Paciência |
Sábado à tarde | Ano Bíblico: Êx 18–20 |
VERSO PARA MEMORIZAR: “Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que Ele promete” (Hebreus 10:36 NTLH) |
Leituras para esta semana: Gn 6:3; Êx 34:6; Mc 4:26-29; Rm 15:5; Ef 4:1, 2; Tg 1:2-4
No grego, duas palavras expressam o significado de paciência, outro fruto do Espírito. O primeiro é hupomone, traduzida como resistência, firmeza e fortaleza em circunstâncias irreversíveis. A segunda palavra, makrothumia, significa ter espírito “paciencioso” ou “que não perde o ânimo”. É o oposto do temperamento irritado, impaciente e que se frustra facilmente. Em geral, significa apegar-se às coisas e não ser extraviado pela adversidade. Normalmente, a palavra é aplicada a ter paciência com as pessoas.
Uma pessoa paciente é meiga, gentil e constante em todas as circunstâncias. O verdadeiro teste de paciência não é a espera mas a maneira de se comportar enquanto espera. “Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma” (Tg 1:4, RC).
Alcançar esse ponto na vida requer prática, aliada à graça de Deus e a disposição de pôr de lado o eu e submeter-se aos ditames do Espírito Santo. As boas-novas são que, se aprendermos a paciência, estaremos em posição de receber muitas outras bênçãos de Deus.
Domingo | Ano Bíblico: Êx 21–23 |
Paciência é atributo de Deus (Êx 34:6)
“E passando o Senhor por diante dele, clamou: Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34:6)
Uma das muitas histórias da Bíblia que ilustram a paciência de Deus foi Seu trato com Nínive. O profeta Jonas reconheceu a paciência de Deus: “Ah! Senhor! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-Se, e grande em benignidade, e que Te arrependes do mal”(Jn 4:2).
Note algumas das outras qualidades com que a paciência é combinada em Êxodo 34:6. A graça, a misericórdia, a clemência, a bondade e a verdade protegem e sustentam até os pecadores mais endurecidos a fim de lhes dar o máximo de tempo e vantagem para mudar de vida. Se Deus removesse as pessoas tão depressa e frequentemente quanto nós fazemos, todos estaríamos mortos.
1. Por que Deus é paciente com os pecadores? (2Pe 3:8, 9). Como você vê a realidade dessa verdade manifesta em você mesmo ou em outros?
Se alguém lhe perguntasse como você vê Deus, como O descreveria? Isto é esclarecedor, porque a imagem que o cristão tem sobre Deus define sua visão de mundo e maneira de tratar os outros. Se vemos Deus como alguém zangado e prestes a castigar, como provavelmente trataríamos os outros na igreja e em casa?
2. Como podemos aprender a fazer o que o Senhor nos ordena a fazer em Romanos 15:5?
Segunda | Ano Bíblico: Êx 24–27 |
Paciência exigida (Ef 4:1, 2)
3. Leia Efésios 4:1, 2. Veja os elementos que Paulo apresenta para aqueles que devem caminhar “de maneira digna” do Senhor. Entre eles está a paciência (NVI). Como a paciência está relacionada com os outros atributos apresentados? Isto é, como se alimentam mutuamente?
A igreja é uma mistura de pessoas de várias origens e culturas. Também inclui pessoas que estão em diferentes degraus na escada da maturidade. A paciência é necessária para viver bem onde existem tantas diferenças. Para os que são maduros, é uma tentação ser impacientes para com os mais imaturos. Apesar de haverem levado anos para chegar a seu presente nível de conhecimento, frequentemente os amadurecidos estão pouco dispostos a dar aos imaturos a mesma quantidade de tempo e estudo para alcançar seu nível de conhecimento e entendimento.
4. Qual é o conselho de Paulo sobre a maneira de lidarmos com os fracos na fé? Rm 14:1; 15:1
A paciência na igreja é uma coisa. Mas que dizer da paciência em casa? O que nos deixa impacientes com os outros membros da família? Quanto tempo devemos orar pelos membros da família que estão fora da fé? Você conhece alguém que orou por algum familiar por muitos anos antes que a pessoa desse o coração ao Senhor? De que modos práticos podemos aprender a cultivar paciência com os familiares? Por que a morte para o eu é tão importante também nesse assunto?
Provavelmente, se pudermos ser pacientes em casa, com os que estão sempre junto de nós, seremos pacientes também com os outros.
Como o Senhor tem sido paciente com você? Como essa realidade pode ajudá-lo a mostrar paciência pelos outros? Se o Senhor o tratasse da mesma forma como você trata os outros, qual acha você que seria seu destino? |
Terça | Ano Bíblico: Êx 28, 29 |
Paciência no Evangelho (2Tm 4:2)
A pregação e ensino do evangelho é uma das áreas mais difíceis para se exercitar a paciência. A maioria é muito impaciente com as pessoas que não conhecem a verdade ou que não parecem se importar com isso. Mas, em um mundo cheio de falsas doutrinas e preconceitos contra a verdade, devemos ser pacientes na missão de levar as pessoas a Cristo. É muito fácil balançar a cabeça e dizer: “Por que eles não entendem? A verdade é tão clara!”
A verdade sempre é clara para quem não a está vendo pelos óculos manchados por doutrinas falsas, tradição, família, e assim por diante. Devemos ser pacientes quando procuramos abrir as mentes e desatar os nós do preconceito e dos ensinos falsos que os ligam ao erro e à tradição.
5. Que lições práticas sobre a paciência na área de conduzir as pessoas a Cristo encontramos na parábola da semente? Mc 4:26-29
Somos propensos a pensar que quando alguém estuda uma doutrina bíblica e não a aceita imediatamente, isso deve significar que a pessoa rejeitou a verdade. No entanto, nem sempre é assim. O fato é que a conversão pode ser um processo longo e complicado que, em alguns casos, pode levar anos. Embora muitos de nós estejamos ansiosos por ver logo o fruto de nossos trabalhos, isso nem sempre acontece. O importante é que, em nosso zelo, não podemos nos tornar um empecilho a alguém; isto é, não devemos pressionar tanto até que a pessoa se torne resistente. Ainda mais, nunca devemos condenar ou julgar aquele que não assume um compromisso com as verdades que amamos tão profundamente no tempo preciso em que achamos que a pessoa deveria fazer. Seu trabalho, seu esforço pela pessoa, pode muito bem ser um passo importante em um processo que pode não produzir fruto por anos. Você não sabe. O mais importante é não arruinar tudo condenando ou sendo crítico.
Que lição importante se acha em 1 Samuel 16:7 e que devemos sempre ter em mente? |
Quarta | Ano Bíblico: Êx 30, 31 |
A paciência tem seus limites (Gn 6:3)
Não existe maior demonstração de paciência do que a revelada por Deus para com a humanidade. Mas devemos entender que até a paciência de Deus tem seus limites.
A paciência de Deus durou 120 anos nos dias de Noé enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3:20). Mas chegou o tempo em que a obstinação do povo exauriu a paciência de Deus, e Ele destruiu a Terra com um dilúvio.
6. Que princípio importante foi declarado pelo Senhor a respeito dos antediluvianos? Gn 6:3
7. Nos casos de Sodoma e Gomorra, Israel no deserto e no cativeiro babilônico, que atitudes do povo provocaram as consequências que o povo sofreu? Dt 31:27; Sl 95:8; Jr 17:23
Pode-se argumentar que, visto como Deus perdeu a paciência, isso nos dá a permissão de fazer o mesmo. Mas quando estudamos a história da longanimidade de Deus, fica evidente que Sua paciência não foi por um dia, uma semana nem mesmo por um ano. Frequentemente, passaram gerações antes que Sua paciência se esgotasse, o que, evidentemente, não é uma alternativa para nós.
Existe algum ponto em que nossa paciência pode legitimamente se esgotar quando lidamos com pessoas em uma situação difícil? Depende do que significa isso. Podemos decidir que determinada situação já teve sua oportunidade e concluímos que precisa acabar. Mas isso não é a mesma coisa que ser crítico, sem amor ou cruel nesse processo. Pode ser tempo de agir, mas essa ação nunca deve estar em desarmonia com os princípios de generosidade, amor e cuidado.
Pense em situações em que sua paciência se esgotou legitimamente e ilegitimamente. Qual foi a diferença entre as duas? O que você aprendeu dessas experiências? Se tivesse que repeti-las, o que você faria diferente? |
Quinta | Ano Bíblico: Êx 32, 33 |
Como desenvolver a paciência (Tg 1:2–4)
“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma” (Tg 1:2-4, NVI).
8. Qual foi sua experiência com a realidade desses versos? O que você aprendeu das várias provações que enfrentou e, no fim, o tornaram uma pessoa melhor, que reflete melhor o caráter de Jesus?
A palavra grega para provações, às vezes traduzida como tentações, é peirazo, que tem o significado mais amplo de provar ou testar. O diabo nos tenta a fazer o mal. As provas e tentações que Deus permite intervenham em nossa vida têm a finalidade de desenvolver nosso caráter.
“As provações da vida são obreiras de Deus para remover de nosso caráter impurezas e arestas. O processo de cortar, desbastar, aparelhar, lustrar e polir é penoso; é difícil ser pressionado sob a ação da pedra de polimento. Mas, depois, a pedra é apresentada pronta para ocupar seu lugar no templo celestial. O Mestre não efetua trabalho assim cuidadoso e completo com material imprestável. Só as Suas pedras preciosas são polidas, como colunas de um palácio” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 10).
Mas isso não significa que toda provação vem da providência de Deus. Frequentemente, trazemos o sofrimento a nós mesmos pela desobediência; com frequência, também, as provas e sofrimentos não passam de resultados do que significa viver em um mundo caído, pecador, em que temos um inimigo que nos odeia (1Pe 5:8). Porém, significa que pela submissão completa de nós mesmos ao Senhor, apegando-nos a Ele em fé e obediência, não importa o que passemos, podemos sair melhores ou mais refinados, se permitirmos que Deus trabalhe em nós. Ninguém disse que será divertido. Frequentemente, a vida aqui não é divertida, mas recebemos a maravilhosa promessa: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6).
Sexta | Ano Bíblico: Êx 34–36 |
Estudo adicional
“Em Seu trato com a humanidade, Deus suporta longamente o impenitente. Ele usa Seus agentes designados para chamar homens à submissão, e lhes oferece pleno perdão, caso se arrependam. Mas, por ser Deus paciente, as pessoas abusam de Sua misericórdia. ‘Visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal’ (Ec 8:11). A paciência e a longanimidade de Deus, que deveriam suavizar e subjugar a vontade, têm uma influência totalmente diferente sobre os descuidados e pecadores. Leva-os a abandonar as restrições e os fortalece na resistência. Pensam que o Deus que tanto suportou por eles não dará atenção à sua perversidade. Se vivêssemos em uma época de retribuição imediata, as ofensas contra Deus não aconteceriam tão frequentemente. Mas, embora tarde, o castigo não deixa de ser inevitável. Existem limites até para a paciência de Deus. O limite de Sua paciência pode ser ultrapassado, e Ele certamente punirá os obstinados. E quando começar a estudar o caso dos pecadores presunçosos, Ele não o interromperá até que esteja concluído” (Ellen G. White, The SDA Bible Commentary, p. 1.166).
Perguntas para consideração
1. Dizer que Deus é paciente não é o mesmo que dizer que Ele é tolerante. Qual é a diferença entre paciência e tolerância, e por que é fácil confundir as duas?
2. Como a vida de Cristo revela o verdadeiro significado da paciência? Que exemplos poderosos de paciência Ele nos deu? Que exemplos Ele deu em que a paciência não era apropriada?
3. Pense mais na questão das provações e caráter. Certo, as provações podem aperfeiçoar nosso caráter em muitos casos. Ao mesmo tempo, o que acontece quando as provações deixam as pessoas amarguradas, as afastam de Deus, e as tornam céticas e duvidosas? Você já viu isso acontecer a alguém? Nesse caso, o que você pode aprender dessa experiência?
4. Existe alguém com quem você precisa se desculpar pela falta de paciência? Por que não se humilhar e pedir desculpas e fazer o que mais seja necessário para endireitar as coisas? Não é isso que significa ser cristão?
Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Porque Ele nos ama e não quer nos ver perecer.
Pergunta 2: Pelo poder do Espírito Santo.
Pergunta 3: Humildade, mansidão, longanimidade, tolerância.
Pergunta 4: Acolhendo-os, suportando-os, até que cresçam na fé.
Pergunta 5: Existe um intervalo entre a semeadura e a colheita, que requer extrema paciência.
Pergunta 6: A paciência de Deus tem limite: a indisposição do ser humano para receber o dom da salvação.
Pergunta 7: Rebelião, endurecimento, falta de atendimento.
Pergunta 8: Resposta pessoal.
Um comentário:
posso clamar a Deus que me dê paciência, quando ás vezes ela nos falta por algum motivo? È, por que me disseram que quanto mais paciência eu pedir a Deus, mais ele me colocara a prova dos meus problemas. cbfcamila@yahoo.com.br
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