Verso para Memorizar: “Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1Pe 5:7, NVI).
Leituras da semana: Gn 3:6-10; 15:1-3; Jo 14:1, 2; Mt 6:25-34; 18:3; Fp 4:11, 12
As Escrituras estão cheias de versículos que contêm palavras como medo, ansiedade, queixas, susto e terror. Muitas referências mencionam com que as pessoas estão ansiosas e temerosas; outras, com promessas de certeza divina aos que estão com medo ou ansiosos. A mensagem “Não temam” atravessa as Escrituras com força e persistência.
E por que não? Afinal, medo e ansiedade fazem parte da existência humana desde que o pecado entrou neste mundo. Ansiedade ou temor sobre o que pode acontecer é uma das emoções mais perigosas para a saúde física e mental. Conta uma lenda medieval que certo viajante encontrou à noite o Medo e a Praga a caminho de Londres, onde esperavam matar 10 mil pessoas. O viajante perguntou à Praga se ela faria toda a matança. “Ah! Não!”, respondeu a Praga. “Vou matar apenas umas centenas. Meu amigo Medo vai matar o restante.”
A lição desta semana mostra como, pelo poder divino, podemos ter alívio do medo e da ansiedade. Confiança em Deus e contentamento são fatores fundamentais para encarar o futuro com confiança.
A primeira experiência de temor
Leia Gênesis 3:6-10. É difícil relacionar o primeiro encontro de Adão e Eva com o temor, porque nenhum de nós pode se lembrar da primeira vez em que experimentou essa emoção. Os psicólogos de desenvolvimento confirmam que, desde os primeiros anos de vida, as crianças enfrentam temores definidos, principalmente de ter fome e de ruídos agudos. Crianças e adolescentes em crescimento também passam por uma variedade de temores: medo de animais, de escuro, de estar sozinhos; medo de situações relacionadas à escola, separação dos pais, medo de não crescer ou de ser rejeitados pelos colegas. Os adultos também estão sujeitos a apreensões comuns associadas às circunstâncias da vida: medo de não encontrar um parceiro satisfatório para a vida, de não encontrar o emprego certo, de ataques terroristas, de contrair uma doença crônica ou fatal, de ser assaltado, de morrer, etc.
Ellen G. White diz que, depois de Adão comer o fruto proibido, “o pensamento de seu pecado o encheu de terror” e que a temperatura aprazível do Éden gelou o casal culpado. Eles foram deixados com “uma intuição de pecado, um terror pelo futuro, uma nudez espiritual” (Patriarcas e Profetas, p. 57).
1. Na amostra a seguir, identifique o componente distintivo de cada uma das promessas contra o temor e ansiedade.
a) Sl 23:4
b) Pv 1:33
c) Ag 2:5
d) 1Pe 3:14
e) 1Jo 4:18, 19
Temor e ansiedade são muito comuns. São também frequentes, destrutivos e dolorosos. Os sintomas da ansiedade comum incluem apreensão, preocupação, insônia, agitação, tensão, enxaqueca, fadiga, vertigem, palpitação, falta de ar, transpiração, dificuldade de se concentrar e hipervigilância [estado de alerta permanente contra eventual perigo]. A ansiedade pode vir também com ataques de pânico. Deus deseja nos livrar dessas experiências indesejáveis e nos convida a confiar nEle.
Que coisas lhe provocam mais medo, e por quê? Esse medo é racional? Que passos práticos você pode dar para remover aquilo que lhe provoca medo ou para aliviar o medo em si?
Não tenha medo
2. Qual era a fonte de medo de Abrão? Que razões válidas ele tinha para temer? Gn 15:1-3.
Deus chamou Abrão e prometeu fazer dele uma grande nação. Vendo que os anos passavam e ele não tinha nenhum herdeiro, Abrão insistiu nesse assunto, que se tornou sua principal preocupação. Os versos 2 e 3 revelam o centro do temor de Abrão: “Que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer”! Essa atitude parece ser uma reação generalizada inerente à natureza humana, que é a de perpetuar algo de nós mesmos, para continuar nossa influência mesmo depois de morrermos.
A resposta de Deus às preocupações de Abrão foi: “Não temas, Abrão, Eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande” (Gn 15:1). O futuro de nossa vida, e mesmo nosso futuro, até mesmo depois da morte, está nas mãos de nosso Pai celestial. Ele sabe que a libertação da ansiedade é uma de nossas maiores necessidades, e quer que estejamos contentes hoje e confiantes amanhã.
3. Em que circunstâncias Deus enviou mensagens tranquilizadoras dizendo às pessoas que não temessem?
a) Dt 31:8
b) 2Cr 20:17
c) Lc 21:9
d) Jo 14:27
A ansiedade se manifesta na angústia sobre as incertezas. Essas incertezas podem estar próximas ou no futuro distante, e podem nem acontecer; por momento, existem só na mente. Mas os sintomas da ansiedade são bastante reais, tanto emocional como fisicamente, e podem ser dolorosos. Não é de admirar que o Senhor deseje nos livrar deles.
Como você pode usar melhor a afirmação de Deus – “Não temas” – em qualquer situação em que esteja? Como você pode se lembrar de que, não importa o que esteja enfrentando, Deus é mais forte e maior que esse desafio e que Ele o ama com um amor maior que seus temores?
Confiança contra a ansiedade
4. Reflita nas confortantes palavras de Jesus a Seus discípulos em João 14:1, 2. Em que circunstância Ele proferiu essa promessa? Veja Jo 13:33-38. Para onde Ele dirigiu os pensamentos dos discípulos?
Essas palavras de amor fomentam a confiança. Confiança no Pai, confiança em Jesus, porque essa é uma confiança que pode libertar o coração perturbado que encara o futuro em angústia. Jesus chama imediatamente a atenção dos discípulos para o reino que lhes está preparando. Em outras palavras, não importa o que aconteça a vocês aqui, não importa quão mal vão as coisas, é isso que vocês têm à sua espera. Assim, confiem em Mim e em Minhas promessas. Foi isso que Jesus lhes disse em seguida, e está nos dizendo agora.
Em algumas sessões de aconselhamento, os clientes representam papéis relevantes para a vida real, situações que levam ao aumento da autoconfiança e da autoestima. Embora essas estratégias alcancem um nível relativamente elevado de sucesso, elas se concentram em obter confiança em si mesmo a fim de reduzir a possibilidade de se sentir ansioso. Isso é aceitável, mas incompleto, porque a confiança em nós mesmos não passa de um pequeno passo. Precisamos aprender a confiar em Deus.
5. Como o salmista compara a confiança em Deus com a confiança na humanidade? Sl 118:8, 9
Os seres humanos podem ser inconstantes e temperamentais, mas Deus e Suas promessas nunca mudam. O rei da Itália e o rei da Boêmia prometeram ao reformador João Huss segurança e proteção no caminho e na estada. Eles quebraram as promessas, e Huss foi martirizado. Em outro caso, o rei Carlos I enviou a Thomas Wentworth, estadista inglês, um documento afirmando: “Pela palavra de um rei, você não sofrerá perda nem de vida, de honra nem de fortuna”. Pouco depois, porém, a sentença de morte de Wentworth foi assinada pelo mesmo rei.
6. O que Jesus queria dizer em Mateus 18:3?
A primeira tarefa das crianças é desenvolver confiança em sua mãe ou babá. Depois disso, os pequenos se sentem contentes e confiantes em relação ao mundo e ao futuro que os espera. Esse é o princípio da confiança. Jesus nos pediu que nos relacionássemos com Ele como uma criança com sua mãe, deixando-se acalmar e confortar por seu carinho. Quanto a nós, porém, temos que escolher conscientemente fazer exatamente isso.
Pássaros e lírios
7. Além do conselho amável de Jesus de evitar a preocupação, que lições podemos obter deste trecho do Sermão do Monte? Mt 6:25-33
Neste texto poderoso, Jesus ensina vários princípios que, se forem seguidos cuidadosamente, podem proteger o cristão de muita angústia.
Mantenha as coisas em perspectiva (v. 25). Um horário apressado pode nos fazer perder de vista as coisas verdadeiramente importantes. A rotina diária pode nos distrair daquilo que cremos ser fundamental. Deus nos deu vida. Deus criou nosso corpo. Se Ele tem poder e disposição para fazer isso, Ele não proverá alimento para manter Sua criação? Não providenciará as vestes necessárias para cobrir nosso corpo?
Obtenha inspiração das coisas simples da natureza (v. 26, 28-30). Pardais e lírios estão entre as coisas mais comuns da natureza. Jesus os escolheu como um contraste para a imensa complexidade dos seres humanos. É óbvio que os pardais não se preocupam com o amanhã, e que os lírios não trabalham de sol a sol para comprar a moda mais recente, mas estão bem cuidados. “[Deus] não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?” (v. 30, NVI).
A preocupação é inútil e sem sentido (v. 27). O exame dos problemas a fim de achar possíveis soluções pode ser produtivo, mas preocupar-se por se preocupar não só nada faz para resolver a questão como ainda aumenta o lado negativo das coisas.
Endireite suas prioridades (v. 33). Às vezes, os cristãos podem ser apanhados pelo redemoinho do materialismo e outras coisas que os distraem do que realmente importa na vida. Assim, Jesus os lembra: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Winston Churchill disse: “Lembro-me da história do homem idoso que disse no leito de morte que tivera muitas dificuldades na vida, a maioria das quais nunca aconteceu” [http://www.saidwhat.co.uk/quotes/political/winston_churchill].
Faça um inventário das coisas que o preocupam, e então, ajoelhe-se e ore, pedindo que Deus tome cuidado de todas as suas preocupações. Quais são as preocupações em que você tem a responsabilidade de corrigir alguma coisa? Quais são as coisas que estão absolutamente fora de seu controle? Faça o que puder para endireitar o que você pode, e então, peça que o Senhor o ajude a aprender a confiar nEle quanto ao restante.
Um dia de cada vez
8. Que conselho Jesus nos dá quanto ao dia de amanhã? Mt 6:34. Como podemos fazer o que Ele diz? Por que isso é tão importante?
Se seguissem a mensagem de Mateus 6:34, muitos hoje teriam mais paz. Jesus não nos pede que ignoremos o planejamento nem que sejamos descuidados. Ele simplesmente nos aconselha a não nos preocupar com o que pode acontecer, não usar os típicos pensamentos “E se...”: “E se eu ficar doente?” “E se eu perder o emprego?” “E se eu sofrer um acidente?” “E se meu filho ou minha filha morrer?” “E se alguém me atacar?”
A lista a seguir mostra as várias coisas que provocam ansiedade. Em média, os ansiosos se preocupam com:
Cinquenta por cento de eventos que nunca ocorrerão.
Vinte e cinco por cento de ocorrências do passado que não podem ser mudadas.
Dez por cento por causa de críticas não confirmadas por outros.
Dez por cento por problemas de saúde (grande parte por medo).
Cinco por cento por problemas reais que serão enfrentados.
9. Que exemplo de contentamento você encontra na experiência de Paulo? Fp 4:11, 12
Uma das chaves para viver um dia de cada vez é o contentamento, antídoto eficaz para a preocupação. O contentamento não é uma atitude hereditária, mas uma característica adquirida. Paulo disse: “Aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância” (v. 12). Em nossa época, em que enfrentamos tantos problemas, existe a necessidade de desenvolver um senso de contentamento pelo que temos presentemente e não nos preocuparmos com o que pode vir amanhã.
Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27). Em condições práticas, como você se vale da promessa de Jesus de paz mental? Compartilhe sua resposta em classe no sábado. O que vocês podem aprender uns dos outros?
Estudo adicional
Não é o trabalho que mata; é a preocupação. A única maneira de evitar a preocupação é levar a Cristo toda e qualquer dificuldade. Não olhemos ao lado escuro. Cultivemos a disposição animosa do espírito” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 466).
“Se nos educássemos para ter mais fé, mais amor, maior paciência, mais perfeita confiança em nosso Pai celestial, teríamos mais paz e felicidade ao atravessar os conflitos da vida. O Senhor não Se agrada de que nos impacientemos e fiquemos ansiosos, fora dos braços de Jesus. É Ele a única fonte de toda graça, o cumprimento de toda promessa, a realização de toda bênção. ... Nossa peregrinação seria, na verdade, solitária, não fosse Jesus. ‘Não vos deixarei órfãos’ (Jo 14:18), diz-nos Ele. Apeguemo-nos às Suas palavras, creiamos em Suas promessas, repitamo-las dia a dia, meditemos nelas nas horas da noite e sejamos felizes” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 468).
Perguntas para reflexão
1. Examine cuidadosamente com a classe as respostas à pergunta final de quinta-feira.
2. Alguns, sem nenhum motivo real imediato de preocupação, têm medo de sofrer e morrer; outros estão realmente passando por uma doença debilitadora ou terminal que provavelmente os mate. Outros talvez estejam verdadeiramente em outra situação ameaçadora da vida. De que modo essas pessoas nessas circunstâncias podem ser confortadas?
3. Jacó “teve medo e se perturbou” (Gn 32:7) ao se preparar para se encontrar com Esaú. Os irmãos de José ficaram “atemorizados” (Gn 45:3) quando José revelou sua verdadeira identidade. Comente as opções aceitáveis que temos para lidar com os temores que surgem como resultado de nossos próprios erros. Existe diferença em lidar com temores que trouxemos sobre nós mesmos por causa de nossas ações erradas? Neste caso, qual é a diferença?
Pergunta 1: a) Tu estás comigo; b) Habitará seguro; Deus habitará em seu meio; Sois bem-aventurados; No amor não
existe medo.
Pergunta 2: A falta de um herdeiro. Deus era Seu galardão.
Pergunta 3: a) No chamado de Josué; b) Na ameaça de invasão dos amonitas e moabitas; c) na história cristã;
Pergunta 4: Pouco antes da crucifixão.
Pergunta 5: O refúgio do Senhor é certo.
Pergunta 6: Nossa confiança deve ser semelhante à de uma criança em seus pais.
Pergunta 7: A ansiedade não gera benefícios. Deus cuida de nós.
Pergunta 8: Cada dia trará os seus cuidados.
Pergunta 9: Contentava-se com todas as circunstâncias.
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