Ao espalhar-se o culto ao imperador pelo Império Romano, especialmente na Província da Ásia, o profeta João pôde ver nisso os sinais da crise vindoura, quando “os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apoc. 13:8'). João reconheceu que os cristãos em breve teriam que escolher entre sua aliança a César ou a Cristo, como o seu Senhor.
O próprio João tomou a decisão de ser fiel a Cristo e pagou o preço de ser exilado à ilha de Patmos, diminuta e “esquecida por Deus”. Ele nos conta que estava na ilha, não num giro evangelístico, mas “por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apoc. 1:9). Mais provavelmente o “testemunho de Jesus” refere-se à decisão de João de adorar a Cristo como Dominus et Deus – Senhor e Deus, em vez de ao Imperador Domiciano.
O termo “Senhor” – Dominus em latim, ou Kurios em grego, ” tornou-se o campo de batalha de lealdades”. Os cristãos tinham que escolher se adoravam a Cristo ou a César como o seu SENHOR. Isso nos ajuda a entender por que o anjo elogia aqueles cristãos que tinham “perseverança e por amor do meu nome” sofreram, sem desfalecer (Apoc. 2:3), permanecendo fiéis: “Não negaste a minha fé” (Apoc. 2:13).
Mas se o Imperador julgou que Patmos era um lugar ideal, esquecido por Deus, para isolar João, um influente líder da Igreja na Ásia Menor, ele estava errado. Pois foi daquela pequena ilha que o Espírito de Deus lhe deu mensagens para atender as suas necessidades espirituais e a cada uma das sete Igrejas na Ásia Menor (Apoc. 1-3). Ademais, o anjo o levou em visão para o céu, junto ao próprio trono de Deus (Apoc. 4 e 5). Dali foi-lhe mostrado o desdobrar do conflito entre Deus e Satanás, até a vitória final e o estabelecimento de um novo mundo.
A influência do culto pagão sobre as Igrejas Cristãs
A segunda razão para a centralidade da adoração em Apocalipse é a preocupação de João com a influência do culto pagão sobre as congregações cristãs da Ásia Menor. Detectamos essa preocupação nas mensagens de repreensão a seis das sete igrejas. As mensagens revelam que algumas congregações foram condicionadas pelo culto pagão ao seu redor. Quando comparado com o resto dos livros do Novo Testamento, o Apocalipse contém repreensões bem severas. A razão é que João confronta alguns ensinos que causavam divisões e que eram promovidos por certos membros influentes.
Em Apocalipse 2, João descreve esses falsos ensinos por três nomes diferentes: os nicolaítas, Balaão e Jezabel. “Entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem” (Apoc. 2:14). A mesma questão de “comerem das coisas sacrificadas a ídolos” é mencionada com referência a Jezabel.
Aparentemente esses falsos ensinadores não viam nada errado em participar no culto pagão ao Imperador e deuses por comer alimentos que haviam sido consagrados em seus altares. Esse comprometimento com o culto pagão ameaçava a vida espiritual de algumas congregações. Por exemplo, é dito à Igreja de Sardes: “Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer” (Apoc. 3:1-2).
A carta de Plínio ao Imperador Trajano poucos anos mais tarde (111 AD) confirma a preocupação de João com o comprometimento com o culto pagão por um crescente número de cristãos. Plínio, governador da Bitínia, escreveu: “O contágio dessa superstição [cristianismo] tem se espalhado não só pelas cidades, mas também pelas aldeias e fazendas. Mas parece possível deter e curar isso. Certamente é por demais claro que os templos, que estavam quase desertos, começaram a ser freqüentados, que o estabelecimento de ritos religiosos, há muito negligenciados, estão sendo reativados, e que de toda parte estão vindo sacrifícios de animais, para os quais até agora poucos compradores têm sido encontrados. Daí, é fácil imaginar que uma multidão de pessoas pode ser reformada se uma oportunidade para arrependimento lhes for concedida” (Plínio, Cartas X, 97).
Nessa época crítica quando alguns cristãos estavam comprometendo sua aliança com Cristo a fim de ajustar-se ao mundo pagão, João, de seu exílio em Patmos, os chama a um despertamento e reconhece a natureza demoníaca do culto ao Imperador. Roma é uma besta habilitada por Satanás para requerer a adoração que a Deus pertence. O tema central do Apocalipse é um chamado à fidelidade no contexto da influência sedutora do culto idolátrico da sociedade romana.
Fonte: Maravilhoso Jesus
O próprio João tomou a decisão de ser fiel a Cristo e pagou o preço de ser exilado à ilha de Patmos, diminuta e “esquecida por Deus”. Ele nos conta que estava na ilha, não num giro evangelístico, mas “por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apoc. 1:9). Mais provavelmente o “testemunho de Jesus” refere-se à decisão de João de adorar a Cristo como Dominus et Deus – Senhor e Deus, em vez de ao Imperador Domiciano.
O termo “Senhor” – Dominus em latim, ou Kurios em grego, ” tornou-se o campo de batalha de lealdades”. Os cristãos tinham que escolher se adoravam a Cristo ou a César como o seu SENHOR. Isso nos ajuda a entender por que o anjo elogia aqueles cristãos que tinham “perseverança e por amor do meu nome” sofreram, sem desfalecer (Apoc. 2:3), permanecendo fiéis: “Não negaste a minha fé” (Apoc. 2:13).
Mas se o Imperador julgou que Patmos era um lugar ideal, esquecido por Deus, para isolar João, um influente líder da Igreja na Ásia Menor, ele estava errado. Pois foi daquela pequena ilha que o Espírito de Deus lhe deu mensagens para atender as suas necessidades espirituais e a cada uma das sete Igrejas na Ásia Menor (Apoc. 1-3). Ademais, o anjo o levou em visão para o céu, junto ao próprio trono de Deus (Apoc. 4 e 5). Dali foi-lhe mostrado o desdobrar do conflito entre Deus e Satanás, até a vitória final e o estabelecimento de um novo mundo.
A influência do culto pagão sobre as Igrejas Cristãs
A segunda razão para a centralidade da adoração em Apocalipse é a preocupação de João com a influência do culto pagão sobre as congregações cristãs da Ásia Menor. Detectamos essa preocupação nas mensagens de repreensão a seis das sete igrejas. As mensagens revelam que algumas congregações foram condicionadas pelo culto pagão ao seu redor. Quando comparado com o resto dos livros do Novo Testamento, o Apocalipse contém repreensões bem severas. A razão é que João confronta alguns ensinos que causavam divisões e que eram promovidos por certos membros influentes.
Em Apocalipse 2, João descreve esses falsos ensinos por três nomes diferentes: os nicolaítas, Balaão e Jezabel. “Entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem” (Apoc. 2:14). A mesma questão de “comerem das coisas sacrificadas a ídolos” é mencionada com referência a Jezabel.
Aparentemente esses falsos ensinadores não viam nada errado em participar no culto pagão ao Imperador e deuses por comer alimentos que haviam sido consagrados em seus altares. Esse comprometimento com o culto pagão ameaçava a vida espiritual de algumas congregações. Por exemplo, é dito à Igreja de Sardes: “Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer” (Apoc. 3:1-2).
A carta de Plínio ao Imperador Trajano poucos anos mais tarde (111 AD) confirma a preocupação de João com o comprometimento com o culto pagão por um crescente número de cristãos. Plínio, governador da Bitínia, escreveu: “O contágio dessa superstição [cristianismo] tem se espalhado não só pelas cidades, mas também pelas aldeias e fazendas. Mas parece possível deter e curar isso. Certamente é por demais claro que os templos, que estavam quase desertos, começaram a ser freqüentados, que o estabelecimento de ritos religiosos, há muito negligenciados, estão sendo reativados, e que de toda parte estão vindo sacrifícios de animais, para os quais até agora poucos compradores têm sido encontrados. Daí, é fácil imaginar que uma multidão de pessoas pode ser reformada se uma oportunidade para arrependimento lhes for concedida” (Plínio, Cartas X, 97).
Nessa época crítica quando alguns cristãos estavam comprometendo sua aliança com Cristo a fim de ajustar-se ao mundo pagão, João, de seu exílio em Patmos, os chama a um despertamento e reconhece a natureza demoníaca do culto ao Imperador. Roma é uma besta habilitada por Satanás para requerer a adoração que a Deus pertence. O tema central do Apocalipse é um chamado à fidelidade no contexto da influência sedutora do culto idolátrico da sociedade romana.
Fonte: Maravilhoso Jesus
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