domingo, 7 de novembro de 2010

O sacerdote Abiatar

Lição 742010


Sábado à tarde



VERSO PARA MEMORIZAR: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).


Leituras da semana: Êx 28:6; 39:2-7; 1Sm 21:1-9; 22:6-23; 2Sm 15:13-29

Os sacerdotes tinham um papel muito importante na vida e na história de Israel. E não só em Israel, mas também nas nações vizinhas. Na cultura da Mesopotâmia, o rei era considerado um sacerdote; desse modo, ele combinava tanto o poder religioso como o político. As corporações sacerdotais representavam interesses poderosos na corte, e houve muitas ocasiões em que os sacerdotes fizeram os reis. No Antigo Testamento, especialmente, a função do sacerdócio estava no centro da vida religiosa de Israel. A história sagrada também mostra os papéis influentes dos sacerdotes nos tempos do Novo Testamento.


O sacerdócio de todos os crentes (1Pe 2:9), ideia que alcançou preeminência na Reforma protestante, não é um conceito inteiramente do Novo Testamento (veja Êx 19:6). Parece sempre ter sido o ideal de Deus que Seus servos fossem santos e servissem aos outros intercedendo por eles e comunicando-lhes o plano de salvação.


Nesta semana, vamos estudar a história de Abiatar, que nos dá alguns vislumbres importantes do sacerdócio do Antigo Testamento e diz que o sacerdócio não está baseado unicamente na genealogia ou educação, mas em um compromisso pessoal com o Senhor. Como no caso de Abiatar, más escolhas podem desqualificar um membro do sacerdócio.


Domingo


Mentira e tragédia

1. Leia 1 Samuel 21:1-9 e 22:6-23 e responda às perguntas seguintes:


a. Que mentira contou Davi a Aimeleque sobre os motivos por que ele estava lá?

b. Que aconteceu a Aimeleque como resultado de sua confiança em Davi?

c. Como Saul procurou voltar seus próprios homens contra Davi? Que tipo de argumento ele usou?

d. Como Aimeleque respondeu a Saul quanto ao caráter e fidelidade de Davi?

e. O que essa história nos diz sobre o caráter vingativo e degenerado do rei Saul?

f. Por que você acha que Doegue, um estrangeiro, fez o que os servos de Saul se
recusaram a fazer?

g. Como Davi reagiu à notícia do massacre? A resposta foi correta?

h. Que promessa fez Davi ao filho de Aimeleque que conseguiu escapar da matança?

Esta história apresenta um agudo contraste entre honra e desonra, fidelidade e infidelidade. Mostra a devastação provocada pela desonestidade e pecado. Que tipo de perguntas morais você está enfrentando? Que escolhas morais você precisa fazer? Pense nas consequências de seus atos antes de tomá-las.

Segunda



O sacerdote Abiatar

Não nos é dito como Abiatar escapou à matança de sua família. Sabemos apenas que ele escapou e fugiu para Davi. Porém, antes de fugir, Abiatar procurou salvar a estola sacerdotal (veja 1Sm 23:6), um dos objetos mais importantes do sacerdócio (uma peça do vestuário sagrado usado pelos sacerdotes; veja Êx 28:6; 39:2-7), que era usada para consultar a vontade de Deus em momentos de tomada de decisões. Em pelo menos duas ocasiões, o autor bíblico relata que Davi buscou Abiatar e a estola (1Sm 23:9-12; 30:7, 8).


Ao contrário de muitos de nós, hoje, nos dias de Abiatar, o povo tinha pouco acesso à Palavra escrita de Deus. Só havia algumas cópias manuscritas do livro da lei (o Pentateuco), portanto, a maioria das pessoas tinha escassas oportunidades de estudar a Palavra de Deus por si mesma. A maioria de nós é privilegiada por ter amplo acesso à Bíblia. Deus prometeu conceder o Espírito Santo para nos explicar a Palavra, pessoal e coletivamente (Jo 14:26). Deus também usa pessoas para nos dar conselhos piedosos (Pv 20:18) e também opera por meio de circunstâncias (Rm 8:28).

2. Quais eram algumas das funções de Abiatar como sacerdote? 1Sm 23:9-13; 2Sm 15:24; 17:15-22

Além de atuar nessas funções, Abiatar havia passado por trauma pessoal e, como Davi, era um refugiado sem-teto – o que de alguma forma o preparava muito mais para servir ao futuro rei de Israel, que também estava constantemente em fuga. Ele podia entender as frustrações, temores e traições que Davi e seus homens devem ter frequentemente sentido devido à contínua perseguição.


Esse motivo de identificação pessoal com uma pessoa ou um grupo de pessoas é importante no conceito do Novo Testamento de sacerdócio. O autor de Hebreus nos diz que Jesus pode ser nosso Sumo Sacerdote porque pode Se identificar completamente conosco (Hb 2:17).

Leia 1 Pedro 2:9. O Novo Testamento ensina claramente que todos temos a responsabilidade de sacerdotes em nossa comunidade. Nosso chamado não é de iniciativa própria. Jesus disse: “Vocês não Me escolheram, mas Eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em Meu nome” (Jo 15:16, NVI). O chamado de Deus a nós não nos torna sacerdotes do Antigo Testamento nem apóstolos do Novo Testamento, mas nos desafia a interceder por nossa família, comunidade e todos os que nos rodeiam. Como você pode atuar melhor no papel de “sacerdote”?

Terça


A revolta de Absalão

Segundo Samuel 15–18 conta a triste história de Absalão, o filho de Davi que se rebelou contra o governo de seu pai. Em determinada ocasião, o exército de Absalão marchava sobre Jerusalém. Isso deve ter sido um pesadelo para Abiatar. Davi decidiu fugir para não transformar Jerusalém em um campo de batalha e provocar um banho de sangue. Todos os seguidores fiéis de Davi se prepararam para fugir com ele. Abiatar deve ter se lembrado de sua fuga após o massacre de sua família e aldeia pelo rei Saul. Ele se preparou para partir com Davi.

3. Leia 2 Samuel 15:13-29. O que esta passagem nos ensina sobre o caráter de Davi, mesmo nesse momento de perigo? Que papel teve Abiatar nesse episódio?


Levando a arca de Deus, Abiatar e outros sacerdotes se preparavam para deixar a cidade, mas Davi pediu que a arca ficasse. Davi aprendera que o ato de levar o símbolo da presença de Deus não significava necessariamente que Deus estaria com ele. O uso de uma cruz, a exibição de um slogan religioso ou o respeito a um conjunto de regras não garante a presença nem a misericórdia de Deus. O Senhor não pode ser manipulado. A arca deveria ficar no lugar a que pertencia. Deixando para trás a arca, Davi também mostrava fé. Ele acreditava que Deus o salvaria e o faria retornar a Jerusalém, uma vez mais.


A arca de Deus foi deixada, e Abiatar ofereceu sacrifícios (2Sm 15:24) até que todos deixaram a cidade. Nesse momento particular, os sacerdotes Abiatar e Zadoque se tornaram intercessores em favor de Davi e seu povo.


A história da rede de informações de Davi torna emocionante essa leitura (2Sm 17:15-29). Abiatar e Zadoque se tornaram os olhos e ouvidos de Davi na cidade. Os filhos de Abiatar e de Zadoque esperavam notícias fora de Jerusalém. As pessoas não eram o que pareciam ser. Uma serva acima de qualquer suspeita levou a mensagem aos jovens. Um jovem ingênuo se mostrou esperto o suficiente para compreender o que estava acontecendo e o relatou a Absalão. Os filhos dos sacerdotes foram perseguidos pelos homens de Absalão, encontraram um simpatizante e desceram a um poço. Uma mulher disfarçou as coisas estendendo um pano sobre o poço e espalhando grãos de cereais, método que nos lembra de Raabe e os dois espias embaixo das canas de linho (Js 2:6).

Em nosso próprio contexto, igualmente, nem sempre as coisas são o que parecem. Muito coração dolorido se esconde atrás de um sorriso. Como seguidores de Cristo, somos chamados para ser Seus representantes. Somos as mãos de Deus para alcançar os que nos rodeiam. Devemos estar alertas e sensíveis a fim de enxergar além das aparências e ver as pessoas e situações como realmente são, e devemos estar dispostos a nos sacrificar para ajudar.

Quarta



A escolha de Abiatar

Não temos nenhum registro das opiniões pessoais, políticas ou religiosas de Abiatar. Tudo o que sabemos está registrado na Palavra de Deus a Davi. Mas seus atos falam mais alto que as palavras. Embora não esteja registrado nada do que ele disse, suas ações fazem uma declaração poderosa.


No tempo de Davi, o filho primogênito era tradicionalmente considerado o principal herdeiro de seu pai. Para um rei, isso significava que o filho primogênito herdaria o trono. Mas Deus nunca Se prende à tradição. De fato, durante a história de Israel, com frequência Ele ignorou os primogênitos para chamar outros, às vezes, por decretos divinos e, às vezes, pelas circunstâncias e escolhas do próprio primogênito (Veja Gn 4:1-5; 21:8-12; 25:21-34; 48:8-19; 1Sm 16:6-12).

4. O que pode ter levado Abiatar, que era tão leal a Davi, a se unir a Adonias contra ele? 1Rs 1:1-8

Salomão não era o filho primogênito. Portanto, costumeiramente, ele não teria sucedido seu pai como rei. O filho mais velho, Amnom, tinha sido morto por seu irmão, Absalão. Este, por sua vez, foi morto durante sua fracassada tentativa de golpe. E agora o quarto filho, Adonias, achava que, legalmente, o trono era dele. Adonias consultou Joabe e Abiatar, e eles lhe deram apoio (1Rs 1:7).


Salomão era mais moço que Adonias e tinha uma história familiar vergonhosa. Sua mãe era ninguém mais que Bate-Seba, a antiga esposa de Urias, o heteu, que fora assassinado a fim de encobrir seu caso com Davi. Mas, apesar de sua origem vergonhosa, Salomão era amado por Deus (2Sm 12:24), e estava claro que Deus o havia escolhido como sucessor de Davi (1Cr 22:9, 10). Diante dessa escolha incômoda, pode ser que Abiatar não pudesse aceitar o escândalo público que a escolha causaria, e então, recorreu à tradição, em vez de aceitar a vontade revelada de Deus.


A tradição pode ser muito confortável, pois nos livra de tomar a responsabilidade de pensar nas coisas à luz da vontade revelada de Deus. É muito mais fácil e “mais seguro” simplesmente dizer: “Sempre fizemos assim”.

Com que frequência deixamos que a tradição interfira na guia de Deus? Ao mesmo tempo, por que devemos tomar cuidado para não julgar automaticamente as coisas como “mera tradição” e rejeitá-las sumariamente?


Quinta


O destino de Abiatar

Depois da morte de Davi e a ascensão de Salomão ao trono, certos assuntos precisavam ser resolvidos. Depois que Adonias foi morto (1Rs 2:13-25), ainda havia a questão do sacerdote Abiatar, que tinha servido tão fielmente ao pai de Salomão. O que deveria ser feito com ele por haver participado da insurreição contra Salomão?

5. Como Salomão lidou com Abiatar, e que razões ele deu? 1Rs 2:26, 27


Uma leitura superficial do verso pode dar a impressão de que Abiatar foi despedido por causa de uma profecia feita a Eli cem anos antes (1Sm 2:30-36). Mas realmente o que temos é uma demonstração de que Deus conhece nossas escolhas futuras. Deus sabe que escolhas livres faremos, nós e nossos descendentes, e então, pode profetizar o futuro. Deus sabia que, assim como os filhos de Eli se haviam desqualificado do ofício sacerdotal por seu comportamento, seu descendente, Abiatar, também se desqualificaria do ofício sacerdotal por se recusar a aceitar as escolhas de Deus.

6. Compare essa história com a de Judas. Que princípio semelhante está em ação em ambos os casos? Mt 26:14-16, 20-25. Explique essa predição à luz da remoção de Abiatar como sacerdote.

O fato de que Jesus sabia desde o princípio que Judas o trairia não O levou a afastá-lo. Judas foi incluído no círculo íntimo dos Doze. Ele experimentou em primeira mão o poder de Deus. Mas, como Abiatar, Judas não estava preparado para aceitar a vontade de Deus. Parece que, à semelhança de Abiatar, ele também tinha algumas ideias sobre a monarquia e de como os assuntos de poder e controle deviam ser manejados. Judas queria ver Jesus coroado rei de um reino terrestre. Frustrado, ele se voltou para os líderes tradicionais, os escribas e fariseus, e traiu seu verdadeiro Rei.


A presciência não se traduz automaticamente em predestinação divina. As pessoas têm escolhas, como fizeram Judas e Abiatar. A presciência de Deus a respeito dessas escolhas não limita nossa liberdade de fazê-las.

A livre escolha é um dos dons mais sagrados que Deus nos deu. Veio também com um grande custo: a morte de Jesus na cruz. (Se não tivéssemos recebido livre escolha, não poderíamos ter escolhido pecar, e Jesus não teria morrido por nós.) Com quanto cuidado você planeja as decisões que toma?


Sexta


Estudo adicional

Deus o escolheu para uma grande e solene obra. Tem procurado disciplinar, experimentar, provar, refinar e enobrecer seu caráter, para que essa obra sagrada seja feita visando unicamente à Sua glória, a qual pertence inteiramente a Deus. Que pensamento, escolher Deus alguém, levá-lo a íntima ligação com Ele, dar-lhe uma missão a empreender, uma obra a realizar para Ele! O fraco se torna forte, o tímido é feito valente, o irresoluto adquire firme e pronta decisão. Acaso é possível que o homem seja de tanta importância que receba uma comissão do Rei dos reis? Seduzirá a ambição mundana a se desviar do sagrado depósito, da santa comissão?” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 167).

Perguntas para consideração
1. A partir de outras partes da Bíblia, pense na vida de Saul e como alguém que tanto recebeu poderia ter desperdiçado tudo. Que lições podemos tirar de sua história? Que enganos cometidos por ele lhe abriram um caminho que o levou ao tipo de ações que vimos nesta semana?
2. Pense mais na ideia de como a humanidade de Jesus pode simpatizar conosco em nossas lutas. Por que a humanidade de Cristo é tão importante para nós?
3. Como vocês como classe podem ajudar alguém de sua classe que tenha enfrentado perda? Isto é, o que vocês podem fazer, além de dizer palavras consoladoras? Existem casos em que nada mais pode ser feito a não ser “só” proferir palavras consoladoras?

Respostas sugestivas:
Pergunta 1: a: Estava cumprindo ordens do rei; b: Foi morto por ordem de Saul; c: Eles não teriam nada a ganhar por servir a Davi. Era Saul quem os sustentava; d: Davi era fiel, genro do rei, chefe de sua guarda pessoal e honrado em sua casa; e: Saul já não se preocupava em saber quem era inocente ou culpado; f: Não era movido pelo amor a Deus nem por Seus princípios; g: Bem sabia que aquele idumeu o contaria a Saul. Foi uma suspeita que se confirmou. Nem sempre isso acontece; h: Estarás a salvo comigo.
Pergunta 2: Oficiar como sacerdote em todas os suas funções, responder às questões pelo Urim e Tumim e ser conselheiro de Davi.
Pergunta 3: Respeito pelos objetos de culto, preocupação pelo bem-estar de seus comandados e pelos estrangeiros. Abiatar retornou.
Pergunta 4: Talvez um erro de julgamento, em levar em conta a decisão que Deus já havia expressado a Davi.
Pergunta 5: Mandou-o de volta às suas terras, não mais lhe permitindo exercer o sacerdócio, visto que era digno de morte, mas havia levado a arca do Senhor e partilhado das aflições de Davi.
Pergunta 6: Tanto no caso de Judas quanto no de Abiatar, Deus conhecia o futuro e o predisse, embora não determinasse suas ações.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um belo funeral


Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá. João 11:25


Nunca vi alguém chegar de um funeral e exclamar: “Olha, esteve ótimo. Você não sabe o que perdeu!” Os funerais são sempre tristes, deprimentes. Especialmente quando o morto é uma criança ou jovem. As Escrituras Sagradas, entretanto, registram o caso de um funeral maravilhoso, que começou mal, mas terminou muito bem:


“Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com Ele iam os Seus discípulos e uma grande multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor Se compadeceu dela e disse: ‘Não chore’. Depois, aproximou-Se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: ‘Jovem, eu lhe digo, levante-se!’ O jovem sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou a sua mãe” (Lc 7:11-15, NVI).


O funeral começara mal, como sempre, isto é, com pranto e lamentação, especialmente por parte da mãe, viúva, que perdera seu único filho. E não há nada mais doloroso do que perder um filho, especialmente se é o único.


A viúva e mãe estava desesperada. Já era a segunda vez que passava por essa experiência. Anos antes sepultara o marido, e fora com grande sacrifício que criara o filho. Mas valera a pena, pois ele se tornara um excelente rapaz. Era sua única esperança de dias melhores. Mas agora ele se fora. Quem proveria o sustento da velha mãe?


Como preparativo para o sepultamento, enrolaram o jovem em um lençol de linho e o depositaram numa espécie de padiola de vime. À tardinha, saiu o cortejo. Haviam acabado de atravessar o portão da cidade, quando se encontraram com outra multidão, alegre, animada, por ter consigo a Jesus, o Doador da Vida. E assim a Morte se encontrou com a Vida, naquele entardecer.


Ao ver aquela mãe alquebrada pelo sofrimento, Jesus Se compadeceu dela e lhe disse: “Não chore.” Palavras estranhas para serem ditas em tal ocasião. Mas Jesus disse isto porque sabia o que ia fazer. Ao tocar Ele o esquife, o cortejo parou. O ambiente ficou tenso. Então, em meio ao silêncio, ouviu-se a poderosa voz de Cristo: “Jovem, Eu lhe digo, levante-se!”


A multidão ficou arrepiada de espanto. O morto piscou os olhos e se levantou. Mãe e filho se abraçaram. As lágrimas de aflição se converteram em lágrimas de alegria e gratidão.


Não foi este um belo funeral? Começou com choro e tristeza, mas terminou com alegria e riso. E assim será quando Jesus voltar: os que dormiram em Cristo se erguerão da sepultura para abraçar os entes queridos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Deus – mais uma biografia não autorizada

No livro Fama e Anonimato, o genial escritor-jornalista Gay Talese traz aquela que é considerada uma das melhores reportagens sobre Frank Sinatra, intitulada “Frank Sinatra está resfriado”. O mais interessante é que Talese produziu seu texto sem conversar diretamente com o cantor. Ele “apenas” ouviu pessoas que o conheciam e consultou várias fontes confiáveis. Fez um ótimo trabalho. A revista Superinteressante tentou algo parecido com Deus, mas passou a anos-luz de distância da garimpagem de informações realizada pelo jornalista norte-americano que sabia fazer o “dever de casa”. A matéria de capa deste mês da publicação que se considera de divulgação científica surpreende apenas por um detalhe: tratou em novembro de um tema que geralmente explora em dezembro, ou seja, religião. De resto, é o mesmo cardápio de sempre: acusações e críticas infundadas contra a fé judaico-cristã e uso de fontes limitadas e que expressam apenas um lado da questão.

A matéria está dividida em três grandes blocos: apresenta a “história de Deus” desde a “infância” (quando Ele seria apenas um deus menor no panteão dos nômades), passando pela “juventude” (torna-Se o Deus maior dos nômades e Se casa com Asherah) até a “idade adulta” (Se divorcia de Asherah e torna-Se o único Deus). E o texto sentencia logo de início: “Os deuses eram as forças por trás de uma natureza inexplicável para os primeiros humanos da Terra. Facetas de divindades borbulhavam em cachoeiras, galopavam com os cavalos selvagens, voavam com o vento, escondiam-se em cada rochedo, bosque ou duna do deserto. E do deserto veio a que daria origem ao Deus para valer.” Poético, até, mas de científico não há nada aí. São afirmações vazias, desprovidas de evidências, já que se reportam a um tempo imaginário do qual não temos registros históricos suficientes para sequer rabiscar uma história da religião. É como se pesquisadores encontrassem numa caverna uma bola de vôlei com um rosto pintado nela (lembra do Wilson do filme “O Náufrago”?) e deduzissem que homens primitivos reverenciavam bolas de vôlei. Nada mais falso. Aliás, quem brinca muito com essa história de homens das cavernas é Chesterton, em sua obra O Homem Eterno.

Mais à frente, Super diz que Javé [ou Yahweh] era uma divindade que “provavelmente começou como um deus menor, cultuado por nômades. Bem antes de a Bíblia ser escrita”. Curiosamente, na capa dessa edição, a revista não usa o “provavelmente”, mas afirma: “Houve um tempo em que Deus era apenas mais um.” É a velha tática das capas sensacionalistas e vendáveis.

A intenção do texto (que revela, na verdade, a intenção dos jornalistas e editores céticos de mãos dadas com teólogos liberais sempre convenientes) é igualar Yahweh a deuses mitológicos, desconstruindo, se possível, a fé de bilhões de pessoas. Como já disse, a matéria chega a afirmar que o Deus bíblico Se casou com a deusa Asherah, nos templos de quem se praticava a prostituição cultual tão reprovada pelos profetas de Israel. E mais: diz que “uma ameaça pairava sobre os deuses de Canaã. Era a ambição de Javé”. Francamente... Ambição tinha Lúcifer quando quis ocupar o lugar de Deus no Céu. Será que essa matéria da Super não foi “inspirada” por outras ambições?...

Depois, a reportagem se aproveita do Salmo 82 para reafirmar sua ideia de que Yahweh seria um entre tantos deuses: “[O Salmo 82] nos apresenta o chamado ‘conselho divino’: uma espécie de Câmara dos Deputados dos deuses, na qual eles se reúnem para discutir assuntos importantes.” Talvez o maior “problema” esteja com o verso 6, que diz: “Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.” Esse Salmo é citado e aplicado por Jesus em João 10:34 (o que a reportagem ignora). Como Super realmente não fez o “dever de casa”, não se deu ao trabalho de pesquisar o assunto mais a fundo. Caso tivesse feito isso, descobriria que a palavra hebraica traduzida como “deuses” nesse verso é elohim. Esse termo geralmente se refere ao único Deus, mas também tem outros usos. Os versos seguintes ao primeiro verso do Salmo 82 deixam bem claro que a palavra elohim se refere a magistrados, juízes e outras pessoas que ocupam posição de autoridade.

Biblicamente falando, chamar um ser humano em posição de autoridade de “deus” indica três coisas: (1) ele tem autoridade sobre os outros seres humanos; (2) o poder que ele exerce como autoridade civil deve ser temido; (3) ele obtém seu poder e autoridade de Deus, o qual é retratado no versículo 8 como julgando toda a Terra.

Segundo o site Got Questions?, “esse uso da palavra ‘deuses’ para se referir a humanos é raro, mas é encontrado em outro lugar no Antigo Testamento. Por exemplo, quando Deus enviou Moisés a Faraó, Ele disse: ‘Eis que te tenho posto por deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta’ (Êxodo 7:1). Isso significa simplesmente que Moisés, como o mensageiro de Deus, estava comunicando as palavras de Deus e era, portanto, o representante de Deus para o rei. A palavra hebraica elohim é traduzida como ‘juízes’ em Êxodo 21:6 e 22:8, 9, 28.”

Ademais, a palavra “deuses” não pode se referir a divindades pagãs, pois, no Salmo 82, os “deuses” são juízes injustos que atuam na Terra (v. 2-4), “filhos do Altíssimo” (v. 6) e “homens” passíveis de morte (v. 7). (leia mais aqui.) Isso fortalece a ideia de que “deuses”, nesse texto, não são divindades que competiriam com Yahweh.

Para o pastor e escritor Douglas Reis, de São Francisco do Sul, SC, em artigo publicado em seu blog, há duas grandes tendências equivocadas na matéria da Super: (1) considerar a formulação do conceito de Deus como algo progressivo e (2) sustentar alegações pretensiosas e descabidas, sem oferecer pontos de vista alternativos (como reza a cartilha do bom jornalismo).

Reis pondera que, “se a espiritualidade pudesse ser reduzida a uma formulação que explicasse as leis naturais, seria certo que, à medida que outros métodos fossem adotados para o estudo da natureza, a espiritualidade seria dispensável. Contudo, o que vemos no início da história da ciência? Uma contribuição significativa para a revolução científica se deu por meio da influência da Bíblia!”

Ele cita Colin A. Russel, professor de História da Ciência: “[Em] conformidade com esse conceito está o papel predominante desempenhado na nova ciência por países protestantes como a Grã-Bretanha, Países Baixos e Alemanha. O que parece agora claro, sem qualquer contradição, é que uma redescoberta do cristianismo bíblico levou a uma nova percepção qualitativa da natureza, grande o bastante para abranger essas descobertas recentes e tornar possível a Revolução Científica.”

“Assim”, explica Reis, “a teologia bíblica, longe de tratar de um mundo encantado (dos animistas) ou deificado (dos panteístas), revelou aos primeiros cientistas um mundo que eles poderiam pesquisar, o qual era distinto de seu Criador. Isaac Newton, por exemplo, estudava as leis do universo para entender seu funcionamento, sabendo que elas não oferecem ‘subsídios sobre a sua origem’.”

Segundo o pastor, a única justificativa para se entender a Bíblia como mera produção de mito surge da utilização do método histórico-crítico, que impõe ao texto bíblico concepções naturalistas contrárias à ideia de milagres e eventos sobrenaturais. Ele lembra que a teologia liberal teve seu surgimento no século 18. Johann Gottfried Eichhorn foi pioneiro ao afirmar que cada livro do Antigo Testamento não teria um único autor, mas conteria diversas contribuições históricas. Para Eichhorn, a Bíblia seria mera mitologia, da mesma forma que a grega. Super copiou e colou essa visão em suas páginas (e não é de hoje), sem dar espaço para visões divergentes. Prova disso? Leia mais esta citação da reportagem: “O Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, foi finalizado por volta de 550 a.C. Mas há textos ali de 1000 a.C., ou de antes. E nada disso foi editado em ordem cronológica – em grande parte, a Bíblia é uma junção de textos independentes, cada um escrito em tempos e realidades diferentes.”

“Embora esse pensamento tenha inundado a Teologia em séculos passados”, explica Reis, “ele nunca deixou de ser uma tendência, uma opinião de alguns eruditos. Sempre houve respostas e contrapropostas a esse tipo de abordagem.” Mas a Superinteressante não foi atrás dessas fontes, ainda que fosse apenas para mostrar que há outros pontos de vista. Seria bom fazerem um cursinho com Talese...

A “biografia não autorizada de Deus” escorrega de novo ao dizer que foi somente depois da morte do rei Josias que o monoteísmo acabou finalmente consolidado entre os judeus: “E era esse Javé único que iria para a Bíblia. E se tornaria a imagem de Deus no mundo ocidental.” Mas, conforme salienta Reis, “o monoteísmo remonta ao Pentateuco, obra que, dentro da perspectiva histórica e literária, é atribuída à autoria mosaica, segundo os mais competentes estudiosos do texto bíblico”. Bastaria a quem preparou a reportagem ter estudado a respeito do conflito relatado em 1 Reis capítulo 18, para desfazer a confusão.

A Super diz também que certas características de Yahweh teriam se originado do culto ao deus Baal, embora não apresente sequer uma evidência arqueológica ou textual para essa afirmação descabida. Reis questiona: “Há especialistas no léxico bíblico, arqueologia bíblica e conceituados [especialistas em interpretação bíblica] espalhados pelo Brasil. Por que muitos são consultados pela revista IstoÉ, por exemplo, mas continuam olvidados pelas páginas da Super?”

Boa pergunta para a qual Reis sugere uma resposta: “Fica evidente o compromisso da revista em promover uma ideologia naturalista, sem ao menos ser capaz de ouvir quem pensa diferente. Isso leva os editores a abordar assuntos que tratam da Bíblia da perspectiva liberal, embora essa tendência esteja superada em vários círculos. Seria a polêmica simples estratégia de vendas, as expensas da qualidade da informação?”

O pastor Luiz Gustavo Assis, de Caxias do Sul, RS, lembra que a reportagem da Super poderia ter consultado e citado Hershel Shanks, editor da principal publicação popular (não populesca) de arqueologia bíblica, a Biblical Archaeology Review. A revista tem mais de 30 anos e publica bimestralmente artigos de diversos especialistas, liberais e conservadores. Mas não consultaram Shanks.

Também poderia ter ido atrás de Michael Hasel, que além de ser diretor do único programa de bacharelado em arqueologia bíblica nos Estados Unidos (na Southern Adventist University, no Tennessee), é egiptólogo formado pela Universidade do Arizona e teve como orientador William G. Dever, quem sabe o principal arqueólogo da atualidade. Por que Hasel seria importante para a matéria? Porque na década de 1990 (ele terminou o Ph.D em 1996) a Universidade do Arizona tinha o melhor programa doutoral em arqueologia dos Estados Unidos e Dever, orientador de Hasel, é agnóstico. (Dever doou toda a sua coleção de peças arqueológicas para essa universidade adventista em que Hasel trabalha e escreveu na Biblical Archaeology Review que o único caminho para a arqueologia bíblica sobreviver nos Estados Unidos é aprender com os adventistas. Cf. “The death of a discipline”, Biblical Archaeology Review 21/5 [1995], p. 50-55, 70.) Hasel é especialista no chamado período do bronze tardio (1300-1185 a.C.) de Canaã e na interação egípcia com o mundo mediterrâneo oriental. Mas a Super não consultou Hasel.

Luiz diz também que os autores da matéria poderiam ter ido atrás de outros três pesquisadores: James Hoffmeier, egiptólogo e professor de Antigo Oriente Médio na Trinity Evangelical Divinity School; Alan Millard e Kenneth Kitchen, ambos especialistas em estudos de epigrafia oriental na Universidade de Liverpool, na Inglaterra. Em lugar disso, “preferiram apenas a opinião de alguns indivíduos que não representam a completa opinião sobre o tópico do monoteísmo”. Mas a Super também não consultou esses três.

O pastor Luiz fez estudos em egiptologia na USP e explica que a palavra para “deus”, em egípcio é ntr (lê-se netjer), e está no singular. A forma plural seria algo como ntru (é só acrescentar o “u” que se tem o plural). “Textos egípcios antigos (bem mais antigos que o Antigo Testamento) aparentemente sugerem a crença em um único Deus antes do surgimento dos demais. Ano passado, troquei e-mails com um egiptólogo da USP que me disse ser esse um tópico controverso, mas que parece se referir a uma única divindade.” Seria bom a Super expandir o assunto e incluir essas discussões. Mas não o fez.

Nesse tipo de matéria, o que mais chama a atenção do pastor e editor Matheus Cardoso, de Tatuí, SP, é que, “quando os cristãos apresentam alguma declaração bíblica, pedem-se ‘documentos históricos’ e ‘provas’. Alega-se que tudo que não é muito bem documentado é falso. Mas todo o artigo [da Super] não passa de um belo romance, sem qualquer referência a textos antigos ou a estudiosos modernos. Como geralmente acontece com a revista, o artigo inteiro se baseia em apenas um livro; neste caso, Deus: Uma Biografia, de Jack Miles, que dá nome à matéria. Esse livro já foi base de um artigo de capa da mesma revista em 2005”. [Dezembro de 2005.]

Não há problemas com biografias não autorizadas, a menos que sejam consultadas apenas fontes não confiáveis ou parciais. Isso arranca suspiros de saudades do bom e velho jornalismo praticado por figuras como Talese e outros – infelizmente, quase em extinção.

(Michelson Borges, jornalista e mestre em Teologia)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

9/ 21 - OUVINDO A VOZ DE DEUS - A Verdade sobre a Morte

Sermões do Pastor Alejandro Bullón

Quem não conhece o Pr. Bullón? É reconhecido como um dos maiores pregadores de nossa igreja. Mesmo jubilado, hoje as suas mensagens ainda falam fundo ao nosso coração. Abaixo para sua apreciação uma série maravilhosa de sermões apresentados por ele. São ao todo 40 temas importantes que vão nos ajudar em nossa trajetória cristã, fortalecendo a nossa fé em Jesus.

Para ouvir, ou baixá-los basta clicar nos links abaixo, a começar pelo primeiro estudo.

01. O Segredo do Poder de Jesus
02. A Entrega de Jesus
03. A Promessa Extraordinária
04. O Segredo da Morte (Lázaro)
05. A Conversão de Paulo I
06. A Conversão de Paulo II
07. A Glória que Ilumina a Terra
08. A Parábola do Semeador
09. A Luz da Palavra de Deus
10. Refúgio e Fortaleza
11. Crescendo no Reino de Deus
12. Crescendo em Deus
13. Tirai a Pedra (Lázaro)
14. Produzindo Frutos em Jesus
15. Conhecimento do Evangelho
16. O Verbo se fez Carne
17. Aceitando o Chamado
18. A Mulher Sírio-Fenícia
19. Casamento em Caná
20. No Tanque de Betesda
21. Pedro e Jesus na Praia
22. Estratégias do Inimigo
23. Genealogia de Jesus
24. Conversão (Falcão Alegre)
25. Perdidos e Achados
26. Separação devido ao Pecado
27. Tenho Sede !
28. Volta de Jesus. Quando?
29. Esta Consumado !
30. Perdido Dentro da Igreja
31. Poderia Não Amá-lo?
32. Milagres Não se Explicam
33. Convivendo com um Lobo?
34. É Possível ser Perfeito?
35. Que Farei para ser Salvo?
36. Por que ser submisso a Deus?
37. O Filho Pródigo
38. Apocalipse (parte 1)
39. Apocalipse (parte 2)
40. Apocalipse (parte 3)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tuitaço #vidaeterna


No dia 2 de novembro (Dia de Finados), milhões de pessoas costumam ir aos cemitérios prestar homenagem a seus parentes falecidos. Nesse dia, a dor da saudade aperta mais forte no coração ao lembrar aqueles que se foram. Infelizmente, muitos desconhecem o conforto que vem do ensino bíblico de que os mortos em Cristo estão “dormindo” na sepultura, descansando inconscientes do que se passa neste mundo de sofrimento. A próxima cena que contemplarão após a morte será a volta de Jesus e a voz do Salvador os chamando de volta à vida – só que, desta vez, à vida eterna. A fim de levar conforto a muitas pessoas por meio da web, que tal tuitar mensagens de esperança e consolo? A partir das 18 horas de hoje, una-se aos milhares de cristãos que vão participar do tuitaço com a tag #vidaeterna. Se desejar, aproveite as sugestões de tweets abaixo, que já estão com a tag e links encurtados. Basta copiá-los, colá-los em seu twitter e enviá-los. Participe e ore pelos resultados.

Vídeo “O que é a morte” http://bit.ly/bAuWTt >> #vidaeterna #video #biblia

Estudo bíblico “O que é a morte” http://bit.ly/9qLqdX >> #vidaeterna #biblia #morte

Estudos bíblicos na voz de Cid Moreira http://bit.ly/a8lvNG >> #vidaeterna #biblia

“Fantástico” e a pregação espírita http://bit.ly/b9gvKV >> #vidaeterna #espiritismo

Nosso verdadeiro lar http://bit.ly/c7VgRo >> #vidaeterna #espiritismo #filmes

Sucesso do “além” e o espiritismo em alta http://bit.ly/9OchYL >> #vidaeterna #espiritismo

A Bíblia e o espiritismo http://bit.ly/13yVZY >> #vidaeterna #biblia #espiritismo

Cientistas explicam "visões antes da morte" http://bit.ly/aeWxk8 >> #vidaeterna #morte

O Jardineiro e os três jardins http://bit.ly/bDFw93 >> #vidaeterna

Bispo católico admite unicidade humana http://bit.ly/adSogK >> #vidaeterna

Avatar e a saudade do Céu http://bit.ly/5Qxlin >> #vidaeterna

2012: a ilusão da solução sem Deus http://bit.ly/4nTBdI >> #vidaeterna #2012

Além da morte http://bit.ly/QHyt6 >> #vidaeterna

Michael Jackson e a efemeridade da vida http://bit.ly/1HA5AJ >> #vidaeterna

Maurício de Souza leva Jackson para o "Céu" http://bit.ly/14Kety >> #vidaeterna

Textos devocionais do #blog www.criacionismo.com.br http://bit.ly/9vC07q >> #vidaeterna #reflexoes

Lugar de esperança http://bit.ly/aHJ6Gs >> #vidaeterna

O pai terá orgulho dele http://bit.ly/aYAroO >> #vidaeterna

domingo, 31 de outubro de 2010

Propaganda boca a boca

O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração. Lucas 6:45


A mais antiga forma de propaganda que existe, e que continua sendo a mais eficaz, é a propaganda boca a boca, que é feita de graça, por clientes satisfeitos com o produto que adquiriram.


Os mais idosos provavelmente se lembram de um carro americano que circulou no Brasil cinquenta anos atrás, marca Packard. A fábrica do Packard foi a última indústria automobilística da época a fazer publicidade paga, e isto só foi possível depois que o velho Sr. Packard morreu. Sempre que era abordado para fazer publicidade para os seus carros, ele respondia: “Não precisa. Pergunte a quem tem um.” Após sua morte, a fábrica do Packard adotou esse slogan: “Pergunte a quem tem um.”


O evangelismo boca a boca é antigo, mas continua moderno e eficaz. O evangelho de Jesus Cristo se tornou conhecido e revolucionou o mundo antigo, através do testemunho boca a boca. Somente os pastores, por ocasião do nascimento de Jesus, ouviram as boas-novas através dos anjos. Somente os magos foram guiados por uma estrela. Apenas Paulo foi alcançado por uma luz do céu. Quase todos ficaram conhecendo Jesus através do testemunho pessoal.


Antes que o Novo Testamento tivesse sido escrito, a história de Jesus foi transmitida oralmente. Os apóstolos haviam sido testemunhas dos grandes feitos operados por Jesus, e onde quer que fossem, pregavam sobre Ele.


Quando descobre algo que lhe traz satisfação, você sente um desejo irresistível de contar a outros. Um restaurante onde a comida é boa, uma loja de qualidade, um bom hotel, um lugar onde passear. O mesmo acontece quando nosso coração se regozija com o amor, a alegria e a paz de Cristo. Queremos contar isso ao mundo, pois “a boca fala do que está cheio o coração”.


Podemos usar cartazes, anúncios no rádio, jornais e televisão, mas as pesquisas mostram que a maioria dos novos membros da igreja foram atraídos por alguém. O desafio que temos é tornar a igreja um lugar tão agradável e amoroso, que todos possam dizer aos amigos e parentes: “A minha igreja é maravilhosa! Os irmãos são amorosos e corteses. Os cultos são espirituais. A música traz enlevo e inspiração. Acho que você também vai gostar. “


Quando os membros da igreja estão dispostos a falar aos outros da bendita esperança que lhes enche o coração, o testemunho deles se torna irresistível.

Urias

Lição dos jovens 642010



“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças” (Dt 6:5).

Prévia da semana: Vítima do pior pecado da vida de Davi, Urias era um homem íntegro e completamente fiel a Deus, apesar de pertencer a outra nação. Sua firmeza moral contrasta com a falta de domínio próprio do rei de Israel que o enganou e assassinou.


Leitura adicional: Patriarcas e Profetas, capítulo 71 (p. 717-726).


Domingo, 31 de outubro

Introdução

É mais fácil ceder?


Ela não vinha à igreja desde que se tornou óbvio que estava grávida. Ela conhecia todas as regras e regulamentos. Havia crescido com eles e só podia imaginar o que diria o “esquadrão dos justos”: “O Manual da Igreja é claro em questões de moralidade. Há padrões que precisam ser preservados. Precisamos deixar claro que este tipo de comportamento é inaceitável. Precisamos usá-la como exemplo”.


Ela não conseguiria encarar os olhares acusadores, os sussurros de acusação ou as insinuações. Ela não precisava que eles lhe dissessem o que era certo e o que era errado. Será que eles não entendiam que ela sabia muito bem? Ela olhou para baixo e abraçou seu bebê recém-nascido. A culpa não era dele. Ela ouviu um barulho e, ao levantar os olhos, viu os anciãos da igreja vindo em sua direção. Ela sentiu um grande desânimo. Será que eles não podiam deixá-la em paz? Antes que ela pudesse abrir a boca, foi coberta de flores, presentes e parabéns.


Constantemente enfrentamos situações para as quais não há respostas fáceis: uma escolha entre várias alternativas, nenhuma das quais é positiva. E, com muitas frequência, nós mesmos criamos a situação. O rei Davi se meteu exatamente numa situação dessas. Israel estava em guerra. O exército havia destruído os amonitas e sitiavam Rabá.


Davi, contudo, não estava com o exército, mas em casa, de onde viu uma bela mulher se banhando no teto de sua casa. Ele a desejou. Mas descobriu que era esposa de um de seus melhores soldados, Urias, o heteu. Num instante, contudo, Davi jogou tudo fora. Sua noite de prazer ilícita resultou numa gravidez indesejada.


Davi enfrentou um dilema. A lei exigia que ele e a mulher fossem mortos (Lv 20:10). Então, o rei resolve criar o Plano A: manda buscar Urias e pede um relatório sobre a guerra. Então instrui Urias a ir para casa. Em vez disso, Urias dorme no portão de Davi.


Plano B. Davi embriaga Urias e o manda para casa. Urias dorme no portão de Davi, porque não suportava a ideia de ter conforto enquanto os exércitos de Israel (que não era de sua nação de origem!) estavam dormindo ao relento.


Plano C. Davi escreve a sentença de morte de Urias e a envia de volta para a batalha, onde era seu lugar. Urias é morto.


Em contraste com Davi, Urias se destaca como um homem de honra e caráter, um homem com um claro senso do certo e do errado, que estava preparado para fazer o que era certo a despeito das inconveniências ou estímulos pessoais. Assim, a lição desta semana trata sobre as consequências do pecado e o que significa viver a fé.

Mãos à Bíblia

1. Como alguém que foi tão honrado por Deus poderia se aprofundar tanto no pecado? Que advertência esse episódio deve nos apresentar? 2Sm 11


Lars Eric Andersson | Lindesberg, Suécia


Segunda, 1o de novembro

Evidência

De todas as nações


Cornélio era um soldado do exército romano. Não era judeu. Contudo, enquanto estava visitando sua casa, Pedro fez uma declaração profunda sobre a atitude de Deus para com as pessoas: “Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo.” (At 10:34 e 35).


Urias, o heteu, foi outro desses homens que Deus aceitou. Isso nos ensina que a influência e obra do Espírito Santo sobre o coração e a mente humana não estão confinadas a só um grupo de pessoas. Deus está interessado em pessoas de todas as nações e ocupações, e busca salvá-las. Isso se aplica até aos soldados.


Os hititas ou heteus eram uma poderosa nação localizada no que hoje é a Ásia Menor. Israel tinha muitos laços com eles – alguns bons, outros destrutivos. Abraão comprou o campo de Macpela para enterrar sua esposa de Efrom, o heteu (Gn 23:10-20). Este é um ponto interessante, pois Deus havia prometido a Abraão que seria dada à sua descendência a terra dos heteus. Esaú casou a Isaque muita dor quando se casou com duas mulheres heteias (Gn 26:34, 35).


Deus instruiu Israel para destruir os heteus e outras nações pagãs (Dt 20:17). Ele prometeu expulsá-los com vespões. Infelizmente, Israel não seguiu Suas instruções. Na verdade, fizeram exatamente o oposto. Misturaram-se com os heteus e adoraram seus falsos deuses (Jz 3:5, 6). Até Salomão se casou com mulheres heteias (1Rs 11:1).


A integridade de Urias e o lapso moral de Davi têm lições significativas para nós. A fidelidade de Urias e sua integridade moral nos lembram que não é para o conhecimento, a capacidade ou a posição que Deus olha com favor. Muitas vezes um cristão pode ter um dos três ou todos eles, mas não mostra um comportamento cristão. Muitas vezes é o não cristão que manifesta justiça, e não o crente. Os passos para a ruína são poucos e rápidos. Nossa única segurança está em nossa união com Jesus. Sem Ele, somos um fracasso (Jo 15:5).

Mãos à Bíblia

2. Toda a história de Davi e Urias é relatada no contexto de uma guerra contra os amonitas. Que crítica sutil o autor faz a Davi? 2Sm 11:1

3. Compare as formas de liderança que Davi aplicou na história de 1 Samuel 26:5-11 e em 2 Samuel 11. Que diferença você vê?

Nas histórias que descrevem como Davi poupou a vida de Saul, ele liderava pelo exemplo e recrutava voluntários. Depois, em vez de estar fora com suas tropas e liderá-las, afastou-se da batalha e seguiu os próprios desejos, esquecendo-se do que sabia ser certo e errado. Mal imaginava os efeitos de longo alcance que se seguiriam a essa decisão pessoal.

Elizabeth Lawrence | Watford, Inglaterra



Terça, 2 de novembro

Exposição

Triunfo e tragédia


O elo mais fraco (Ef 6:10, 11). Ao aconselhar o cristão sobre como o diabo trabalha para derrubar as pessoas, Paulo nota que há um “método” em suas maquinações (Ef 6:10, 11). A história de Davi, Bate-Seba e Urias, o heteu, ilustram essa verdade.


Satanás nos ataca em nosso ponto mais fraco, porque não faz nenhum sentido tentar as pessoas num ponto onde não é provável que elas reajam. A história de Davi e Urias revelam detalhes de um momento de loucura.

O poder da lascívia (2 Samuel 11; 1Rs 15:5). A fidelidade de Davi à vontade de Deus e a única falha de seu caráter são destacadas em 1Rs 15:5. A exceção é uma história cheia de drama, paixão, lascívia, desastre e crueldade. Em vez de estar à frente do exército em batalha, Davi ficou em casa em Jerusalém. Uma noite, de seu palácio, ele viu uma bela mulher tomando banho. A beleza dela despertou seu desejo. Ao descobrir quem ela era, fez com que fosse trazida ao palácio, onde cometeu adultério.


O marido de Bate-Seba era bem conhecido de Davi. Era um dos valentes que o acompanharam nos momentos mais difíceis de sua vida (1 Cr 11:41). Davi estava ciente de que Urias estava fora, liderando o exército em combate. Tudo isso tornou o comportamento de Davi ainda mais desprezível.

A ilusão do pecado (Gl 6:7). Ao saber que Bate-Seba estava grávida, Davi tentou encobrir seu pecado. Chamou Urias de volta a Jerusalém, com a intenção de que Urias tivesse relações sexuais com a esposa, de forma que, quando o bebê nascesse, Urias fosse reconhecido como o pai. O comportamento de Davi é esclarecedor. Parece que ele atribuiu a Urias os mesmos desejos lascivos que o dirigiam. É comum que achemos que os a outros têm os mesmos desejos egoístas que temos. Contudo, Davi julgou Urias erradamente. Sua duplicidade é desmascarada pela lealdade e integridade de Urias.


Quando Urias se recusou a visitar a esposa, Davi tentou outro truque. Embebedou Urias. Isso não funcionou também, pois Urias ainda não se encontrou com Bate-Seba. Davi, então, decidiu que Urias precisava morrer. Escreveu uma carta para Joabe, o general do exército de Israel, instruindo-o a colocar Urias na frente de batalha quando ele muito provavelmente seria morto. E foi exatamente isso o que aconteceu. Essa é a estupidez dos seres humanos em sua pecaminosidade. Esquecem-se de que nada está escondido de Deus.


A integridade de Urias e o comportamento insensível de Davi exigiam justiça e retribuição. E ela veio quando o profeta Natã confrontou Davi com a natureza do crime. Davi pronunciou a sentença de morte sobre si mesmo, mas foi poupado pela misericórdia de Deus (2 Sm 12:1-10). O que se destaca na história é o caráter de Urias. Ele verdadeiramente era um homem segundo o coração de Deus.

O pecado paga um salário (Rm 6:23). O adultério de Davi com Bate-Seba lhe trouxe grande sofrimento e dor. Ele perdeu quatro filhos, foi-lhe negado o privilégio de construir o templo, e ele deixou uma terrível herança para Salomão e a nação de Israel. A prevenção é preferível à tristeza e culpa, pois a tristeza e a culpa não podem fazer o relógio voltar e cancelar as consequências do pecado – “desejo misericórdia, e não sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos” (Os 6:6). Felizmente, porém, há perdão em Deus. Nisto há esperança. A estupidez de Davi é uma advertência; a integridade de Urias, uma inspiração.

A virtude é sua própria recompensa (Rm 15:4). A história de Urias tem uma lição oportuna e duradoura para homens e mulheres em todas as épocas. Há lealdade e domínio próprio em Urias, enquanto que a lascívia descontrolada de Davi e o silêncio de Bate-Seba são dois dos atos mais vergonhosos da Bíblia.


Em nosso mundo contemporâneo de moral frouxa, a integridade de Urias, o heteu, nos encoraja a ser moralmente puros. Assim como fez José, Urias demonstrou que podemos escolher não dar lugar às paixões da carne, por mais difícil que seja resistir. É algo a que você pode dizer “não”.


Quando estudamos a vida de Davi, vemos um grande homem que alcançou coisas maravilhosas com a bênção de Deus. Ele é incomparável em muitos aspectos, e é chamado homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Urias, por sua vez, ainda receberá sua recompensa. Não temos dúvidas de que ele, um estrangeiro em Israel, estará entre os heróis de Deus quando Cristo vier reclamar os Seus.


A breve biografia que a Bíblia dá de Urias nos encoraja a viver uma vida que fala em favor de Deus – uma vida não dirigida pelas paixões, pelo desejo de poder, riqueza ou privilégios, mas uma vida possuída pelo desejo de servir a Jesus, nosso Senhor e Salvador, e ser fiel a Ele. A pergunta é feita pelo poeta: “Quem é o guerreiro feliz?/Quem o guerreiro ideal?/Ao qual todo soldado devia desejar ser igual?”* Uma pista para a resposta se encontra nesta observação: “Não pode haver limite à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o eu, oferece margem à operação do Espírito Santo em seu coração, e vive uma vida inteiramente consagrada a Deus” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 159).

* Selected Poetry of William Wordsworth (New York: The Modern Library, 2002), p. 510.

Mãos à Bíblia

Urias é chamado de “o heteu”. No mundo do Antigo Testamento, cultura, nacionalidade, etnia e religião eram muito interconectadas. O Antigo Testamento está cheio de exemplos de estrangeiros que aceitaram o Deus de Israel, e a Bíblia considera positivamente sua assimilação. No caso de Urias, a assimilação ocorreu tanto pelo casamento como pela religião.

4. Que exemplos temos de estrangeiros que foram assimilados em Israel? Js 6:25; Rt 1:1-16; Et 8:17; Is 56:3-7

Patrick Boyle |Watford, Inglaterra



Quarta, 3 de novembro

Testemunho

Grande mudança

“Até ali a providência de Deus tinha preservado a Davi contra todas as conspirações de seus inimigos, e fora diretamente exercida para restringir a Saul. A transgressão de Davi mudou, porém, sua relação para com Deus. O Senhor de nenhuma maneira podia sancionar a iniquidade. Ele não podia exercer Seu poder para proteger a Davi dos resultados de seu pecado, como o protegera da inimizade de Saul.


“Houve uma grande mudança no próprio Davi. Ele ficou quebrantado em espírito pela consciência de seu pecado, e de seus resultados, que teriam grande alcance. Sentiu-se humilhado aos olhos de seus súditos. Sua influência se enfraqueceu. Até ali sua prosperidade fora atribuída à sua conscienciosa obediência aos mandamentos do Senhor. Mas agora seus súditos, tendo conhecimento de seu pecado, seriam levados a pecar mais livremente. Sua autoridade em sua própria casa, o direito ao respeito e à obediência de seus filhos, enfraqueceram. Uma intuição de sua culpa conservava-o silencioso quando ele teria condenado o pecado; tornava fraco o seu braço para executar justiça em sua casa. Seu mau exemplo exerceu influência sobre seus filhos, e Deus não interviria para impedir o resultado. Ele permitiria que as coisas tomassem seu curso natural, e assim Davi foi severamente castigado. ...


“Aqueles que, apontando para o exemplo de Davi, procuram diminuir a culpa de seus próprios pecados, deveriam aprender do registro bíblico que duro é o caminho da transgressão. Embora, semelhantes a Davi, se desviem de sua má conduta, achar-se-á que os resultados do pecado, mesmo nesta vida, são amargos e duros para se suportarem.


“Era intuito de Deus que a história da queda de Davi servisse como advertência de que mesmo os que Ele abençoou e favoreceu grandemente não se devem sentir livres de perigo e negligenciar a vigilância e a oração. E isso tem feito esta história àqueles que humildemente têm procurado aprender a lição que Deus tencionava dar. De geração em geração, milhares têm sido levados a compenetrar-se do perigo que correm em virtude do poder do tentador. A queda de Davi, que foi tão grandemente honrado pelo Senhor, despertou neles desconfiança do próprio eu. Sentiram que apenas Deus os poderia guardar pelo Seu poder, mediante a fé. Sabendo que nEle estavam sua força e segurança, recearam dar o primeiro passo no terreno de Satanás” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 723, 724).

Mãos à Bíblia

Os nomes eram muito importantes no mundo bíblico. Curiosamente, o nome de Urias é hebraico e pode ser traduzido como “minha luz é o Senhor” ou “chama do Senhor”. Apesar de provavelmente ter sido um heteu de nascença, por escolha própria, ele pertencia ao Deus de Israel. A origem étnica de Urias destaca o fato de que Deus não leva em conta os aspectos exteriores, mas conhece o coração. Frequentemente, a mudança de circunstâncias da vida ou de convicções era indicada pela uma mudança do nome.

5. Note os novos nomes dos personagens bíblicos nas passagens a seguir e assinale a razão dada para essa mudança. Gn 17:5; Gn 32:27, 28; Dn 1:7

Amy Browne | Kent, Inglaterra


Quinta, 4 de novembro

Aplicação

Arrastado pela corrente


O sucesso e o fracasso na vida não acontecem por acidente. “Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo não pega” (Pv 26:2). Ninguém é arrastado para o Céu; mas é fatalmente fácil ser arrastado para fora dele.

Não seria verdade dizer que a maioria de nós, se não todos, num momento ou outro experimentamos perda, prejuízo, dor, ou mesmo desastre, por causa de nossa própria negligência e descuido? E quão verdadeiro é isso com respeito a uma falha moral! Como Davi aprendeu, momentos de descuido podem levar a uma vida toda de arrependimento. Eis aqui algumas formas em que podemos evitar tais momentos:

Estudar a Palavra de Deus. Não é suficiente simplesmente ler a Bíblia, por mais desejável que seja essa prática. Precisamos estudá-la e aplicá-la a nossa própria vida.

Orar. Nossas orações devem consistir em mais do que juntar apressadamente alguns pedidos e agradecimentos. Ao orarmos, devemos considerar cuidadosamente nossas necessidades e a maneira como Deus tem nos abençoado. Devemos também ficar em silêncio a fim de deixar que Deus nos fale. Como os discípulos pediram a Jesus que os ensinasse a orar (Lc 11:1), também devemos aprender a orar. Nenhuma outra bênção na vida é maior que um bom relacionamento com Deus. Como ocorre com nossos amigos, assim ocorre com Deus – a amizade é algo que desenvolvemos ao nos achegarmos a Ele através da oração.

Desejar a salvação. A salvação não acontece por acidente. Deus não nos força a aceitar Sua graça. Somos salvos, em parte, porque queremos ser salvos. Buscamos a salvação, procuramos por ela, porque precisamos dela. Esta é a mais séria questão da vida. Requer séria atenção diária enquanto vivermos.


É fatalmente fácil ter uma perspectiva errada sobre a salvação, vê-la como consistindo apenas de esforços humanos, algo para ser tolerado e não desfrutado.


As recompensas de uma comunhão diária com Deus são incomparáveis. A comunhão com Ele dá vida e a melhora.

Mãos à Bíblia

Davi foi avisado por Bate-Seba de que ela estava grávida (2Sm 11:5). O rei imaginou que se pudesse trazer Urias para casa mesmo que por uma noite, pareceria que seu soldado seria o legítimo pai do bebê. Porém, Urias, sendo homem de princípios, não se deixou manipular. Ele se tornou incômodo. Davi, havia no passado sido íntegro, agora não podia entender a integridade de Urias.

6. Quais eram os motivos de Urias? Que outros exemplos de integridade podemos achar na Bíblia? 2Sm 11:10-13; Jó 1:1; Dn 1:8; Gn 6:9

A resposta de Urias mostra que ele não era um crente nominal, mas se identificava completamente com o Deus de Israel e seus colegas de tropa.

Michele Vitry | Watford, Inglaterra



Sexta, 5 de novembro

Opinião

Ética situacional

Quando Davi enviou Urias para a linha de frente no campo de batalha, quebrou o sexto mandamento: “Não matarás”. Isso é óbvio. Contudo, e se eu assassinar o caráter de meu amigo com insinuações e boatos? Nunca matei ninguém fisicamente. Não violei a letra do nono mandamento, porque tudo o que eu disse talvez seja verdade. Contudo, assassinei meu amigo da mesma forma.


Adolescentes que praticam o “joy-riding” roubam um carro e o dirigem até a gasolina acabar. Durante o percurso, danificam o carro e outras propriedades. São culpados de roubo. Mas e se você mora numa zona de guerra e sua família está morrendo de fome? Sua única esperança de sobrevivência é roubar um pouco de comida. Será que isso é realmente proibido pelo mandamento “Não furtarás”? A situação muda o princípio?


Você sempre trabalha até tarde mas não recebe horas extras. Você está envolvido num projeto missionário da igreja e fotocopia todo o material de que precisa para ele no escritório, sem pagar. Afinal de contas, seu patrão lhe deve algo por todas as horas extras que você faz. Isso conta como roubo? Ou é uma compensação?


Os absolutos dos Dez Mandamentos são desagradáveis para uma sociedade pós-moderna, que vê o mundo a partir de uma perspectiva individualista e pragmática. A sociedade quer nos fazer crer que não há absolutos. Se Urias tivesse vivido segundo o que parecia certo, em vez de segundo o princípio, poderia ter ido para casa ficar com Bate-Seba e tudo teria dado certo para Davi. Mas ele não o fez. E como resultado, morreu. Sua integridade fica em contraste com a fraqueza de Davi.


Quando Jesus fala no Sermão do Monte sobre a ordem de não matar, Ele estende o assassinato de maneira a incluir a ira (Mt 5:21-26). Palavras iradas, discussões, ressentimentos ou hostilidades não têm lugar na vida de um cristão. Considerando as orientações de Jesus sobre o adultério, Davi já havia saído da linha quando meramente olhou para Bate-Seba com intenção impura (Mt 5:27, 28).


O caráter não é construído nem perdido num momento. O caráter é obra de uma vida.

Mãos à obra

1. Reflita sobre uma ocasião em sua vida em que, como Davi, você tentou encobrir algo que fez. Isso envolveu uma vítima inocente?
2. Imagine como será o encontro de Davi e Urias na Nova Terra. Escreva 100 palavras sobre o que você acha que eles talvez digam um ao outro.
3. Como uma exposição diária prolongada à televisão e atividades no computador prejudica a experiência cristã?