segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Em espírito e em verdade

etembro


Casa Publicadora Brasileira – Em espírito e em verdade


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Ez 21-23

VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores” (João 4:23).


Leituras da semana: Dt 11:16; Lc 1:46-55; 4:5-8; 19:37-40; Jo 4:1-24

Como temos visto ao longo do trimestre, a mensagem do primeiro anjo é um chamado para proclamar o “evangelho eterno”. No centro desse evangelho está Jesus, o Deus encarnado, o Deus que veio a este mundo como ser humano, por meio de poderes e recursos que nossa mente não pode sequer começar a entender.


Pense cuidadosamente no que isto significa: o Deus que criou todas as coisas (Jo 1:1-3) Se tornou humano, nessa humanidade viveu sem pecado e Se ofereceu como sacrifício pelos pecados de todo ser humano. Quando você pensa no tamanho do Universo, os bilhões de galáxias, cada uma composta de bilhões de estrelas, como acreditar que foi Jesus quem criou tudo? Isso desafia a mente humana; é tão incrível que mal podemos compreender. Não é de admirar que Paulo tenha escrito: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1Co 1:18, RC).


Com uma verdade como essa diante de nós, não é surpreendente que desejemos adorar a Deus. Nesta semana, vamos estudar os temas da adoração e louvor como revelados no ministério do Cristo encarnado, o Criador que tomou sobre Si a forma e a carne da criatura.


Domingo

Ano Bíblico: Ez 24–26


O cântico de louvor e adoração de Maria

Embora Maria, mãe de Jesus, tenha sido motivo de muito interesse religioso ao longo dos séculos, a maior parte desse interesse é tradição proveniente da multidão de fontes que não estão enraizadas nas Escrituras.


No entanto, na questão da vinda de Cristo à Terra, Maria desempenhou um papel fundamental e essencial: em seu ventre, o Salvador do mundo foi miraculosamente concebido; em seu ventre, Ele Se tornou o menino Jesus. Olhando para o passado, com toda a retrospectiva e luz recebidas no Novo Testamento, só podemos nos maravilhar com o milagre. Ainda que ela certamente soubesse que fazia parte de um evento incrível, que devia ter consequências importantes para seu povo, a jovem Maria mais provavelmente não tinha uma ideia real da história da qual seria parte. Porém, ela sabia o suficiente para se maravilhar com as circunstâncias extraordinárias que haviam mudado tão radicalmente sua vida.

1. Leia Lucas 1:46-55, conhecido como o cântico de Maria. Qual é o contexto desse cântico? Por que ela estava cantando? Que elementos de louvor e adoração são revelados nessas palavras? Que assunto abordado ao longo do trimestre aparece nessa canção?


Esse cântico de louvor e adoração está repleto de alusões e imagens tiradas do Antigo Testamento, as únicas Escrituras que ela conhecia. Podemos vê-la dando glória ao Senhor e reconhecendo Sua liderança, não apenas em sua vida, mas igualmente entre seu povo. Sua alusão a Abraão é claramente uma referência à aliança que o Senhor fez com Seu povo; ela estava louvando a Deus por Suas promessas ao Seu povo e via essas promessas como a esperança para ela e para seu povo no futuro.


Mais uma vez, o pouco que ela sabia era suficiente para ver a atuação do Senhor. Por isso, ela demonstrou gratidão e adoração.

Quantas obras “miraculosas” você vê em sua vida? Podem estar acontecendo muitas, mas, mesmo assim, você não percebe, porque continua endurecido, fechado e envolvido em si mesmo?


Segunda

Ano Bíblico: Ez 27–29

Adoração e serviço

“O Diabo O levou a um lugar alto e mostrou-Lhe num relance todos os reinos do mundo. E Lhe disse: “Eu Te darei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser. Então, se me adorares, tudo será Teu”. Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a Ele preste culto’” (Lc 4:5-8, NVI).

Imagine Jesus, depois de 40 dias de fome, cansaço, abnegação e privação, enfrentando as tentações abertas e atrevidas do diabo. Não é difícil imaginar quão belos devem ter parecido a Jesus, nessa tentação, “todos os reinos do mundo” em seu “poder” e “glória”. Satanás tem sido um mestre em fazer as coisas deste mundo sempre parecerem muito encantadoras, agradáveis e gratificantes. Por isso as pessoas caem tão facilmente nos enganos que ele apresenta.

2. Leia atentamente Lucas 4:5-8, especialmente a resposta de Jesus. O que Ele quis dizer ao ligar os verbos “adorar” e “servir” (Almeida Revista e Corrigida)? Como eles estão relacionados?


No Antigo Testamento, os conceitos de adorar falsos deuses e servi-los estão relacionados. “E não levantes os teus olhos aos céus e vejas o Sol, e a Lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” (Dt 4:19; ver também Dt 11:16; Sl 97:7; Dn 3:12). Basicamente, você serve o que você adora; por isso, é muito importante que você adore somente o Senhor.


Assim, observamos um ponto crucial sobre a adoração. É difícil imaginar alguém que adora o Senhor com fé, com entrega, com humildade, amor e respeito, ao mesmo tempo em que serve a outros “deuses”, seja qual for sua forma. Adoração, portanto, pode ser uma proteção contra a idolatria. Quanto mais adoramos o Senhor, mesmo em nossa devoção particular, mais protegidos somos contra a atitude de servir ao eu, ao pecado, e todas as outras forças que disputam nosso serviço.

Pense mais sobre esta ideia: o que adoramos é o que servimos. Esse princípio tem se manifestado em sua vida? Como sua experiência de adoração pode ajudá-lo a se concentrar em servir somente ao Senhor?


Terça

Ano Bíblico: Ez 30–32


Adorando o que não se conhece

Como já vimos inúmeras vezes, mesmo com todas as formas complexas e profundas de adoração que o Senhor havia instituído para Israel, não era apenas com as formas que o Senhor Se importava. As formas, as tradições e a liturgia eram meios para um fim, e esse fim era que a pessoa se entregasse inteiramente ao seu Criador e Redentor. É muito mais fácil, no entanto, fazer da religião uma série de fórmulas, tradições e atos exteriores do que morrer diariamente para o eu e se render ao Senhor com humildade e fé. Esse fato certamente é suficiente para explicar por que a Bíblia gasta tanto tempo falando daqueles cujos corações não são justos diante de Deus, independentemente de quanto suas formas de adoração estejam “corretas”.


Quando Jesus Se tornou humano, também tratou desse problema.

3. Leia João 4:1-24. Que importante questão sobre adoração Jesus apresentou para a mulher samaritana no verso 21? Por que Ele estava desviando a mente dela dos locais específicos de adoração?


Ao mencionar alguns dos segredos mais profundos da mulher, Jesus atraiu a atenção dela. Ele então usou aquele momento para lhe oferecer algo melhor do que o que ela possuía. Jesus usou uma frase poderosa: “Creia em Mim, mulher”, a fim de mostrar a ela que a verdadeira adoração vai muito além das formas exteriores e locais de culto. “Este monte” era o Monte Gerizim, onde os samaritanos haviam construído um templo. É claro que se poderia esperar que um judeu dissesse isso para um samaritano.


Mas Jesus não parou por aí. Ele incluiu até mesmo Jerusalém, o local do templo sagrado que Ele mesmo havia escolhido. Assim, no início de Seu ministério terrestre, Jesus estava de maneira muito ampla apontando para o que Ele mais tarde declarou, em referência ao templo: “Não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas” (Mt 24:2, NVI). Em tudo isso, Jesus estava trabalhando para dar à mulher a “água viva” (Jo 4:10), que é Ele mesmo. Ele queria que ela entendesse que um relacionamento pessoal com seu Criador e Redentor certamente era o fundamento da adoração, e não as formas e tradições de sua fé, a qual se havia desviado da verdadeira religião dos judeus. Sua referência a Jerusalém (Jo 4:21), entretanto, provou que Ele estava apontando para algo ainda além do sistema de sacrifícios e de adoração que Ele mesmo havia criado.

De que forma todos os aspectos de sua experiência de adoração podem ajudá-lo a aprofundar seu relacionamento com Deus?


Quarta

Ano Bíblico: Ez 33–35


Os verdadeiros adoradores

“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores” (Jo 4:23).

Depois de afastar a mente da samaritana dos locais específicos de adoração e, em seguida, mencionar a superioridade da fé judaica sobre a dela, Jesus então falou à mulher sobre “os verdadeiros adoradores”. No verso 21, Jesus disse: “Vem a hora” em que as pessoas não adorarão naquele monte nem em Jerusalém; agora, porém, no verso 23, Ele diz que a hora “já chegou”, em que todos os verdadeiros adoradores adorarão em espírito e em verdade. Em outras palavras, não olhe para a glória passada, e não olhe para algum evento futuro. Ao contrário, “já chegou” o tempo para dar ao Senhor a adoração que Ele merece, e através dessa adoração experimentar o amor, a graça e a salvação que Ele oferece.

4. Jesus disse que todos os verdadeiros adoradores “adorarão o Pai em espírito e em verdade”. O que esses dois elementos representam, e como devemos aplicar isso à nossa experiência de adoração? Mc 7:6-9


Jesus a estava chamando para uma forma equilibrada de adoração, que procede do coração, que é sincera e profundamente sentida, que nasce do amor e temor para com Deus. Não há nada de errado com as emoções na adoração; afinal, nossa religião nos convida a amar a Deus (1Jo 5:2; Mc 12:30), e como o amor pode ser separado das emoções?


Ao mesmo tempo, Deus pede que Seus verdadeiros adoradores O adorem “em verdade”. Deus revelou Sua vontade, Sua lei e Sua verdade. Ele espera que acreditemos nessa verdade e a ela obedeçamos. Os verdadeiros adoradores amam a Deus, e por causa desse amor procuram servir-Lhe, obedecer-Lhe e fazer o que é certo. No entanto, como podem saber o que é certo sem conhecer a verdade sobre fé, obediência, salvação e assim por diante? Está equivocada a ideia de que as crenças não importam, de que apenas o espírito sincero é importante. Isso é apenas metade da equação. Crenças corretas não salvam, mas nos dão uma grande compreensão do caráter de Deus, e isso deve nos levar a amá-Lo e servir-Lhe ainda mais.


É a sua adoração mais espírito do que verdade, ou mais verdade do que espírito? Como você pode aprender a integrar e equilibrar esses dois aspectos do culto?


Quinta

Ano Bíblico: Ez 36-38


Adorando aos Seus pés


Durante os longos anos da história cristã, a igreja ficou dividida sobre a questão da divindade de Cristo. Seria Ele verdadeiramente o Deus eterno, um com o Pai desde a eternidade? Ou Ele teria sido criado mais tarde, vindo à existência através do poder criativo do Pai?


Embora, no início de nossa igreja, tenha existido certa confusão sobre esse assunto, Ellen G. White deixou muito claro, anos atrás, qual era sua posição. Como igreja hoje, temos aceitado plenamente essa posição.


“‘Ele será chamado pelo nome de Emanuel [que quer dizer: Deus conosco]’” (Mt 1:23). O brilho do ‘conhecimento da glória de Deus’ vê-se ‘na face de Jesus Cristo’ (2Co 4:6). Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’ (Hb 1:3). Foi para manifestar essa glória que Ele veio ao mundo. Veio à Terra entenebrecida pelo pecado, para revelar a luz do amor de Deus, para ser ‘Deus conosco’. Portanto, a Seu respeito foi profetizado: ‘Será o Seu nome Emanuel’” (Is 7:14; O Desejado de Todas as Nações, p. 19).

5. O que os seguintes textos nos dizem sobre a divindade de Cristo? Mt 2:11; 4:10; 9:18; 20:20; Mc 7:7; Lc 24:52; Jo 9:38.


Em Sua resposta a Satanás (Mt 4:10), Jesus deixou muito claro que só o Senhor deve ser adorado. O que nos leva à importante questão apresentada nos textos acima: Cristo nunca recusou a adoração das pessoas. Nas várias vezes em que as pessoas O adoraram, nenhum exemplo é dado, no qual Ele tivesse dito: Não Me adorem, dirijam sua adoração somente ao Pai. De fato, o oposto é o caso.

6. Leia Lucas 19:37-40. O que a resposta de Jesus aos fariseus diz sobre Sua atitude para com aqueles que O adoravam?


Precisamos reafirmar um tema abordado neste trimestre: é muito importante que Jesus seja o centro e o foco de toda a nossa adoração. Cada música, cada oração, cada sermão, tudo o que fazemos deve, de uma forma ou de outra, em última análise, dirigir nossa mente para Cristo, o Deus encarnado que Se ofereceu como sacrifício pelos nossos pecados. A adoração que nos deixa com um sentimento de admiração, amor e reverência para com nosso Senhor é a única, sem dúvida, agradável aos Seus olhos.



Sexta

Ano Bíblico: Ez 39–41


Estudo adicional

Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 19-26: “Deus conosco”.

Os homens não são postos em comunhão com o Céu mediante a busca de um monte santo ou um templo sagrado. Religião não se limita a formas e cerimônias exteriores. A religião que vem de Deus é a única que leva a Ele. Para O servirmos devidamente, é necessário nascermos do divino Espírito. Isso purificará o coração e renovará a mente, nos dando nova capacidade para conhecer e amar a Deus. Trará motivação para obediência voluntária a todos os Seus reclamos. Esse é o verdadeiro culto. É o fruto da operação do Espírito Santo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 189).


“Ele próprio, igual a Deus, fez o papel de servo para com Seus discípulos... Aquele diante de quem todo joelho se dobrará, a quem os anjos da glória consideram uma honra servir, Se curvou para lavar os pés daqueles que Lhe chamavam Senhor” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 649).

Perguntas para reflexão:


1. Os líderes religiosos do tempo de Cristo afirmavam conhecer as Escrituras, mas ignoravam o maior milagre da história, o nascimento do Messias. Entretanto, os sábios do Oriente foram procurá-Lo no lugar certo e na hora certa. Que significado essa história tem para nós, como cristãos e como igreja? Como podemos evitar os erros das pessoas nos dias de Cristo, ao vermos se cumprido as profecias dos últimos dias?


2. Pense novamente sobre Maria e o que devia estar se passando em sua mente naquela incrível reviravolta nos acontecimentos. Pense em quanta coisa ela não entendeu e como algumas delas podem ter sido difíceis para ela (estar grávida sem nunca ter se envolvido com um homem, certamente deve ter sido estressante).


E ainda, mesmo em meio a tudo isso, ela foi capaz de louvar ao Senhor e adorá-­Lo, apesar de tantas perguntas sem respostas, de tantos pensamentos perturbadores e tantas coisas obscuras. Como podemos fazer o mesmo: adorar e louvar o Senhor em tempos de incertezas e incógnitas? Na verdade, por que esse pode ser o melhor de todos os momentos para estar em atitude de sincera adoração?

Respostas Sugestivas: 1: Alegria de Maria, ao ser reconhecida como a mãe do Salvador; ela adorou a Deus por Sua aliança com Israel, confirmada na vida de Maria. 2: Somente Deus é digno de culto; servimos a quem adoramos. Não há culto verdadeiro sem serviço. 3:Ter um relacionamento íntimo com Deus, de modo que nossa vida seja transformada, é mais importante do que o local ou as formas da religião. 4: O espírito são as emoções e a verdade são as convicções doutrinárias; precisamos adorar de forma completa, com o coração e com a razão. 5: Os magos e os discípulos adoraram Jesus, reconhecendo Sua divindade; Jesus aceitou essa honra. 6: Ele defendeu os que O adoraram, dizendo que se eles não fizessem isso, as pedras o fariam.

domingo, 4 de setembro de 2011

"O Princípio do Fim"


O Pr. Rafael Rossi nasceu em São Paulo no ano de 1979. Casado com a Profa. Ellen Nara de Souza Rossi, tem duas filhas: Giovana e Mariana. Formado em Teologia no UNASP-EC em 2000, pós-graduado em Aconselhamento pela UNISA em 2004 e em 2010 concluiu o Mestrado em Teologia Pastoral. Iniciou o seu ministério na Associação Paulistana em 2001 como instrutor bíblico na equipe de evangelismo. Em 2003 e 2004 foi pastor do distrito de Vila Assunção em Santo André. Em 2005 e 2006 pastor da igreja do Jardim América – Jacareí. No ano de 2007 foi nomeado evangelista e diretor do Ministério da Saúde da Associação Paulista do Vale, função que ocupou até agosto de 2009 quando foi nomeado evangelista da União Central Brasileira.

Nesta série de palestras o Pr. Rossi explora os temas abaixo enumerados, que podem ser acessados em formato de áudio para download e vídeo, no tema"O Princípio do Fim":

01) - 110401 Desvendando o Traidor (Vídeo)
02) - 110402 Desvendando o Plano (Vídeo)
03) - 110403 Desvendando a Data (Vídeo)
04) - 110408 Desvendando a Morte (Vídeo)
05) - 110409 Desvendando as 7 Pragas (Vídeo)
06) - 110410 Desvendando o Juízo Final (Vídeo)


Outras séries de Estudos Proféticos podem ser acessados aqui.

Fonte: Diário da Profecia.