Espírito Santo sejam ungidas, enchidas, capacitadas pelo Espírito Santo em tempos posteriores para funções e missões especiais (1 Cor 12:7).

Essas experiências posteriores ao batismo nas águas não contradizem o fato de que no batismo bíblico a pessoa é também batizada no Espírito (o mais claro exemplo disso é o batismo de Jesus).

Existem experiências na Bíblia que aparentemente fogem a essa regra, mas elas são exceções e não regra e devem ser tratadas como tal, uma vez que o contexto de cada experiência deve ser analisado de forma singular e específica.

O verdadeiro sinal, ou os verdadeiros sinais de que somos batizados no Espírito Santo

A evidência da presença do Espírito Santo na vida de uma pessoa é tão vasta como sua obra! (Dr. Wilson H. Endruveit).

A obra do Espírito Santo é convencer (Jo 16:8); converter e conceder liberdade (2 Cor 3:16-17); ungir (Is 61:1); consolar (Jo 14:16); Guiar em toda a verdade (Jo 16:13); Glorificar a Jesus (Jo 16:14); produz frutos na vida dos que lhe pertencem (gálatas 5:22-25); conceder dons aos homens (1 Cor 12:4) e etc.

Esses poucos exemplos dão um bom vislumbre da maravilhosa obra do Espírito santo na vida do ser humano redimido por Cristo na cruz do calvário e santificado pelo lavar regenerador do Espírito (Tito 3:5).

A Palavra de Deus não dá nenhuma abertura para se anular todas essas e as outras revelações a respeito da obra do Espírito Santo em favor da manifestação de apenas um dom do espírito Santo (seja qual for) como evidência do Batismo no Espírito Santo.

Uma vida transformada é a maior evidência do batismo no Espírito Santo. Uma vida que outrora estava em trevas, mas que agora conhece e proclama a maravilhosa luz de Deus (1 Pe 2:9).

A presença de Deus através do batismo no Espírito Santo na vida de uma pessoa ou de uma igreja resultará em uma pessoa ou igreja que ama a lei de Deus e a colocam em prática, pois o Espírito nos iria guiar em toda a verdade (Jo 16:13) e uma das colunas da verdade na Bíblia é a Lei de Deus (Salmo 119:142). Um resultado muito diferente deste é visto no mundo pentecostal. Quando confrontados com a Lei de Deus (Êxodo 20:1-17 e Tiago 2:10) eles justificam a transgressão em vez de se permitirem moldar e guiar pelo Espírito do Senhor (João 16:13 e Romanos 8:14). E essa é a maior prova de que a obra que é levada adiante entre eles não é do Espírito de Deus, e sim de outro espírito.

Claro que estou falando isso em relação às pessoas que se dizem batizadas no Espírito Santo, mas conscientemente rejeitam a Lei de Deus e escolhem o pecado, justificando suas transgressões distorcendo a palavra de Deus e desonrando ao Senhor, mentindo contra ele.

Não estou dizendo que as pessoas que são pentecostais, mas ainda não receberam luz suficiente para perceberem o engano nas quais estão acreditando não sejam influenciadas pelo Espírito de Deus.

Conclusão

A obra do Espírito Santo é maravilhosa e quão grande privilégio é podermos estudá-la, compreendê-la e vivê-la e essa experiência está disponível hoje e agora a todos que confiarem na Palavra do Senhor e é por isso que temos visto satanás trabalhando pesadamente para evitar que as pessoas estudem, compreendam e vivam o Batismo no Espírito Santo de forma genuína e essa é a verdadeira razão por detrás de tão grande confusão e perplexidade que envolve esse tema no mundo cristão hoje.

É triste, entretanto, que com o objetivo de desmascarar a qualquer custo essa obra falsificada e espúria que visa enfraquecer o discernimento do ser humano sobre o verdadeiro dom do Espírito Santo, algumas pessoas têm tentado distorcer desnecessariamente a verdade bíblica para defender que o movimento pentecostal não cumpre os requisitos de um genuíno derramamento do Espírito Santo.

Existe a tentativa de diminuir a força da inspiração bíblica em 1 Coríntios 14:2/4/13-17/27-28. Essa tentativa é levada adiante pela interpretação de que as idéias contidas nestes textos, citados nesse parágrafo, não são idéias de Paulo e nem Palavra de Deus, porém idéias a serem rebatidas pelo apóstolo! Isso é uma inconsistência com o significado claro e natural do texto e ao colocar-se em dúvida a verdade de Deus por detrás dos conceitos expressos nesses textos, se está colocando em dúvida a própria Palavra do Senhor (Jo 17:17). É correto dizer que esses textos são os textos mais difíceis da Palavra de Deus sobre o dom de línguas, mas nem por isso eles não são Palavra de Deus.

Paulo não insinua que o “falar em outra língua a Deus e não aos homens que não o entendem” (1 Cor 14:2) seja um falso dom. A tentativa de se dizer que essa “outra língua” seria uma língua estrangeira, inteligível e existente no mundo, mas apenas desconhecida do recebedor do dom contradiz a expressão desse dom em atos, pois em atos os que receberam o dom de falar em línguas estrangeiras não precisavam orar para interpretá-las (o que indica que eles a compreendiam e falavam miraculosamente as línguas das nações) como foi o caso desse dom manifesto em Corinto (1Cor 14:13).

Admitir, porém, um dom de língua em Corinto em padrões de alguma forma diferentes do dom manifesto em Atos não é admitir a legitimidade do falso dom manifesto nas igrejas populares e carismáticas de hoje em dia como vários versos do texto bíblico deixam claro (1 Cor 14:5-11/19/22-26/33 e 40). Esse movimento moderno cai diante da revelação de Deus e nenhum texto da Bíblia precisa ser mal interpretado para que isso fique claro!

A posição adventista é a de que a Palavra de Deus é a verdade e inspirada em sua totalidade (2 Tm 3:16). E não devemos distorcer essa verdade para atacar a falsa manifestação do dom de línguas. Espero que todos compreendam a seriedade e relevância dessas breves considerações e colocações feitas aqui.

As complicações e tensões entre o dom de línguas em Atos e em Corinto devem ser mantidas de forma saudável e entendendo-se que elas não se contradizem e muito menos dão apoio a movimentos fanáticos e falsos e que já são por eles mesmos refutados e desmascarados pela Palavra do senhor.

“E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante Deus tranqüilizaremos o nosso coração” (1 João 3:19).


Fonte: Vem Senhor Jesus