segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Amabilidade


Amabilidade

Lição 612010


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Êx 37, 38


VERSO PARA MEMORIZAR:Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Colossenses 3:12).

Leituras para esta semana: 2Sm 9:1-13; Pv 15:1-5; 25:11-15; Mt 5:43-48; Lc 6:35, 38; Ef 4:32; Cl 3:12-14

Quando Paulo ilustrou como o amor se comporta, foi a paciência que veio em primeiro lugar à sua mente: “O amor é paciente” (1Co 13:4). Logo depois da paciência, ele escreveu que o amor “é benigno”, mostrando que o amor e a amabilidade são tão relacionados que, sem uma disposição amável, nenhum ato é verdadeiramente feito por amor!

Nesta semana e na próxima, vamos estudar dois conceitos bastante similares e que podem causar alguma confusão: Amabilidade e bondade. Amabilidade (NVI), benignidade (RA) e delicadeza (NTLH) são traduções da palavra grega chrestotes (algumas vezes traduzida na própria Bíblia porbondade),que significa disposição amável, atitude de boa vontade para com o próximo. Já bondade, quando é traduzida da palavra grega agathosune, se refere à expressão dessa amabilidade em atos exteriores.

A amabilidade é uma virtude que se revela de diversas maneiras. E, como seu primo chegado, o “amor”, tem um poder incrível; é uma testemunha de como é nosso Deus.


Domingo

Ano Bíblico: Êx 39, 40

Modelo de amabilidade (Mt 5:43-48)

1. No Sermão do Monte, Jesus ilustra claramente a benignidade de Deus. Leia Mateus 5:43-48 e responda às perguntas a seguir:

a. A que elevado padrão Jesus nos chama?
b. Que motivo Jesus dá ao nos chamar a esse padrão?
c. Note como Cristo usou a palavra perfeitos no verso 48. O que significa o termo perfeito, aqui, e como o uso dessa palavra pode nos ajudar a entender o que significa ser perfeito como é perfeito “nosso Pai celeste”?

Os dons generosos de Deus são apenas isto: dons generosos. Eles não são merecidos por nenhum dos seres humanos, os quais pecaram voluntariamente contra Ele, ignorando-O ou O abandonando. Neste sentido, o maior pecador e o santo mais perfeito estão no mesmo barco: Nenhum deles merece a benignidade e generosidade que Deus nos dá a todos.

Com estes versos, Jesus nos chama a ser “perfeitos”, tão perfeitos quanto Deus. Como assim? Amando os inimigos, orando pelos que nos maltratam, sendo amáveis para com os que não são amáveis para conosco. Foi assim que Jesus definiu o que é ser “perfeito”. Imagine como seria nossa igreja e nossos lares se morrêssemos para o eu a ponto de vivermos realmente assim! Teríamos um poder e um testemunho contra o qual as portas do inferno nunca poderiam prevalecer. Qual é a única coisa que nos impede? Nada além de nosso coração pecaminoso, vingativo, que, frequentemente, nos faz agir como “publicanos”.

Que mudanças dolorosas e profundas você precisa fazer se quiser realmente seguir as palavras de Cristo nestes versos?


Segunda

Ano Bíblico: Lv 1–4

Benignidade por um “cão morto”

2. Qual foi um dos episódios em que Davi mostrou amabilidade? 2Sm 9:1-13. Por esse ato, como ele revelou o caráter de Deus?

“Por meio de boatos por parte dos inimigos de Davi, Mefibosete fora levado a acalentar forte preconceito contra ele como um usurpador; mas a recepção generosa e cortês conquistou o coração do moço; ele se afeiçoou grandemente a Davi, e, como seu pai Jônatas, sentiu que seu interesse era o mesmo do rei que Deus escolhera” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 713).

A benignidade de Davi revela que ele buscou usar o padrão de Deus para o que desejava fazer para a casa de Saul. Reconheceu que ele, pecador como todos nós, recebeu misericórdia e bondade não merecidas das mãos de Deus e desejou refletir essa bondade aos outros.

3. Antes de podermos passar a benignidade de Deus a outros, o que devemos reconhecer primeiro? Veja Lc 7:47. Que princípio importante se encontra nessa declaração?

Pense por alguns momentos na benignidade de Deus para com você. Você a merece? É algo que lhe é devido? Seus pensamentos, suas ações, suas palavras são tão abnegadas, tão santas, tão amorosas e aceitáveis que Deus só está fazendo a você como você faz aos outros? O mais provável é que a resposta seja Não. E aqui está um ponto importante: Quando percebermos que Deus nos perdoa, quando percebermos que Deus nos ama, apesar do que somos e do que fazemos, então, poderemos entender verdadeiramente o que significa ser bondoso e amoroso para com os que não merecem nossa amabilidade nem nosso amor. Como é importante manter a cruz e o que ela significa, individualmente, diante de nós a toda hora!

De quantas coisas Deus já o perdoou ao longo dos anos? Como essa percepção deve ajudar a tratar aqueles que cometeram coisas destinadas a lhe fazer mal?


Terça

Ano Bíblico: Lv 5–7

Palavras amáveis (Ef 4:32)

Efésios 4:32 começa com as palavras: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros” (NVI). Veja como este verso se encaixa perfeitamente com o que vimos ontem, sobre a necessidade de tratar os outros como Deus nos trata.

A amabilidade deve caracterizar o cristão a toda hora. Mas existem pelo menos três necessidades específicas que requerem três tipos de encorajamento.

Primeira, devemos mostrar amabilidade para com os bebês espirituais. “Todavia, nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos” (1Ts 2:7).

Segunda, devemos mostrar amabilidade e encorajamento pelos fracos. “Nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos” (Rm 15:1).

Terceira, devemos servir como os enfermeiros tratam os espiritualmente enfermos (2Tm 2:24, 25).

Certa vez, um executivo foi ouvido dizendo: “Mal posso esperar para chegar em casa à noite – estou cansado de ser bom o dia inteiro!” Que atitude triste para com a vida humana!

A amabilidade, especialmente em casa, é fundamental. E uma das maneiras mais importantes de manifestarmos amabilidade, especialmente em casa, é o modo de falar uns com os outros. A atmosfera do lar é largamente determinada pelas palavras que pronunciamos. Tantos problemas, tantas ofensas, tantas tensões e até brigas poderiam ser evitadas caso fôssemos cuidadosos não só com o que dizemos mas como dizemos. Com frequência, pode-se dizer algo e não ferir nem ofender, ou pode-se dizer as mesmas palavras para a mesma pessoa e ferir e ofender muito. A chave é a maneira de falar. A fala humana inclui muito mais do que apenas os significados das palavras; o tom, a expressão facial, a linguagem corporal e a ênfase são todos parte integrante da transmissão dos pensamentos, emoções e ideias aos outros.

4. Que princípios importantes traz a Bíblia sobre o que dizemos e como dizemos? Como você usa as palavras quando fala com os outros? O que você pode fazer para ser mais amável na comunicação verbal? Pv 15:1-5; 25:11-15


Quarta

Ano Bíblico: Lv 8–10

Benignidade retribuída (Lc 6:38)

5. Que princípio de vida Jesus mencionou em Lucas 6:38?

Com muita frequência, a maneira de tratarmos os outros volta para nós mesmos. Isto é, quando somos bondosos, é muito provável que os outros sejam bondosos para conosco. Isto também funciona ao reverso: seja mau para com os outros, e os outros também serão maus para com você.

Evidentemente, nem sempre acontece assim (Veja como Jesus foi tratado!). Mas, seja como for, em certo sentido, isso realmente não importa. Como cristãos, devemos ser sempre benignos, mesmo que a benignidade não volte para nós. De fato, como lemos, ser benignos para aqueles que são indelicados para conosco é a marca de legitimidade dos verdadeiros seguidores de Jesus. Em geral, porém, a maneira de tratarmos os outros afetará a maneira de tratarem a nós mesmos. “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7:12).

6. Que outra recomendação fez Jesus a respeito da amabilidade? Lc 6:35

É sempre fácil ser bom para os que, por sua vez, podem ser bons para conosco. Qualquer pessoa faz isso. O mais difícil, porém, é ser bondoso, especialmente quando custa algo a você, aos que nunca poderão fazer algo por você, de volta. Esse é o verdadeiro teste.


Quinta

Ano Bíblico: Lv 11, 12

Vista a amabilidade (Cl 3:12–14)

7. De acordo com Colossenses 3:12-14, qual é o verdadeiro sentido de ser seguidor de Cristo? Qual é a relação entre a bondade e a perfeição?

Alexander Maclaren, notável clérigo de Londres da última parte do século 19, escreveu: “A gentileza é a maior força do mundo. Você toma todos os martelos pneumáticos que já foram construídos e batalha contra um iceberg e, com exceção do comparativamente pequeno calor desenvolvido pelo atrito e que derrete uma pequena porção, ainda terá gelo, embora pulverizado e não mais inteiro. Mas deixe que o iceberg flutue suavemente em direção aos trópicos, e lá os raios do sol atingem a frieza mortal, e o gelo se dissipa no oceano tépido. A bondade é vencedora.”

Como adventistas, temos evidência bíblica muito poderosa para manter nossas posições. (Se não fosse isso, o que estaríamos fazendo aqui?) Evidentemente, isso é importante. Mas precisamos de mais do que doutrinas corretas, não é?

“Se nos humilhássemos perante Deus, e fôssemos bondosos e corteses, compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 189).

Quando ensinamos as doutrinas da igreja, incluímos o sábado, o estado dos mortos, a origem do pecado e outras crenças distintivas. Mas somos tão cuidadosos em enfatizar a importância da bondade e outros frutos do Espírito, assim como o Sermão do Monte e 1 Coríntios 13? Saber que o sábado é o sétimo dia ou que os mortos dormem até a ressurreição, ou que a justiça de Cristo nos cobre agora e no juízo final é muito bom e importante. Mas apenas ter conhecimento não é a mesma coisa de conhecer a verdade como é em Jesus (Jo 14:6), pois a verdade nos liberta (Jo 8:32); isto é, a verdade nos transforma e nos faz mais semelhantes a Cristo. Pode-se, então, perguntar: temos realmente a verdade se a Verdade, Jesus, não nos tem?


Sexta

Ano Bíblico: Lv 13, 14

Estudo adicional

“De todo lar cristão deve resplandecer uma santa luz. O amor deve se revelar nas ações. Deve promanar de toda a relação doméstica, mostrando-se em uma bondade meditada, em uma cortesia gentil, abnegada. Há lares em que esse princípio é praticado, lares em que Deus é adorado, e em que reina o mais verdadeiro amor. Destes lares as orações matutinas e vespertinas sobem a Deus como incenso suave, e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da manhã” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 144, ênfase provida).

“Muitos há que consideram a expressão de amor uma fraqueza e mantêm uma reserva que repele os outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos, os generosos impulsos sociais mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitamos que o coração do que se acha ligado a nós pereça à míngua de bondade e simpatia” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 107, ênfase provida).

Perguntas para consideração
1. Juntamente com a classe, examine cuidadosamente a última pergunta no fim da lição de quinta-feira: “Temos realmente a verdade se a Verdade, Jesus, não nos tem?” Quais são as implicações de sua resposta?
2. “O amor não pode existir sem expressão”. Que significa isso, e por que representa um princípio tão importante para nós como igreja?
3. Recapitule os textos desta semana que falam sobre sermos “perfeitos”. Como devemos entender o que significa essa ideia? Quais são os problemas e conceitos errôneos comuns que, como igreja, temos combatido sobre o uso e o significado dessa palavra?
4. Em sua própria experiência, como as atitudes de outros adventistas afetaram você e sua fé? Isto é, as pessoas foram amáveis com você e, nesse caso, como isso afetou sua amabilidade? Por outro lado, as pessoas foram indelicadas para você e, nesse caso, como isso o afetou? Conte suas histórias aos outros na classe. O que você pode aprender dessas experiências para ilustrar perante a classe a importância da amabilidade em nosso testemunho?

Respostas sugestivas:

Pergunta 1: a. À perfeição. b. Porque Deus é perfeito. c. Amando os inimigos como Deus o faz.
Pergunta 2: No caso de Mefibosete. Restituindo-lhe as propriedades de seu avô e sustentando-o à sua mesa.
Pergunta 3: Que somos pecadores e que tudo o que temos provém da misericórdia de Deus.
Pergunta 4: Falar com brandura, sabedoria, no tempo devido, fidelidade.
Pergunta 5: O princípio da retribuição.
Pergunta 6: Fazer o bem sem esperar retribuição.
Pergunta 7: Expressar o amor de Deus. Essa é a maior demonstração de perfeição.

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