sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sustento no deserto

Amai o Senhor, vós todos os Seus santos. O Senhor preserva os fiéis. Sal. 31:23.

As autoridades encontraram o jovem marinheiro Gerrit Corneliss trabalhando em uma balsa. Levaram-no até a delegacia, interrogaram-no e lhe pediram que negasse sua crença no Novo Testamento. Gerrit recusou-se a fazê-lo, bem como a dar qualquer informação que os levasse a encontrar e prender seus irmãos de fé. Então vendaram-lhe os olhos, amarraram-no suspenso pelas mãos ao tronco de tortura, espancaram-no com varas, e o deixaram pendurado por longo tempo. Os torturadores ameaçaram mantê-lo ali até que cedesse. Mas Garrit permaneceu em silêncio. Conta-se que ele agradecia a Deus por manter seus lábios cerrados.

Quando o levaram para ser queimado, tiveram que carregá-lo em uma cadeira, pois ele já não conseguia andar. Ao chegar ao poste, Gerrit resolveu falar, mas apenas para orar. "Pai e Senhor, tem misericórdia de mim... Tu conheces o meu humilde amor por Ti; aceita-me e perdoa aos que me infligem este sofrimento."

Na Idade Média, a Igreja tinha usurpou a autoridade do Estado. Não havia uma distinção clara entre a autoridade eclesiástica e a autoridade estatal. Sustentar uma crença diferente da que era prescrita pela Igreja oficial era considerado um ato de traição. Os que criam em doutrinas diferentes eram ferozmente perseguidos.

Para esse tempo de perseguição, Deus fez uma promessa a Seus fiéis seguidores: "E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente." Apoc. 12:14.

Extraordinária experiência do povo de Deus no deserto! Oprimido, perseguido, atormentado, fustigado, perseguido, julgado, condenado à morte, mas sustentado. Deus jamais nos abandona em nossos momentos mais difíceis. Não nos deixa sozinhos, quanto tudo parece ir mal. Assim como os fiéis cristãos da Idade Média, nós também somos sustentados na verdade. Deus usa as provas para nos ensinar preciosas lições. Usa as tensões da vida para nos fortalecer, e os percalços para nos sustentar. Suas promessas nos pertencem. Olhemos para Ele e seremos sustentados nos desertos da vida.

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