terça-feira, 30 de novembro de 2010

OUVINDO A VOZ DE DEUS - Sinais da Segunda Vinda de Cristo 6/ 21 -

O homem de Deus A obediência não é opcional

Casa Publicadora Brasileira – Lição 1042010


Sábado à tarde

Ano Bíblico: 2Co 5–7

VERSO PARA MEMORIZAR: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:20, 21).


Leituras da semana: Êx 32; 1Rs 13:1-34; Dn 5:13-17; Lc 16:31; Jo 15:24; 2Tm 4:3

Nesta semana, vamos estudar uma das mais estranhas histórias do Antigo Testamento. Para começar, descobrimos um rei apóstata, um profeta com restrições específicas de alimentação, um altar fendido como um ovo quebrado e, o mais perturbador, um velho profeta mentiroso, além de um perigoso leão que escolhe suas vítimas.


A história tem lugar nos primeiros anos da monarquia dividida, tempo de tensão política e religiosa. Sob a liderança de Jeroboão (e com a bênção expressa do Senhor, 1Rs 11:29-39), as dez tribos de Israel se separaram de Roboão, filho de Salomão e herdeiro do reino de Davi. Havia guerra iminente, e foi durante esse tempo de instabilidade e mudança que Deus enviou Seu profeta com uma mensagem específica ao rei Jeroboão sobre a adoração idólatra no reino do Norte, que, finalmente, provaria ser sua ruína.


Sob a superfície dessa história de um profeta sem nome se encontra a importante questão da obediência e com que seriedade Deus considera nossa submissão. Quaisquer que sejam as perguntas sem respostas, esta história mostra que qualquer expressão de evangelho sem a consequente obediência é, necessariamente, um falso evangelho.



Domingo

Ano Bíblico: 2Co 8–10

A política da religião

Depois da morte de Salomão, as infelizes decisões de Roboão, seu filho, levaram à divisão da nação, com o rei Jeroboão governando Israel, no reino do Norte, e Roboão em Judá, no reino do Sul (veja 1Rs 12).


Não muito depois da divisão, Jeroboão conduziu o reino do Norte por um caminho muito perigoso. Sua intenção não era levar deliberadamente Israel da adoração de Deus à idolatria; mas estava agindo movido pela conveniência política. Ele criou dois centros de adoração, um em Betel e um em Dã. Afirmava estar tentando facilitar as coisas para os israelitas, de forma que eles não tivessem que viajar toda a distância até Jerusalém a fim de adorar. Os bezerros de ouro eram simplesmente uma lembrança visual de Deus (não uma representação) e deveriam tornar mais aceitável a adoração para o israelita comum. Aquilo que começou como um movimento político, porém, levou à transgressão dos Dez Mandamentos (Êx 20:4, 5).

1. Que semelhanças existem entre o episódio do bezerro de ouro em Êxodo 32 e os bezerros de ouro de Jeroboão? Veja 1Rs 12:25-33

É necessário ser inovador na adoração e adaptar a adoração ao nosso contexto cultural específico, mas devemos ser muito cuidadosos. Mesmo o pequeno desvio de um claro mandamento de Deus tem efeitos de longo alcance. No caso de Israel, os bezerros de ouro levaram a nação por um caminho em direção ao pecado aberto. Mas as coisas não pararam aí. Jeroboão também foi obrigado a fazer outras mudanças. Ele tentou convencer alguns dos levitas que viviam dentro de suas fronteiras a servir como sacerdotes em seus santuários recentemente estabelecidos. Porém, eles perceberam os perigos e não se dispuseram a contradizer os mandamentos de Deus; deste modo, Jeroboão foi compelido a sagrar sacerdotes de entre pessoas comuns (1Rs 12:31, 32), que, por sua vez, degradaram o ofício sagrado.


A história das mudanças políticas e religiosas de Jeroboão deveria ter servido como advertência à primeira igreja cristã; porém, aconteceu a mesma degradação. Os mandamentos de Deus foram mudados devido a influências políticas ou sociais. O domingo, em lugar do sábado, passou a ser o novo dia “santo”, a fim de distinguir a igreja dos judeus. A veneração dos santos foi introduzida a fim de tornar mais visível para os crentes pagãos a adoração a Deus. As pressões que levaram a essas mudanças não estão de modo nenhum limitadas ao tempo de Jeroboão nem ao cristianismo primitivo. Hoje, como igreja, enfrentamos muitos desafios semelhantes.

Que pressões culturais sua igreja está enfrentando? Você é suscetível às pressões culturais ao seu redor? Você está disposto a comprometer sua fidelidade nas “pequenas” coisas?



Segunda

Ano Bíblico: 2Co 11–13


Deus intervém

Em meio aos movimentos políticos de Jeroboão, Deus interveio e Se fez ouvir. Ele falou por meio de um profeta de Judá. Esse profeta sem nome apareceu no momento em que Jeroboão se postava diante de seu altar na cerimônia de dedicação do santuário. Todos os personagens importantes do reino de Israel deveriam estar presentes. Deus escolheu o momento mais oportuno para agir. O resultado foi dramático.

2. Qual foi a sentença contra o altar? 1Rs 13:1-6. Que lições imediatas se podem tirar dessa narrativa?

Embora seu nome não seja mencionado, o profeta é chamado de homem de Deus. Esse era um título utilizado comumente para alguém reconhecido como mensageiro de Deus. Foi usado para Moisés (Dt 33:1) e Elias (1Rs 17:18). Esse título relaciona nosso profeta sem nome com alguns dos grandes profetas do Antigo Testamento. Deste modo, as expectativas do leitor a seu respeito são elevadas.
O homem de Deus clamou contra o altar de Jeroboão e deu uma profecia. Na profecia, um nome específico, Josias, foi mencionado (1Rs 13:2). Isso é surpreendente, porque Josias nasceu quase três séculos mais tarde. Traz-nos à lembrança Ciro, o persa, cujo nome foi mencionado pelo profeta Isaías cerca de duzentos anos antes de seu nascimento (veja Is 44:28; 45:1).


Quais foram os pontos principais da mensagem do homem de Deus? Primeiro, o altar era ilegal, e o homem de Deus predisse que um descendente de Davi, chamado Josias, o profanaria. Era exatamente isso que Jeroboão mais temia. Ele estava estabelecendo esses centros de adoração para evitar a perda de seu reino, especialmente para alguém que se assentasse no trono de Davi. A segunda parte da mensagem fornece uma demonstração imediata do poder de Deus, garantindo, assim, o futuro cumprimento da profecia. Ante os olhos de todos, o altar se fendeu. Talvez Deus tenha feito isso para lembrar aos espectadores as tábuas dos Dez Mandamentos que Moisés havia quebrado na adoração do primeiro bezerro de ouro.


Parece que Jeroboão não aprendeu nada da história. Ele tinha dois bezerros de ouro, em vez de um. E então, em vez de se arrepender, Jeroboão apontou para o homem de Deus. Nos tempos bíblicos, apontar a mão, a vara ou o cetro sempre era sinal de julgamento. Jeroboão queria prendê-lo. Tudo por se submeter à vontade de Deus.

Nesta história, como vemos a misericórdia de ­Deus apresentada, mesmo a um teimoso tão grande quanto Jeroboão? Com que frequência você expressa atitude semelhante para com a clara guia de ­Deus? Quais foram as consequências pessoais dessa atitude?



Terça

Ano Bíblico: Gl 1–3


O Doador de dons

Foi um milagre espetacular. A mão de Jeroboão, que se paralisara completamente, de forma que ele “não a podia recolher” (1Rs 13:4), foi restaurada imediatamente. Depois dessa evidência tão convincente, esperaríamos pelo menos uma confissão pública de Jeroboão, o rei. Mas os milagres não podem mudar nossa vontade. Mesmo depois de uma intervenção dramática de Deus, é surpreendentemente fácil encontrar uma “explicação” natural ou simplesmente voltar aos nossos velhos hábitos.

3. Que disse Jesus sobre a relação entre milagres e convicção? Lc 16:31; Jo 10:25-28; 15:24. Por que isso é tão verdadeiro sobre nós?

Em vez de abandonar suas atividades de adoração e dar início sincero a uma reforma, Jeroboão simplesmente mudou de tática (veja 1Rs 13:7-10). Ele convidou o homem de Deus à sua casa e lhe ofereceu uma recompensa. Esse foi um movimento político destinado a neutralizar o efeito da mensagem sobre os que haviam testemunhado o milagre. O rei Jeroboão se ofereceu para admitir o homem de Deus como seu empregado. Só a pessoa que está no controle ou que solicita um serviço está em posição de oferecer recompensa, mas o homem de Deus nunca deve estar à venda. Ele deve inteira submissão a Deus e não pode permitir que as mensagens de Deus sejam modificadas por quem o estiver patrocinando.

4. Como os profetas responderam ao oferecimento de presentes ? 2Rs 5:14-16; Dn 5:13-17

O oferecimento de um presente coloca o doador em posição de poder, e o receptor “deve” algo ao doador. O homem de Deus recusou o presente do rei e continuou a declarar que não comeria nem beberia no território de Israel. Não aceitando a hospitalidade de Jeroboão, o homem de Deus disse “não” à mistura da adoração verdadeira com a idolatria. O povo de Deus não deve estar à venda. Deve caminhar por uma rota diferente. O homem de Deus não teria que caminhar muito, porque a inauguração do santuário em Betel ocorreu a cerca de dois quilômetros da fronteira com Judá. A cidade mais próxima no território de Judá era Mispa, cerca de 10 quilômetros distante de Betel. Mediante a lição prática de não comer e nem beber e até voltar para casa por um caminho diferente, o homem de Deus devia mostrar quão revoltante era para Deus o sistema idólatra.

Como é considerado em nossa cultura o oferecimento de presentes ou favores? Você está em dívida perante alguém por causa de presentes que recebeu? Ore pedindo a sabedoria de Deus para ajudá-lo a se desembaraçar de qualquer “dívida” contraída por causa de presentes que lhe foram dados.



Quarta

Ano Bíblico: Gl 4–6


Mentiras tentadoras

A intervenção dramática de Deus na cerimônia de inauguração deu ao povo comum muito sobre que falar. Alguns jovens foram para casa e contaram ao pai sobre o homem de Deus. O nome do pai não é dado, mas sabemos que ele era velho e que ele mesmo era, de fato, um profeta. Esse velho profeta decidiu seguir o homem de Deus e o encontrou sentado à sombra de uma árvore.

5. Leia 1 Reis 13:11-19. Compare essa passagem com a primeira tentação e mentira em Gênesis 3:1-5. Que semelhanças existem, e o que podemos aprender desses episódios?


O homem de Deus deve ter entendido a urgência de sua missão. Ele fora orientado a dar sua mensagem ao rei e, então, não perder tempo para comer nem beber, mas voltar imediatamente. Porém, aqui estava ele, sentado sob uma árvore em Israel, relaxando. Ele poderia ter caminhado os dois quilômetros e, então, poderia ter sentado sob uma árvore em Judá. Perdendo seu senso de urgência, o homem de Deus deu chance à tentação.


O velho profeta enganou o homem de Deus. Não sabemos o que motivou o velho profeta a enganá-lo. Qualquer que fosse sua motivação, a Bíblia nos diz que ele “mentiu” (1Rs 13:18). Nesse momento, o velho profeta se tornou agente de Satanás, o pai da mentira (Jo 8:44). Talvez uma parte ainda mais perturbadora da história seja que o homem de Deus parece ter sido enganado tão facilmente. Depois de tão obviamente ter sido guiado por Deus, depois de fazer tão claramente a vontade do Senhor, ele caiu na mentira e foi diretamente contra o que Deus lhe dissera que fizesse.


É realmente difícil de entender, não é? Gostaríamos de desculpá-lo por desobedecer a Deus, visto que ele foi desviado do caminho. Mas Deus nunca desculpa a crença em uma mentira quando a mentira está em direta oposição a um claro mandamento que Ele deu.


A tentação sempre envolve a escolha de desobedecer à vontade revelada de Deus. As tentações não mudam tanto quanto as formas das tentações. Hebreus 4:15 nos diz que Jesus foi tentado como nós somos. As mesmas tentações básicas que enfrentamos (embora em disfarces modernos) foram as enfrentadas e vencidas por Jesus. Deus nos promete discernimento e “livramento” de forma que não sejamos enganados pelas mentiras de Satanás (1Co 10:13).

Quão facilmente você permite que as tentações o levem a entrar em conflito direto com a vontade revelada de Deus? O que você pode fazer, que escolhas pode adotar, para se proteger das tentações que o apanham tão facilmente?



Quinta

Ano Bíblico: Ef 1–3


Tentações gêmeas

6. O homem de Deus enfrentou duas tentações. A primeira, a que ele resistiu poderosamente, veio do rei; a segunda, a que ele sucumbiu, veio do velho profeta. Que lição importante podemos extrair desse fato? Veja 2Tm 4:3; 2Pe 2:1; Jd 4-16

A maior ameaça para nossa fé não é a perseguição dos de fora mediante os poderes políticos, mas os falsos profetas e mestres que vêm de dentro ou que afirmam falar em nome de Deus.


É fundamental ter uma clara palavra do Senhor. Em outras palavras, precisamos estudar a Palavra de Deus, a Bíblia, por nós mesmos. Um verdadeiro profeta ou mestre não contradirá outra revelação inspirada. Porque Deus nunca Se contradiz. Qualquer nova profecia ou ensino de Deus será acrescentada para estabelecer a verdade e não para diminuí-la. Ela também vai encorajar a obediência, e nunca a desobediência. Finalmente, podemos julgar os profetas e mestres pelos resultados de seu ensino a seu público e em sua própria vida.

7. Que aconteceu em seguida, e que lições existem para nós? 1Rs 13:20-34


O que é mais difícil de entender em tudo isso, para começar, é por que o velho profeta mentiu para o homem de Deus. Ele começou no papel de Satanás, o enganador, e então, antes de terminar o capítulo, foi ele quem lhe disse: “Assim diz o Senhor” (v. 21). Embora seja muito difícil entender, uma coisa nessa história não deve ser difícil: o homem de Deus não deveria ter desconsiderado tão direta e ostensivamente o claro mandamento do Senhor.


A morte do homem de Deus não ficou sem efeito. Ao contrário do rei, que testemunhou um milagre e continuou em seu pecado (veja 1Rs 13:33, 34), o velho profeta creu que a Palavra de Deus se cumpriria. Ele disse aos filhos que, quando morresse, seus ossos deveriam ser postos ao lado dos ossos do homem de Deus. A profecia feita pelo homem de Deus de Judá se cumpriu literalmente por Josias três séculos mais tarde (2Rs 23:15, 16). Conforme profetizado, Josias queimou ossos no altar; porém, ele deixou os ossos do homem de Deus e também, em consequência, os ossos do velho profeta que tinham sido enterrados com ele (2Rs 23:17, 18).

Pense neste verso: “É o homem de Deus, que foi rebelde à palavra do Senhor” (1Rs 13:26). Que mensagem irônica mas importante podemos extrair para nós?



Sexta

Ano Bíblico: Ef 4–6


Estudo adicional

O Salvador venceu para mostrar ao homem como ele pode vencer. Todas as tentações de Satanás, Cristo enfrentava com a Palavra de Deus. Confiando nas promessas divinas, recebia poder para obedecer aos mandamentos de Deus, e o tentador não podia alcançar vantagem. A toda tentação, Sua resposta era: ‘Está escrito.’ Assim Deus nos tem dado Sua Palavra para com ela resistir ao mal. Pertencem-nos grandíssimas e preciosas promessas, a fim de que por elas sejamos ‘participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo’ (2Pe 1:4).


“Digam aos tentados que não olhem às circunstâncias, à fraqueza do próprio eu, nem ao poder da tentação, mas ao poder da Palavra de Deus. Toda a sua força nos pertence. ‘Escondi a Tua palavra no meu coração’, diz o salmista, ‘para eu não pecar contra Ti’ (Sl 119:11). ‘Pela palavra dos Teus lábios me guardei das veredas do destruidor’” (Sl 17:4; Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 181).

Perguntas para consideração
1. A verdade é progressiva. Conforme entendemos melhor as verdades de Deus, podemos precisar fazer mudanças de vida, convicções, organização, evangelismo, etc. Conservar o status quo não é uma opção. Comente com a classe como podemos saber se nossas ações propostas surgem da guia de Deus ou da influência da sociedade?
2. Comente o modelo de Jesus de se socializar com os pecadores em contraste com o dever do homem de Deus de não se socializar e, assim, não tolerar o pecado. Como podemos encontrar as pessoas onde estão? Dê exemplos práticos para mostrar como podemos nos aproximar das pessoas e mostrar aceitação sem encorajar práticas pecaminosas.
3. Em muitas sociedades, a prática do suborno ou de presentes especiais é parte integrante de quase todos os negócios, acordos legais e políticos. Como adventistas do sétimo dia, individualmente e como igreja, como podemos sobreviver nessas sociedades? Com base na lição desta semana, escreva com a classe algumas diretrizes para lidar com esse problema.

Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Em ambos os episódios, a adoração ao bezerro fazia parte do contexto cultural dos pagãos.
Pergunta 2: Nasceria um menino chamado Josias que profanaria o altar, queimando sobre ele ossos humanos.
Pergunta 3: A convicção deve se basear na Palavra de Deus, não em sinais, muitas vezes de origem espúria.
Pergunta 4: De maneira geral, recusaram.
Pergunta 5: Um profeta contradiz a clara ordem de Deus, afirmando que fala em nome dEle. O mensageiro trocou o certo pelo duvidoso, e o resultado foi trágico.
Pergunta 6: Precisamos ser fiéis às nossas convicções, confirmadas pela Palavra de Deus, não importando quem nos tente desviar.
Pergunta 7: O mensageiro foi morto por um leão. A estrita obediência à vontade de Deus é nossa maior segurança…


sábado, 27 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Ouvindo a voz de Deus (Vídeo) - 5/21 Fé, Arrependimento e Confissão

Cérebro tem mais conexões que todos os computadores

O cérebro humano é verdadeiramente impressionante. Um típico, saudável abriga cerca de 200 bilhões de células nervosas, que são conectados uma a outro por meio de centenas de trilhões de sinapses. Cada sinapse funciona como um microprocessador, e dezenas de milhares delas podem conectar um único neurônio a outras células nervosas. Somente no córtex cerebral, há aproximadamente 125 trilhões de sinapses ¬ se fossem estrelas, daria para preencher 1.500 galáxias como a Via Láctea. Essas sinapses são, naturalmente, tão pequenas (menos de um milésimo de milímetro de diâmetro) que os seres humanos não foram capazes de ver com muita clareza o que exatamente eles fazem e como, além de saber que os números variam ao longo do tempo. Pesquisadores da Universidade Stanford School of Medicine passaram os últimos anos desenvolvendo um novo modelo de imagem, que eles chamam de tomografia da matriz, em conjunto com software computacional, para juntar as fatias de imagem em uma imagem tridimensional que pode ser rotacionada, penetrada e navegada. O trabalho foi publicado na revista Neuron desta semana. [...]

Leia mais aqui.

Nota: "Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem" (Salmo 139:14).

Criacionismo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A tentação do caminho mais fácil

Então, disse Jesus a Seus discípulos: Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por Minha causa achá-la-á. Mateus 16:24, 25


Um jovem, desejoso de alcançar o sucesso, foi conversar com um empresário milionário e lhe perguntou qual a principal razão do seu sucesso. O empresário respondeu sem hesitação: “Trabalho árduo.” O jovem ficou em silêncio por alguns momentos e então perguntou: “E qual é a segunda razão?”


Muitos de nós queremos alcançar o sucesso através de atalhos, ou se possível, até mesmo de braços cruzados. Assim, muitos sonham em ganhar na loteria ou pensam em criar algo que lhes traga dinheiro fácil e rápido. Mas já em seu tempo o rei Salomão advertia: “O dinheiro que vem facilmente vai-se embora depressa; o dinheiro ganho com o suor do rosto acaba rendendo juros” (Pv 13:11, BV).


O mesmo ocorre nas demais esferas da vida. Não se adquire conhecimento facilmente, e da noite para o dia. É preciso negar-se a si mesmo, estudar muito e ter perseverança até ver o esforço render os seus frutos.


Na vida familiar observa-se a mesma tendência. Os lares estão se desintegrando porque o pai ou a mãe não tem paciência para criar os filhos e simplesmente vão embora. Tudo na vida exige sacrifício. E a vida cristã não é exceção.


O jovem rico queria herdar a vida eterna, mas quando Jesus lhe disse o que fazer, ele se retirou triste, como que dizendo para si mesmo: “Eu pensei que fosse mais fácil. Mas esse preço é muito alto!” Um escriba se aproximou de Jesus e Lhe disse: “Mestre, seguir-Te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8:19, 20). Em outras palavras: “Pense bem no que você quer fazer. Não te ofereço conforto, dinheiro, nem posição. Quem quiser Me seguir precisa estar disposto a fazer sacrifício.”


“Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por Minha causa achá-la-á.” Ou seja: “Talvez um dia você seja tentado a salvar a vida abandonando a fé. Mas isso significa salvar esta vida e perder a vida eterna.”


É uma troca que não vale a pena.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Inquisição

Você já parou se perguntou o que foi a inquisição? Como, onde e porque ela aconteceu? Essa palestra especial tem essas e muitas outras respostas!



Fonte: TinguiTeen

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Geração Harry Potter

Deu na revista Época desta semana: “A magia vai se desfazer. A última aventura do menino feiticeiro Harry Potter estreia mundialmente nesta semana com o longa-metragem Harry Potter e as relíquias da morte – Parte 1. A segunda parte, como o epílogo, entrará em cartaz em julho do ano que vem. Ao final, serão oito megaproduções baseadas na série de sete romances da escritora inglesa J.K. Rowling. Publicados de 1997 a 2007, os livros foram traduzidos para 69 idiomas e venderam mundialmente 400 milhões de exemplares. Formam a série infantojuvenil de livros mais vendida da história. No cinema, o sucesso não foi menos espantoso. Harry Potter já é a franquia de maior êxito em 115 anos de existência do cinema. De 2001 a 2009, os seis filmes da saga faturaram US$ 5,4 bilhões em bilheteria. Ou US$ 1 bilhão por sequência, um recorde no gênero. Quase o dobro do que rendeu cada uma das três partes da franquia Homem-Aranha. Mais que o dobro do que ganhou cada filme da série Guerra nas estrelas – de 1977 a 2005. [...]

“Não se trata de um fenômeno novo. Toda geração adota, cultiva e acaba se moldando de acordo com seus símbolos culturais. Obras de arte não se tornam obras de arte de magnitude se não conseguirem cativar, captar, definir e até antecipar os anseios dos jovens de um determinado tempo. Às vezes, esse fenômeno é tão extenso que pode definir uma geração. Foi o caso do ‘mal do século’, um sentimento ultrarromântico que dominou o final do século XVIII, iniciado com o romance Os sofrimentos do jovem Werther, do poeta alemão Wolfgang von Goethe. Lançado em 1774, o livro provocou uma onda de suicídios em toda a Europa – e criou um padrão de comportamento, o jovem pálido, com olheiras e tendências autodestrutivas.

“Nos ‘loucos anos 20’, as histórias de Scott Fitzgerald se acoplaram à dança do charleston e à era do jazz e traduziram o nascente hedonismo de uma geração. Nos anos 50, o rock de Elvis Presley e os filmes de Marlon Brando (O selvagem) e James Dean (Juventude transviada) fizeram a cabeça da geração rock-and-roll. Os hippies, a música psicodélica e a pop art de Andy Warhol formataram a mentalidade libertária dos anos 60. Os geeks atuais se formaram entre doses de música eletrônica, romances de ficção científica de Philip K. Dick e filmes como Guerra nas estrelas e a trilogia Matrix.

“Será que Harry Potter se configura um fenômeno semelhante? Seu sucesso comercial – global – é um forte indício de que a obra tem alcance, aderência. E sua longa duração permite influenciar as pessoas durante um amplo período – que abarca a entrada e a saída da adolescência, uma época fértil para a adoção de valores, quando as pessoas enfrentam dilemas existenciais complexos. Mas a aderência e a duração não são suficientes. O que dizer da mensagem?

“Como em qualquer boa escola de bruxaria, os acadêmicos se dividem em dois grupos. O psicólogo Robin Rosenberg, autor do ensaio A psicologia de Harry Potter, se alinha aos que consideram a série escapista. ‘J. K. Rowling cria um mundo completo’, disse a Época. ‘Ela forneceu a seus fãs a possibilidade de unir suas imaginações à dela e viver nesse mundo fantástico.’ Para o crítico americano Harold Bloom, a série é perniciosa. Em entrevista a Época, ele disse que Rowling ‘é subliteratura, um catálogo de lugares-comuns’. De acordo com Bloom, ‘os livros e os filmes induzem o jovem a acreditar em bobagens como magia negra e superstição e que sua vida pode mudar com uma varinha de condão’. O que eles precisam é ‘ler os clássicos da literatura fantástica’ [itálico meu; depois digo por quê]. [...]

“A corrente dos que acreditam no poder formador de Harry Potter parece ser mais forte. Ela inclui desde professores de escola até organizações cristãs, como a rede Beliefnet americana. A relação da série com magia e ocultismo gerou uma polarização entre os que viam nela mensagens éticas, até cristãs, e outros que enxergavam influências pagãs e agnósticas (não há Deus no mundo de Harry). Em 2003, o papa Bento XVI (então cardeal) condenou a série afirmando que sua ‘sedução sutil’ podia ‘abalar a alma da cristandade antes que ela pudesse se desenvolver apropriadamente’. Seis anos depois, o jornal oficial do Vaticano, L’Osservatore Romano, elogiou a obra por ‘pregar valores como amizade, altruísmo, lealdade e autossacrifício’. [...]

“É claro que a magia da transmissão de valores não é feita por uma obra de arte apenas, por mais bem-sucedida que ela seja. É difícil dizer até onde a série de J. K. Rowling incute valores, até que ponto ela capta características latentes na geração de leitores. O que se pode, sem dúvida, dizer é que ler Harry Potter permite compreender melhor o espírito de nosso tempo.”

Nota Criacionismo: Essa reportagem de capa da revista Época ajuda a perceber (para quem conhece a história do grande conflito entre o bem e o mal) que, de fato, há uma orquestração nos bastidores da história da humanidade. Note as tendências que ditaram os rumos do mundo (especialmente ocidental) nos últimos séculos: (1) século 18 – tendências autodestrutivas; (2) anos 1920 – geração hedonista; (3) anos 1950 – mentalidade “libertária”, ou seja, liberdade para usar drogas e praticar sexo à vontade; (4) geração atual – fuga para mundos ilusórios da ficção. Para mim, não há dúvidas de que, a despeito de Deus estar conduzindo a história humana para seu desfecho, a volta de Jesus e o fim do mal, Satanás também tem mexido suas peças no tabuleiro terrestre. A partir dos anos 1920, ele ajudou a juventude de cada época a buscar prazer sem compromisso e, depois, com a ajuda da tecnologia, a fez mergulhar no mundo das ilusões que tiram o sabor da realidade e anestesiam a mente. Para mim, Época acerta o alvo ao afirmar que Harry Potter “permite compreender melhor o espírito de nosso tempo”. Que espírito é esse? Bloom, no trecho que grifei acima, responde: “Os livros e os filmes induzem o jovem a acreditar em bobagens como magia negra e superstição.” Essa foi a grande “contribuição” de Rowling, escritora até então anônima que despontou do nada para o estrelato: colocou a bruxaria, a magia negra e o espiritualismo no dia a dia da nova geração. Quando era criança, eu tremia de medo apenas em ouvir falar de bruxas. Hoje as crianças querer ser bruxas! Pelo andar da carruagem da história, Satanás não terá lá grandes dificuldades em iludir esta geração iludida. Se duvida disso tudo, espere para ver. Ou melhor: não espere; se prepare.

Criacionismo

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Joabe: O fraco valente de Davi

Lição 842010
VERSO PARA MEMORIZAR: “Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações” (Provérbios 21:2).

Leituras da semana: 2Sm 2:17-23; 3:23-27; 11:15-25; 20:7-11; 1Rs 1

A história de Joabe fala de política de poder, intriga, lealdades equivocadas, ciúmes e teimosia. No tempo de Joabe, a sobrevivência não era garantida por uma administração central forte e um plano abrangente de aposentadoria. Os fortes sobreviviam; os fracos logo desapareciam. Foi durante o tempo de Joabe como valente e vigia de Davi que Israel se tornou verdadeiramente uma nação. Depois das animosidades entre os clãs e rivalidades tribais que caracterizaram o período dos juízes, foi a figura do rei (começando com Saul e, mais tarde, em grau muito mais forte, com Davi e Salomão) que uniu Israel, embora a Bíblia deixe claro que os séculos de pensamento como clã não se encerre em trinta ou quarenta anos. A vida de Joabe, descrita na Bíblia, foi desfigurada por guerras, intrigas e até genocídio.


Embora possamos não estar envolvidos no tipo de coisas com que Joabe se envolvia, podemos enfrentar alguns maus traços de nosso próprio caráter quando examinamos sua história. É aqui, pelo exemplo negativo de Joabe – o fraco valente de Davi – que podemos identificar algumas de nossas falhas de caráter e buscar a única solução para elas: Jesus.


Domingo

Ano Bíblico: At 24–26


Questões familiares

Embora Joabe, ligado à família de Davi (veja 1Cr 2:13-17), tivesse a responsabilidade de comandar suas tropas, temos pela primeira vez um vislumbre de seu verdadeiro caráter em 2 Samuel 2. Saul e Jônatas haviam sido mortos em batalha. Judá logo elegeu Davi como rei. Quem ocupava função correspondente à de Joabe no exército do rei Saul era Abner, que, de alguma forma, sobreviveu à batalha em que Saul e seus filhos caíram.


Abner e Davi eram velhos conhecidos. Abner havia liderado as tropas de Saul em muitas perseguições a Davi. Abner não estava disposto a aceitar como rei o homem a quem ele havia perseguido. Consequentemente, Abner pôs Isbosete (v. 8, 9), o quarto filho de Saul, que não tomara parte na batalha, no trono de Israel e declarou guerra contra Judá e Davi. Embora Israel fosse numericamente mais forte, o reino de Davi crescia e se fortalecia.

1. Em que circunstâncias morreu Asael, irmão de Joabe? 2Sm 2:17-23

Durante a contenda, imprudentemente, o irmão mais jovem de Joabe perseguiu Abner, que o advertiu repetidamente para que o deixasse, mas o jovem impetuoso não o atendeu. Abner o matou em defesa própria. Joabe nunca esqueceu esse evento.
Depois de algum tempo, Abner percebeu que o reino de Isbosete, que era um rei muito fraco, não seria bem-sucedido. Então, ele desertou para Davi e se ofereceu para trazer consigo as outras tribos (2Sm 3:1-22). Nessa ocasião, Joabe estava fora. Ao voltar para casa, foi informado desses novos acontecimentos que o perturbaram muito.

2. Como Joabe considerou essa mudança de que não estava a par? 2Sm 3:23-27. Compare o que Joabe disse a Davi com o verdadeiro motivo pelo qual matou Abner. Veja também 2Sm 3:30. Como Joabe tentou expor os motivos de Abner? O que isso revela sobre ele?

Talvez Joabe cresse verdadeiramente que estava agindo pelo melhor interesse de Davi quando matou Abner. Isso destaca um ponto importante: pense em suas ações. Quais são as verdadeiras razões para algumas das coisas que você faz, em lugar das razões que você usa para justificá-las em sua mente? Como você pode saber a diferença entre a duas quando, realmente, são diferentes?


Segunda

Ano Bíblico: At 27, 28

O custo do pecado

Parece que, naquele momento, Davi não estava em condições de fazer nada a respeito do assassinato de Abner, embora lamentasse publicamente por Abner e reprovasse os atos de Joabe (veja 2Sm 3:28-35). A fim de evitar represálias futuras, Joabe tentou agradar Davi tanto quanto possível. Ele começou a se mostrar indispensável. Passou a fazer o trabalho sujo para Davi. Mas a tentativa de se tornar indispensável em vez de procurar fazer a coisa certa envolve frequentemente a violação da consciência. Se isso ocorre repetidamente, a voz da consciência se torna cada vez mais fraca, até ficarmos impossibilitados de reagir quando for
realmente necessário.


O pecado também destrói a credibilidade. Vemos esse princípio repetido várias vezes na vida de Davi. Por causa de seu pecado com Bate-Seba e contra Urias, Davi, embora tenha sido perdoado, viu-se impossibilitado de disciplinar os filhos. Quando seu filho mais velho estuprou a meia-irmã (2Sm 13), e seu segundo filho se tornou assassino (2Sm 13:23-39), Davi foi incapaz de reagir, sabendo que era culpado de pecados semelhantes.

3. Como a resposta de Joabe à ordem de Davi expõe seu caráter? 2Sm 11:15-25

Joabe tinha o mesmo problema. Por ter o sangue de Abner em suas mãos, ele se via impossibilitado de reagir apropriadamente e ajudar a salvar a vida de um bom homem. E então, Joabe aumentou sua lista de crimes tornando-se, na realidade, o assassino de Urias. Note em 2 Samuei 11:17 que Urias não foi a única vítima. Nessa expedição precipitada, Joabe enviou juntamente com ele alguns outros homens a fim de fazer tudo parecer mais autêntico. Embora saibamos pela vida de Davi que Deus é misericordioso e nos perdoa quando nos arrependemos, ainda teremos que levar conosco as consequências da credibilidade arruinada e falta de integridade.

4. No exemplo acima, Joabe obedeceu às ordens de Davi. Agora leia 2 Samuel 18:5-15. O que verificamos sobre o caráter de Joabe nesse episódio? Como ele pode ter racionalizado também essa ação?

É interessante notar que Joabe seguia as ordens de Davi mesmo quando elas violavam os mandamentos de Deus, mas não tinha dificuldade de desobedecer à ordem expressa do rei quando isso significava obter ganho pessoal. Afinal, caso Absalão tivesse obtido sucesso em sua revolta, provavelmente o próprio Joabe teria sido morto (2Sm 19:5, 6). Joabe parecia estar defendendo a ninguém mais do que ele mesmo. Como é fácil cair na mesma armadilha, não é?


Terça

Ano Bíblico: Rm 1–4

Joabe, o político

Segundo Samuel 13 conta como Absalão assassinou premeditadamente seu meio-irmão Amnom. Absalão fugiu do país e esperou algum tempo. Uma vez mais, Davi estava em situação difícil. Amnom era culpado de estuprar a meia-irmã Tamar, irmã de Absalão. Parece que Davi – paralisado pela lembrança de seu próprio pecado – se via impossibilitado de administrar justiça. Tomando as coisas em suas próprias mãos, Absalão vingou o estupro da irmã e restabeleceu a honra familiar. (Ao tempo de Davi, a honra e vergonha eram dois elementos muito importantes do sistema de valores.) Segundo, e como efeito colateral agradável, uma vez que Amnom, filho mais velho de Davi, estava morto, Absalão agora se encontrava na linha de sucessão do trono. O coração de Davi estava dividido entre seu pesar pelo filho morto, seu amor por Absalão e a aguda noção de que toda essa desordem, de alguma forma foi originada por seu próprio pecado.


Em meio a tudo isso, Joabe decidiu se envolver. Porém, por não ver um caminho direto para abrir esse assunto na agenda do rei Davi, ele recorreu a um artifício e usou uma mulher sábia de Tecoa.

5. Que mensagem sobre o amor e perdão de Deus traz a história contada pela mulher sábia de Tecoa? 2Sm 14. Ao mesmo tempo, o que essa passagem também nos diz sobre Joabe?

A história que Joabe pôs na boca da mulher sugere que ele sabia a respeito do grande amor de Deus para com o pecador. Sua teologia era correta. Infelizmente para ele, este era um conhecimento unicamente intelectual. Sua própria vida continuava a ser caracterizada por vingança e falta de perdão. Joabe se tornou imune ao amor de Deus em sua própria vida. Para ele, tudo, até mesmo a religião,
tinha um objetivo político e podia ser usado em proveito próprio. Ele reconhecia o potencial de Absalão e queria começar a conquistar o favor do futuro rei. Mas parece que Joabe encontrou em Absalão um igual. Não recebeu nenhum agradecimento por sua iniciativa de trazer Absalão de volta para casa. Este simplesmente queria usá-lo e depressa mostrou a Joabe que podia ser tão esperto e perigoso quanto ele próprio. Ele fez isso queimando os campos de Joabe a fim de forçá-lo a arranjar um encontro com Davi (2Sm 14:28-33). A lição é que, graças à interferência de Joabe, o palco estava sendo armado para uma terrível rebelião que levaria a uma guerra civil.

Como é fácil permitir que ambição pessoal, orgulho e desejo de supremacia motivem nossas ações! Como você pode reconhecer essas coisas em si mesmo? Como você pode, pela graça de Deus, derrotá-las antes que o levem à ruína?


Quarta

Ano Bíblico: Rm 5–7

Vivendo pela espada

6. Que enviado de Davi foi morto por Joabe? 2Sm 20:4-10. Como a deslealdade de Joabe foi justificada?

Amasa e Joabe eram primos (2Sm 17:25). Amasa era chefe das forças de Absalão. Depois que Joabe desobedeceu às ordens de Davi no caso de Absalão (2Sm 18:5, 14), Davi desejava se livrar de Joabe e havia prometido a Amasa o alto comando de seu exército (2Sm 19:13). Afinal, foram as intrigas e maquinações de Joabe que prepararam a cena para a rebelião. Obviamente, o projeto de Davi não era motivado unicamente por ira para com Joabe (que havia desobedecido conscientemente à ordem do rei e matara seu filho). A indicação de Amasa era também um movimento político que sinalizaria reconciliação ao restante das forças pró-Absalão.

7. Como você percebe a situação política em Israel nessa época? 2Sm 20:1, 2

Davi ignorou Joabe, pois havia prometido o comando a Amasa e, assim, enviou Amasa para reunir as tropas a fim de lidar com uma nova revolta. Amasa não pôde cumprir em tempo a tarefa. Então, Davi mandou buscar Abisai, irmão de Joabe, e se dirigiu a ele em vez de a Joabe nessa época de crise. Joabe e Amasa finalmente se encontraram e, a exemplo do assassinato de Abner, Joabe assassinou Amasa. O escritor bíblico enfatiza a forma traiçoeira do ataque (2Sm 20:8-10). Joabe assassinou friamente o primo simplesmente porque fora ignorado e não era mais o número um.


Um dos homens de Joabe tentou legitimar suas ações ligando Joabe ao Rei Davi. O povo estava sendo levado a crer que a lealdade a Davi significava lealdade a Joabe (embora o rei se houvesse explicitamente distanciado de Joabe), e que ser leal a Joabe significava que o direito de Joabe de ser juiz, júri e executor no caso de Amasa não podia ser questionado.

Pense no fingimento de Joabe quando traiu Amasa. Devemos ser cuidadosos para não trair alguém que confia em nós, abusando dessa confiança! Com que facilidade se aplica Mateus 7:12!


Quinta

Ano Bíblico: Rm 8–10

A última parada de Joabe

O tempo parecia ser perfeito. Davi, agora, era muito velho que não podia se aquecer à noite. Uma jovem e bonita mulher foi achada para ser assistente pessoal do rei Davi. O autor bíblico enfatiza especificamente que Davi não teve nenhuma relação sexual com ela (1Rs 1:1-4), o que destaca ainda mais a fragilidade do rei. Davi não “conheceu” Abisague como também não sabia o que se passava em seu reino. Adonias, como o filho sobrevivente mais velho, decidiu que era a hora de providenciar sua coroação.

8. Qual foi a posição de Joabe nesse caso? Leia em 1 Reis 1.

1 Reis 1:7 deixa claro que Joabe foi um dos atores-chave nessa tentativa de golpe. Como em diversas outras ocasiões, Joabe simplesmente foi em frente e agiu, achando que o velho rei Davi seria impotente para fazer alguma coisa. Porém, desta vez, Davi agiu com a ajuda de Bate-Seba e do profeta Natã. Ele frustrou os planos de Joabe e de Adonias, declarando publicamente Salomão como seu co-regente.


Joabe parecia tirar Deus completamente da cena. Embora pudesse ter todo o conhecimento teológico sobre Deus, Este não parecia ter relevância em sua vida. Joabe achava que sempre poderia viver como lhe agradasse e escapar às conse quências. Ele se esquecia de que Deus não é Davi. Deus não pode ser enganado; embora a retribuição possa não vir imediatamente, um dia, virá, se não nesta vida, no juízo final. Porém, frequentemente no fim do dia desta vida, mesmo em um dia muito longo, “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7).


Antes do juízo final, sempre existe misericórdia. Joabe teve uma última chance, pois Salomão não o puniu por sua conspiração com Adonias e permitiu que ele retivesse sua posição. Porém, Joabe não mostrou arrependimento e não apresentou defesa, e ainda se envolveu em uma segunda tentativa de golpe, apoiando o pedido de Adonias para ter a jovem que dormia com Davi (1Rs 2:21-28). Quando isso não funcionou, Joabe finalmente percebeu a gravidade de sua situação. Ele fugiu para o santuário e se agarrou às pontas do altar. No entanto, Joabe se esqueceu de que o altar provia asilo só para os que matavam involuntariamente (Êx 21:14).
O passado não confessado de Joabe finalmente o alcançou. O homem que viveu pela espada finalmente morreu pela espada (1Rs 2:28-35).

Por mais conspirador, ambicioso e enganoso que fosse Joabe, tudo que ele fez poderia ter sido perdoado pelo Senhor se ele tivesse ido a Deus com fé, humildade e arrependimento. Que dizer de você e seus defeitos? O perdão está à disposição, se você estiver disposto a buscá-lo por si mesmo.


Sexta

Ano Bíblico: Rm 11–13

Estudo adicional

Devemos não só nos apoderar da verdade, mas permitir que ela se apodere de nós; e assim a verdade estará em nós, e nós, na verdade. Se for esse o caso, nossa vida e nosso caráter revelarão o fato de que a verdade está operando algo por nós; que nos está santificando e dando a aptidão moral para a companhia dos anjos celestiais no reino de glória. A verdade que defendemos provém do Céu; e quando essa religião tem abrigo no coração, começa sua obra de refinar e depurar; pois a religião de Jesus Cristo nunca torna um homem áspero nem rude; nunca o torna descuidado nem desumano; mas a verdade de origem celestial, que vem de Deus, eleva e santifica o cristão; torna-o cortês, bondoso, afetuoso e puro; tira seu coração duro, seu egoísmo e amor ao mundo, e o purifica do orgulho e da ambição pecaminosa” (Ellen G. White, Signs of the Times, v. 1, p. 66).

Perguntas para consideração
1. Até que ponto devemos ir na expressão de lealdade à família, aos empregadores e ao país? Qual é o limite nessas importantes relações?
2. Releia a citação de Ellen White, acima. Que evidência você tem em sua própria vida de que a verdade se apoderou de você? Embora seja importante nos concentrar em Cristo e não em nós mesmos, também precisamos ser honestos conosco mesmos sobre a condição de nossa fé (2Co 13:5).
3. É prático ou mesmo possível perdoar e esquecer quando somos ofendidos? Que princípios podemos aprender do estudo desta semana sobre o perdão, falta de perdão e as consequências de não perdoar?
4. O magnata do petróleo John D. Rockefeller usava práticas empresariais inescrupulosas a fim de comprar as empresas competidoras. Ele justificava suas ações dizendo aos competidores que eles precisavam vender suas empresas e permitir que ele assumisse por eles os riscos do negócio do petróleo. “Entrem na arca”, ele dizia, como se lhes estivesse fazendo alguma caridade quando, de fato, os estava absorvendo. Que lições podemos aprender sobre a facilidade de se justificar ações imorais?

Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Foi morto por Abner, general do exército de Saul, quando o perseguia após uma batalha.
Pergunta 2: Considerou uma armadilha de Abner contra Davi. Na realidade, ele não podia aceitar a convivência com aquele que matara seu irmão.
Pergunta 3: Por motivos políticos, Joabe aceitou executar uma ordem injusta.
Pergunta 4: Absalão representava uma ameaça à sua permanência como general de Davi e, por isso, o executou.
Pergunta 5: Se Davi podia interceder para preservar o filho de uma mulher comum, também deveria preservar o bem-estar de seu próprio filho. Joabe era ardiloso.
Pergunta 6: Amasa. Perseguindo Seba, que havia liderado uma rebelião contra Davi.
Pergunta 7: Havia muita instabilidade política motivada por rivalidades tribais.
Pergunta 8: Apoiou Adonias.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Perigos do celular

A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular longe de suas cabeças. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?".

Folha - Quais os riscos para a saúde de quem usa celular?
Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso.

Quais os riscos, exatamente?
O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde.
Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito.

Mas há estudo em humanos que dê provas categóricas?
Quando você diz "provas", você quer dizer cadáveres? Você acha que só devemos agir quando já tivermos prova? Terei que discordar. Hoje temos uma epidemia mundial de doenças ligadas ao fumo. O Brasil também tem uma epidemia de doenças relacionadas ao amianto. Só recentemente vocês agiram para controlar o amianto no Brasil, apesar de ele ainda ser usado. Ninguém vai dizer que nós esperamos o tempo certo para agir contra o tabaco ou o amianto. Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas.

Qual a maior evidência disso?
A radiação enfraquece o esperma. Sabemos por pesquisas com humanos. As amostras de esperma foram dividas ao meio. Uma metade foi mantida sozinha, morrendo naturalmente. A outra foi exposta a radiação de celulares e morreu três vezes mais rápido. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.

Crianças correm mais perigo?
O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças. Nos EUA, temos comerciais encorajando celular para crianças. É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem. Sabemos que pode haver um vício no estímulo causado pela radiação de micro-ondas. Ela estimula receptores de opioides no cérebro.

Jovens usam muitos gadgets que emitem radiação.
Sim, e eles não estão a par dos alertas que vêm com esses aparelhos. Não é para manter um notebook ligado perto do corpo. As empresas colocam os avisos em letras miúdas para reduzir sua responsabilidade quando as pessoas ficarem doentes.

É possível comparar a radiação de celular à fumaça?
Sim. O tabaco é um risco maior. Mas nunca tivemos 100% da população fumando. Agora, temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador.

Nos maços de cigarro, há aquelas fotos horríveis. Esse é o caminho para o celular?
Isso é o que foi proposto no Estado do Maine (EUA). Está se formando um grande movimento para alertar as pessoas a respeito dos celulares. Isso é o que aconteceu com o fumo passivo. Vamos começar a ver limites para a maneira e os locais onde as pessoas usam celular. A maioria não sabe que, se você está tentado conversar num celular em um elevador, a radiação está rebatendo nas paredes e fica mais intensa em você e em quem estiver perto.

Além de usar fones, o que é possível fazer para prevenir?
Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também.

Mas celular é um vício!
Sim. Temos que usá-lo de forma mais inteligente.



Fonte: Folha São Paulo

Saiba mais: "Uso de celular pode causar câncer".

Criacionismo

domingo, 7 de novembro de 2010

O sacerdote Abiatar

Lição 742010


Sábado à tarde



VERSO PARA MEMORIZAR: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).


Leituras da semana: Êx 28:6; 39:2-7; 1Sm 21:1-9; 22:6-23; 2Sm 15:13-29

Os sacerdotes tinham um papel muito importante na vida e na história de Israel. E não só em Israel, mas também nas nações vizinhas. Na cultura da Mesopotâmia, o rei era considerado um sacerdote; desse modo, ele combinava tanto o poder religioso como o político. As corporações sacerdotais representavam interesses poderosos na corte, e houve muitas ocasiões em que os sacerdotes fizeram os reis. No Antigo Testamento, especialmente, a função do sacerdócio estava no centro da vida religiosa de Israel. A história sagrada também mostra os papéis influentes dos sacerdotes nos tempos do Novo Testamento.


O sacerdócio de todos os crentes (1Pe 2:9), ideia que alcançou preeminência na Reforma protestante, não é um conceito inteiramente do Novo Testamento (veja Êx 19:6). Parece sempre ter sido o ideal de Deus que Seus servos fossem santos e servissem aos outros intercedendo por eles e comunicando-lhes o plano de salvação.


Nesta semana, vamos estudar a história de Abiatar, que nos dá alguns vislumbres importantes do sacerdócio do Antigo Testamento e diz que o sacerdócio não está baseado unicamente na genealogia ou educação, mas em um compromisso pessoal com o Senhor. Como no caso de Abiatar, más escolhas podem desqualificar um membro do sacerdócio.


Domingo


Mentira e tragédia

1. Leia 1 Samuel 21:1-9 e 22:6-23 e responda às perguntas seguintes:


a. Que mentira contou Davi a Aimeleque sobre os motivos por que ele estava lá?

b. Que aconteceu a Aimeleque como resultado de sua confiança em Davi?

c. Como Saul procurou voltar seus próprios homens contra Davi? Que tipo de argumento ele usou?

d. Como Aimeleque respondeu a Saul quanto ao caráter e fidelidade de Davi?

e. O que essa história nos diz sobre o caráter vingativo e degenerado do rei Saul?

f. Por que você acha que Doegue, um estrangeiro, fez o que os servos de Saul se
recusaram a fazer?

g. Como Davi reagiu à notícia do massacre? A resposta foi correta?

h. Que promessa fez Davi ao filho de Aimeleque que conseguiu escapar da matança?

Esta história apresenta um agudo contraste entre honra e desonra, fidelidade e infidelidade. Mostra a devastação provocada pela desonestidade e pecado. Que tipo de perguntas morais você está enfrentando? Que escolhas morais você precisa fazer? Pense nas consequências de seus atos antes de tomá-las.

Segunda



O sacerdote Abiatar

Não nos é dito como Abiatar escapou à matança de sua família. Sabemos apenas que ele escapou e fugiu para Davi. Porém, antes de fugir, Abiatar procurou salvar a estola sacerdotal (veja 1Sm 23:6), um dos objetos mais importantes do sacerdócio (uma peça do vestuário sagrado usado pelos sacerdotes; veja Êx 28:6; 39:2-7), que era usada para consultar a vontade de Deus em momentos de tomada de decisões. Em pelo menos duas ocasiões, o autor bíblico relata que Davi buscou Abiatar e a estola (1Sm 23:9-12; 30:7, 8).


Ao contrário de muitos de nós, hoje, nos dias de Abiatar, o povo tinha pouco acesso à Palavra escrita de Deus. Só havia algumas cópias manuscritas do livro da lei (o Pentateuco), portanto, a maioria das pessoas tinha escassas oportunidades de estudar a Palavra de Deus por si mesma. A maioria de nós é privilegiada por ter amplo acesso à Bíblia. Deus prometeu conceder o Espírito Santo para nos explicar a Palavra, pessoal e coletivamente (Jo 14:26). Deus também usa pessoas para nos dar conselhos piedosos (Pv 20:18) e também opera por meio de circunstâncias (Rm 8:28).

2. Quais eram algumas das funções de Abiatar como sacerdote? 1Sm 23:9-13; 2Sm 15:24; 17:15-22

Além de atuar nessas funções, Abiatar havia passado por trauma pessoal e, como Davi, era um refugiado sem-teto – o que de alguma forma o preparava muito mais para servir ao futuro rei de Israel, que também estava constantemente em fuga. Ele podia entender as frustrações, temores e traições que Davi e seus homens devem ter frequentemente sentido devido à contínua perseguição.


Esse motivo de identificação pessoal com uma pessoa ou um grupo de pessoas é importante no conceito do Novo Testamento de sacerdócio. O autor de Hebreus nos diz que Jesus pode ser nosso Sumo Sacerdote porque pode Se identificar completamente conosco (Hb 2:17).

Leia 1 Pedro 2:9. O Novo Testamento ensina claramente que todos temos a responsabilidade de sacerdotes em nossa comunidade. Nosso chamado não é de iniciativa própria. Jesus disse: “Vocês não Me escolheram, mas Eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em Meu nome” (Jo 15:16, NVI). O chamado de Deus a nós não nos torna sacerdotes do Antigo Testamento nem apóstolos do Novo Testamento, mas nos desafia a interceder por nossa família, comunidade e todos os que nos rodeiam. Como você pode atuar melhor no papel de “sacerdote”?

Terça


A revolta de Absalão

Segundo Samuel 15–18 conta a triste história de Absalão, o filho de Davi que se rebelou contra o governo de seu pai. Em determinada ocasião, o exército de Absalão marchava sobre Jerusalém. Isso deve ter sido um pesadelo para Abiatar. Davi decidiu fugir para não transformar Jerusalém em um campo de batalha e provocar um banho de sangue. Todos os seguidores fiéis de Davi se prepararam para fugir com ele. Abiatar deve ter se lembrado de sua fuga após o massacre de sua família e aldeia pelo rei Saul. Ele se preparou para partir com Davi.

3. Leia 2 Samuel 15:13-29. O que esta passagem nos ensina sobre o caráter de Davi, mesmo nesse momento de perigo? Que papel teve Abiatar nesse episódio?


Levando a arca de Deus, Abiatar e outros sacerdotes se preparavam para deixar a cidade, mas Davi pediu que a arca ficasse. Davi aprendera que o ato de levar o símbolo da presença de Deus não significava necessariamente que Deus estaria com ele. O uso de uma cruz, a exibição de um slogan religioso ou o respeito a um conjunto de regras não garante a presença nem a misericórdia de Deus. O Senhor não pode ser manipulado. A arca deveria ficar no lugar a que pertencia. Deixando para trás a arca, Davi também mostrava fé. Ele acreditava que Deus o salvaria e o faria retornar a Jerusalém, uma vez mais.


A arca de Deus foi deixada, e Abiatar ofereceu sacrifícios (2Sm 15:24) até que todos deixaram a cidade. Nesse momento particular, os sacerdotes Abiatar e Zadoque se tornaram intercessores em favor de Davi e seu povo.


A história da rede de informações de Davi torna emocionante essa leitura (2Sm 17:15-29). Abiatar e Zadoque se tornaram os olhos e ouvidos de Davi na cidade. Os filhos de Abiatar e de Zadoque esperavam notícias fora de Jerusalém. As pessoas não eram o que pareciam ser. Uma serva acima de qualquer suspeita levou a mensagem aos jovens. Um jovem ingênuo se mostrou esperto o suficiente para compreender o que estava acontecendo e o relatou a Absalão. Os filhos dos sacerdotes foram perseguidos pelos homens de Absalão, encontraram um simpatizante e desceram a um poço. Uma mulher disfarçou as coisas estendendo um pano sobre o poço e espalhando grãos de cereais, método que nos lembra de Raabe e os dois espias embaixo das canas de linho (Js 2:6).

Em nosso próprio contexto, igualmente, nem sempre as coisas são o que parecem. Muito coração dolorido se esconde atrás de um sorriso. Como seguidores de Cristo, somos chamados para ser Seus representantes. Somos as mãos de Deus para alcançar os que nos rodeiam. Devemos estar alertas e sensíveis a fim de enxergar além das aparências e ver as pessoas e situações como realmente são, e devemos estar dispostos a nos sacrificar para ajudar.

Quarta



A escolha de Abiatar

Não temos nenhum registro das opiniões pessoais, políticas ou religiosas de Abiatar. Tudo o que sabemos está registrado na Palavra de Deus a Davi. Mas seus atos falam mais alto que as palavras. Embora não esteja registrado nada do que ele disse, suas ações fazem uma declaração poderosa.


No tempo de Davi, o filho primogênito era tradicionalmente considerado o principal herdeiro de seu pai. Para um rei, isso significava que o filho primogênito herdaria o trono. Mas Deus nunca Se prende à tradição. De fato, durante a história de Israel, com frequência Ele ignorou os primogênitos para chamar outros, às vezes, por decretos divinos e, às vezes, pelas circunstâncias e escolhas do próprio primogênito (Veja Gn 4:1-5; 21:8-12; 25:21-34; 48:8-19; 1Sm 16:6-12).

4. O que pode ter levado Abiatar, que era tão leal a Davi, a se unir a Adonias contra ele? 1Rs 1:1-8

Salomão não era o filho primogênito. Portanto, costumeiramente, ele não teria sucedido seu pai como rei. O filho mais velho, Amnom, tinha sido morto por seu irmão, Absalão. Este, por sua vez, foi morto durante sua fracassada tentativa de golpe. E agora o quarto filho, Adonias, achava que, legalmente, o trono era dele. Adonias consultou Joabe e Abiatar, e eles lhe deram apoio (1Rs 1:7).


Salomão era mais moço que Adonias e tinha uma história familiar vergonhosa. Sua mãe era ninguém mais que Bate-Seba, a antiga esposa de Urias, o heteu, que fora assassinado a fim de encobrir seu caso com Davi. Mas, apesar de sua origem vergonhosa, Salomão era amado por Deus (2Sm 12:24), e estava claro que Deus o havia escolhido como sucessor de Davi (1Cr 22:9, 10). Diante dessa escolha incômoda, pode ser que Abiatar não pudesse aceitar o escândalo público que a escolha causaria, e então, recorreu à tradição, em vez de aceitar a vontade revelada de Deus.


A tradição pode ser muito confortável, pois nos livra de tomar a responsabilidade de pensar nas coisas à luz da vontade revelada de Deus. É muito mais fácil e “mais seguro” simplesmente dizer: “Sempre fizemos assim”.

Com que frequência deixamos que a tradição interfira na guia de Deus? Ao mesmo tempo, por que devemos tomar cuidado para não julgar automaticamente as coisas como “mera tradição” e rejeitá-las sumariamente?


Quinta


O destino de Abiatar

Depois da morte de Davi e a ascensão de Salomão ao trono, certos assuntos precisavam ser resolvidos. Depois que Adonias foi morto (1Rs 2:13-25), ainda havia a questão do sacerdote Abiatar, que tinha servido tão fielmente ao pai de Salomão. O que deveria ser feito com ele por haver participado da insurreição contra Salomão?

5. Como Salomão lidou com Abiatar, e que razões ele deu? 1Rs 2:26, 27


Uma leitura superficial do verso pode dar a impressão de que Abiatar foi despedido por causa de uma profecia feita a Eli cem anos antes (1Sm 2:30-36). Mas realmente o que temos é uma demonstração de que Deus conhece nossas escolhas futuras. Deus sabe que escolhas livres faremos, nós e nossos descendentes, e então, pode profetizar o futuro. Deus sabia que, assim como os filhos de Eli se haviam desqualificado do ofício sacerdotal por seu comportamento, seu descendente, Abiatar, também se desqualificaria do ofício sacerdotal por se recusar a aceitar as escolhas de Deus.

6. Compare essa história com a de Judas. Que princípio semelhante está em ação em ambos os casos? Mt 26:14-16, 20-25. Explique essa predição à luz da remoção de Abiatar como sacerdote.

O fato de que Jesus sabia desde o princípio que Judas o trairia não O levou a afastá-lo. Judas foi incluído no círculo íntimo dos Doze. Ele experimentou em primeira mão o poder de Deus. Mas, como Abiatar, Judas não estava preparado para aceitar a vontade de Deus. Parece que, à semelhança de Abiatar, ele também tinha algumas ideias sobre a monarquia e de como os assuntos de poder e controle deviam ser manejados. Judas queria ver Jesus coroado rei de um reino terrestre. Frustrado, ele se voltou para os líderes tradicionais, os escribas e fariseus, e traiu seu verdadeiro Rei.


A presciência não se traduz automaticamente em predestinação divina. As pessoas têm escolhas, como fizeram Judas e Abiatar. A presciência de Deus a respeito dessas escolhas não limita nossa liberdade de fazê-las.

A livre escolha é um dos dons mais sagrados que Deus nos deu. Veio também com um grande custo: a morte de Jesus na cruz. (Se não tivéssemos recebido livre escolha, não poderíamos ter escolhido pecar, e Jesus não teria morrido por nós.) Com quanto cuidado você planeja as decisões que toma?


Sexta


Estudo adicional

Deus o escolheu para uma grande e solene obra. Tem procurado disciplinar, experimentar, provar, refinar e enobrecer seu caráter, para que essa obra sagrada seja feita visando unicamente à Sua glória, a qual pertence inteiramente a Deus. Que pensamento, escolher Deus alguém, levá-lo a íntima ligação com Ele, dar-lhe uma missão a empreender, uma obra a realizar para Ele! O fraco se torna forte, o tímido é feito valente, o irresoluto adquire firme e pronta decisão. Acaso é possível que o homem seja de tanta importância que receba uma comissão do Rei dos reis? Seduzirá a ambição mundana a se desviar do sagrado depósito, da santa comissão?” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 167).

Perguntas para consideração
1. A partir de outras partes da Bíblia, pense na vida de Saul e como alguém que tanto recebeu poderia ter desperdiçado tudo. Que lições podemos tirar de sua história? Que enganos cometidos por ele lhe abriram um caminho que o levou ao tipo de ações que vimos nesta semana?
2. Pense mais na ideia de como a humanidade de Jesus pode simpatizar conosco em nossas lutas. Por que a humanidade de Cristo é tão importante para nós?
3. Como vocês como classe podem ajudar alguém de sua classe que tenha enfrentado perda? Isto é, o que vocês podem fazer, além de dizer palavras consoladoras? Existem casos em que nada mais pode ser feito a não ser “só” proferir palavras consoladoras?

Respostas sugestivas:
Pergunta 1: a: Estava cumprindo ordens do rei; b: Foi morto por ordem de Saul; c: Eles não teriam nada a ganhar por servir a Davi. Era Saul quem os sustentava; d: Davi era fiel, genro do rei, chefe de sua guarda pessoal e honrado em sua casa; e: Saul já não se preocupava em saber quem era inocente ou culpado; f: Não era movido pelo amor a Deus nem por Seus princípios; g: Bem sabia que aquele idumeu o contaria a Saul. Foi uma suspeita que se confirmou. Nem sempre isso acontece; h: Estarás a salvo comigo.
Pergunta 2: Oficiar como sacerdote em todas os suas funções, responder às questões pelo Urim e Tumim e ser conselheiro de Davi.
Pergunta 3: Respeito pelos objetos de culto, preocupação pelo bem-estar de seus comandados e pelos estrangeiros. Abiatar retornou.
Pergunta 4: Talvez um erro de julgamento, em levar em conta a decisão que Deus já havia expressado a Davi.
Pergunta 5: Mandou-o de volta às suas terras, não mais lhe permitindo exercer o sacerdócio, visto que era digno de morte, mas havia levado a arca do Senhor e partilhado das aflições de Davi.
Pergunta 6: Tanto no caso de Judas quanto no de Abiatar, Deus conhecia o futuro e o predisse, embora não determinasse suas ações.