quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sacerdotes e levitas


Sacerdotes e levitas

Lição 842009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: At 24–26


VERSO PARA MEMORIZAR: “Disse ainda o Senhor a Arão:... Eu sou a sua porção e a sua herança entre os israelitas” (Números 18:20, NVI).

Leituras da semana: Nm 9, 18, 19; 1Pe 2:9; Ap 14:6-12

Depois da rebelião de Corá e o teste dos bordões, tornou-se evidente que era necessário enfatizar mais claramente as diferenças entre os papéis dos sacerdotes e dos levitas. Cada um tinha suas funções designadas por Deus, e o Senhor traçou claramente as linhas entre essas funções. E embora essas funções tenham há muito se tornado obsoletas, ainda existem lições que podemos aprender.

Note, por exemplo, quão sagradas e solenes eram essas funções. Desse modo, podemos aprender por nós mesmos com quanta seriedade precisamos levar nossas responsabilidades sagradas, quaisquer que sejam.

Note, também, como essas pessoas eram interdependentes umas das outras e da nação como um todo. Certamente, podemos tirar daí lições para nós mesmos como corpo da igreja.

Preste atenção também no papel da graça nesses capítulos, especialmente com respeito aos dons oferecidos a essas pessoas, embora não possuíssem nenhum mérito próprio. Alcançaram essas posições unicamente porque Deus as chamou para isso, não por qualquer valor inerente que tivessem.

Que símbolo poderoso do evangelho!


Domingo

Ano Bíblico: At 27, 28

Divisão de trabalho

“Agora, se Me obedecerem fielmente e guardarem a Minha aliança, vocês serão o Meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja Minha, vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas” (Êx 19:5, 6, NVI).

1. Que aplicação desse texto pode ser feita a nós, como igreja chamada para levar a mensagem ao mundo? Esse chamado é incondicional? Veja 1Pe 2:9; Ap 14:6-12

Em Números 18:1, o Senhor queria dar aos adoradores a certeza de que eles não morreriam, desde que se aproximassem do santuário por meio de Seus sacerdotes especialmente escolhidos, que agiriam como mediadores entre eles e o Senhor. Diferentemente do restante dos levitas, os sacerdotes eram responsáveis para certificar-se de que nenhuma pessoa sem autorização se aproximasse do tabernáculo, em atitude de desafio. Isso acalmaria os temores da congregação de que, ao se aproximarem do tabernáculo, eles corriam risco de morrer.

2. Que distinções havia entre as funções dos sacerdotes e dos levitas? Nm 18:1-7

É importante notar aqui que, embora toda a nação devesse ser “reino de sacerdotes”, só certas pessoas eram admitidas a certos papéis, como se vê aqui na divisão entre os levitas e a família de Arão e a população em geral, e na divisão feita entre a família de Arão e os levitas. Obviamente, nos tempos do Novo Testamento, os cargos hereditários, como os existentes entre os levitas, foram abolidos, mas, ainda assim, encontramos no Novo Testamento diferentes funções na igreja (1Co 12:28-31; Ef 4:11).

Quais são seus dons, e como você pode utilizá-los para servir melhor sua igreja local?


Segunda

Ano Bíblico: Rm 1–4

Os dons do serviço divino

Quando lemos a instrução do Senhor em Números 18:1-7, alguns pontos se destacam. Primeiro, o Senhor deixou claro que era Ele quem designava as pessoas para essas posições. Talvez essa ênfase tenha sido necessária por causa dos problemas anteriores, com Corá e seus asseclas e também com Miriã e Arão. Agora, não havia mais dúvidas sobre por que foram dados esses cargos a essas pessoas. Elas estavam lá porque Deus as pusera lá – ponto final!

Note, também, por que Deus quis fazer essas divisões. Era para que não houvesse outra vez “ira contra os filhos de Israel” (v. 5). Aqui, novamente, vemos a misericórdia de Deus mesmo em meio a tais juízos poderosos. Deus busca salvar Seu povo, não os condenar ou destruir. Todo o plano de salvação, de começo a fim, revela o desejo do Senhor de redimir os pecadores caídos da destruição que o pecado traz (Jo 3:16-18).

3. Que palavra é usada para descrever o que os levitas significavam para o sacerdócio, e o que o sacerdócio significava para a família de Arão? Que lições devemos tirar daqui? Nm 18:7

Quando se fala de uma dádiva, você pensa em algo que não é recebido como um salário. É totalmente gratuito. Este foi um privilégio dado a esse povo, não por causa de qualquer mérito de sua parte, mas simplesmente pela graça e providência de Deus. Afinal, o Senhor precisava que alguém fizesse esse trabalho e, em Sua sabedoria divina, esses foram aqueles que Ele escolheu.

Claro, com essa tarefa sagrada vinham responsabilidades sagradas. Questões de vida e morte, tanto física como espiritualmente, estavam envolvidas aqui, pois o tabernáculo era o lugar em que Deus habitava na Terra. O santuário também era o modelo do que Jesus faria aqui na Terra e de Seu ministério no Céu (Hebreus 9). Era como um Calvário em miniatura, representado em tipos e sombras. O destino das pessoas estava em jogo. Tudo isso justificava a solenidade que o Senhor atribuía aos encargos dados a esses homens.

Pense em seus talentos inatos. Não importa quanto você trabalhe para cultivá-los, eles ainda são isso – dons, algo que lhe foi dado por Deus. O que você está fazendo com esses dons? Você os está usando para si mesmo ou para o bem de outros e o avanço da obra do Senhor? Você precisa fazer algum sério re-estudo e mudança de prioridades?


Terça

Ano Bíblico: Rm 5–7

Sustento do santuário

Tendo estabelecido as atribuições desses dois grupos de obreiros religiosos, o Senhor passou a dar instruções a respeito de seu sustento. Aparentemente, as funções deles eram de tempo integral. Isto é, eles não “serviam às mesas” (At 6:2) a fim de se sustentar. O sustento precisava vir de outro lugar.

4. Qual era o plano de Deus para o sustento do sacerdócio e dos levitas? Nm 18:8-20

Estes textos podem trazer muitos pensamentos interessantes. Note, por exemplo, como o Senhor relacionava diretamente a oferta que Lhe era dada com a que era dada ao sacerdócio. Isto é, embora as ofertas e dádivas fossem dadas a Ele, eram entregues aos sacerdotes. Assim, dando a oferta ao Senhor, ao mesmo tempo, eles as davam aos sacerdotes. Isso mostra o estreito vínculo entre o Senhor e o sacerdócio, que servia como intermediário entre Deus e o povo.

Ao mesmo tempo, podemos também ver a humanidade dos sacerdotes. Embora ocupassem uma posição privilegiada, para seu sustento, eles ainda dependiam do povo ao qual serviam. Sem dúvida, visto que o povo lhes dava do seu melhor azeite, vinho, cereais, e assim por diante, o sacerdócio era constantemente lembrado de sua obrigação de servir fielmente a essas pessoas e não se aproveitar da posição que lhes era dada.

Da mesma forma, o resgate de uma criança ou de um animal por meio de dinheiro também era uma das formas pelas quais o Senhor ensinava a Israel o conceito da substituição. Um dia, no futuro, Cristo daria Sua vida em substituição da vida dos pecadores (veja 1Pe 1:18, 19). O sal, acrescentado a todos os sacrifícios, era um símbolo que significava a permanência da aliança de Deus com Seu povo (veja Lv 2:13).


Quarta

Ano Bíblico: Rm 8–10

O plano do dízimo

Embora a tribo de Levi não tivesse recebido nenhum território, foram-lhe reservadas 48 cidades, 13 das quais eram destinadas para as famílias dos sacerdotes (Js 21:19, 41). O Senhor declarou que Ele era sua “porção” (Nm 18:20).

5. Além de sua porção das ofertas sacrificais, que outro plano o Senhor criou para atender tanto os sacerdotes quanto os levitas? Nm 18:21-32

Devolver ao Senhor o dízimo da renda (Lv 27:30) era uma prática antiga. Sua primeira menção na Bíblia ocorre quando Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, sacerdote e rei de Salém (Gn 14:18-20; Hb 7:1, 2). Jacó prometeu ao Senhor que daria “o dízimo” de tudo que ganhasse no futuro (Gn 28:22). Em Números, o Senhor adaptou o uso do dízimo de Israel, dando-o para o sustento de toda a tribo dos levitas – inclusive as famílias dos sacerdotes.

Mesmo os levitas, que eram pagos em dízimo, também dizimavam, e seu dízimo ia para Arão. Os levitas deviam dar a “melhor parte” do que recebiam como dízimo. Consequentemente, esse dízimo não só ia para o sustento do sacerdócio, mas também permitia aos levitas perceber sua dependência de Deus e que tudo o que eles recebiam era dEle. Precisavam também mostrar gratidão devolvendo fielmente o “dízimo do dízimo”. Se o povo precisava sempre ser lembrado de sua dependência do Senhor, quanto mais os levitas?

6. Que lição deve ser tirada a respeito da santidade do chamado dos que servem a Deus? Nm 18:32

Nesse plano divino, todos têm sua responsbilidade, todos têm algo a fazer. Os sacerdotes e os levitas tinham seus deveres sagrados a executar a respeito do serviço e ministério no santuário, mas o povo também tinha o seu com respeito à fiel devolução do dízimo. Era algo pequeno para dar, considerando o que os levitas e sacerdotes executavam em seu favor. De certo modo, todos os diferentes grupos eram dependentes da função uns dos outros, e todos eram dependentes do Senhor.


Quinta

Ano Bíblico: Rm 11–13

A novilha vermelha

7. O sacrifício de uma novilha de vermelho puro que nunca tivesse levado jugo é a cerimônia mais estranha no sistema do santuário de Israel (Nm 19:1-10). Que lições podemos aprender desse ritual?

Essa novilha deveria ser vermelha, símbolo de sangue, obviamente, sangue de Cristo. Tinha também que ser sem marca e nunca haver levado jugo – outro símbolo de Cristo, um sacrifício imaculado para realizar voluntariamente a obra da expiação. Não havia nenhum jugo obrigatório sobre Ele, pois Ele era independente e acima de toda lei.

A novilha sacrifical era levada para fora do acampamento e morta. Assim, Cristo sofreu fora das portas de Jerusalém (Hb 13:12), pois o Calvário estava do lado de fora dos muros da cidade. Isso deveria mostrar que Cristo não morreu unicamente pelos hebreus mas por toda a humanidade (Rm 5:12-20). Ele proclama a um mundo caído que veio para ser seu Redentor, e a todos aconselha a aceitar a salvação que lhes oferece. Depois de matar a novilha, o sacerdote, vestido com vestes brancas e puras, tomava nas mãos o sangue que vertia do corpo da vítima e o aspergia sete vezes em direção ao tabernáculo. Assim, Cristo, em Sua própria justiça imaculada, depois de derramar Seu sangue precioso, entrou no santuário celestial para ministrar em favor do pecador. E ali, Seu sangue é posto ao serviço para reconciliar Deus com a humanidade (veja Hb 10:21-23).

O corpo da novilha era queimado até as cinzas, o que significava um sacrifício amplo e completo. Então, as cinzas eram ajuntadas por uma pessoa que não tivera contato com os mortos e as colocava em um lugar limpo fora do arraial. Tendo sido executado o ritual de purificação, essas cinzas eram colocadas em uma vasilha contendo água de um fluxo corrente. Então, essa pessoa limpa tomava o hissopo e aspergia o conteúdo da vasilha não apenas sobre a tenda em que uma pessoa havia morrido mas também sobre seu conteúdo e sobre as pessoas dentro dela. Essa cerimônia era repetida várias vezes a fim de ser completa, e era feita como purificação do pecado.

A água purificadora, aspergida sobre os impuros, simbolizava o sangue de Cristo derramado para nos purificar das impurezas morais. As repetidas aspersões ilustram a eficácia do trabalho que deve ser realizado pelo pecador arrependido. Tudo o que ele tem deve ser consagrado. Não só o próprio ser deve ser lavado para se tornar limpo e puro, mas o pecador deve buscar pureza e santidade em todos os aspectos da existência.

Examine sua vida. Que coisas ainda precisam ser submetidas ao processo de purificação? O que você está esperando, e por quê?


Sexta

Ano Bíblico: Rm 14–16

Estudo adicional

“O plano de Deus no sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e igualdade. Todos dele podem lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se reúne simplicidade e utilidade, e não é preciso profundeza de saber para o entender e executar. Todos podem sentir que está ao seu alcance tomar parte no levar avante a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem se pode tornar tesoureiro para o Senhor, e ser um agente para satisfazer às exigências feitas ao tesouro. ...

“Grandes objetivos são realizados por esse sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de proclamar a última mensagem de advertência ao mundo” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 223).

Perguntas para reflexão

1. Quais são algumas das discussões a respeito do dízimo na igreja de hoje? Por que o dízimo é tão importante, não só para a função da igreja, mas para o bem-estar espiritual da pessoa que o devolve?

2. Volte para a lição de quinta-feira sobre a novilha vermelha. Pense no que isso nos diz sobre a morte e o ministério de Cristo em nosso favor. O que nos diz sobre nossa necessidade de ser purificados do pecado? O que fez Cristo que nos habilita a ter a vitória sobre o pecado?

Resumo: Por causa da rebelião e do desejo de Corá de obter o ofício de um sacerdote, Deus instruiu Moisés (e este, o povo) com respeito à distinção entre os sacerdotes e os levitas. O sacerdócio era um dom de Deus; os levitas eram um dom para o sacerdócio. As duas classes eram sustentadas por um plano de dízimo. Com as cinzas de uma novilha vermelha, misturadas com água, o Senhor providenciou uma cerimônia especial de purificação, que significava a graça de Deus em purificar alguém da mancha do pecado.

Respostas Sugestivas:

Pergunta 1: Deus nos chama para sermos Seus mensageiros ao mundo, emissários do Rei celestial. É uma responsabilidade da qual não podemos nos desfazer.
Pergunta 2: Os sacerdotes seriam responsáveis pelos serviços do santuário. Os levitas deveriam se responsabilizar pelos aspectos materiais do tabernáculo.
Pergunta 3: Dádiva. Deus dera os levitas para atenderem ao sacerdócio, assim como o sacerdócio era uma dádiva ao povo, a fim de oficiar por ele perante Deus.
Pergunta 4: As dádivas e as ofertas, o melhor de toda a produção.
Pergunta 5: Os dízimos seriam sua herança na terra.
Pergunta 6:Deus estipulou que as coisas sagradas não deveriam ser misturadas com as profanas.
Pergunta 7: Toda essa cerimônia era um símbolo de Cristo.

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