Adoração, Tema Central do Apocalipse
A segunda conclusão significativa que emergiu de meu estudo preliminar é que adoração é o tema central do Apocalipse. É a chave para entender muito do livro. Nenhum outro livro da Bíblia contém tantas cenas de adoração. Vez após vez foram mostrados a João seres celestes e terrestres louvando a Deus (4:9; 7:12; 11:17) e servindo-O em Seu templo (7:15; 22:3).
Os adoradores cantam o cântico de Moisés e do Cordeiro (5:9; 14:3; 15:3). Dão louvor a Deus (19:5) e glorificam o Seu nome (15:4). Anciãos, anjos e criaturas viventes prostram-se perante Ele e O adoram (4:10; 5:8,14; 7:11; 11:16; 19:4). A palavra “Amém” e a exclamação “Aleluia” são encontrados regularmente em ambientações de culto (1:6,7; 5:14; 7:12; 19:4; 19:1, 3, 4, 6).
O verbo “adorar” (proskuneo) — um termo litúrgico fundamental — ocorre 24 vezes no Apocalipse. Isso representa quase metade de ocasiões de tais ocorrências em todo o Novo Testamento. A adoração a Deus e ao Cordeiro irradia do epicentro da sala do trono de Deus, em círculos concêntricos expansivos que incluem as quatro criaturas viventes (19:4), os vinte e quatro anciãos (4:10; 5:14; 11:16; 19:4), todos os anjos (7:11), e todas as nações (15:4). A convocação final à humanidade é o chamado, “Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apo. 14:7; ênfase acrescentada). Declarado de modo simples, descobri que a adoração é a chave que abre o Apocalipse. Entendendo a razão para a centralidade da adoração em Apocalipse podemos interpretar a profecia da marca e número da besta em seu apropriado cenário histórico.
Adoração É a Causa Original do Grande Conflito
A terceira conclusão é intimamente relacionada à segunda. Descobri que a razão porque a adoração é tão central no Apocalipse é pelo fato de que a João foi mostrado em visão que a adoração é a causa original da titânica controvérsia entre Cristo e Satanás. Em Apocalipse 12, João descreve como essa controvérsia sobre adoração se iniciou no céu, quando Miguel e seus anjos combateram e derrotaram o dragão (Satanás), ambos tendo sido lançados para a Terra.
Após a expulsão do céu, Satanás tornou este planeta o teatro de suas operações, empregando todos os seus recursos para suprimir a adoração e os adoradores do verdadeiro Deus, promovendo, em lugar disso, o falso culto a si mesmo, mediante a trindade iníqua, representada pelo dragão, a besta do mar e a besta da terra, conhecida também como o “falso profeta”.
O conflito chega a um clímax em Apocalipse 13, onde Satanás, representado pelo Dragão, dá poder à besta do mar e à besta da terra para imporem o seu falso culto, colocando uma marca, um nome e o número 666 sobre as testas e mãos de seus seguidores. Assim, como veremos, a marca, nome e número da besta representam a natureza da falsa adoração, promovida pela trindade iníqua.
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse?
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse? Por que a adoração não é o tema central de outros livros neotestamentários? Por que somente em Apocalipse os cristãos são advertidos contra as terríveis conseqüências de participar do falso culto?
Lemos, por exemplo, em Apocalipse 14:9-11: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome”.
Por que tão severa advertência contra a falsa adoração é encontrada no Apocalipse? Nas epístolas paulinas o tema central é fé versus obras, mas em Apocalipse o tema central é a verdadeira contra a falsa adoração. Qual é a razão para essa diferença em ênfase? Há duas respostas a esta pergunta e ambas são sugeridas pela ambientação histórica do livro.
A Ameaça do Culto ao Imperador
A primeira razão para a centralidade e conflito sobre adoração se acha na ameaça do culto ao Imperador. Ao tempo em que João redigia o seu livro o culto ao imperador havia penetrado nas instituições políticas e econômicas do Império Romano, de modo a tornar-se crescentemente difícil a cristãos conscienciosos permanecerem fiéis a Cristo.
O culto ao Imperador teve início sob o Imperador César Augusto (27 AC – 14 AD) como um meio de unificar a multiplicidade de nações que constituíam o Império Romano, promovendo lealdade comum e um senso de destino nacional. Foi, contudo, pelo fim do primeiro século, durante o reinado do Imperador Domiciano (81-96), que o culto ao Imperador representou a maior ameaça à Igreja cristã.
Conquanto o pai de Domiciano, Vespasiano (69-79) e seu irmão Tito (79-81), receberam honrarias divinas por ocasião da morte, o Imperador Domiciano desejou obtê-las durante o seu tempo de vida. O historiador romano Suetônio nos informa que Domiciano referia-se a si próprio grandiloqüentemente como “Dominus et Deus” – Senhor e Deus. Suetônio prossegue: “E assim surgiu o costume de daí em diante dirigir-se a ele em nenhum outro modo, mesmo por escrito ou em conversa. Ele não permitia que nenhuma estátua fosse erguida em sua honra no Capitólio, exceto de ouro ou prata e de certo peso pré-estabelecido”. (Suetônio, Domitian xiii).
O culto ao Imperador tornou-se um teste de fé para os cristãos. Mais tarde discutiremos a carta que Plínio, governador da Bitínia, escreveu em 111 AD ao Imperador Trajano para obter instruções sobre como proceder contra os cristãos. Ele explica que o procedimento era perguntar-lhes se eram cristãos. Os que assim o confessassem eram executados, mas os que alegavam não mais serem cristãos eram requeridos adorar a imagem do imperador, oferecendo incenso e vinho perante a mesma. O culto à “imagem da besta” era um terrível teste para a fé cristã. Isso nos ajuda a entender por que João fala da besta da terra instando as pessoas a fazerem “uma imagem à besta” (Apoc. 13:14), e fazendo com “que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Apoc. 13:15).
Fonte: Maravilhoso Jesus
A segunda conclusão significativa que emergiu de meu estudo preliminar é que adoração é o tema central do Apocalipse. É a chave para entender muito do livro. Nenhum outro livro da Bíblia contém tantas cenas de adoração. Vez após vez foram mostrados a João seres celestes e terrestres louvando a Deus (4:9; 7:12; 11:17) e servindo-O em Seu templo (7:15; 22:3).
Os adoradores cantam o cântico de Moisés e do Cordeiro (5:9; 14:3; 15:3). Dão louvor a Deus (19:5) e glorificam o Seu nome (15:4). Anciãos, anjos e criaturas viventes prostram-se perante Ele e O adoram (4:10; 5:8,14; 7:11; 11:16; 19:4). A palavra “Amém” e a exclamação “Aleluia” são encontrados regularmente em ambientações de culto (1:6,7; 5:14; 7:12; 19:4; 19:1, 3, 4, 6).
O verbo “adorar” (proskuneo) — um termo litúrgico fundamental — ocorre 24 vezes no Apocalipse. Isso representa quase metade de ocasiões de tais ocorrências em todo o Novo Testamento. A adoração a Deus e ao Cordeiro irradia do epicentro da sala do trono de Deus, em círculos concêntricos expansivos que incluem as quatro criaturas viventes (19:4), os vinte e quatro anciãos (4:10; 5:14; 11:16; 19:4), todos os anjos (7:11), e todas as nações (15:4). A convocação final à humanidade é o chamado, “Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apo. 14:7; ênfase acrescentada). Declarado de modo simples, descobri que a adoração é a chave que abre o Apocalipse. Entendendo a razão para a centralidade da adoração em Apocalipse podemos interpretar a profecia da marca e número da besta em seu apropriado cenário histórico.
Adoração É a Causa Original do Grande Conflito
A terceira conclusão é intimamente relacionada à segunda. Descobri que a razão porque a adoração é tão central no Apocalipse é pelo fato de que a João foi mostrado em visão que a adoração é a causa original da titânica controvérsia entre Cristo e Satanás. Em Apocalipse 12, João descreve como essa controvérsia sobre adoração se iniciou no céu, quando Miguel e seus anjos combateram e derrotaram o dragão (Satanás), ambos tendo sido lançados para a Terra.
Após a expulsão do céu, Satanás tornou este planeta o teatro de suas operações, empregando todos os seus recursos para suprimir a adoração e os adoradores do verdadeiro Deus, promovendo, em lugar disso, o falso culto a si mesmo, mediante a trindade iníqua, representada pelo dragão, a besta do mar e a besta da terra, conhecida também como o “falso profeta”.
O conflito chega a um clímax em Apocalipse 13, onde Satanás, representado pelo Dragão, dá poder à besta do mar e à besta da terra para imporem o seu falso culto, colocando uma marca, um nome e o número 666 sobre as testas e mãos de seus seguidores. Assim, como veremos, a marca, nome e número da besta representam a natureza da falsa adoração, promovida pela trindade iníqua.
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse?
Por que a Adoração é uma questão crítica no Apocalipse? Por que a adoração não é o tema central de outros livros neotestamentários? Por que somente em Apocalipse os cristãos são advertidos contra as terríveis conseqüências de participar do falso culto?
Lemos, por exemplo, em Apocalipse 14:9-11: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome”.
Por que tão severa advertência contra a falsa adoração é encontrada no Apocalipse? Nas epístolas paulinas o tema central é fé versus obras, mas em Apocalipse o tema central é a verdadeira contra a falsa adoração. Qual é a razão para essa diferença em ênfase? Há duas respostas a esta pergunta e ambas são sugeridas pela ambientação histórica do livro.
A Ameaça do Culto ao Imperador
A primeira razão para a centralidade e conflito sobre adoração se acha na ameaça do culto ao Imperador. Ao tempo em que João redigia o seu livro o culto ao imperador havia penetrado nas instituições políticas e econômicas do Império Romano, de modo a tornar-se crescentemente difícil a cristãos conscienciosos permanecerem fiéis a Cristo.
O culto ao Imperador teve início sob o Imperador César Augusto (27 AC – 14 AD) como um meio de unificar a multiplicidade de nações que constituíam o Império Romano, promovendo lealdade comum e um senso de destino nacional. Foi, contudo, pelo fim do primeiro século, durante o reinado do Imperador Domiciano (81-96), que o culto ao Imperador representou a maior ameaça à Igreja cristã.
Conquanto o pai de Domiciano, Vespasiano (69-79) e seu irmão Tito (79-81), receberam honrarias divinas por ocasião da morte, o Imperador Domiciano desejou obtê-las durante o seu tempo de vida. O historiador romano Suetônio nos informa que Domiciano referia-se a si próprio grandiloqüentemente como “Dominus et Deus” – Senhor e Deus. Suetônio prossegue: “E assim surgiu o costume de daí em diante dirigir-se a ele em nenhum outro modo, mesmo por escrito ou em conversa. Ele não permitia que nenhuma estátua fosse erguida em sua honra no Capitólio, exceto de ouro ou prata e de certo peso pré-estabelecido”. (Suetônio, Domitian xiii).
O culto ao Imperador tornou-se um teste de fé para os cristãos. Mais tarde discutiremos a carta que Plínio, governador da Bitínia, escreveu em 111 AD ao Imperador Trajano para obter instruções sobre como proceder contra os cristãos. Ele explica que o procedimento era perguntar-lhes se eram cristãos. Os que assim o confessassem eram executados, mas os que alegavam não mais serem cristãos eram requeridos adorar a imagem do imperador, oferecendo incenso e vinho perante a mesma. O culto à “imagem da besta” era um terrível teste para a fé cristã. Isso nos ajuda a entender por que João fala da besta da terra instando as pessoas a fazerem “uma imagem à besta” (Apoc. 13:14), e fazendo com “que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (Apoc. 13:15).
Fonte: Maravilhoso Jesus
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