De acordo com o pontífice, “por outro lado, é da Igreja, nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Escritura”, sendo esta “uma única coisa a partir de um único povo de Deus, que tem sido seu portador através da história”.
“Ler a Escritura com união significa lê-la a partir da Igreja como seu lugar vital e acreditar na fé da Igreja como a verdadeira chave da interpretação”, explicou Bento XVI.
O papa relembrou também que o aumento do interesse pelo livro sagrado católico [sic] no decorrer deste século ocorreu graças ao Concílio Vaticano II, especificamente à constituição dogmática Dei Verbum sobre a Revelação Divina.
Entre os presentes na reunião estavam o prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Zenon Grocholewski, e o padre Adolfo Nicolás Pachón, da Companhia de Jesus.
(Estadão)
Nota: Nada de novo. Ao mesmo tempo em que o papa prega o ecumenismo (união das igrejas), deixa claro que a primazia pertence à sua igreja. Como assim só a Igreja Católica pode interpretar a Bíblia? Quando Jesus sugeriu que é boa coisa examinar as Escrituras (Jo 5:39), não estava falando para católicos. Quando João, no Apocalipse, afirma que são bem-aventurados aqueles que leem (Ap 1:3), também não tem em vista leitores católicos, já que essa igreja ainda não existia. Na verdade, o correto é deixar que a Bíblia interprete a si mesma. Nada de “tradição”, visão institucional ou coisa que o valha. A Palavra é para todos e está ao alcance da compreensão de todos. Essa postura dos líderes católicos não é de hoje. Pelo menos uma vantagem o Concílio Vaticano II teve: estimulou os católicos a lerem a Bíblia. Talvez o papa esteja preocupado com essa abertura, já que o êxodo de seu rebanho para outras igrejas não para de se acentuar.
Fonte: Criacionismo
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