sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Luta pelo poder


Lição 742009


Sábado à tarde

Ano Bíblico: At 4–6


VERSO PARA MEMORIZAR: “O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda” (Provérbios 16:18, NVI).

Leituras da semana: Gn 17:10-17; Nm 16, 17; Js 4:3-9; Mt 26:13; Lc 22:19

Um mal-disfarçado ódio contra Moisés e Arão ainda irritava o coração da multidão. Ser condenados a vaguear pelo deserto até que a primeira geração a sair do Egito morresse parecia mais do que muitos deles podiam suportar. Em vez de se submeter ao juízo de Deus, alguns começaram a conspirar como poderiam se libertar dos dois irmãos, como se de alguma forma esses dois homens, e não Deus, fossem os responsáveis pela situação.

“Corá, o espírito dirigente desse movimento, era levita, da família de Coate e primo de Moisés; era homem de habilidade e influência. Embora designado para o serviço do tabernáculo, descontentara-se com sua posição e aspirara à dignidade do sacerdócio. A concessão a Arão e sua casa do ofício sacerdotal, que anteriormente tocava ao filho primogênito de cada família, dera origem a inveja e dissabor e, por algum tempo, ... estivera secretamente a se opor à autoridade de Moisés e Arão. ... Finalmente, concebeu o ousado plano de subverter tanto a autoridade civil como a religiosa” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 395).

A lição desta semana deve ser para nós uma poderosa lembrança da corrupção do coração humano. Orgulho, ciúme e amor pelo poder, se abrigados e deixados a envenenar o espírito, podem se manifestar de maneiras terríveis. Só Deus sabe quanta dor, sofrimento e perda resultaram e resultarão daqueles que, sabendo melhor, permitem que essas sementes amargas produzam sua colheita.


Domingo

Ano Bíblico: At 7–9

Rebelião (Novamente)

1. Que quatro mentiras foram levantadas pelo rebelde Corá e seus cúmplices? Nm 16:1-3

A reação de Moisés a este ataque (v. 4) revela quão frustrado ele deve ter se sentido diante dessas acusações distorcidas, especialmente por aqueles que deviam saber melhor. “Faziam parte do número dos que subiram com Moisés ao monte, e viram a glória divina. ... Dizendo ter grande interesse na prosperidade do povo, falaram a princípio, uns com outros, ocultamente, a respeito de seu descontentamento e, a seguir, falaram aos homens dirigentes de Israel. Suas insinuações foram tão prontamente recebidas que se arriscaram ainda mais e, afinal, acreditaram realmente estarem agindo pelo zelo de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 396-397).

Novamente, vemos a manifestação do pecado original de Satanás no Céu. Não importava quão exaltados fossem esses homens e príncipes, nem as elevadas posições que eles detinham, nada era suficiente para eles. Queriam sempre mais.

Como devemos ser cuidadosos!

2. Que mais havia por trás daquela rebelião? Por que, também, essas eram acusações totalmente falsas? Nm 16:12-14

São incríveis as palavras desses homens, chamando o Egito (o Egito!) de terra “que mana leite e mel”! É surpreendente como o pecado foi capaz de perverter tanto seu julgamento a ponto de que o país de sua escravidão e servidão passou a ser mencionado por eles como se representasse a Terra Prometida de Deus!


Segunda

Ano Bíblico: At 10–12

Se o Senhor fizer... algo totalmente novo

Leia a reação de Moisés a esses homens (Nm 16:4-11). Apesar da posição exaltada que lhes havia sido dada, eles queriam mais. Moisés viu isso claramente.

Mais importante ainda, se você ouvisse as palavras deles, pareceria que eles estavam se rebelando contra Moisés e Arão, como se esses dois, por si mesmos, houvessem usurpado toda essa autoridade, ultrapassado os limites e se exaltado sobre todos os outros, bem como se os tivessem levado ao deserto para matá-los.

3. Na realidade, porém, contra quem eles estavam se rebelando? Nm 16:11

Novamente, só é possível imaginar de onde esses homens tiraram essa falsa acusação. O poder de quem havia divido o Mar Vermelho: de Moisés e Arão ou de Deus? Quem havia lhes provido maná cada manhã: Deus ou Moisés e Arão? Quem Se havia manifestado na nuvem de dia e no fogo à noite – Deus ou Moisés e Arão? Com tudo o que eles haviam testemunhado, é difícil imaginar como eles poderiam ter agido daquela maneira.

4. Note as palavras de Moisés em Números 16:28-30. Qual era a verdadeira questão de Corá, Datã e Abirão?

Pense na situação. Se esses homens pudessem fomentar uma rebelião mais ampla, quem sabe quais teriam sido as terríveis consequências? Os filhos de Israel, pouco fundamentados no Senhor, como eram, poderiam facilmente ter-se perdido. Eles tinham que saber que o Senhor estava no controle, que era o Senhor que os estava guiando e que Moisés e Arão estavam fazendo o que Deus lhes ordenava que fizessem, e não agiam por conta própria. Tudo isso devia ser evidente, mas o pecado tem uma forma poderosa de encobrir nossa mente. O espírito de rebelião, se nutrido, é difícil de suprimir e frequentemente toma impulso próprio.

Você é suscetível a sentimentos de inveja quanto aos que têm posição ou autoridade sobre você? O que você pode aprender do exemplo de Cristo para vencer esse sentimento potencialmente ruinoso?


Terça

Ano Bíblico: At 13–15

Memoriais

As pesquisas arqueológicas na Palestina não descobriram muitos materiais escritos (com exceção dos manuscritos do Mar Morto), mas as Escrituras se referem a muitos memoriais como sinais visíveis para conservar seu significado continuamente na memória de Israel. Por exemplo, em Gênesis 28:11-22 Jacó ergueu uma pedra comemorativa a fim de lembrar as promessas da aliança que Deus havia feito a ele e seus descendentes.

5. Que memorial foi criado a respeito dessa terrível rebelião contra Moisés e Arão? Nm 16:36-40. O que especificamente esse memorial deveria lembrar ao povo?

A maioria dos memoriais mencionados no Antigo Testamento destinava-se a lembrar Israel da vontade de Deus, Sua bondade, graça e bênçãos da aliança. Eles apontavam para Deus, para o alto, em direção ao Senhor. Por exemplo, o arco-íris depois do Dilúvio (Gn 9:13), a circuncisão (Gn 17:10-17), a festa da Páscoa (Nm 9:1-14), as borlas azuis nas roupas (Nm 15:38-41) e as pedras comemorativas que Josué erguera na travessia do Jordão (Js 4:3-9).

Em contraste, as placas de bronze no altar eram um memorial preventivo com o fim de evitar que um estranho, ou não descendente de Arão, tentasse usurpar o sacerdócio. Em sentido mais amplo, lembraria ao povo o que acontecera quando seres humanos, racionalizando a própria cobiça, ambição e busca de poder – se rebelaram contra Deus. Era um memorial advertindo o povo a não ser como Corá e seu grupo” (Nm 16:40).

6. Que outros memoriais você é capaz de achar na Bíblia, e quais são seus propósitos? Veja, por exemplo, Êx 20:8-11; Nm 31:54; Mt 26:13; Lc 22:19. De que maneiras os sacrifícios animais eram um tipo de memorial?

De que coisas a respeito do Senhor e de Suas promessas você precisa ser constantemente lembrado? Por que é importante manter constantemente essas promessas em mente?


Quarta

Ano Bíblico: At 16–18

Entre os vivos e os mortos

Somos inclinados a pensar que os juízos que caíram sobre Corá, Datã, Abirão e os 250 príncipes teriam conduzido a congregação do deserto à sobriedade. Afinal, havia caído fogo do céu e consumido alguns, ao passo que a Terra se havia aberto, consumindo os outros. Que mais o Senhor poderia ter feito para mostrar Sua justa indignação contra essa aberta rebelião e apostasia?

7. Qual foi a reação do povo aos juízos de Deus contra os rebeldes? Nm 16:41-50. O que esse fato deve nos dizer sobre a natureza humana caída?

O que esse relato deve nos revelar é que o espírito de rebelião entre alguns do povo não terminou com o extermínio de Corá. Ele permaneceu no acampamento, mesmo depois de tudo o que acontecera. É difícil entender como alguém pode ter agido assim, especialmente depois do que eles haviam acabado de testemunhar. Novamente, isto só mostra como, depois de começarmos a cair em direção à rebelião e à apostasia, podemos nos achar praticando coisas demasiado loucas e irracionais. Isso nos ensina que, pela graça de Deus, devemos reivindicar Suas promessas (1Co 10:13; Fp 1:6) e morrer para esses sentimentos antes que eles nos levem em direção à ruína.

8. O que significa a ideia de Arão em pé entre os vivos e os mortos? Nesta cena, como obtemos um vislumbre do que Jesus fez por nós? Nm 16:48

Só existem dois tipos de pessoas neste mundo, os vivos e os mortos, não os fisicamente mortos, mas os mortos espiritualmente. “Quem nEle crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3:18). Jesus Se põe entre os vivos e os mortos; Ele é a divisa, o ponto de transição de um grupo para o outro. Unicamente por meio dEle podemos ir da morte para a vida.

Você está entre os vivos? Justifique sua resposta.


Quinta

Ano Bíblico: At 19–21

O bordão de Arão que floresceu

Embora houvessem morrido milhares de pessoas na rebelião provocada por Corá, o Senhor sabia que a questão da liderança sacerdotal ainda precisava ser esclarecida. Mesmo apesar de tudo o que Ele fizera, os juízos poderosos e dolorosos derramados sobre os rebeldes, Deus sabia que o povo ainda estava inquieto. Com razão, Ele poderia ter eliminado todos, mas nunca fora Seu desejo fazer isso. Mesmo depois do que havia acontecido, o Senhor ainda estava disposto a trabalhar com o povo e revelar-lhe Sua graça salvadora.

9. Leia Números 17 e responda às seguintes perguntas:

a. Qual foi a razão para o teste?
b. Como esse teste deveria ser um meio de evitar mais rebelião e consequente condenação?
c. Como a reação do povo revela que, finalmente, eles parecem ter compreendido a mensagem de que só a determinadas pessoas seria permitido ser sacerdotes?

Não havia nenhum meio de negar esse milagre no qual o bordão de Arão florescera e produzira amêndoas. Os israelitas tiveram que admitir que Deus havia operado dentro do tabernáculo um milagre que, de uma vez por todas, designava Arão e seus descendentes como sacerdotes do santuário do Senhor. A tragédia foi que o preço desse reconhecimento custou muito sofrimento. O surpreendente é que o Senhor Se dispunha a fazer ainda mais a fim de Se reconciliar com eles.

Sob nossa perspectiva, é muito fácil condenar e julgar os hebreus. Mas que dizer se nos examinarmos detidamente, individualmente (2Co 3:15)? Por que frequentemente é tão difícil aprendermos as lições que Deus procura nos ensinar? Por que, mesmo quando nos são dadas evidências mais que suficientes do amor e da graça de Deus, deixamos de confiar nEle? Por que cometemos os mesmos erros repetidas vezes? E, mais importante, por que é importante não buscarmos justificar nossos erros?


Sexta

Ano Bíblico: At 22, 23

Estudo adicional

Leia Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 395-405: “A Rebelião de Coré”.

“Pergunto-me se a rebelião genuína pode ser curada. ... Rebelião e apostasia estão no próprio ar que respiramos. Seremos afetados por ela a menos que, pela fé, lancemos sobre Cristo nosso ser impotente. Se hoje os homens são tão facilmente enganados, como permanecerão fiéis quando Satanás personificar Cristo e operar milagres? Quem resistirá às suas distorções? Declarando ser Cristo quando é só Satanás assumindo a pessoa de Cristo e operando aparentemente as obras de Cristo? Quem impedirá o povo de Deus de submeter-se a falsos cristos? ‘Não se apressem em segui-los’.

“As doutrinas devem ser claramente entendidas. Os homens que forem aceitos para ensinar a verdade devem estar ancorados; então, sua embarcação resistirá à tempestade, porque a âncora os mantém firmes. Os enganos aumentarão, e devemos chamar a rebelião por seu nome certo. Cabe-nos resistir utilizando toda a armadura de Deus” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 1, p. 1.114).

Resumo: A rebelião de Corá e seus associados contra Moisés e Arão foi tão profunda que Deus precisou destruí-los e aos seus seguidores por meio de terremoto, fogo e praga. Esse relato deve servir como advertência contra a inveja e o ciúme, como as lâminas de bronze memoriais no altar. Se orássemos por nossos líderes e apreciássemos o que Deus fez por eles e por nós, poderíamos ser poupados dos distúrbios internos que assaltaram o Israel antigo na insurreição de Corá.

Respostas Sugestivas:

Pergunta 1: a. Toda a congregação é santa; b. Cada um deles é santo; c. O Senhor está no meio deles; d. Moisés e Arão se exaltaram sobre a congregação.
Pergunta 2: Recusa em aceitar a guia de Deus, que havia escolhido diretamente os dois irmãos como guias da nação. Não foram Moisés e Arão que se arvoraram como líderes do povo. Eles foram escolhidos por Deus.
Pergunta 3: Contra Deus.
Pergunta 4: Rejeitaram o Senhor.
Pergunta 5: Deus mandou que se fizessem lâminas para cobrir o altar. Para que nenhum estranho acendesse incenso perante o Senhor.
Pergunta 6: O sábado, o ouro ofertado pelos capitães, a história da oferta de Maria, a santa ceia.
Pergunta 7: De que Moisés e Arão haviam matado o povo do Senhor. A natureza humana, se não santificada por Deus, é incrivelmente pecaminosa.
Pergunta 8: Intercessor. Representa a obra de Jesus Cristo por nós.
Pergunta 9: a. Deus queria demonstrar de maneira vívida a Sua guia sobre o povo; b. Seria uma forte evidência do poder miraculoso de Deus; c. Temeram por sua vida e reconheceram seu pecado.

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