sábado, 26 de junho de 2010

Apoio social: laços de amor


Lição 1322010


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Sl 31–35


Verso para Memorizar: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34, 35).

Leituras da semana: Gn 1:27; Jo 1:1-3; Rm 14:7; 1Co 12:14-26; 1Co 13; Gl 6:2; Ef 4:1-16

É muito claro que o fato de uma pessoa não ser amada, mas viver solitária e isolada, aumenta a probabilidade de vários comportamentos de risco. O risco de doença e morte prematura por todas as causas aumenta de 200 a 500 por cento nessas pessoas. O mais triste de tudo é que o isolamento nos priva da alegria da vida diária, que deriva de relacionamentos satisfatórios. Foi conduzido um estudo em 170 esposas de militares que recebiam cuidados pré-natais em um hospital militar. A pesquisa mostrou que as mulheres que não recebiam apoio emocional e psicológico tinham três vezes mais complicações que aquelas que recebiam apoio adequado.


Qualquer coisa que promova um senso de isolamento pode levar a enfermidades e sofrimentos. Aquilo que promove amor e intimidade, conexão e comunidade traz cura e saúde. E isso não nos deve deixar surpresos porque, como seres humanos, fomos criados para viver em comunidade e comunhão uns com os outros.


Com estas ideias em mente, vamos para a última semana em nosso estudo sobre saúde e temperança, e nosso tema destaca a importante questão das relações interpessoais e como essas podem afetar nosso bem-estar físico.


Prévia da semana: O amor de uns para com os outros é a característica distintiva dos discípulos de Cristo. O amor abençoa não só aquele que o recebe, mas também seu doador.


Domingo

Ano Bíblico: Sl 36–39


A imagem original

Como seres humanos, estamos tão imersos em pecado que frequentemente podemos esquecer quão mau ele é e quanto nos afeta. Não é fácil perceber quanto caímos, porque estamos caídos há muito tempo.

1. Leia Gênesis 1:27. Como o fato de que o próprio Jesus é Deus nos ajuda a entender melhor o que significa ter sido criado à imagem de Deus? Como o conhecimento sobre Jesus nos ajuda a entender o caráter que tiveram nossos primeiros pais na criação?


A Bíblia é clara: fomos criados à imagem de Deus. É clara, também, em afirmar que Jesus é Deus (veja Jo 1:1-3). Assim, no princípio, os seres humanos refletiam algo do caráter moral de Jesus, aquele que nos amou tanto a ponto de Se rebaixar e tomar nossa humanidade a fim de nos salvar. Eram originalmente assim os seres humanos. O Jesus que Se dispôs a servir aos outros lavando os pés de Seu traidor. Eram assim os seres humanos. O Jesus que, ao mesmo tempo em que morria na cruz, tomou tempo para confortar o ladrão agonizante. Eram originalmente assim os seres humanos. O Jesus que clamou: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Eram assim os seres humanos antes da entrada do pecado no mundo.


O desinteressado amor e preocupação pelos outros, que marcavam a vida de Jesus, também deviam se refletir até certo ponto em Adão e Eva antes da queda, que, desde a criação foram feitos “à imagem de Deus”.


Consequentemente, a ideia de ser semelhantes a Jesus significa ser recriados à imagem em que fomos criados originalmente. E, ao olhar para Jesus, ao ver como Ele vivia, como tratava as pessoas e como amava até os inimigos, é óbvio que no centro do caráter de Cristo estava o amor desinteressado pelos outros. Portanto, fomos criados originalmente para amar e demonstrar abnegação pelos que estão ao nosso redor. Certamente, isso é parte do que significa ter sido criado à imagem de Deus.


Assim, fomos criados para amar e ser amados e, isso, não podemos fazer em um vazio. Precisamos de pessoas para amar, assim como as pessoas precisam ser amadas. É isso que significa pertencer à comunidade e à família.


Pense nessa ideia do que significa ter sido criado à imagem de Deus e que Jesus é Deus. Como este fato nos ajuda a entender quão caídos estamos e quanto precisamos de um Salvador? Mais ainda, como isso deve nos ajudar a entender por que precisamos tratar as pessoas melhor do que frequentemente fazemos?


Segunda

Ano Bíblico: Sl 40–45

Pessoas: seres sociais

Pessoas são seres sociais. Não muito depois que Adão foi criado, Deus lhe proveu uma companheira. Ele disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Precisamos uns dos outros. Consequentemente, um aspecto crucial quanto a essa realidade deve ser entendido.

2. Leia Romanos 14:7. Que princípio importante é encontrado nesse texto? Como você sentiu a realidade poderosa dessa verdade?


Na vida ou na morte, afetamos os outros, especialmente os de nossa família. O cuidado responsável pela própria saúde traz bênçãos não só a nós mesmos mas também àqueles com quem partilhamos nossa vida.

3. O que os textos seguintes dizem sobre a importância das relações sociais? Gn 2:18; Ec 4:9-12; 1Co 12:14-26; Gl 6:2


Sendo que as boas relações influenciam positivamente nossa vida bem como a dos outros, devemos aprender a dar e receber liberalmente. É incorreto dizer: “O corpo é meu, e não interessa a mais ninguém o que faço com ele.” A sociedade paga, direta ou indiretamente, por todas as más escolhas de saúde das pessoas. A vida humana, preciosa criação de Deus, é de extremo valor e digna de preservação. Em muitos lugares, a vida não é valorizada; mas, para o cristão, cada pessoa é valiosa. É importante investir não só na própria saúde, mas também na saúde dos outros.


Um médico estudou a importância dos laços sociais e apoio social em relação às taxas de doença e mortalidade. Os íntimos laços sociais, culturais e tradicionais da cultura japonesa produziam resultados exemplares no que se refere à saúde. Quanto melhores são os laços sociais, melhor é a saúde. Ele indicou ainda que o isolamento social traz menos saúde e taxas de mortalidade mais elevadas. As relações sociais significativas influenciam positivamente o comportamento sob os aspectos físico, mental e emocional.


Como você tem se beneficiado de uma cadeia de relacionamentos sociais? Como você pode ajudar os outros da mesma forma como você se beneficiou? Você tende a tirar mais dos seus relacionamentos, ou dar mais? O que sua resposta lhe diz sobre você mesmo?


Terça

Ano Bíblico: Sl 46–50


Unidade na redenção

Toda a humanidade tem parentesco por causa de nossa linhagem comum (At 17:26). Somos todos parentes, também, pelo amor que Deus tem por todos nós. Todos podem ser redimidos pelo sangue precioso de Cristo, porque Deus não deseja que ninguém se perca (2Pe 3:9).


A Bíblia diz claramente que pela redenção em Jesus, todas as barreiras entre nós devem ser derribadas, porque somos os mesmos diante do Senhor: pecadores necessitados da graça do de Deus.

4. Como Paulo descreve os que foram redimidos pelo sangue de Jesus? Ef 4:1-16. O que significa isso no que se refere ao relacionamento que devemos ter uns com os outros?


Ninguém odeia seu próprio corpo (Ef 5:29, 30). Todas as partes do corpo interagem para funcionar eficazmente. Se uma parte do corpo sofre, todas as funções são afetadas. Quanto mais perto estivermos uns dos outros, mais pronta e poderosamente vamos sentir o impacto de seus problemas.


Quando interagimos socialmente e proveitosamente com os outros, a saúde melhora. 276 voluntários saudáveis foram expostos ao vírus do resfriado comum. Foram pesquisados os efeitos de diversos relacionamentos interpessoais. Os que relataram menor quantidade de relacionamentos tiveram quatro vezes mais risco de sofrer um resfriado que aqueles que relataram maior quantidade de relacionamentos. Essas diferenças não podem ser explicadas por fatores como imunidade, tabagismo, exercício, quantidade de sono, ingestão de álcool, e assim por diante. Foi demonstrado que a diversidade de relações é mais importante que o número total de pessoas com quem os indivíduos interagiam. Relações mutuamente encorajadoras e diversas aumentaram a resistência à infecção, pelo menos de acordo com esse estudo.


Tudo isso indica o que temos mencionado ao longo do trimestre: a saúde emocional, mental e espiritual pode ter efeito poderoso sobre a saúde física. Os tipos de relacionamentos interpessoais que partilhamos com os outros são centrais à saúde emocional e espiritual.


Certamente, existem ocasiões em que quase todos querem estar sós, mas isso não é o mesmo que fazer parte de uma comunidade maior que pode agir como grupo de apoio, especialmente em tempos de necessidade.


Como você pode se envolver melhor na vida de sua comunidade na igreja? Que sacrifícios serão necessários para que você se envolva mais? Que dons você possui e que podem beneficiar os outros?


Quarta

Ano Bíblico: Sl 51–55

Apoio mútuo

Reconhecendo os excelentes benefícios do serviço mútuo, podemos entender por que a Sra. White fez esta declaração em Medicina e Salvação: “Bondade cristã e fervorosa consagração devem ser constantemente manifestadas na vida” (p. 204). Uma pessoa pode ter todo o conhecimento teológico do mundo, mas, se não for bondosa, amorosa e não manifestar interesse pelos outros, que bem faz esse conhecimento? Esse parece ser o tema de Paulo em 1 Coríntios 13. Faríamos bem em ler esse capítulo inteiro de vez em quando e, então, nos perguntar como estamos seguindo o que Paulo diz.

5. Como devemos nos relacionar com os outros?


a. Jo 13:35
b. Rm 15:7
c. Ef 4:32
d. Cl 3:13
e. 1Ts 4:18
f. Tg 5:16
g. 1Pe 3:8
h. 1Pe 4:9
i. 1Jo 1:7


Uma virtude excelente do cristão é seguir o exemplo de Jesus em amar as pessoas apesar de suas fraquezas. Jesus amava os discípulos, não importando suas muitas negligências e fracassos. Ele era atencioso e inclusivo, mesmo quando estava sendo rejeitado e traído. Somos chamados a fazer o mesmo. Isso só pode acontecer quando Cristo atua em nossa vida, e Ele só pode fazer isso à medida que a Ele nos submetemos e Lhe permitimos agir e nós. Quando entendemos quanta graça e misericórdia nos foram estendidas por Deus, podemos começar a fazer o mesmo aos outros. Amar os amáveis e bondosos é relativamente fácil; quase todos fazem isso. É quando somos chamados a amar os que não nos amam, aqueles com quem é difícil nos entendermos, os que nos tratam mal e injustamente – isso requer a graça de Deus operando em nós.


Como você demonstra amor por aqueles que não são tão fáceis de amar? Como você pode melhorar nessa área? Como Jesus trataria essas pessoas? Vá e faça da mesma forma.


Quinta

Ano Bíblico: Sl 56–61

Servindo uns aos outros

Jesus viveu neste mundo para servir. Desde os primeiros dias de Seu ministério até o fim, Ele esteve a serviço da humanidade. De fato, de acordo com a Bíblia, ainda hoje, Ele está nos servindo (Hb 2:17, 18).


6. Cada um de nós foi criado com dons espirituais específicos para o serviço. Quais são os vários dons e serviços espirituais contidos nos versos a seguir?

a. Rm 12:4-8
b. 1Co 12:1-5
c. Ef 4:8-11


Como seres humanos, vimos que fomos criados para amar os outros, como Jesus amou. E quando fazemos isso, beneficiamos não apenas os outros. Beneficiamos também a nós mesmos.


Pense por um momento como você se sente bem quando ajuda as outras pessoas, quando dá abnegadamente de si mesmo sem a intenção de obter qualquer coisa em troca. Algo dentro de nós é tocado. Existe uma sensação de bem-estar; temos uma satisfação que, realmente, não se compara a nada neste mundo. E isso ocorre porque, dando de nós mesmos, estamos vivendo como fomos criados para viver. Estamos fazendo o que fomos criados originalmente para fazer.


Como vimos, uma perspectiva mental positiva da vida também pode ter efeito positivo sobre nós sob o aspecto físico.

Nosso corpo reage melhor quando nos sentimos em estado positivo, felizes e realizados. Portanto, não devemos nos admirar de que estudos científicos mostrem benefícios médicos de fazer o bem aos outros. Faz perfeito sentido: quando ajudamos os outros, nós mesmos nos sentimos melhor e, quando nos sentimos melhor, nosso físico também é melhorado. Que combinação perfeita!


Sexta

Ano Bíblico: Sl 62–67


Estudo adicional


Leia Ellen G. White: Patriarcas e Profetas p. 44-51: “A Criação”; Conselhos Sobre Saúde, p. 567-671: “Pureza social”; A Ciência do Bom Viver, p. 95-107: “Salvo para servir” e p. 497-502: “Desenvolvimento e Serviço”.

Muitos acham que seria grande privilégio visitar o cenário da vida de Cristo na Terra, andar pelos lugares por Ele trilhados, contemplar o lago à margem do qual Ele gostava de ensinar, e os montes e vales em que tantas vezes pousaram Seus olhos. Mas não necessitamos ir a Nazaré, a Cafarnaum ou a Betânia, para podermos andar nas pegadas de Jesus.

Acharemos os vestígios dos Seus passos ao lado do leito do enfermo, nas favelas, nas apinhadas avenidas das grandes cidades e em todo lugar em que há corações humanos necessitados de consolação.


“Temos de alimentar o faminto, vestir o nu, confortar o aflito e o sofredor. Devemos ajudar os que estão em desespero e inspirar esperança aos destituídos dela.


“O amor de Cristo, manifestado num ministério abnegado, será mais eficaz na reforma do malfeitor do que a espada ou o tribunal de justiça. Esses precisam incutir terror ao transgressor da lei, mas o amorável missionário pode fazer mais que isso. Muitas vezes, o coração que se endurece sob a reprovação abranda-se ante o amor de Cristo” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 105, 106).


Perguntas para reflexão


1. Pense mais na ideia de que, feitos à imagem de Deus, nossos primeiros pais eram um pouco semelhantes a Cristo, embora ainda tivessem muito a aprender. Como isso nos ajuda a entender que precisamos de um Salvador? (Afinal, podemos nos comparar a Jesus e ver a que distância caímos.)
2. Considere sua situação na igreja, e considere com sua classe da Escola Sabatina se a qualidade de comunhão pode ser melhorada. O que você pode pessoalmente fazer para melhorar o nível de comunhão dentro de sua igreja? O que sua classe pode fazer como um todo para fortalecer as relações em sua igreja? Como sua igreja lida com aqueles que têm necessidades especiais, como os inválidos?
3. Comente com a classe os benefícios e a felicidade provenientes de servir aos outros. Por que obtemos tanta satisfação em servir aos outros? Que coisas nos impedem de fazer isso com maior frequência? Como podemos, pelo poder de Cristo, combater o egoísmo inerente em nós que nos conserva concentrados em nós mesmos e nossas próprias necessidades, em lugar das necessidades dos outros? Qual é sua experiência com o egoísmo? Isto é, você sentiu em sua própria vida como é insatisfatória e vazia a existência quando vivemos com egoísmo?

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