quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O que a Bíblia ensina sobre uso de imagens?


Muitos cristãos utilizam desenhos e pinturas de personagens bíblicos, inclusive de Jesus. Alguns têm chegado a fazer esculturas representando cenas bíblicas. Isso não é proibido pelo segundo mandamento?

No segundo mandamento da lei de Deus, lemos o seguinte: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto” (Êx 20:4, 5). Um dos princípios mais importantes para entender a Bíblia é jamais ler apenas o trecho de uma frase, deixando de lado seu contexto. Somente quando lemos o texto completo, podemos entender seu sentido.

O segundo mandamento – Vejamos como esse princípio é importante. Se usarmos partes isoladas do segundo mandamento, poderemos chegar a conclusões absurdas. O texto diz, por exemplo: “Não farás para ti imagem de escultura.” Logo, se eu fizesse uma imagem ou desenho (para ser adorado ou não) e o desse para outra pessoa, não haveria pecado nenhum.

Além disso, o texto declara: “Nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” Fora de contexto, isso significaria que não posso ter flores ou frutas artificiais ornamentando a casa, nem pinguim de geladeira, maquetes de construções, réplicas do corpo humano para estudantes de medicina. Eu também não poderia dar um boneco ou boneca a uma criança, nem dar-lhe papel e lápis para que ela faça um desenho. Ninguém defenderia tal extremo, mas é isso que a frase afirma, se a lermos de maneira isolada.

Como, então, entender o segundo mandamento? O objetivo de um texto geralmente fica mais claro no seu fim, na sua conclusão. Observe: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto.” Em outras palavras: Não faça representações ou figuras de qualquer pessoa ou coisa com o objetivo de adorá-las. Esse é o sentido do segundo mandamento.

Como podemos ter certeza de que o segundo mandamento realmente tem esse significado, e que ele não proíbe qualquer tipo de arte visual? Tudo que precisamos fazer é ver o que outros textos bíblicos têm a dizer sobre o assunto.

Artes visuais na Bíblia – No Antigo Testamento, o uso da arte na religião não era proibido. A habilidade artística era considerada um dom de Deus (Êx 31:2-5). Alguns dos móveis do tabernáculo foram decorados com representações de flores e frutas (Êx 25:31-36; 1Rs 6:29), o véu que cobria o tabernáculo e o véu que havia dentro dele tinham figuras de querubins (Êx 26:1, 31) e havia dois querubins de ouro e cima da arca da aliança (Êx 25:17-20). Deus mandou construir uma serpente de escultura, para que fossem curadas todas as pessoas que olhassem para ela (Nm 21:8, 9).

No templo de Salomão, a arca foi colocada entre dois querubins de tamanho grande, confeccionados por ordem de Salomão (1Rs 6:23), a pia grande estava apoiada em 12 touros de metal (1Rs 7:25), e os móveis tinham figuras de leões, touros e querubins (v. 29). Objetos artísticos em forma de romãs e lírios foram usados para decorar o próprio edifício (v. 15-22). O trono real possuía arte decorativa em forma de leões (1Rs 10:19).

Mesmo no local de adoração a Deus havia “imagens de escultura” e representações visuais ou “semelhança” de coisas que “há em cima nos céus” e “na terra”. Além disso, no templo de Salomão e em seu palácio havia diversas imagens. Mas, claramente, nenhuma dessas representações artísticas tinha o objetivo de ser venerada ou adorada. Portanto, o problema não é o uso dessas artes visuais, mas o mau uso delas. Mesmo objetos confeccionados por ordem de Deus podem ser usados de maneira distorcida. Prova disso é que a serpente de bronze tornou-se, posteriormente, objeto de adoração e, por isso, foi destruída pelo rei Ezequias (2Rs 18:4).

Artes visuais no cristianismo – Imagens decorativas retratando temas religiosos (por exemplo, peixes, pombos, profetas, etc.) são encontradas no início do cristianismo, em catacumbas e locais de reunião. Mas essas imagens tinham o mesmo objetivo que aquelas mencionadas na Bíblia.

Apenas no século 7º, a veneração de imagens se tornou amplamente difundida entre os cristãos. Os católicos argumentam que não adoram as imagens religiosas, mas apenas as “veneram” e as usam para se aproximar dos santos por elas representados. Entretanto, não podemos concordar nem mesmo com esse uso, porque a Bíblia ensina que é apenas por meio de Cristo que nos aproximamos de Deus (Jo 14:6; Rm 8:34; 1Tm 2:5) e que os justos mortos estão inconscientes na sepultura até a ressurreição (Sl 115:17; Ec 9:5, 10; Mt 16:27; 1Co 15:51-55; 1Ts 4:13-18).

Aplicações atuais – A Bíblia, portanto, não condena o bom uso de figuras e imagens religiosas. Apesar disso, são necessários bom senso e precaução ao usar artes visuais na igreja. O uso exagerado desse recurso poderia dar a impressão de que o consideramos essencial na adoração a Deus. Alguns cristãos, que não estudaram o assunto mais profundamente, poderiam interpretar como idolatria o uso de determinados objetos na igreja.

Outro aspecto a ser considerado é a representação de Deus. Cremos que ilustrações de personagens bíblicos (incluindo Jesus e os seres angelicais), já contemplados por seres humanos, são aceitáveis quando não destinadas à veneração e quando não desvirtuam o caráter do respectivo personagem. Mas Deus, o Pai, “que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver” (1Tm 6:16), jamais deveria ser reproduzido pela imaginação humana. Mesmo cenas bíblicas deveriam ser representadas de maneira respeitosa e fiel à descrição bíblica.

Com base no ensino bíblico sobre imagens, que consideramos acima, a escritora cristã Ellen G. White faz aplicações corretas à nossa época: “Alguns condenam figuras, alegando que são proibidas pelo segundo mandamento, e que todas as coisas desse gênero deveriam ser destruídas. [...] O segundo mandamento proíbe o culto das imagens. Deus mesmo, porém, utilizou figuras e símbolos para apresentar a Seus profetas as lições que deveriam ser dadas ao povo, para que, dessa forma, pudessem se entendidas melhor que de qualquer outra maneira. Isso apela para nossa compreensão, por meio do sentido visual” (Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh-day Adventists, p. 212).

(Matheus Cardoso é editor associado da revista Conexão JA e editor assistente de livros na Casa Publicadora Brasileira; colabora na seção “Perguntas” do blog www.criacionismo.com.br)

Fontes:

Alberto R. Timm, “Idolatria”; Ángel Manuel Rodríguez, “Art or Idol?”; George W. Reid, “Statuary and the Second Commandment”; Gleason Archer, Enciclopédia de Temas Bíblicos: Respostas às principais dúvidas, dificuldades e “contradições” da Bíblia (São Paulo: Vida, 2001), p. 103.

domingo, 24 de outubro de 2010

"Como Folhas de Outono..." 22

Semana de Oração Jovem conduzida pelo Pr. Areli Barbosa no IAENE em 2008, com o título "Vivo por Jesus". O Pr. Areli nasceu em Castro/PR, formando-se em Teologia em 1988 no UNASP C1, em São Paulo. Atuou como pastor assistente na IASD Central de Curitiba, pastor distrital em Francisco Beltrão e Telêmaco Borba, PR e em Poços de Caldas, MG. Foi líder de jovens da Associação Mineira Sul, Associação Paulista Oeste e Associação Planalto Central. Atualmente é o líder do Ministério Jovem da Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

"O Ministério Jovem é uma área muito importante da igreja, porque lida diretamente com o bem mais precioso das famílias, os filhos. Este ministério tem a responsabilidade de direcionar e apoiar a juventude nos seus mais variados desafios. Nossa igreja tem a responsabilidade profética da pregação do evangelho a este mundo e isto nos torna diretamente responsáveis em levar o evangelho a todo mundo. A grande expectativa que tenho é ver a moçada seguindo princípios, entendendo a responsabilidade e se envolvendo nos negócios da igreja para que possamos ver Jesus voltar logo." (Pr. Areli Barbosa)

01) - Semelhante a Jesus
02) - Entra na Arca
03) - Escolhas
04) - Pais e Filhos
05) - Perdão
06) - Sonhos
07) - Quanto Custa?
08) - Santa Ceia
09) - Sonhos de Deus

Capelas

a) - Namoro
b) - Sexualidade
c) - Não brinque com o pecado
d) - Fé incomum

Incentivamos mais uma vez a que não se esqueçam de duplicar, "como folhas de outono", atendendo ao "ide" do Mestre. E descansem no Senhor.

Soli Deo Gloria

"Disseminai-os como as folhas no outono. Esse trabalho deverá continuar sem estorvo de pessoa alguma. Almas perecem sem Cristo. Sejam elas advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu." (Testemunhos Seletos V3 - Pág. 235)

Outras programações:
Séries "Como folhas de outono..."
Diário da Profecia.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jônatas: Nascido para a grandeza


Lição 442010


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Mc 7–9

VERSO PARA MEMORIZAR: “Disse... Jônatas ao seu escudeiro: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura, o Senhor nos ajudará nisto, porque para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos” (1 Samuel 14:6).

Leituras da semana: 1Sm 14:6-13, 24-46; 18; 19; 31:1-7; 2Sm 1:5-12; 2Rs 6:8-17

Sob todas as perspectivas, Jônatas deveria ter sido um jovem mimado, ganancioso e egoísta que acreditava que, como filho privilegiado, tudo lhe era devido. E por que não? Ele era o filho mais velho do primeiro rei de Israel. Era popular e amado por seu povo, excelente orador, importante soldado e líder militar. Pelos padrões do mundo, ele tinha tudo. Havia nascido para “a grandeza”.


No entanto, o Céu usa uma medida diferente de grandeza – e Jônatas, curiosamente, foi um dos poucos que estiveram dispostos a voltar as costas ao que o mundo considera grande e, ao contrário, buscar um tipo diferente de “grandeza” – a grandeza de Deus.


Na vida de Jônatas, aprendemos a avaliar a vida pelos olhos do Céu. O que torna grande uma vida? O que a faz digna? Quais são as coisas importantes neste mundo, e quais não são?


A história de Jônatas nos ajuda a responder a essas perguntas. Também nos diz que, se decidirmos, nós também, podemos ser grandes aos olhos de Deus – não importando onde nascemos, quem são nossos pais, e quanta riqueza e talento tenhamos.


Domingo

Ano Bíblico: Mc 10–12


O elevado ofício da amizade

A amizade é diferente da maioria das outras relações, que com frequência são legalmente reguladas e controladas. Em muitas culturas, os pais escolhem o cônjuge para os filhos. Evidentemente, nenhum de nós chegou a escolher pais, irmãos e a família mais ampla.


Porém, podemos escolher os amigos. A amizade atravessa todas as fronteiras. A amizade também pode influenciar outras relações. Cantares de Salomão 5:16 nos mostra o papel da amizade em uma relação matrimonial. A verdadeira amizade é uma relação completamente voluntária, e talvez seja por isso que é tão envolvente. Não requer que se cumpra a letra da lei mas, ao contrário, destaca o dar de si mesmo.

1. 1 Samuel 18:1 descreve a amizade entre Jônatas e Davi. Diz que “surgiu tão grande amizade entre Jônatas e Davi que Jônatas tornou-se o seu melhor amigo” (NVI). Que características de amizade são destacadas em Êxodo 33:11; Jó 16:20, 21; Provérbios 17:17; 27:9; Eclesiastes 4:10; e Jo 15:13-15?

A maioria de nós esperaria que u’a mãe esteja preparada para morrer a fim de salvar a vida de seu filho ou que um homem proteja a família, seja qual for o custo para si mesmo. Essas fortes relações são admiráveis, normais e um reflexo do amor de Deus por nós. Mas esse é um instinto que compartilhamos com muitas espécies de animais.


A amizade é muito mais que instinto. A verdadeira amizade deve ser nutrida pela comunicação. Os amigos existem para ajudar em todos os desafios da vida, não só para compartilhar os “momentos agradáveis”. Podemos formar o presente e o futuro dos nossos amigos oferecendo conselhos sábios, encorajamento e pela oração em seu favor. Jônatas evidenciou essas características em sua amizade com Davi. Jônatas mostra que amizade envolve mais do que conversa; um amigo está pronto a dar ajuda prática, mesmo sob grande risco pessoal. Frequentemente, Jônatas intercedia por Davi perante seu pai, o rei Saul (1Sm 19:4). Jônatas tomava tempo e enfrentava dificuldades para encontrar Davi quando este era fugitivo e para encorajá-lo no Senhor (1Sm 23:16).

Você já traiu um amigo? Já foi traído por um amigo? Que lições você aprendeu? Que traços de caráter você precisa mudar a fim de ser melhor amigo?



Segunda

Ano Bíblico: Mc 13, 14

Uma grande vitória

Israel vivia um momento de extrema crise. Os filisteus se haviam ajuntado para lutar contra Israel com carros e soldados que pareciam tão numerosos quanto os grãos de areia numa praia. O exército israelita era numericamente inferior e muito mal equipado. Só Saul e Jônatas pareciam ter espadas ou lanças de ferro, pois os filisteus controlavam firmemente a indústria de ferreiro. Realmente, todos os israelitas tinham que levar as ferramentas para ser consertadas ou afiadas por ferreiros filisteus (1Sm 13:19-22). Você pode imaginar um bando israelita equipado com varas, machados e fundas, enfrentando um vasto exército filisteu com armas de última geração? Não é de admirar que o exército de Saul tivesse uma taxa recorde de deserção.

2. Pense no verdadeiro equilíbrio de forças em nossas batalhas, se formos submissos ao Senhor. Veja 2Rs 6:8-17. Que esperança podemos obter desse episódio?

Jônatas não se intimidava pelo que os outros pensavam. Não lamentava a falta de fé e confiança de Israel. Em vez disso, decidiu fazer algo. Jônatas não confiou nas próprias forças. Ele sabia que Deus é muito maior que o problema que Israel enfrentava. Ele não se considerava nenhum tipo de salvador ou herói. Sabia que Deus pode salvar por qualquer meio que escolher, e então, colocou-se à disposição de Deus. E o Senhor escolheu usá-lo e ao seu escudeiro, seguindo-se uma vitória incrível.

3. Que passos deu Jônatas antes de subir até a guarnição inimiga? 1Sm 14:6-13

Às vezes, a linha que separa a fé da presunção pode parecer muito clara. Jônatas não dependia só de suas impressões. Ele consultou outras pessoas tementes a Deus e partilhou com elas seus planos e ideias. Jônatas entendia que Deus não está limitado, e não tentou manipulá-Lo. Ofereceu-se para ficar ou ir, conforme Deus lhe revelasse por meio do sinal que ele propôs. Finalmente, quando obteve a resposta “vá em frente”, ele não vacilou, mas se empenhou imediatamente em vencer o desafio.

Quais são suas batalhas pessoais? Como você pode aprender a confiar em Deus nestas situações? Como você pode confiar em Deus mesmo quando as coisas não vão como você esperava ou conforme orou?



Terça

Ano Bíblico: Mc 15, 16


Relação pai-filho

4. Como você descreveria a relação entre Jônatas e Saul? Como se situava Jônatas no conflito entre Saul e Davi? 1Sm 19:1-7

Exatamente que tipo de pai foi Saul quando Jônatas era criança, não sabemos, mas sabemos que na vida posterior Saul não foi digno de admiração. Ele era muito egoísta, mal-humorado, ciumento, irracional e, às vezes, neurótico. Jônatas, porém, em sua vida e seu relacionamento com o pai, deu testemunho de uma aplicação prática do mandamento de Êxodo 20:12, que nos manda honrar os pais.

5. De que forma Jônatas demonstrou respeito e submissão ao pai? Ele teria motivos para se rebelar contra a ordem intempestiva do pai? 1Sm 14:24-46


Honrar os pais significa muito mais que oferecer um cartão ou um presente ocasional. Jônatas permanecia ao lado do pai em suas ocasiões de crise; ele o apoiava, também, apesar do que o pai queria lhe fazer.


E nós, também, honramos os pais quando os apoiamos em tempos de crise, como na enfermidade ou na perda do emprego. Temos a obrigação bíblica de sustentar os pais emocional e também materialmente (veja 1Tm 5:8). Honrar os pais não é uma atividade subjetiva, passiva. Jônatas demonstrou que isso frequentemente envolve oferecer conselho respeitoso e sensato. Honrar os pais não significa suspender nosso próprio julgamento ou defender os erros dos pais, segui-los cegamente nem tolerar o mal. Significa, porém, que temos obrigações especiais para com eles, não importando o tipo de pessoas que sejam.

Seguindo o exemplo de Jônatas, que coisas práticas você pode fazer para melhorar o relacionamento com seus pais, irmãos e outros membros da família, especialmente se não forem cristãos?


Quarta

Ano Bíblico: Lc 1, 2


Tomando o segundo lugar

Uma das principais tendências na sociedade atual é culpar os pais pela maioria (se não, por todos) dos problemas na vida. Na verdade, algumas pessoas herdam dos pais uma bagagem emocional muito pesada. Não podemos negar esse fato.


Porém, parece que as últimas décadas viram um incrível aumento nessa tendência infeliz. Culpamos não só os pais, mas, às vezes, irmãos, professores, circunstâncias – qualquer coisa ou qualquer pessoa a fim de nos livrar da responsabilidade pelas próprias circunstâncias.


Embora todos estejamos sujeitos às circunstâncias além do nosso controle e até vítimas delas – a vida de Jônatas mostra que podemos transformá-las, ao menos até certo ponto. Ele tinha o direito de culpar o pai pela maioria de suas dificuldades. Se Saul tivesse sido fiel, Jônatas teria obtido o trono. No entanto, escolheu não culpar ninguém. Ele tinha um bom senso de valor próprio. Em vez de se deixar envolver pela amargura e ressentimento, ele acreditou que Deus sabia o que era melhor e, então, escolheu fazer o que podia com o que tinha. Provavelmente, não foi fácil para Jônatas manter a fé e confiança em Deus quando percebeu que Deus havia escolhido Davi, em lugar dele mesmo, para se tornar o rei seguinte.

6. Descreva a reação de Jônatas ao fato de que Davi seria rei em seu lugar. O que isso nos diz sobre Jônatas? 1Sm 23:17. Contraste essa atitude com aquela mencionada em Isaías 14:13, 14; 1Rs 1:5 e Mc 10:35-37. Qual é a diferença?

Quando temos a identidade segura em Deus, podemos enfrentar rejeição ou crítica sem nos sentir desolados nem perder o senso de valor próprio. Grande parte de ter nossa identidade segura em Deus envolve experiência e relacionamento com Ele. Jônatas já havia tido uma dramática experiência pessoal com Deus na vitória sobre os filisteus em 1 Samuel 14.


A história posterior da família de Davi está marcada por rebeliões e disputas internas. Tanto Absalão como Adonias quiseram usurpar o trono de seu pai, Davi. Eles estavam pouco dispostos a permitir que Deus escolhesse o novo rei. A atitude de Jônatas estava em total contraste com esse espírito egoísta. Ele se dispôs a tomar o segundo lugar, tentando inspirar harmonia e reconciliação entre o pai e o amigo Davi (1Sm 19:4). Deixou um verdadeiro exemplo de um líder servidor, preparando-se para assumir o segundo lugar, ou até o terceiro.

Usando Jônatas como exemplo, o que você pode fazer quando não obtém o emprego, a posição ou o respeito a que julga ter direito? Como você pode controlar os sentimentos de rejeição, inveja e ódio?



Quinta

Ano Bíblico: Lc 3–5

Quando a vida não é justa

7. Qual foi o fim de Jônatas? Como entender isso? 1Sm 31:1-7; 2Sm 1:5-12


Quase todos nós fomos ensinados que, no fim, os bons sempre ganham e que colhemos o que semeamos. Frequentemente, levamos isso adiante e cremos que uma boa pessoa deve ter uma vida longa e boa, e que os maus podem esperar uma vida problemática e breve. Embora saibamos que o bem vencerá o mal no fim, quando Jesus voltar, a realidade é que os bons nem sempre ficam bem nesta vida e que os maus nem sempre se dão mal. Às vezes, até somos castigados por fazer o que é certo. Muitas vezes, Deus interfere e salva miraculosamente e protege Seus filhos, mas nem sempre é assim.

8. Mencione alguns personagens da Bíblia que, embora tenham sido fiéis, não receberam o que mereciam? Gn 39:10-20; Jó 1, 2


Jônatas foi para Davi um amigo verdadeiro e fiel. Ele era intercessor e tentou o melhor que pôde para fazer as pazes entre Davi e Saul. Jônatas não era orgulhoso e estava disposto a abrir mão de seu direito ao trono. Igualmente, ele estava disposto a aceitar Davi como rei. Ele também era um bom filho. Deus já havia usado Jônatas antes para pôr em fuga um exército inteiro, e agora, o exército israelita mais uma vez enfrentava os filisteus. Talvez Jônatas pensasse que, uma vez mais, Deus operaria um milagre para salvar Israel. Naquele dia, Jônatas caiu no campo de batalha (1Sm 31:2).


Como João Batista, Jônatas é um exemplo dos que não conseguem alcançar o que parecem merecer na vida. Eles sofrem frequentemente, perdem posições de honra por causa de Cristo e, às vezes, até caem no posto de dever. Por mais insignificante ou até inútil que sua vida e sacrifício possam parecer, eles são figuras-chave nos planos de Deus. São motivados e sustentados pelo amor e pela presença de Jesus. Nascem para a grandeza – não necessariamente a grandeza que o mundo entende ou exalta, mas uma grandeza que vai além de nossas expectativas e conceitos humanos.


Sob a nossa perspectiva, acontece muita coisa que não faz sentido nem parece justo. Mas a promessa é de que, um dia, todas as coisas serão esclarecidas, e teremos as respostas para o que agora nos parece insondável.

Leia 1 Coríntios 4:5, 13:12, Romanos 8:28, e Apocalipse 21:4. Que esperança você pode tirar dessas passagens quando enfrentamos perguntas difíceis.



Sexta

Ano Bíblico: Lc 6–8


Estudo adicional

No relatório daqueles que, mediante a abnegação, entraram na comunhão dos sofrimentos de Cristo, acham-se os nomes de Jônatas e de João Batista, aquele no Antigo Testamento e este, no Novo.


“Jônatas – por nascimento herdeiro do trono e não obstante ciente de que fora posto de lado pelo decreto divino; o mais terno e fiel amigo de seu rival Davi, cuja vida ele protegia com perigo da sua própria; firme ao lado do pai através dos tenebrosos dias de seu poder em declínio, e a seu lado tombando ele mesmo finalmente – acha-se o seu nome guardado como tesouro nos Céus, e na Terra permanece como testemunho da existência e do poder do amor abnegado.


“João Batista abalou a nação, por ocasião de seu aparecimento, na qualidade de arauto do Messias. De uma para outra parte seus passos eram seguidos por vastas multidões constituídas de pessoas de todas as classes e condições. Mas quando chegou Aquele de quem ele dera testemunho, tudo mudou. As multidões acompanharam Jesus, e a obra de João parecia encerrar-se rapidamente. Contudo, não houve vacilação na sua fé. ‘É necessário’, disse ele, ‘que Ele cresça e que eu diminua’” (Jo 3:30; Ellen G. White, Educação, p. 156, 157).

Perguntas para consideração


1. Como saber qual é a diferença entre fé e presunção? Quando e como podemos pedir sinais a fim de saber qual é a vontade de Deus para nós?
2. Algumas culturas promovem a passividade como uma virtude, enquanto outras a consideram algo negativo. Jônatas estava disposto a tomar o segundo lugar. Isso é o mesmo que ser passivo? Um cristão deve ser passivo? Nesse caso, quando? Se não, por que não?
3. Como você pode explicar a um amigo não cristão os benefícios de ser cristão, se ele vir que você também fica doente, perde o emprego ou sofre a perda de parentes?

Respostas sugestivas:


Pergunta 1: As pessoas têm liberdade para falar com seus amigos, até podem brincar com eles. Mas amam, aconselham, ajudam e atendem à sua vontade.
Pergunta 2: Deus fará maravilhas por nós.
Pergunta 3: Orou a Deus, acreditou que Deus era maior que seus adversários, pediu um sinal e agiu conforme a resposta de Deus.
Pergunta 4: Jônatas intercedia por Davi diante do rei, seu pai.
Pergunta 5: Jônatas se submeteu à sentença de morte de Saul, seu pai. Saul havia dado uma ordem imprudente, mas o diálogo é mais produtivo que a rebelião.
Pergunta 6: O estabelecimento de dinastias ainda não era um costume arraigado em Israel. Jônatas reconheceu em Davi o ungido do Senhor e humildemente aceitou seu papel de segundo no reino.
Pergunta 7: Foi morto em batalha, juntamente com o pai. Nem sempre o justo está livre das desgraças do mundo.
Pergunta 8: José, Jó, Jeremias, Isaías, entre outros

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Universo pode acabar em 3,7 bilhões de anos?

O Universo poderá desaparecer em cerca de 3,7 bilhões de anos, revelam astrofísicos americanos e japoneses que questionam a teoria sobre a expansão permanente espaço-tempo. “É improvável que o Universo acabe durante nossa vida, mas há 50% de possibilidade de que o tempo tenha fim em cerca de 3,7 bilhões de anos”, assinalaram os cientistas. Na opinião desse grupo de cientistas, certos métodos e hipóteses utilizados há muito tempo pelos astrofísicos, e seu recurso a um limite arbitrário para o tempo com o qual calculam as probabilidades de um universo de expansão infinita, levam de fato à conclusão de que o tempo terá um fim. “Em outras palavras, esse limite de tempo, considerado unicamente como ferramenta de cálculo estatístico, se comporta de fato como um evento físico real”, explica Raphael Bousso, astrofísico da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), um dos autores do estudo, publicado no site arXiv.org.

“Se esta conclusão não é correta, significa que uma das hipóteses do modelo matemático é errada, o que seria extremamente interessante para os astrofísicos, que durante tanto tempo a consideraram muito razoável.”

“É muito importante compreender que não afirmamos nossa certeza sobre essa conclusão de que o tempo terá um fim, mas não podemos excluir a possibilidade de que isso ocorra”, destacou Bousso. Segundo a teoria amplamente aceita, o Universo nasceu do Big Bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos, e se expande a uma velocidade que se acelera exponencialmente e até o infinito.

(Folha.com)

Nota: O fato é que, do ponto de vista naturalista, o Universo e a vida, mais cedo ou mais tarde, estarão fadados à extinção. Uma existência à luz dessa perspectiva acaba esvaziada de sentido, pois todas as realizações humanas, sonhos e esperanças, se se limitam a essa compreensão, são vãos. Mas a Bíblia apresenta outro ponto de vista a respeito do futuro; e há esperança nesse cenário. Muito antes dos supostos 3,7 bilhões de anos, Jesus voltará a este mundo para resgatar os que aceitaram Seu plano de salvação. Confira aqui e não deixe de acompanhar as palestras Tempo de Esperança, com o Pr. Luís Gonçalves (mais informações aqui).

Criacionismo

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Profecias para o Tempo do Fim

Roberto Motta é paulista, nascido na capital do Estado. No ano de 1986 formou-se em Teologia pelo Seminário Latino-Americano de Teologia - SALT. Desde cedo demonstrou vocação para o evangelismo. Ainda como estudande de Teologia, dirigiu várias semanas de oração. Em 2001, concluiu o mestrado em Teologia, aprimorando seus conhecimentos.

Motta iniciou seu ministério como obreiro bíblico na equipe de Evangelismo coordenada pelo pastor Samuel Rodrigues. Foi Capelão do Colégio Adventista Maranata em Guarulhos; pastor distrital em Itaim Paulista; evangelista e diretor de Saúde e Temperança por 10 anos na APL - Associação Paulista Leste; evangelista e diretor de Saúde e Temperança na AP - Associação Paulistana e depois, nas mesmas funções por 4 anos na MPV - Missão Paulista do Vale.

No final de 2006, foi chamado para ser o evangelista e diretor de Missão Global na Associação Paulista Oeste.

Roberto Motta dirigiu ao longo de seu ministério mais de 100 séries de conferências em todo o Brasil. No exterior, entre conferências e semanas de oração foram 52 nos EUA e na Europa. Além disso, realizou centenas de semanas de oração pelo Brasil e exterior.

01) - Introdução ao Estudo das Profecias
02) - A Doutrina da Revelação
03) - A Trindade
04) - A origem do mal
05) - Daniel 2
06) - Daniel 7 e Mateus 24 - Sinais da Volta de Jesus
07) - A mortalidade da alma
08) - O Milênio e as Duas Ressurreições
09) - Justificação
10) - O juízo
11) - Daniel 8:14 - Até Duas Mil e Trezentas Tardes e Manhãs
12) - Dom de Línguas - Uma Análise do Movimento Carismático
13) - Mordomia Cristã x Teologia da Prosperidade
14) - A Lei do Amor
15) - Sábado, um Dia de Descanso
16) - A Igreja Verdadeira
17) - O Selo de Deus e a Marca da Besta
18) - Apocalipse 12 e 13
19) - A Conduta Cristã
20) - O Espírito de Profecia
21) - O Batismo Bíblico

Os vídeos desta mesma série também estão disponíveis e podem ser acessados aqui.

Outras séries disponíveis em "Estudos Proféticos".

Diário da Profecia.

domingo, 17 de outubro de 2010

Conquistando o Impossível

"Não sabes, não ouviste que o Eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, nem se cansa, e nem se fadiga? Não há esquadrinhação do seu entendimento. Dá vigor aos cansados e multiplica as forças aos que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fadigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fadigarão". Isaias 40.28-31.




Deus dá força para você vencer todos os seus medos, confie em Deus. Não trabalhe sozinho como o Kiwi, mas deixe Deus trabalhar juntamente com você, e verá que todos os seus sonhos serão realizados.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Candidatos camaleônicos buscam a Deus como “aliado”

Deu na revista Época desta semana: “A religião não é um tema estranho às campanhas políticas no Brasil. A cada par de eleições, o assunto emerge da vida privada e chega aos debates eleitorais em favor de um ou outro candidato, contra ou a favor de determinado partido. Em 1985, o então senador Fernando Henrique Cardoso perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo depois de um debate na televisão em que não respondeu com clareza quando lhe perguntaram se acreditava em Deus. Seu adversário, Jânio Quadros, reverteu a seu favor uma eleição que parecia perdida. Quatro anos depois, na campanha presidencial que opôs Fernando Collor de Mello a Lula no segundo turno, a ligação do PT com a Igreja Católica, somada a seu discurso de cores socialistas, fez com que as lideranças evangélicas passassem a recomendar o voto em Collor – que, como todos sabem, acabou vencendo a eleição. Esses dois episódios bastariam para deixar escaldado qualquer candidato a um cargo majoritário no país. Diante de questões como a fé em Deus, a posição diante da legalização do aborto ou a eutanásia, ou o casamento gay, o candidato precisa se preparar não apenas para dizer o que pensa e o que fará em relação ao assunto se eleito – mas também para o efeito que suas palavras podem ter diante dos eleitores religiosos. Menosprezar esse efeito foi um dos erros cometidos pela campanha da candidata Dilma Rousseff, do PT. Nos últimos dias antes da eleição, grupos de católicos e evangélicos se mobilizaram contra sua candidatura por causa de várias declarações dela em defesa da legalização do aborto. Numa sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, em 2007, Dilma dissera: ‘Olha, eu acho que tem de haver a descriminalização do aborto.’ Em 2009, questionada sobre o tema em entrevista à revista Marie Claire, ela afirmou: ‘Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública.’ Finalmente, em sua primeira entrevista como candidata, concedida a Época em fevereiro passado, Dilma disse: ‘Sou a favor de que haja uma política que trate o aborto como uma questão de saúde pública. As mulheres que não têm acesso a uma clínica particular e moram na periferia tomam uma porção de chá, usam aquelas agulhas de tricô, se submetem a uma violência inimaginável. Por isso, sou a favor de uma política de saúde pública para o aborto.’

“Tais declarações forneceram munição para uma campanha contra Dilma que começou nas igrejas, agigantou-se na internet e emergiu nos jornais e na televisão às vésperas do primeiro turno. Foi como se um imperceptível rio de opinião subterrâneo se movesse contra Dilma. Esse rio tirou milhões de votos dela e os lançou na praia de Marina Silva, a candidata evangélica do PV. Segundo pesquisas feitas pela campanha de Marina, aqueles que desistiram de votar em Dilma na reta final do primeiro turno – sobretudo evangélicos – equivaleriam a 1% dos votos válidos. Embora pequeno, foi um porcentual que ajudou a empurrar a eleição para o segundo turno, entre Dilma e o candidato José Serra, do PSDB. Mais que isso, a discussão sobre a fé e o aborto se tornou um dos temas centrais na campanha eleitoral.

“A polêmica religiosa deu à oposição a oportunidade de tomar a iniciativa na campanha política, pôs Dilma e o PT na defensiva e redefiniu o segundo turno. Na sexta-feira, quando foram ao ar as primeiras peças de propaganda eleitoral gratuita, o uso da carta religiosa ficou claro. Dilma agradeceu a Deus, se declarou ‘a favor da vida’ e disse que é vítima de uma ‘campanha de calúnias’, como ocorreu com Lula no passado. O programa mencionou a existência de ‘uma corrente do mal na internet’ contra ela. Serra se apresentou como temente a Deus, defensor da vida e inimigo do aborto (apesar de seu partido, o PSDB, ter apresentado nos anos 90 um projeto de legalização do aborto no Senado). Pôs seis grávidas em cena e prometeu programas federais para ‘cuidar dos bebês mesmo antes que eles nasçam’.

“Agora, atônito, o mundo político discute que tipo de efeito a discussão sobre valores religiosos terá sobre a votação de 31 de outubro. E como ela afetará o Brasil no futuro. Tradicionalmente, o cenário político brasileiro tem sido dominado por temas de fundo econômico – como inflação, desemprego, previdência e salário mínimo – ou social – como pobreza, segurança, educação e saúde. Mas a elevação do padrão de vida dos pobres e a superação das necessidades elementares de sobrevivência podem ter começado a abrir espaço para aquilo que, em democracias mais maduras, é conhecido como ‘agenda de valores’. Ela reúne temas como fé, aborto, eutanásia, ensino religioso, casamento entre homossexuais ou pesquisas com manipulação genética. ‘Ninguém mais vai se eleger para um cargo executivo facilmente com um programa que prevê a legalização do aborto’, afirma Ary Oro, estudioso de religião e política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. ‘É impossível ignorar a força numérica, demográfica e eleitoral da religião.’”

Nota: Por mais que queiram limitar a discussão sobre o aborto à esfera religiosa, como bem demonstrou o jornalista Nilson Lage, o assunto vai além disso. Não é preciso ser religioso para ser contra a liberação da matança indiscriminada praticada por pessoas que só se preocupam em “gozar a vida” (para outras situações extremas, como risco de vida para a mãe e o bebê, a lei já dá conta do recado). Chama atenção, também, a postura camaleônica dos dois candidatos à presidência. Para agradar a ala evangélica que, segundo dizem, garantiu um segundo turno inesperado, de repente, Dilma e Serra passam a se referir mais amiúde a Deus e à fé. O candidato do PSDB, seguidor de mapa astral, agora é cristão devoto. Dilma idem. Como bem disse um amigo meu, se houvesse uma eleição por mês, em pouco tempo todos os candidatos se tornariam cristãos. Esse oportunismo que segue a onda da opinião pública é objetável. Preferiria votar num(a) candidato(a) que assumisse sua posição com firmeza e defendesse o que considera correto, a despeito das opiniões em contrário. Afinal, como escreveu Ellen White, “a maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57).[MB]

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nova Chance



Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço.

Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que, ao contrario do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos. O que ele mais gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.

Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.

Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres: "Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai.

Mais tarde chamou o filho, o levou ate o celeiro e disse:
- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que e meu, e sei qual será o seu futuro.
Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você.
E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos.
É por isso que eu construí esta forca, sim, ela é para você, e quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela. "O jovem riu, achou absurdo, mas, para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso pudesse ocorrer.

O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:

- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, é tarde demais.
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava.

A passos lentos se dirigiu até lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:
- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos esta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada.

Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:
- Ah , se eu tivesse uma nova chance...

Então pulou, sentiu por um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz caiu no chão, e sobre ele caiam jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes; a forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia: Essa é a sua nova chance, eu te Amo muito.Seu pai.

E você , está buscando uma nova chance . Profetize sobre o seu caminho se este se tornou um "vale de ossos secos" (Ez 37:1,9) e clame ao Espírito do Senhor para que venha dos quatro ventos Seu sopro e confie, pois a benção já é sua e onde havia morte haverá Vida , Vitória e Alegria em Nome de JESUS. Essa é a sua nova chance também , pois o Senhor te Ama muito , muito , muito.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Condições para ser curado

Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo. Tiago 5:14, 15


Um capelão americano contou que muitos pacientes que davam entrada no hospital se sentiam culpados por isso. Eles desabafavam dizendo: “Se eu tão-somente tivesse tido a necessária fé, poderia ter sido curado pelo poder da oração, evitando assim despesas médicas e hospitalares!”


Mas essa atitude é incorreta, pois embora Deus deseje operar milagres ainda hoje, há certas condições que precisam ser observadas:
1. Tanto quanto possível, Ele quer que façamos a nossa parte. Caso contrário a operação de milagres nos encorajaria à preguiça.


2. Deve-se unir a cura à educação e reforma. Se o doente contraiu uma enfermidade devido à transgressão das leis naturais, ele deve ser orientado a corrigir seus hábitos de vida, pois Deus não é honrado em curar alguém apenas para que este continue a viver erroneamente e contrair novamente a mesma doença da qual já foi curado uma vez.


3. Deus nos ouve se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade (1Jo 5:14, 15). Mas algumas coisas que desejamos ardentemente, inclusive a cura, podem não estar de acordo com a vontade de Deus (W. Endruveit, Movimento Carismático, p. 55).


4. Embora Deus tenha poder para curar, Ele nem sempre o faz, porque uma doença pode ser usada por Deus como instrumento de correção para produzir frutos (2Co 4:17). Algumas das mais necessárias e preciosas lições da vida são aprendidas através do sofrimento. O apóstolo Paulo é um exemplo de alguém que por três vezes orou pedindo cura para seu “espinho na carne”, mas não foi atendido como queria. A resposta divina foi: “A Minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9).


E qual foi a reação do apóstolo Paulo diante dessa recusa? Passou o resto da vida choramingando e reclamando? Não. Ele se conformou dizendo: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (v. 9).


Dessa experiência podemos concluir que precisamos confiar na sabedoria divina e aceitar Sua decisão. Se Ele decidir não nos curar, devemos nos conformar e crer que isto também é para o nosso bem eterno.

domingo, 3 de outubro de 2010

Hinário Adventista (Download)

Segue a lista do Hinário Adventista para Download de 001 a 612 dividido em partes: