segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fé provada no fogo

Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Efés. 6:16.

Três catedráticos se destacaram na disseminação do movimento uma poderosa reforma espiritual. Um erudito chamado Nicholas Cranmer escreveu sobre a necessidade de voltar ao evangelho. Seu colega Hugo Latimer, um homem corajoso e franco, tornou-se pregador. Outro catedrático, Thomas Cranmer, tornou-se um competente líder eclesiástico, que levou a Reforma para a Igreja Anglicana, como arcebispo de Canterbury.

O erudito, o pregador e o administrador trabalharam muito para libertar a igreja da superstição e da tradição. Mas tudo parou quando a Rainha Maria subiu ao trono. Em seu reinado, os três foram considerados hereges, traidores e marginais, sendo condenados à morte e executados em Oxford, Inglaterra. Na noite anterior à sua execução na fogueira, Nicholas Ridley convidou amigos à sua cela, para tomarem sopa. Os convidados o encontraram bem vestido e bastante animado. Ridley lhes disse que aquele encontro era uma comemoração. Ele não pensava na morte, mas na sua união final com Cristo.

Quando Thomas Cranmer foi amarrado ao poste, e sentiu as chamas crepitarem em sua direção, ergueu a mão direita na direção do fogo. Foi com essa mão que, em um momento de fraqueza, assinou sua tristemente célebre retratação. Mas agora, ele a manteve sobre o fogo até ser carbonizada. Então, clamou: "Senhor Jesus, recebe meu espírito." Depois que Hugo Latimer foi amarrado ao poste e a lenha começou a queimar, ele se voltou para um amigo e disse: "Neste dia, pela graça de Deus, acendemos uma vela na Inglaterra, a qual, tenho certeza, nunca se apagará."

Esses homens enfrentaram a morte com calma e firmeza. Ficaram famosos por manter uma fé que contemplava muito além das chamas. O fogo da perseguição não foi capaz de consumi-la. Saltou das cinzas, subindo com a branca trilha de fumaça até o trono de Deus. A genuína fé nunca se apaga.

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